Spoilers/Esclarecimento de dúvidas sobre a Saga "Game Of Thrones"

https://twitter.com/StephenKing/status/1130303184524726274

... o tabloide The Sun conseguiu o primeiros detalhes da primeira série derivada da obra de George R.R. Martin.

A novidade deverá se chamar Bloodmoon, e se passará cerca de dez mil anos antes dos eventos de Game of Thrones. Ela será focada em alguns dos elementos mais místicos de Westeros que ficaram meio sem respostas em Game of Thrones, como quem são as Crianças da Floresta, como os Caminhantes Brancos foram criados e o que exatamente foi a Longa Noite — basicamente, os eventos que compõem o momento histórico conhecido como Era dos Heróis em Westeros.

Gostei do fim mas não gostei da forma como chegámos até ele. Pressupondo que o fim das personagens principais é idêntico entre livro e série. Alguns detalhes:

  • O Bloodraven nos livros não é um robô e tem personalidade própria o que me dá algum conforto do Bran ficar no trono;
  • O tratamento dos Dothraki é surreal… quando um Khal morre eles revoltam-se e pilham tudo à volta… como vi no reddit após a morte da Dany devem ter todos morrido novamente depois de Winterfell /facepalm
  • Faz sentido o Snow ir para North of the Wall, é o único sítio onde pode ser ele mesmo e onde não esperam nada dele. É o sítio onde é “feliz”
  • Finalmente o Tyrion volta a ter um episódio minimamente decente, senti falta depois de 3 temporadas da treta.
  • Só o episódio final deveria ser dividido pelo menos em 2. O GRRM e a HBO queriam que a série tivesse 10 seasons com budget adequado para as mesmas mas os D&D é que rejeitaram porque queriam ir para o SW.

Enfim, ao menos passei a ter um fim e a conseguir imaginar o possível fim dos livros que nunca deverão sair.

Não só. Quer dizer, o Torgo Nudho andava numa killing spree momentos antes (já no episódio anterior também, matando tudo o que pudesse), estava ao lado da Dany cheio de ódio por todos os que se opusessem. O Jon mata a gaja e ele prende-o numa amsmorra durante N tempo até alguém vir e decidir o que fazer? Épá, até me podem falar da mentalidade de escravo e tal, mas um gajo cheio de ódio nem pensava. Teria muito mais sentido ele ver a morte da Dany, tentar matar o Jon, ver o Drogon a poupar o Jon e pronto, sem ser muito credível, era um bocadinho mais.

Aliás, como é que souberam que a Dany morreu? foi o Jon que contou, só pode. “Épá, aviso que matei a minha tia, o dragão veio, não me matou, derreteu o trono e levou a gaja nas patas não sei para onde”. “Foda-se, fizeste isso? Vamos lá prender-te e chamar os nobres apra decidir o teu destino”. O que é que impediu o gajo de a um “Onde está a rainha?”, dizer “sei lá, deve de andar por aí no dragão a derreter merdas. Achas que com um animal daqueles ela precisa da minha permissão ou de me informar onde vai? A última vez que a vi estava no dragão”

Não faz sentido existir patrulha da noite, a menos que falemos da criação de um exército noutro local. A muralha continua a existir sim, só derreteu um bocado. Mas não há ameaça. A cena do “é necessário haver um local para os criminosos e bastardos” não acolhe. Eles vão guardar o quê? Aliás, aquilo é tão importante que ele nem fica lá, baza logo.

Outra coisa que não faz sentido algum é a Arya conseguir arranjar malta disposta a meter-se num barco sem saber se do outro lado há terra ou quando chegam lá. É a mesma estupidez que andaram a ensinar durante anos nas escolas portuguesas, que os tugas foram um povo de marinheiros, que se fizeram ao mar em cascas de noz, sem mapas, sem informações, sem nada.

Como já disseram, quem se senta verdadeiramente no trono é o Tyrion, que o Bran, o gajo que já sabia que ia ser rei, na primeira reunião nem fica por lá. O gajo escolhido pela sabedoria, não quis saber.

Mesmo brutal. Um pormaior delicioso. Mas toda a fotografia nestes 4 últimos episódios foi muito, muito boa. Sim, até o episódio às escuras. :mrgreen:

Confesso que essa “time-lapse” me fez alguma confusão. :shifty:

Por muito que possa ter algum sentido, nota-se que a temporada final é uma completa desilusão face ao que foi toda a série. Haviam “n” de finais possíveis e imaginários e foram escolher os piores possíveis. No caso do Snow, mais valia ter matado a tipa e fugido lá para onde ele foi e nunca mais ninguém o via.

Sim, tudo muito apressado e sem lógica nenhuma. Nota-se que a história desta última season foi baseada nas notas do GRRM mas sem qualquer habilidade.

Nota do GRRM:
O Jon vai matar a Dany pois ele é muito correto e honesto e põe o dever acima de tudo.

Traduzindo na série o diálogo é literalmente:
“Tu és muito correto e honesto e pões o dever acima de tudo por isso tens de matar a Dany”

Tudo muito falso.

Eu aqui lembrei-me do primeiro episódio da série e toda a parte do Bran não ser capaz de aplicar o castigo que o Jon merece. Ele vai para a Night’s Watch não para ser castigado mas para ser premiado. É um pretexto para fazer com que:
1- O Jon sobreviva
2- Abdique da sua claim ao trono

É completamente irrelevante a NW continuar a existir ou não. Basta o Bran dizer que continua a existir mesmo que não tenha missão nenhuma excepto o “Guard the realms of men”.

Mais uma vez, qualquer subtileza que pudesse haver nestes últimos momentos foi pela janela devido aos timings envolvidos.

Quanto á Arya: existe terra do outro lado, no TWOIAF tenho noção que dizem que alguém já tinha feito aquilo antes e que deu a volta ao globo e foi parar a Este nos mapas deles, mas pronto é o fim de aventura para ela.

[b]Por que é que o final de Game of Thrones foi tão decepcionante[/b]

O final foi insatisfatório para boa parte dos fãs, que estavam acostumados com outro tipo de série. Uma teoria explica exatamente o que mudou.

Por Ana Carolina Leonardi

20 maio 2019, 17h05 - Publicado em 20 maio 2019, 14h50

George R. R. Martin sempre avisou que o final de As Crônicas de Gelo e Fogo seria agridoce. O que ele provavelmente não desconfiou é que a série – que ultrapassou os livros e encerrou a saga primeiro – terminaria descrita por boa parte dos fãs (e do elenco) como uma decepção completa.

Fato é que Game of Thrones mudou muito da 7ª temporada em diante. Muita gente percebeu a mudança, mas não sabia exatamente como descrevê-la. Até que surgiu uma voz no meio do ruído que soube explicar exatamente o que aconteceu. Daniel Silverman, um filósofo fã de sagas de fantasia, criou uma thread no Twitter capaz de cravar o que está na raiz desse estranhamento.

Como muitos fãs já desconfiam, grande parte da diferença entre o antes e o depois da 7ª temporada está na maneira como os roteiristas deram seguimento à história no momento em que ela ultrapassou os livros de Martin, e parou de ser adaptada em cima de uma narrativa já escrita.

A responsabilidade pela decepção geral, portanto, acaba caindo no colo de David Benioff e Daniel B. Weiss, os showrunners, principais autores da série para a TV. Mas Silverman, de uma maneira bastante racional, deixa claro que não existe nada de intrinsecamente ruim na maneira como os produtores trabalharam. Ela só foi radicalmente diferente do tipo de narrativa com a qual os fãs se acostumaram por 6 temporadas.

Vamos às diferenças?

Primeiro, Silverman explica que, na hora de começar a escrever uma história, um autor pode escolher algumas estratégias diferentes. Ele pode escolher ser um “plotter”, uma espécie de esquematizador de enredo. Antes de colocar qualquer palavra no papel, ele cria um esqueleto da história… Baseado no capítulo final.

Ou seja: um escritor, como plotter, sabe exatamente como quer que a história termine. Ele tem um gran finale claro em mente, e a partir daí trabalha de trás para frente para entender o que os personagens precisam fazer para atingir aquele final.

Benioff e Weiss agiram como plotters de Game of Thrones. Eles sabiam qual era o final que queriam – e entendiam que parte desse final tinha sido estabelecido por Martin lá atrás, quando ele começou a escrever a saga.

Houve um momento bastante específico em que os produtores criaram o esqueleto que levaria até os últimos capítulos: o final da 6ª temporada. Eles decidiram, ali, que a série teria mais 13 episódios, divididos em duas temporadas. E que, ao final desses 13 episódios, eles precisariam atingir o fim que estabeleceram, a qualquer custo.

Saíram dali com um checklist de onde os personagens chegariam e pelo que teriam de passar. E só aí foram escrever as temporadas.

O problema

Não existe absolutamente nada errado com essa forma de abordar uma narrativa, é claro. Colocar a ênfase no final da história pode ter um resultado positivo. Mas, se é assim, porque foi tudo tão decepcionante?

Bem, é que existe uma segunda forma de tratar a narrativa, como Silverman explica. De um lado você tem um autor plotter. De outro, você tem o que ele chama de “pantser”, um autor que tem uma ideia geral de onde quer chegar, mas que segue a narrativa segundo o tipo de personagem que ele criou.

George R. R. Martin é esse tipo de escritor: ele tinha pontos principais da história delineados, mas, a partir do momento em que cria e amadurece seus personagens, ele deixa que a personalidade desses personagens guie todas as ações da trama. Uma ação só é colocada no papel se ela faz sentido com relação ao espírito daquele personagem, e ao momento que ele está vivendo.

Martin, inclusive, costuma dizer que criar a saga foi como cultivar um jardim. Ele plantou seus personagens como se fossem sementes. Regou cada um deles. E, então, seu enredo passou a ser pautado por essas “plantas”, e pela forma como elas naturalmente se desenvolviam.

(Uma pequena digressão: a origem do termo “pantser” vem da expressão, também em inglês, “flying by the seat of his pants”. Ela se refere aos pilotos do início da aviação, que voavam com poucos equipamentos de auxílio, só sentindo as condições de voo e da aeronave. Eles dirigiam por feeling, mais ou menos como os autores pantsers fazem em suas histórias).

Bem, escritores como Martin pensam as histórias conforme as escrevem, apesar de também terem em mente um esqueleto da história. Eles sabem onde querem chegar, mas priorizam como vão chegar neste final.

Voltando, então, a Game of Thrones: o que surpreende, de fato, não são os destinos finais dos personagens, em si. Os produtores não imaginaram esses finais sozinhos – tem o dedo de George R. R. Martin ali também. Mas a prioridade de Weiss e Benioff era chegar a este final. Enquanto Martin, como vimos, prioriza como esse final é construído.

A mesma narrativa, com o mesmo final, poderia ter sido profundamente mais satisfatória – e é isso que esperamos dos livros, no dia em que eles forem finalmente publicados.

Existem vantagens e desvantagens tanto na perspectiva de Weiss e Benioff quanto na de Martin. Os plotters geralmente chegam a finais surpreendentes. Mas seus personagens, como diz Silverman, acabam ficando mais duros, e bem menos realistas. Por isso, a surpresa acaba sendo insuficiente para satisfazer quem acompanha a série.

Do outro lado, George R. R. Martin vive o principal problema de escrever como um “pantser”: às vezes, a história trava. Em alguns momentos, pode ficar difícil fazer com que os personagens avancem na narrativa sem que isso pareça artificial. Martin se recusa a criar atalhos artificiais para seus personagens – o que torna seus livros extremamente complexos de escrever conforme a saga se aproxima do final.

E o que dá para concluir de tudo isso?

A grande conclusão aqui é que não há problema em ser um plotter. Nem em ser um pantser. Só que essas duas formas de roteirizar uma história não se misturam muito bem.

Nos acostumamos por seis longas temporadas a personagens extraordinariamente bem construídos e repletos de nuances. Quem eles eram e como suas personalidades se moldavam era a principal matéria-prima de Game of Thrones. Os plot twists, nesse sentido, eram até secundários – só aconteciam porque o momento dos personagens assim permitia.

Até a 6ª temporada, os roteiros buscavam as coisas mais surpreendentes que poderiam ocorrer com aqueles personagens, considerando o que eles tinham vivido até ali, e a consciência própria que essas personas já tinham desenvolvido. A prioridade, de novo, não era o que acontecia. Era como acontecia.

Da 7ª temporada em diante, essas prioridades se invertem. Os roteiristas tinham um objetivo final, e cada capítulo era um passo dado em direção a esse objetivo. Com poucos capítulos disponíveis à frente, a narrativa acelerou muito – coisa que os fãs rapidamente perceberam.

Mas a verdadeira mudança era mais profunda que isso. Sem querer soar maquiavélico demais, o fim se tornou mais importante que os meios… Numa série que se tornou hors concours em construir esses “meios”. Como Silverman coloca brilhantemente: “Uma série cujo grande tema era o peso do passado passou a ser sobre o espetáculo do presente”.

Resultado: a sensação do público foi de que a narrativa passou por cima dos personagens, ao invés de caminhar com eles.

Para encerrar, deixamos aqui a thread original, com alguns exemplos extras dos diferentes desafios que Martin encontrou enquanto pantser, e da lógica dos produtores ao escolher como escreveriam o final.

https://twitter.com/DSilvermint/status/1125856091261136896?s=19

E este vídeo de Emilia Clarke, atriz que interpretou Daenerys Targaryen, imitando sua própria reação quando leu o roteiro final.

pic.twitter.com/ps3tzENE61— Eu (@Marcolan) 18 de maio de 2019
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Sabemos como você se sente, Dany.

Agora é rezar pelas sequelas ou prequelas e esperar também pela série do senhor dos anéis para matar o bicho deste género [emoji4]

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Ainda ontem dizia isso mesmo em conversa sobre a série. Não é tanto o final que desilude, mas a forma como lá chegaram. Escavacaram o que era o GOT, a sua essência, os seus personagens.

A sensação que fica é que vimos duas coisas…

Basicamente o Bronn tornou-se tipo a segunda pessoa mais rica de Westeros loool.

Bronn é o novo Lann the Clever… Um ladrão bastardo que formou uma das familia mais poderosas de todos os reinos.

Bronn através das suas acções acabou por chegar ao topo da cadeia e nunca traiu nenhum dos seus companheiros…

No final o Jhon Snow mostrou o traidor que é. >:(

Eu gostei da season ate, mas o final e ridiculo, mesmo em cima do joelho…

Nas cenas de bastidores, disseram que os dothraki morreram “todos” na batalha de winterfell mas dois episódios depois disseram que afinal estavam metade.

Quanto a uma sequela com a Arya, supostamente o GRRM disse que gostava de escrever sobre isso. Até és capaz de ver qualquer coisa, mas com outros argumentistas porque o D&D foram para Star Wars (vai ser lindo :lol:).

Mesmo assim, não percebo porque malham no D&D assim tanto. As temporadas 7 e 8 foram uma valente cagada por causa do cancro Daenerys, mas o GRRM já deu a entender que o fim é o mesmo. Quem não gostou do final, não vale a pena andar com ilusões. Vai ser praticamente a mesma coisa.

Consigo perceber o choro da malta que achava que o Jon acabava um Stark a sério ou a Sansa acabar com um grande amor porque eram os maiores desejo deles, assim como esse do Bran porque realmente não faz grande sentido.

Agora a Daenerys? Uma gaja que sempre matou inocentes desde o primeiro livro, e que nunca pensou duas vezes sobre o que estava a fazer? Não viu quem não quis.

Adorei o discurso à Hitler no final, ficou bem com ela no topo da pirâmide na temporada 4. :mais: O D&D e o GRRM fizeram muita m****, mas a Daenerys ser a vilã escondida não foi uma delas.

O Jon matou a Daenerys por amor à família contra a honra de ser vassalo dela. Fez o mesmo que o Jaime quando matou o Aerys e o Ned quando traiu o Robert ao acolher o Jon . Os três são a mesma coisa: Kingslayer, oathbreaker, a man without honour.

De qualquer das formas, o Jon ir exilado para a Muralha é dos maiores abortos narrativos que já vi. O que vale é que dá para imaginar a irmã a safá-lo no dia a seguir a ser coroada rainha e a levá-lo para casa.

O problema nem é o fim (excepto o Bran no trono) é sim como lá se chegou.

A não ser que o GRRM dizer que o fim é praticamente o mesmo seja muito liberal ou troll, chegou ver o fim da série para saber como é que os livros vão acabar.

Já sabes o final. A Daenerys é a má da fita e morre humilhada, o Tyrion é um vilão mas acaba recompensado, a Cersei e o Jaime morrem juntos e a Brienne fica a chuchar no dedo, o Theon morre e é a irmã que manda nas Ilhas de Ferro, e os Starks acabam todos infelizes e sozinhos (mas podes sempre imaginar que se reencontram no futuro próximo).

Queres ler esta m**** para quê? E pessoalmente digo isto sabendo que acertei em mais de metade daquilo que aconteceu. Meu rico senhor dos anéis.

Vomitei.

Não são só os bons que vencem no final.
Quem também vence é o Tyrion, que vinga a morte do irmão Jamie e da irmã Cersei, e assim se torna num verdadeiro Lannister, ao manipular Jon Snow, convencendo-o a matar a rainha dos dragões. Também convém não menosprezar o que um homem desesperado possa fazer, quando está na iminência de ser executado. Jon Snow foi uma autêntica cópia de Eddard Stark neste final.
Quanto aos Stark, triunfaram na vida, porque sobreviveram e assumiram posições importantes naquela sociedade, com destaque para o rei Bran the broken.

Um final brutal seria Jon Snow ser decapitado por causa de ter assassinado Dayneris Targaryen, tal como aconteceu a Eddard Stark.

O Bran ser o rei é o que mais me desilude no final.
Sansa Stark ser escolhida como rainha tinha outro impacto.

O GRRM já veio dizer que o final dos livros será diferente e que o Dumb & Dumber apenas replicaram em parte o fim dos livros.

Isso é uma leitura um bocado à volta do que se pretendia. O acto de Tyrion não foi de vingança pela morte dos manos. O acto de Tyrion foi a cópia do acto do mano. Pelos mesmos motivos.