Tópico do Alberto João Jardim

Alguem em pode explicar o que se passou e o que ele pretende? Estive fora, volto e deparo-me com este “carnaval” à portuguesa…!

No caminho para ferias ainda o ouvi dizer que “eu” não tinha testículos… mas não liguei…

LOL olha que o MadeiraLion bate-te :stuck_out_tongue:
Ah, e o Bileao tb…

PS. Se todos fossem como o AJJ, o país nao andava na merda q anda :roll:

só quero saber o que aconteceu, ando mesmo á nora e só soube à pouco que se demitiu e se vai recandidatar… mas queria saber o objectivo disso

só quero saber o que aconteceu, ando mesmo á nora e só soube à pouco que se demitiu e se vai recandidatar... mas queria saber o objectivo disso

ele diz que nao tem condiçoes de prosseguir este mandato pois nao podera realizar aquilo q prometeu nas ultimas eleiçoes ja que o Governo central cortou-lhe o orçamento para o resto do mandato… portanto ele pede a demissao, recandidata-se e cria um novo programa para os proximos 4anos de mandato, ja com as restricçoes que lhes impuseram.
Penso que e’ basicamente isto, no entanto podem-me corrigir se estiver errado :roll:

Renunciou, volta a ser candidato, dá uma malha na oposição, faz novos orçamentos sabendo com o que pode contar e tenta fazer com que a economia da ilha não dependa tanto das birras do PM.

Muito resumidamente, foi isso :slight_smile:

só quero saber o que aconteceu, ando mesmo á nora e só soube à pouco que se demitiu e se vai recandidatar... mas queria saber o objectivo disso

ele diz que nao tem condiçoes de prosseguir este mandato pois nao podera realizar aquilo q prometeu nas ultimas eleiçoes ja que o Governo central cortou-lhe o orçamento para o resto do mandato… portanto ele pede a demissao, recandidata-se e cria um novo programa para os proximos 4anos de mandato, ja com as restricçoes que lhes impuseram.
Penso que e’ basicamente isto, no entanto podem-me corrigir se estiver errado :roll:

O bold é muito importante.

Neste caso penso que AJJ fez uma jogada de mestre, embora compreensívelmente criticável e hipócrita.

Qualquer observador mais básico compreende que a sua atitude não alterará a lei (nem percebo porque se tem de demitir para renegociar contratos MadeiraLion).

Mas este “corte” bruto de verbas permite-lhe jogar esta carta e:

  • garantir mais 2 anos de mandato, já tinha gasto 2 dos que tinha.
  • pulverizar (ainda mais) a oposição. O PS vai ser reduzido a cinzas, se AJJ fizer uma campanha à sua moda, como sabe, neste contexto.
  • Ganhar assim peso dentro do próprio partido, face aos “cubanos” que não o gramam.

Eu não percebo nada de finanças locais, não sei se as ilhas eram ou não previlegiadas, compreendo que o Governo tenha de cortar mas também é possível descortinar alguma vendeta política num corte tão duro que apanha o AJJ a meio do mandato, quando o mais natural seria fazer coincidir uma profunda alteração da lei com a aproximação das eleições nas autonomias.

ca nada, as regioes autonomas sao o cancro deste país… fomos nós que levamos o país a esta situaçao precária

Qualquer observador mais básico compreende que a sua atitude não alterará a lei (nem percebo porque se tem de demitir para renegociar contratos MadeiraLion).

O orçamento deste ano já é rectificativo :wink:

Não esquecer que ele é político e aproveitou uma das vias possíveis para chegar ao objectivo: atingir o mais possível o PS (tanto regional como nacional), cumprir planos de governo (nunca falhou um) para ficar bem com o povo e emagrecer os gastos da região (coisa que segundo ele já estava a ser feito).

Ele disse mais de uma vez que o Estado central podia fazer os cortes mas nunca a meio do mandato.

Aliás, toda esta questão tem muito que se lhe diga. Nunca vou esquecer o famoso fax de dia 23 de Dezembro às 21 horas :roll:

Editorial Data: 20-02-2007

Alberto João Jardim telefonou ontem ao Presidente da República para confirmar a decisão de se demitir da chefia do Governo Regional. O gesto diplomático, a minutos de se dirigir aos madeirenses a partir do Salão Nobre da Avenida Zarco, significa um interesse do político insular em evitar um total isolamento no contexto institucional português. Trata-se de deixar uma porta aberta ao diálogo num contexto em que se sente acossado pelos socialistas que fazem oposição na Madeira e são Poder nos Açores e no Continente. Jacinto Serrão, que ontem teve reacção imediata e apareceu na rádio e na tv à população colado à comunicação do Presidente do Governo, naturalmente conta com o apoio de José Sócrates e de Carlos César para uma campanha eleitoral que será decisiva para a sua carreira. Resta saber é se, no cado do primeiro-ministro, haverá receptividade a tal desafio, no clima escaldante que já se sente.

O desafio político da vida apresenta-se ao líder do PS-M mais cedo do que ele próprio supunha. Jardim está a jogar para tentar transformar 29 anos de desgaste político-partidário numa cruzada fervorosa contra aqueles a quem tem apelidado de ‘colaboracionistas’ e ‘traidores’ que trabalham ‘ao serviço de Lisboa’. Jacinto Serrão tinha um ano e meio para flagelar o reduto social-democrata. O Governo apoiado pelo PSD-Madeira estava a perder espaço de manobra para realizar as obras do programa vigente. José Sócrates e Teixeira dos Santos ameaçavam apertar mais o ‘garrote’. No próximo ano, o Governo Central deveria apresentar-se como salvador dos madeirenses a vários níveis, o que lesaria as ambições de Jardim relativamente às eleições regionais de 2008. Na verdade, não restava a Jardim outra táctica que não a que diz ‘a melhor defesa é o ataque’.

Agora, com o avanço para a dissolução do Parlamento e consequente realização de eleições antecipadas, Alberto João Jardim devolve o problema a Jacinto Serrão, sobre quem, caso seja cabeça de cartaz no acto eleitoral pelo lado dos socialistas, recairão as acusações de ‘traição’ virtualmente fundamentadas em posições dos deputados do PS que têm assento em S. Bento. Maximiano Martins, Ricardo Freitas e até Júlia Caré têm actuado na Assembleia da República sem quaisquer cuidados para com o seu partido na Região, metido numa luta política tremenda. Lá por Lisboa, parecem esquecidos da origem de onde partiram para o hemiciclo, deixando-se cair em atitudes absolutamente dispensáveis, que podem agradar ao PS nacional mas que embaraçam os companheiros que enfrentam adversários difíceis na Região.

É aí que Alberto João Jardim certamente vai colocar a ponta da lança, capitalizando o descontentamento, quiçá irracional, que a apregoada provocação de Lisboa aplica no orgulho insular.

Jacinto Serrão e a sua equipa hoje no Surdo são apanhados em contrapé. Sabe-se que havia uma programação intensa com vista às eleições de 2008, com estados gerais, presidências abertas e tantas iniciativas organizadas para galvanizar as hostes socialistas e desgastar Jardim. Com a vida facilitada, e independentemente da justeza ou não de provocar eleições, Jardim aproveita a colagem socialista a Lisboa para ir outra vez moralizado às urnas - com o bónus especial de poder renovar o grupo parlamentar e o governo, no que for preciso.

Demissão, reacção pronta e em directo do PS, coerência do resto da oposição: ontem aconteceu política na Madeira.

Luís Calisto, Diário de Notícias da Madeira.

O Jardim assim garante que o seu sucessor nao vai para umas eleiçoes com o PS em grande.

Este Jardim é um buçal

Alberto João pretende isolar a Madeira, construir um arquipélago com leis próprias, uma constituição personalizada para os madeirenses, criando aquilo a que apelidou de ‘Federação Portuguesa’. Este homem fala de democracia e luta contra os ‘fascistas madeirenses’, os socialistas do arquipélago, mas esquece-se da corrupção que há na Madeira, da pedofilia que por ali abunda e da pobreza que, quer ele queira quer não, continua a existir.

a pobreza foi o que me saltou mais à vista quando lá fui. Pareceu-me bastante medieval tudo o que não era funchal, mas em termos turisticos e de infra estruturas não se pode cruxificar o AJJ.

Creio que ele exagera um bocado nos ataques e na falta de educação para com o governo central do qual ele depende, mas tambem creio que ele é um Lider inato, porem há muito tempo no mesmo sítio.

a pobreza foi o que me saltou mais à vista quando lá fui. Pareceu-me bastante medieval tudo o que não era funchal, mas em termos turisticos e de infra estruturas não se pode cruxificar o AJJ.

As coisas nao sao bem assim. Bastante medieval? As coisas até estão a evoluir.
Ou entao é do que eu via à 15 anos, que me faz achar que está tudo evoluido.

a meu ver o contraste era enorme… Mas não duvido que tenha evoluído!

A Madeira passou de região mais pobre de Portugal para 2º mais rica em 30 anos (com a Zona Franca, mas o ministro das finanças disse que o peso disso é residual -conversa para lixar? quem sabe…-).

Há que dar mérito a quem tem mérito. Hoje em dia há centros de saúde em todos os conselhos da ilha, há escolas onde antes não havia, investimentos em transportes e comunicações… é só ouvir um velhote falar de como era a vida “naquele tempo” e ficar de boca aberta.

Quanto ao palavreado, pura estratégia. Com falinhas mansas a Madeira não tinha chegado aonde chegou!

Ponto nº 1: Até pode ser a 2ª mais região mais rica, mas se descontarmos aqueles que são ricos devido à especificidade (o turismo, hotelaria e afins) da ilha, as coisas não são bem assim. Aliás gostava de saber era das estatísticas sobre a força da classe média na Madeira. Isso sim era um bom indicador.

Ponto nº 2: Todos nós sabemos que muita coisa se tem desenvolvido extraordinariamente na Madeira à custa dos contribuintes do continente. Porque se os arquipélagos sobrevivessem só à custa dos contribuintes das próprias ilhas, aquilo era uma desgraça. E todos nós sabemos que as despesas públicas na Madeira (e também nos Açores) são percentualmente muito superiores às do continente. E mesmo assim o endividamento das autarquias e governos regionais continua sempre a crescer. E depois faz-me impressão que alguns dos meus impostos que vão para a Madeira sirvam entre outras coisas para financiar um clube como o Nacional (com meia dúzia de adeptos) e que com os dinheiros públicos consegue ser o 5º clube português com maior orçamento.

Ponto nº 3: Nada, mas mesmo nada (nem que seja o sustento) justifica que seja eliminado qualquer valor básico da democracia em detrimento de outras coisas. Valores como a liberdade não têm preço.

Ponto nº 1: Até pode ser a 2ª mais região mais rica, mas se descontarmos aqueles que são ricos devido à especificidade (o turismo, hotelaria e afins) da ilha, as coisas não são bem assim. Aliás gostava de saber era das estatísticas sobre a força da classe média na Madeira. Isso sim era um bom indicador.

Também gostaria de ver essas estatisticas mas não só da Madeira :slight_smile:

Ponto nº 2: Todos nós sabemos que muita coisa se tem desenvolvido extraordinariamente na Madeira à custa dos contribuintes do continente. Porque se os arquipélagos sobrevivessem só à custa dos contribuintes das próprias ilhas, aquilo era uma desgraça. E todos nós sabemos que as despesas públicas na Madeira (e também nos Açores) são percentualmente muito superiores às do continente. E mesmo assim o endividamento das autarquias e governos regionais continua sempre a crescer. E depois faz-me impressão que alguns dos meus impostos que vão para a Madeira sirvam entre outras coisas para financiar um clube como o Nacional (com meia dúzia de adeptos) e que com os dinheiros públicos consegue ser o 5º clube português com maior orçamento.
[b]Economia & Empresa - A maioria dos portugueses do continente fica com a ideia de que os madeirenses vivem à conta das suas contribuições. A que título a Madeira reivindica transferências do Estado?[/b]

Ventura Garcês (Sec Regional das Finanças) - As transferências do Orçamento do Estado para as Regiões Autónomas estão previstas na Constituição, por forma a compensar os custos da insularidade, designadamente com a saúde e com a educação que, no seu conjunto, consomem recursos na ordem dos 613 milhões de euros, se bem que as transferências do OE para fazer face aos custos de insularidade e desenvolvimento ascendam a 152 milhões de euros.

As verbas que recebemos do Estado, incluindo o Fundo de Coesão (205 milhões de euros) cobrem cerca de 33% das despesas com a Saúde e com a Educação, quando o Estado suporta a totalidade destas despesas em qualquer parcela do continente. É, pois, desonesto afirmar que madeirenses vivem à custa dos contribuintes do Continente, e muito pior ainda fazerem-se comparações com as parcelas menos desenvolvidas do país quando estas transferências, em 2006, representam 0,24% do Orçamento de Estado.

A mim faz-me impressão tantas outras coisas… mas não só na Madeira :slight_smile:

Sabes quanto é o passivo anual do Metro de Lisboa?

Pago com o teu, meu, nosso dinheiro :slight_smile:

PS: os Açores tiveram superavit em 2006.

Ponto nº 3: Nada, mas mesmo nada (nem que seja o sustento) justifica que seja eliminado qualquer valor básico da democracia em detrimento de outras coisas. Valores como a liberdade não têm preço.

Eu vivo em liberdade :roll:

Não há razão para criticar a reducão de fundos já que a Madeira segundo as estatísticas é a 2a região mais rica do País… é lógico que os fundos sejam redistribuídos.

Além disso MadeiraLion, esclarece-nos lá quais são afinal as promessas para a Saúde e Educacão do AJJ que segundo próprio não podem ser cumpridas e que servem de argumento para se recandidatar (já que pelo que percebi o dinheiro do Governo Central só serve para cobrir esses problemas).

Não há razão para criticar a reducão de fundos já que a Madeira segundo as estatísticas é a 2a região mais rica do País... é lógico que os fundos sejam redistribuídos.

Pois… a região mais rica sofreu algum corte? Como foi feita essa redistribuição de fundos?

Além disso MadeiraLion, esclarece-nos lá quais são afinal as promessas para a Saúde e Educacão do AJJ que segundo próprio não podem ser cumpridas e que servem de argumento para se recandidatar (já que pelo que percebi o dinheiro do Governo Central só serve para cobrir esses problemas).

Não devem ter a ver só com educação e saúde, mas posso dizer que o novo hospital central do Funchal foi adiado. Não sei, ponto por ponto, o que foi feito e o que falta fazer no programa de governo de 2004-2008.