Tópico do Alberto João Jardim

AJJ compara Madeira e Açores porque são as duas únicas regiões autónomas e… uma delas é PS :slight_smile: . Os Açores sempre receberam mais e ele só falou agora por este problema, ou seja, ele não está contra essas transferências.

Quanto ao resto, vamos ver… mas acho esquisita uma coisa: a Madeira não ficou rica em 2007 (já o devia ser há um/dois/mais anos), porque este corte agora e não em 2008 como pedia AJJ :slight_smile: ?

Ainda sobre este assunto:

OE 2006 - http://www.dgo.pt/oe/2006/Aprovado/Mapas/map18-2006.pdf

OE 2007 - http://www.dgo.pt/OE/2007/Aprovado/1_MapasLei/map18-2007.pdf

Comparando os dois, verás que do OE vão para as Regiões Autónomas:

[b]2006:
Madeira - 217,3 M
Acores - 232,5 M

2007:
Madeira - 223,7 M
Acores - 338,4 M[/b]

Portanto, se existe reducão de fundos do Governo Central não é concerteza em 2007. Existe sim é um grande aumento de fundos para os Acores.

Enfim, como sempre, falam da Madeira tendo em conta as conversas de café. Bah...

Tudo o que se tem passado ao longo dos anos no DN da Madeira, por exemplo, é conversa de café?

Portanto, se existe reducão de fundos do Governo Central não é concerteza em 2007. Existe sim é um grande aumento de fundos para os Acores.

A Madeira vai receber muito menos que os Açores em 2007 e vamos ver como será de 2008 até 2014. Os Açores precisam de fundos? claro que sim! mas o Algarve também saiu da zona de objectivo 1 e vai receber 500 milhões ao longo dos próximos anos para fazer com que esse período de transição seja mais fácil.

Ricardo, o que se tem passado com o DN da Madeira, ele até deu uma entrevista ao jornal ontem :roll: ?

AJJ compara Madeira e Açores porque são as duas únicas regiões autónomas e... uma delas é PS :) . Os Açores sempre receberam mais e ele só falou agora por este problema, ou seja, ele não está contra essas transferências.

Quanto ao resto, vamos ver… mas acho esquisita uma coisa: a Madeira não ficou rica em 2007 (já o devia ser há um/dois/mais anos), porque este corte agora e não em 2008 como pedia AJJ :slight_smile: ?

nao venhas com essa conversa novamente Jose… os custos de um arquipelago com 9 ILHAS é substancialmente DIFERENTE de um arquipelago onde esta td concentrado numa unica ILHA… mas voces devem viver por ca para sbr as dificuldades que as ilhas têm, não?

Caguem no argumento que os Açores receberam mais que a Madeira…

Os Açores sao PS, e garanto-te que o serao por muitos longos anos, sabes porquê? Porque enquanto a merda do PSD por ca andou, NADA FEZ… NADA! Os Açores começaram a crescer graças ao PS, mas ao contrario do que vcs madeirenses querem fzr passar, principalmente apos a lavagem cerebral do sr AJJ, as nossas dificuldades foram, sao, e serao smp maiores do que as vossas ou a dos continentais.

E mais, aqui ng controla a merda da emprensa… e sabes que mais? No inicio do mandato actual, uma das primeiras coisas que o governo fez foi cortar nos subsidios 'a emprensa escrita… aqui ng controla jornais, ao contrario de outros locais… aqui ha liberdade d expressao, pto final

Caro, os Açores receberam mais 1000 milhões de euros que a Madeira ao longo de todos estes anos. Ninguém está a dizer que está errado, o que se está é a comparar a atitude do governo central num e noutro local. É isto o que ao longo de semanas ainda não percebeste.

Já agora, o arquipélago da Madeira tem duas ilhas habitadas e 5 desabitadas, são 7 ilhas (mas duas habitadas, não uma) :wink:

Ricardo, o que se tem passado com o DN da Madeira, ele até deu uma entrevista ao jornal ontem Rolling Eyes ?

E onde é que está a admiração?

O DN da Madeira tem sido (perdão, suspeita-se que tenha sido) manipulado até ao escroto durante toda a vida pelo Governo Regional. Todos os casos, rumores, polémicas do DN da Madeira que ao longo de todos de estes anos têm vindo a lume têm sido por causa de suposta manipulação, suposta corrupção, suposta compra de notícias, supostos despedimentos estapafúrdios de quem diz determinadas coisas, suposta escolha de jornalistas a dedo pelo Governo Regional, supostas ameaças de morte na redacção, supostas agressões a jornalistas, supostos prémios a jornalistas “não incómodos”, supostos ordenados chorudos de directores bonzinhos, etc, etc. Enfim, muita coisa suposta que a imprensa dos “c’munas do cont’nente” se tem lembrado de inventar ao longo de todos estes anos…

Ainda sobre este assunto:

OE 2006 - http://www.dgo.pt/oe/2006/Aprovado/Mapas/map18-2006.pdf

OE 2007 - http://www.dgo.pt/OE/2007/Aprovado/1_MapasLei/map18-2007.pdf

Comparando os dois, verás que do OE vão para as Regiões Autónomas:

[b]2006:
Madeira - 217,3 M
Acores - 232,5 M

2007:
Madeira - 223,7 M
Acores - 338,4 M[/b]

Portanto, se existe reducão de fundos do Governo Central não é concerteza em 2007. Existe sim é um grande aumento de fundos para os Acores.

[b]Madeira recebe menos 34 milhões de euros[/b]

Nova Lei de Finanças Regionais penaliza a Madeira pelo facto do arquipélago ter um PIB per capita superior ao da média nacional.

Rita Vieira, DE

O Governo Regional da Madeira vai receber menos 34 milhões de euros das transferências do Orçamento do Estado (OE) para 2007 do que no ano anterior.

Já o arquipélago dos Açores vê as suas verbas aumentadas em 13 milhões de euros. A discrepância nos números fica a dever-se às regras previstas na nova Lei de Finanças Regionais.

Em 2006, o Estado transferiu para o Arquipélago da Madeira 204,8 milhões de euros, sendo 151,7 milhões de euros pelos custos de insularidade e desenvolvimento económico e 53,1 milhões de euros pelo Fundo de Coesão. Contudo no próximo ano, a verba desce para 170,8 milhões de euros (139,1 milhões de euros a título de solidariedade e 31 milhões do Fundo de Coesão).

No entanto, os Açores passam de uma transferência de 210 milhões de euros, este ano, para 223,4 milhões de euros, no próximo ano (167,4 milhões de euros a título de solidariedade e 56 milhões de euros do Fundo de Coesão).

O Governo Regional dos Açores já tinha sublinhado que iria receber mais sete milhões de euros, com a nova Lei de Finanças Regionais. No entanto, de acordo com o OE para 2007, a região vai ganhar mais 13 milhões de euros, o dobro do que havia sido anunciado. Uma diferença que o Diário Económico tentou apurar junto do ministério das Finanças, embora sem sucesso.

A nova lei de Finanças Regionais prevê que as transferências do OE, através do Fundo de Coesão, seja feito tendo em conta os níveis de desenvolvimento das regiões autónomas, utilizando como indicador o PIB per capita. Esta é uma das alterações à lei que vem penalizar a Madeira. É que, de acordo com o grupo de trabalho que reviu a Lei de Finanças Regionais, o PIB per capita dos Açores é de 82% da média nacional, enquanto o da Madeira se situa nos 121%. Isto significa que o arquipélago liderado por Alberto João Jardim vai ver as suas transferências reduzidas até 2010, altura em que a transferência de verbas, neste capítulo, será nula.

Ricardo, o que se tem passado com o DN da Madeira, ele até deu uma entrevista ao jornal ontem Rolling Eyes ?

E onde é que está a admiração?

O DN da Madeira tem sido (perdão, suspeita-se que tenha sido) manipulado até ao escroto durante toda a vida pelo Governo Regional. Todos os casos, rumores, polémicas do DN da Madeira que ao longo de todos de estes anos têm vindo a lume têm sido por causa de suposta manipulação, suposta corrupção, suposta compra de notícias, supostos despedimentos estapafúrdios de quem diz determinadas coisas, suposta escolha de jornalistas a dedo pelo Governo Regional, supostas ameaças de morte na redacção, supostas agressões a jornalistas, supostos prémios a jornalistas “não incómodos”, supostos ordenados chorudos de directores bonzinhos, etc, etc. Enfim, muita coisa suposta que a imprensa dos “c’munas do cont’nente” se tem lembrado de inventar ao longo de todos estes anos…

LOL!!

Repito, LOL!!

Enfim… há com cada coisa que se lê/ouve no continente :lol:

Se isso fosse assim não era preciso enterrar 5 milhões por ano no Jornal da Madeira (que não minha opinião não vale tanto como isso).

Já agora, é continente, não cont’nente. Deixa a parvoíce de uma vez…

PS: na RTP Madeira um dia apareceu um jornalista morto com uma bala no meio da testa, deve ter sido O Padrinho :slight_smile:

MadeiraLion,

acabas por dar razão a quem diz que não é por causa da falta de dinheiro que o AJJ se recandidata… então segundo os teus números, 34 M a menos num total de 1 550 M…
Olha mas que grande diferenca hein?, além de que pelo que a jornalista escreve a principal reducão é nos Fundos Comunitários que logicamente deverão ser alterados consoante o nível de desenvolvimento de uma região.

Eu só não consigo perceber a razão de tanta confusão!

Se é o Próprio AJJ que diz que não precisa do continente para nada, dos seus dinheiros, etc…

Se é o próprio AJJ que diz que quem deve dinheiro é o continente á Madeira … porque raio está agora tão preocupado com reduções de dinehiro vindos do continente!

Minha opinião pessoal, a Madeira faz arte de Portugal e se tem tido uma enorme evolução no seu território, penso que será interessante e de bom grado transferir então as verbas que ajudaram a Madeira a chegar onde está para outros locais que tb precisam!

Se precisamos de mis AJJ em cada espacinho de Portugal … poderia dizer que sim, mas pessoalmente não gosta da sua forma de fazer politica, nem da sua mania que é superior a tudo e todos.

O que quero é um País equilibrado, e não, uma região autonoma a gastar milhões em fogos de artificio, carnvais á brasileira, festas, jornais e clubes, enaunto outras áreas em Portugal nem energia e água têm!

Não vale a pena responderem-me com outras regiões com dinheiro, porque a essas apenas desejava o mesmo desfecho que a Madeira teve! menos dinheiro, mais rigor na sua gestão!

E se o AJJ é tão bom como dizem, deve ter aproveitado todo o dinheiro que tem vindo a receber para transformar a madeira como uma região auto-suficiente, pelo menos é que todas as festas e exibição de luxo me levam a achar que foi atingido! E se assim foi, não deveria estar preocupado em fazer mais auto-estradas no funchal.

Para quem gosta de chamar aborto, e outros nomes a todos os continentais, e aos politicos portugueses residentes no continente, só lhe desejo mesmo o mal! Regionalistas não são precisos neste país, precisamos é de gente que olhe para o nosso país de forma gloal, e que faça alguma coisa por todos … não só por alguns!

Caro, os Açores receberam mais 1000 milhões de euros que a Madeira ao longo de todos estes anos. [b]Ninguém está a dizer que está errado[/b], o que se está é a comparar a atitude do governo central num e noutro local. É isto o que ao longo de semanas ainda não percebeste.

Já agora, o arquipélago da Madeira tem duas ilhas habitadas e 5 desabitadas, são 7 ilhas (mas duas habitadas, não uma) :wink:

LOL se tu o dzs…

quanto 'as ilhas… temos 9 ilhas e todas sao HABITADAS… enquanto voces dao dois passos e estao no Porto Santo, aqui a coisa nao funciona assim… aqui passam-se necessidades, nao tantas como ja se passou pois evoluimos muito em relaçao aquilo que tinhamos… no entanto nao nos podemos considerar desenvolvidos, porque nao o somos nem temos dimensao territorial para isso.

MadeiraLion,

acabas por dar razão a quem diz que não é por causa da falta de dinheiro que o AJJ se recandidata… então segundo os teus números, 34 M a menos num total de 1 550 M…

[b]DIÁRIO - Então porquê o aparato de uma inédita demissão?[/b]

AJJ - Precisamente para criar condições de realização de um programa de governo que faça a transição deste ciclo, em que a Madeira tem as suas infra-estruturas principais prontas, para um ciclo de predomínio da iniciativa privada e da internacionalização da economia. Para haver predomínio do privado, exige-se um novo sistema de incentivos e um novo quadro legislativo idealizado para o efeito. Inclusive, encomendámos a alguns juristas de nomeada em Portugal a preparação de legislação que nos faça ter um certo contrapeso em relação aos garrotes que Lisboa nos impôs.

Entrevista hoje no DN Madeira.

LOL se tu o dzs...

Digo e sempre disse. Os Açores são tão portugueses como o resto de Portugal (Madeira incluída) e devem ter transferências como o resto das regiões portuguesas.

LOL se tu o dzs...

Digo e sempre disse. Os Açores são tão portugueses como o resto de Portugal (Madeira incluída) e devem ter transferências como o resto das regiões portuguesas.

isto nao esta em causa, ja sbs o que penso acerca disso pois varias vezes discutimos este assunto noutros lugares, no entanto virem falar de comparaçoes de forma a tentar argumentar com aquilo que o Governo Central vos fez, nao e’ justo e deixa-me com a estomago ‘as voltas.
Vejam o quadro no seu geral no que respeita aos dois arquipelagos, e dp digam algo… mas querem sbr uma coisa? os terceirense nunca deviam ter expulsado os espanhois da ilha, se assim fosse as coisas seriam claramente diferentes… e nao esquecer que os Açores e a Madeira estiveram decadas esquecidos aqui no atlantico por parte dos varios governos centrais… so’ os mais antigos sabem o que sofreram, nao eu nem tu, mas eles!

E se o AJJ é tão bom como dizem, deve ter aproveitado todo o dinheiro que tem vindo a receber para transformar a madeira como uma região auto-suficiente, pelo menos é que todas as festas e exibição de luxo me levam a achar que foi atingido! E se assim foi, não deveria estar preocupado em fazer mais auto-estradas no funchal.

Concordo, bora lá começar a fazer tudo certinho em Portugal :slight_smile:

Avantix, dizes que ele devia ter feito (ou tentado fazer) a região autosuficiente, mas como se faz isso sem recursos minerais? é com fábricas? isto é uma região turistica. É com hoteis? foi feito um grande trabalho para melhorar a ilha (e espero que continue a ser feita essa melhoria). É com melhor educação? temos o mesmo sistema educativo do resto do país. É com incentivos aos privados? por causa do aumento do IVA (governo de Sócrates) a Yahoo, a Time Warner e outras empresas de media e alta tecnologia foram para o Luxemburgo em vez de abrir as suas plataformas na Madeira.

É complicado… há alguma região autosuficiente em Portugal??

Ricardo, o que se tem passado com o DN da Madeira, ele até deu uma entrevista ao jornal ontem Rolling Eyes ?

E onde é que está a admiração?

O DN da Madeira tem sido (perdão, suspeita-se que tenha sido) manipulado até ao escroto durante toda a vida pelo Governo Regional. Todos os casos, rumores, polémicas do DN da Madeira que ao longo de todos de estes anos têm vindo a lume têm sido por causa de suposta manipulação, suposta corrupção, suposta compra de notícias, supostos despedimentos estapafúrdios de quem diz determinadas coisas, suposta escolha de jornalistas a dedo pelo Governo Regional, supostas ameaças de morte na redacção, supostas agressões a jornalistas, supostos prémios a jornalistas “não incómodos”, supostos ordenados chorudos de directores bonzinhos, etc, etc. Enfim, muita coisa suposta que a imprensa dos “c’munas do cont’nente” se tem lembrado de inventar ao longo de todos estes anos…

LOL!!

Repito, LOL!!

Enfim… há com cada coisa que se lê/ouve no continente :lol:

Se isso fosse assim não era preciso enterrar 5 milhões por ano no Jornal da Madeira (que não minha opinião não vale tanto como isso).

Já agora, é continente, não cont’nente. Deixa a parvoíce de uma vez…

PS: na RTP Madeira um dia apareceu um jornalista morto com uma bala no meio da testa, deve ter sido O Padrinho :slight_smile:

  1. Pois é meu caro MadeiraLion, no continente as pessoas põe-se a inventar cada coisa…

  2. Ainda bem que referiste o Jornal da Madeira, outro bom exemplo de grande independência jornalística e apenas “suposta” manipulação, basta ver as capas diariamente. Por acaso é um jornal que eu consulto às vezes a página on-line onde leio umas crónicas de prosa delirante. Lá é raro não ver palavras ou expressões escritas como “vermelhos”, “inquisição”, “ditadura do continente”, “colonizadores”, etc. Mais raro ainda é ver alguém discordar do Dr. Alberto João Jardim.

  3. Vejo que a tua capacidade de encaixe é enorme a julgar pelo facto de teres ficado ofendido com uma reprodução escrita exacta do sotaque madeirense.

Vejam o quadro no seu geral no que respeita aos dois arquipelagos, e dp digam algo... mas querem sbr uma coisa? os terceirense nunca deviam ter expulsado os espanhois da ilha, se assim fosse as coisas seriam claramente diferentes... e nao esquecer que os Açores e a Madeira estiveram decadas esquecidos aqui no atlantico por parte dos varios governos centrais... so' os mais antigos sabem o que sofreram, nao eu nem tu, mas eles!

Este fim de semana li que há muitos anos a Madeira ia ser comprada pelo reino inglês… se calhar a solução para os problemas de Portugal :wink:

1) Pois é meu caro MadeiraLion, no continente as pessoas põe-se a inventar cada coisa...
  1. Ainda bem que referiste o Jornal da Madeira, outro bom exemplo de grande independência jornalística e apenas “suposta” manipulação, basta ver as capas diariamente. Por acaso é um jornal que eu consulto às vezes a página on-line onde leio umas crónicas de prosa delirante. Lá é raro não ver palavras ou expressões escritas como “vermelhos”, “inquisição”, “ditadura do continente”, “colonizadores”, etc. Mais raro ainda é ver alguém discordar do Dr. Alberto João Jardim.

  2. Vejo que a tua capacidade de encaixe é enorme a julgar pelo facto de teres ficado ofendido com uma reprodução escrita exacta do sotaque madeirense.

  • insisto, muito do que se diz no continente não tem a ver com a realidade. Faz tudo parte da guerra contra AJJ (e nada mais).

  • o JM é cláramente do Governo Regional, por isso para mim é como O Pasquim Vermelho, e se tens tido atenção ao que digo, sabes do meu nojo ao pasquim do Glórias.

  • é exacta? olha que não… dentro da ilha há vários sotaques.

  • Já agora, qual é o melhor sotaque, o teu? assim começo a treinar desde já :slight_smile:

    [b]Entrevista Jardim diz que as eleições não são ajuste de contas[/b] Data: 22-02-2007

    DIÁRIO - Como se sente na situação inédita de presidente demissionário?

    Alberto João Jardim - Não vou dizer o que o dr. Mário Soares disse uma vez: que se sentia como um passarinho fora da gaiola. Mas… não é uma sensação má. As perspectivas que se abrem são claras. Ou me dão a confiança para eu governar para resolver esta situação até 2011 ou não ma dão, e então vou para férias mais cedo e a minha vida entra num descanso. Eu disse no jantar do Porto Moniz que há um congresso em 2008 e é preciso pensar no futuro do partido, quem será o novo líder do partido. Se me derem agora a confiança, o meu projecto pessoal de vida terá de prolongar mais um tempo a minha carreira política. Estou numa fase em que, suceda o que suceder, é sempre bom para mim.

    DIÁRIO - Está a admitir perder as eleições antecipadas?

    AJJ - Seja o que for que suceda, é sempre bom para mim.

    DIÁRIO - Essa viagem com jantares de auscultação aos militantes ainda tem razão de ser?

    AJJ - Os jantares vão continuar, mesmo os que estão agendados para depois das eleições.

    DIÁRIO - O congresso de 2008 também não sofre alteração?

    AJJ - Tudo igual. Vai ser tudo como estava previsto.

    DIÁRIO - Mas os próximos tempos vão aquecer…

    AJJ - A vida vai correr com serenidade. É costume as campanhas eleitorais, também aqui na Madeira, atingirem um clímax de agressividade, mas eu jurei a mim próprio que vou fazer uma campanha sem qualquer tipo de agressividade.

    DIÁRIO - Custa a acreditar numa posição dessas, depois dos ataque mútuos a que se tem assistido cá e lá.

    AJJ - As coisas são tão evidentes que não vale a pena andarmos aqui a nos aborrecermos. Até porque esta decisão que tomei não é para um ajuste de contas partidário ou pessoal com o Governo de Lisboa. E muito menos com o Presidente da República. Eu compreendo que há quem queira fazer curto-circuito entre mim e o Presidente da República. Enganam-se. Somos amigos há muitos anos e ainda há poucos dias tive ocasião de lhe dizer que, passe-se o que se passar, a amizade e a lealdade são dois valores inalteráveis. O Presidente não é o adversário do PSD-M, pelo contrário.

    DIÁRIO - A guerra não vai ser então contra José Sócrates?

    AJJ - A verdade é que nem mesmo o facto de o adversário principal ser o Partido Socialista nacional me traz qualquer espírito de vingança, de revanchismo, o que até seria muito feio.

    DIÁRIO - Então qual vai ser a estratégia?

    AJJ - Eu propus na comunicação aos Madeirenses os seis objectivos a desenvolver. É o que vamos levar à prática.

    DIÁRIO - E os últimos tempos em pé-de-guerra?

    AJJ - Vamos fechar a porta do passado, vamos a tempos novos.

    DIÁRIO - Mas está toda a gente à espera de uma guerra civil Funchal-Lisboa.

    AJJ - Sabe, quando as pessoas estão à espera de guerra é quando eu não a faço.

    DIÁRIO - Acha que alguém acredita que, na campanha, não vá atacar os colaboracionistas e traidores de que tem falado, referindo-se aos dirigentes do PS-M?

    AJJ - Não vai ser preciso tornar a falar nisso. As pessoas têm isso muito presente.

    DIÁRIO - Então porquê o aparato de uma inédita demissão?

    AJJ - Precisamente para criar condições de realização de um programa de governo que faça a transição deste ciclo, em que a Madeira tem as suas infra-estruturas principais prontas, para um ciclo de predomínio da iniciativa privada e da internacionalização da economia. Para haver predomínio do privado, exige-se um novo sistema de incentivos e um novo quadro legislativo idealizado para o efeito. Inclusive, encomendámos a alguns juristas de nomeada em Portugal a preparação de legislação que nos faça ter um certo contrapeso em relação aos garrotes que Lisboa nos impôs.

    DIÁRIO - Não teme que as divergências com Lisboa voltem a implicar com esse projecto?

    AJJ - Perante um resultado de novas eleições, o Governo Regional terá legitimidade para, de novo, apresentar propostas a Lisboa. E eu não acredito que pessoas que tanto falam em ética democrática queiram ignorar, por sobranceria ou prepotência, o voto do povo madeirense. Mesmo que estes inqualificáveis dirigentes socialistas locais andem aí a dizer que nada vai mudar, eles não falam em nome de Lisboa. Portanto, penso que se pode criar um novo clima.

    DIÁRIO - O que é que mudou?

    AJJ - Quero esclarecer uma coisa. Quem for consultar as contrapropostas que nós fizemos a Lisboa, e não só no domínio das Finanças, verá que não fomos egoístas. Nessas contrapropostas, tínhamos sempre em conta a situação de dificuldade em que o País se encontra. Embora eu insista nisto: nós não somos os culpados pelo estado a que o País chegou. Mas tínhamos sempre em conta as dificuldades. E o que se passou foi que, unilateral e prepotentemente, o Governo de Lisboa não aceitou o diálogo, não aceitou sugestões nossas. E, instrumentalizando partidariamente o Estado, foi-nos impondo um garrote financeiro e criando leis que nos dificultavam a vida, tendo em conta uma estratégia que o PS tinha montado para as eleições regionais em Outubro de 2008.

    DIÁRIO - E acredita que tudo isto pode ser ultrapassado agora?

    AJJ - Sim. A relegitimização que queremos com as eleições cria um novo quadro democrático no País. Mais: a Assembleia Legislativa a sair das novas eleições traduzirá a vontade popular depois de tudo o que aconteceu. Ora, esta Assembleia terá autoridade para amanhã, a continuarem as prepotências e os abusos de Lisboa sobre o povo madeirense, internacionalizar a questão. Sempre no quadro da unidade nacional, mas chamando a atenção do estrangeiro. Mais a mais que Portugal vai presidir à União Europeia na segunda metade deste ano, não é confortável os governos da UE - e a Assembleia Legislativa pode dirigir-se a qualquer governo - estarem a falar com um governo que em Portugal começa por não respeitar os direitos das suas populações.

    DIÁRIO - A Assembleia Legislativa precisará de mais poderes…

    AJJ - É preciso não esquecer que em 2009 teremos uma revisão constitucional. Eu tenho dito que o desenvolvimento da Madeira está impedido por um excesso de matérias que, no campo legislativo, ainda são reservadas à Assembleia da República. Vai ser preciso alterar isso. Como será preciso blindar mais o Estatuto da Madeira. Já estamos a trabalhar nesse sentido, mas estas coisas exigem o seu tempo. Eu não poderia estar a preparar uma revisão constitucional em 2009 limitado por um fim de mandato em 2008. E acho que essa revisão é decisiva para o futuro da Madeira.

    DIÁRIO - Só falta ganhar as eleições…

    AJJ - Eu gostava que o povo da Madeira me desse razão nisto tudo. Mas também, se não me der, não me sucede nada de mal - vou para férias mais cedo. Tenho uma fase de alívio, seja o que for que venha das eleições. Mas eu gostava de lembrar que, em 2004, conseguimos um acordo constitucional. Só que aí o Presidente Jorge Sampaio ajudou. Era outra a Direcção do PS e não foi impossível celebrar-se esse acordo constitucional. Nada impede que se tente fazer um novo acordo e que o Presidente da República exerça o poder moderador que a Constituição lhe confere.

    DIÁRIO - Até aqui tem falado dos objectivos que apresentou na comunicação à Madeira. Falta…

    AJJ - O povo madeirense vai a eleições para dizer o que pensa ao País. E ao mundo, porque este processo que leva às eleições está a ser seguido pela imprensa estrangeira em Lisboa e também pelas embaixadas. Tenho tido o cuidado de falar com os embaixadores sobre estas questões. Não é por acaso que, nos últimos dois meses, há uma intensa frequência de visitas de embaixadores à Madeira. Por outro lado, o eng.º Sócrates, que tem eleições em 2009, não vai querer perder os votos dos madeirenses. Portanto, será importante chegarmos a um acordo.

    DIÁRIO - Vai dar algum passo para isso?

    AJJ - Eu sempre dei. As portas é que estiveram fechadas até agora. Se, em 2009, persistir esta atitude de arrogância política e ditatorial contra a Madeira, nós temos tempo para ajudar à festa e fazer com que o eng.º Sócrates não ganhe as eleições. Até porque eu tenho a certeza de que, com um governo do meu partido em Lisboa já em 2009, vai ser reposta a justiça à Região Autónoma. Aliás, tenho dito à Direcção nacional do PSD que, custe o que custar, tem de ganhar as eleições de 2009, que é para recompor tudo isto que nos foi roubado.

    DIÁRIO - Se houver pazes com José Sócrates, não fará campanha em 2009 pelo PSD nacional?

    AJJ - Faço sempre campanha pelo meu partido. Agora, o eleitorado do PS na Madeira terá motivação para votar no eng.º Sócrates se vir que ele mudou de comportamento. Não acredito que algum socialista de bom senso vote agora nele.

    DIÁRIO - Pode deduzir-se que a sua vontade é claramente o caminho das pazes com Lisboa?

    AJJ - Ao enunciar os seis objectivos que enunciei, mostrei não querer saber do que está para trás. Quero ir para a frente. São seis objectivos a pensar no futuro. Não penso em vinganças. As pessoas sabem que não sou bem um homem de partido. Costumo dizer que o meu partido é a Madeira e a minha pátria é Portugal. Como não sou muito um homem de partido, interessa-me mais resolver este problema da Madeira, com a legitimação do voto popular. Em democracia, isso é que é decisivo: o voto do povo. A força do povo a mostrar o que quer através do voto democrático. Depois da situação legitimada… o que lá vai lá vai. Vamos outra vez para a frente.

    DIÁRIO - Depois das eleições, vai então propor as pazes?

    AJJ - Se o povo me der maioria absoluta, eu vou reactivar uma série de propostas em Lisboa. Não em termos de exigência. Vou dizer: bem, vamos lá rever isto tudo outra vez. Viram que os madeirenses se sentem injustiçados. Não há interesse nenhum em manter estes conflitos, vamos lá ver como é que se resolve isto.

    DIÁRIO - Vai para estas eleições com a ideia de cumprir todo o mandato de quatro anos?

    AJJ - Vou.

    DIÁRIO - Sem a história de tratar da sucessão a meio?

    AJJ - São quatro anos. É preciso é que Nosso Senhor me dê vida e saúde.

    DIÁRIO - Como vai sanar a dor de cabeça de fazer listas com a redução do número de deputados decorrente da nova Lei Eleitoral? Muita gente vai ficar sem assento na Assembleia…

    AJJ - Nem no PSD isso é um problema. Tenho de fazer justiça aos actuais deputados. Todos eles, impecavelmente, acabaram por me vir dizer: sr. Doutor, tem toda a razão, vamos para eleições. Absolutamente desprendidos dos seus lugares.

    DIÁRIO - Qual é o perfil de candidato para a sua lista?

    AJJ - Era o que faltava eu pôr isso no Diário de Notícias antes de conversar com os meus colegas de Direcção do partido! Até agora, só se tratou do que vamos fazer. Resta aguardar a decisão do Presidente da República sobre a dissolução e a marcação das eleições. Então, iremos para a lista.

    DIÁRIO - Mas já assumiu publicamente que colocará um candidato de cada concelho. Mudou de opinião?

    AJJ - Um de cada concelho e em lugar elegível. Faço questão disso: nos lugares elegíveis, um de cada concelho.

    DIÁRIO - Acabou-se o hábito de o dirigente do Funchal se candidatar pelo campo?

    AJJ - Não, não, não, esse hábito já não pega. Atenção, há pessoas que vivem cá no Funchal e vivem lá.

    DIÁRIO - O caso de Santana, por exemplo.

    AJJ - O presidente da Assembleia Legislativa não se vai candidatar por Santana, vai candidatar-se como vice-presidente do partido. O dr. José Miguel irá no seu lugar numa lista que é regional. O deputado por Santana terá outro perfil. Não quero que nenhum concelho fique sem representante no Parlamento. Dou-lhe outro exemplo: o dr. Jardim Ramos, que é médico de quase toda a gente no Porto Moniz e passa metade do tempo lá e metade no Funchal. O facto de ele ter casa no Funchal não o impede de ser candidato a representar o Porto Moniz. Eu não sei se ele será candidato, é só um exemplo que me ocorreu agora. É um critério que discutirei com os responsáveis de cada concelho. São 10 lugares em 28 elegíveis.

    DIÁRIO - Está satisfeito com o actual modelo organizacional do seu Governo ou, se ganhar as eleições, vai para alterações, na orgânica e nos secretários?

    AJJ - Nenhum chefe de governo fala disso antes de o fazer. Para já, convidei os meus actuais colegas para me acompanharem durante quatro anos de governo.

    DIÁRIO - Nem sequer pode dizer se vai manter o modelo com a Vice-Presidência?

    AJJ - Ah, de certeza que vou manter esse modelo. De certeza que vou manter a Vice-Presidência e de certeza que vou propor o dr. Cunha e Silva para vice-presidente. De certeza. Se é isso que querem saber, ficam a saber essa.

    Campanha sem música nem circo

    Jardim recusa-se a falar de uma ‘fasquia’ alta para as eleições antecipadas. “A fasquia é a de sempre”, resolve: “Metade dos deputados mais um”.

    Estando assim no horizonte os mínimos para a maioria absoluta - 24 deputados -, a campanha será marcada pela ‘calma’ e sem ‘vedetas’ do PSD nacional. Quanto à logística, Jardim aguarda o regresso de férias do homem da ‘máquina laranja’, Jaime Ramos, que acompanhou o processo da demissão por telefone, pela voz do próprio líder. Mas será a tal campanha serena. “Eu já informei o partido de que se acabaram as cantorias, os artistas, o circo com elefantes”, afirma. “Há dificuldades económicas na Região e isto é uma campanha muito séria. Não é preciso uma campanha com muito barulho, porque as pessoas sabem o que se passou. Sei perfeitamente que não vou alterar a opinião de ninguém daqui até ao dia das eleições.” O máximo será ‘um cartazinho’ de propaganda e a cobertura dos Galáxia. Mas há inaugurações para animar a campanha,
    porque “isto não pára”.

    Deputados contra secretários

    Jardim admite ter conhecimento de um certo descontentamento das principais figuras do grupo parlamentar do PSD face ao trabalho de alguns governantes. O líder diz que seria ‘hipocrisia’ negar esse conhecimento, mas considera tal situação “normal em todos os partidos que são governo”.

    “Seria hipocrisia dizer que não tenho conhecimento disso como também seria alarmismo eu me preocupar com uma coisa que é normal nos partidos de governo”, desdramatiza, avançando com um exemplo. “Mesmo em Inglaterra, onde para se ser membro do governo tem de se ser membro do parlamento, há sempre outros deputados do mesmo partido que provocam alguma conflitualidade com os ministros.”

    Para Jardim, “até é bom que as pessoas discordem umas das outras”. Mesmo assim, não acha que o PSD-M tenha sido alguma vez um partido de conflitos internos ou de facções. “Uma das grandes missões do líder”, entende, “é fazer o papel de pai. Mesmo que os filhos tenham algumas discordâncias, há um momento emque ele tem de saber unir a família.”

    Nalguns casos, o ‘pai’ do PSD, em vez de unir, ordenou expulsões. Jardim contrapõe que foram “casos absolutamente gritantes de indisciplina partidária”.

    Ainda está fresco o caso de Virgílio Pereira, que saiu de vice do PSD por causa de críticas aos deputados. O líder Jardim nega que tenha havido expulsão ou sequer despromoção.

    “O prof. Virgílio Pereira assumiu uma posição como vice-presidente do partido que era inconciliável com a posição dos deputados, mediante umas críticas que foram feitas”, recapitula. “Como não foi possível encontrar uma solução de reconciliação, seguiu-se o que se seguiu. Mas o prof. Virgílio Pereira nunca foi afastado do partido nem o partido se aborreceu com ele. Nem a minha amizade por ele saiu comprometida. Continuamos a ser visita de casa um do outro”.

    Luís Calisto