[b]DIÁRIO - Então porquê o aparato de uma inédita demissão?[/b]AJJ - Precisamente para criar condições de realização de um programa de governo que faça a transição deste ciclo, em que a Madeira tem as suas infra-estruturas principais prontas, para um ciclo de predomínio da iniciativa privada e da internacionalização da economia. Para haver predomínio do privado, exige-se um novo sistema de incentivos e um novo quadro legislativo idealizado para o efeito. Inclusive, encomendámos a alguns juristas de nomeada em Portugal a preparação de legislação que nos faça ter um certo contrapeso em relação aos garrotes que Lisboa nos impôs.
Entrevista hoje no DN Madeira.
Ah pronto, já estamos a chegar a algum lado… então não é por causa do dinheiro que as promessas não vão ser cumpridas.
O AJJ sabe, eu sei, tu sabes, toda a gente sabe que a legitimidade que o AJJ tem para negociar com o Governo Central é exactamente a mesma se houver eleicões ou não. O que me está a parecer pela conversa dele (e agora estou puramente a especular) é que ele já há algum tem preparadas algumas medidas mais… “impopulares” para os madeirenses e que vão provavelmente incidir nos próximos 2 anos (talvez relacionada com a correccão que a Madeira e Acores têm de fazer por contribuirem neste momento para um saldo negativo de -0,1% no PIB nacional). Ora, é precisamente esta a fase em que o PS-Madeira vai tentar tomar de “assalto” o Governo Regional. Ao conseguir “prolongar” o posto por mais 2 anos, consegue pois implantar medidas impopulares, não sofrer eleicões nesse período e ter 2 anos para recuperar e vencer novamente daqui a 4 anos.