Então a minha pergunta é a seguinte: se sem Liga dos Campeões e com um quarto lugar obtemos 12 M€ a menos em receitas (dos 46 para os 34), como é que fazemos para “dar a volta” caso venhamos a repetir a “façanha” a nível desportivo (é que as despesas operacionais mantêm-se acima dos 40 M€ e não as vejo a reduzir significativamente).
(angariar muitos milhões a vender jogadores é duvidoso, porque relembro que vendemos praticamente todas as jóias da coroa de uma vez só (e elas não nascem como cogumelos)).
Interessante mas também preocupante. Se bem que, pelo seu peso, estas rubricas têm que ser controladas, a sua redução reflete a falta de investimento no plantel, pois jogadores mais competitivos implicam maiores custos operacionais.
É um equilíbrio muito difícil mas que, está à vista, não sabemos gerir.
Creio que os passes do Moutinho e do Veloso estavam no nosso activo com valor zero, pois eram oriundos da formação. Quanto ao Tonel, também deveria estar a zero, já que foi adquirido há bastante tempo, tendo até (creio) renovado neste período.
Eu também! Contudo tenho também a convicção de que não será essa reestruturação que resolverá o desiquilíbrio de exploração da SAD, que só poderá ser resolvido com uma correcta gestão desportiva, o que manifestamente não acontece desde há muitos anos.
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Também vejo claramente que só assim se reverterá este ciclo de déficits. No entanto, ao não contemplar as receitas do Moutinho e do Veloso, este déficit de 26,4 baixaria para…13/14 milhões, o que, atendendo aos anteriores há esforço de contenção. Menos receitas igual ou inferior déficit teve de haver controlo do mesmo. Agora sem vitórias nada feito.
Já sei que há quem perceba de tudo e mais alguma coisa, aliás um bom exemplo é o teu amigo rui tansos que tanto fala de política, como de futebol como de moda ou cúlinária se for necessário e outros como ele, que falam e sabem sobre tudo e mais alguma coisa.
Eu não, discuto quando tenho o mínimo de conhecimento dos assuntos e neste caso não estou mesmo nada à vontade com estes relatórios, rubricas e números (não vais em 4 mil e tal comentários descobrir muitos nestas áreas).
Infelizmente não sou um dos famosos iluminados, mas ainda bem que os há e aqui.
Podias era ter feito um apanhado como aquele que eu elogiei logo que abriste o tópico, mas para quê, não é!?
Isto não me espanta!! Para o ano vai ser pior!! Este ano esbanjaram dinheiro!! Mudam de politica como lhes dá mais jeito!! Isto de aquisições avulso dá nisto, compram por catalogo caros e com grandes ordenados! O resultado vai ser o mesmo!! Compram em quantidade em vez de qualidade e gastam precisamente o mesmo, com piores resultados!! Agora juntem as vendas em saldo!! O resultado é o que se vê!!
Não podes competir no mercado com os Lampiões e Andrades, mas podes fazer aquisições "cirúrgicas" poucas mas boas e tinhas a formação para cobrir o resto,porque era essa a vantagem que tinhas em relação a eles, a formação! O que fazem? Destroem o que nos tem dado resultado e não melhoram a outra parte!! Tens a"galinha dos ovos de ouro" e o que fazes, mata-la!!?
Tinhas património e que fazem? Vendem em saldo, algum a ele próprios e restante aos amigos! Não era rentável, mas agora já é mudando de proprietário? Então não era? Porquê? Por má gerência!! E quem foram os gestores nestes últimos 15 anos?
E o "marketing" no SCP simplesmente não existe! Tem sido culpa de quem ? De certeza que não é dos sócios e adeptos!!!
E pior de tudo? Mentem e enganam os Sportinguistas com engenharias financeiras!! Abram a pestana!!!
Acho que isto é indesmentível e acaba por explicar o melhor estado financeiro do fcp. Mas ainda assim quando se pede que se invista mais para colher mais dividendos, isso também não pode ser feito sem critério.
Seria natural que, se o SCP investisse 100M€ na equipa de futebol, ganharia o campeonato, e quem sabe, a champions, mas isso tiraria nos da situação onde estamos? Provavelmente ficaríamos pior… campeões, é certo, mas ainda mais falidos…
Aliás, essas são as contas que eu gostava de ver escalpelizadas também quando se fala do slb e dos seus mega-investimentos. Volta e meia aparece alguém a dizer que o sucesso desportivo acaba por saldar esses investimentos. Alguma vez isso será possivel???
Nem o SCP, nem o slb, nem o fcp têm receitas à Real Madrid, de 400M€ ano, e mesmo que entrem numa espiral de sucesso desportivo internacional, as receitas nunca irão disparar (vide o fcp).
Isto sem querer explicar ou desculpar os resultados económicos apresentados, que reconheço terem bastante mau aspecto mesmo para um leigo como eu.
Uma coisa que acho que cada vez faz mais falta é a regulamentação/fiscalização dos investimentos no futebol. Existem cada vez mais casos de injecções de capital que aparecem do nada e que mais não fazem que secar tudo à volta, e criar realidades artificiais que depois todos tentam acompanhar entrado num poço sem fundo.
Em primeiro lugar, com a incorporação do valor da venda de MV e JM nas contas do exercício de 2010/2011 há logo um abate significativo ao prejuízo.
Em segundo lugar, o Sporting teve uma época que foi “anormal” em termos de espectáculo e receita, pelo que se prevê um acréscimo na mesma, a julgar pelas perspectivas que temos.
Em terceiro lugar, não temos a Champions, mas temos a Liga Europa, e havendo uma participação positiva, há também a entrada de algum “cash”. Embora aqui admita a possibilidade de entrar em montante idêntico ao da época anterior.
Em quarto lugar, as novas verbas relativas aos direitos de transmissão televisiva dos jogos da Liga aumentaram consideravelmente, com efeito a partir desta época.
Em quinto lugar, há sempre que considerar pelo menos uma boa venda no final da época que, se correr bem, acontecerá certamente.
Em sexto lugarr, a tão afamada reestruturação da dívida, que vai reduzir o volume de dívida de curto prazo e injectar liquidez no clube que lhe permitirá saldar algumas dívidas, abatendo outras fontes de passivo.
Finalmente, a criação do tal Fundo de Jogadores (cujos passes possivelmente servirão de garante a parte das operações de reestruturação da dívida) permitirá também algum encaixe, assim como a colocação de pressão sobre os responsáveis do clube para a valorização dos mesmos.
PS: Apesar de tudo ainda tenho que ler o ROC com mais atenção, mas pela leitura ligeira que lhe dei foram as conclusões que tirei.
Não percebo o suficiente para comentar com valor acrescentado. De qualquer forma, a ser verdade que está incluída a compra do Evaldo e do Torsi e não estão incluídas as vendas do Tonel, Veloso e Moutinho, parece-me um relatório satisfatório em ano que não participamos na Champions.
Outra conclusão grosseira é que sem sucesso desportivo, não há invenção que gere dinheiro de forma significativa.
Basicamente, estamos dependentes do trabalho de um grande treinador que passe por Alvalade enquanto ainda temos algum $ (por pouco que seja). Se é o Paulo sérgio, isso já não sei. Agora, parece-me inegável que o sucesso desportuvo dos próximos anos são decisivos para o futuro do Sporting. Precisamos de ser campeões como de pão para a boca.
Há quem diga que o valor do prejuízo é o esperado, que o relatório é satisfatório face à época que passou, etc.
Como se o que se esta a avaliar fosse o relatório, e não a época que passou!
Tirando a introdução ridícula e mais algumas tentativas de justificações da mesma índole, o relatório será a demonstração objectiva e inequívoca que a época que passou foi um desastre aos níveis financeiro e desportivo!
É a demonstração que a sociedade em questão é mal gerida. Ou em última análise, numa visão mais ampla, se pensarmos que em 15 anos apenas em um deles não deu prejuízo, concluímos que o próprio negócio / objecto da sociedade é inviável.
E que só sobreviverá enquanto houver patrimônio para vender. Ou então, quando alguém conseguir alterar a tendência de prejuízos crónicos.
A única medida estruturante que vejo aí são os direitos de TV que passam a fornecer sustentadamente mais cerca de 4 M€ por ano, tudo o resto são “remendos” para tapar temporariamente os buracos por onde estamos a perder dinheiro. E o que se faz nessa altura?
Vamos lá ver uma coisa… o Sporting tem se de decidir em relação ao que quer ser no futuro.
A contenção nos custos é real, sempre foi desde que Dias da Cunha e Paulo de Andrade pegaram na SAD. É uma estratégia que não me choca, pelo contrário, acho que não devemos subir muito acima do valor actual (sem contar com investimentos em jogadores) porque temos que ter em conta os limites da força do negócio do futebol em Portugal e não viver acima das nossas possibilidades.
O que se passa aqui é que não está a conseguir receitas suficientes para tornar consequente essa contenção de custos e mesmo quando esta é mais marcada basta uma época má (sem LC nem extrarodinárias quotizações e receitas de bilheteira) para as receitas ficarem abaixo das despesas uns 10 M€. Dez milhões de euros é muita fruta. E quando o Sporting consegue uma época razoável (mesmo que tecnicamente se deva dizer “insuficiente”) não consegue produzir receitas que ultrapassem as despesas (fica mais ou menos ela por ela, basta olhar para o R&C de 2008/09).
Não tendo capacidade para cortar muito mais (caso contrário é absolutamente inevitável o decréscimo na competitividade) teremos pois de concentrar-nos na receita. Podemos andar aqui a discutir para trás e para a frente formas de angariar receitas, mas de um modo geral a receita cresce de modo sustentado quando alicerçada nas vitórias ou na sensação de que se está muito perto dos títulos (tanto nas receitas directas como indirectas)… tanto as vitórias reais como as elevadas expectativas que potenciam o consumo só terão lugar caso exista um produto de qualidade, porque este é um desporto que vive da paixão e da saciação de níveis de prazer. Ou seja, o Sporting tem de mostrar que tem uma bitola suficientemente competitiva para ganhar títulos, mesmo que nem sempre os conquiste (mas tem de o fazer com alguma regularidade).
Portanto, se tiver “épocas boas” consegue o marginal financeiro necessário para ir vivendo sem o credo na boca e a urgência em encontrar financiamento a toda a hora… ao mesmo tempo que vai cumprindo o seu objectivo de existência, pois claro. Agora se por acaso calha de ser pouco competitivo muitas épocas seguidas e se não consegue apresentar um bom produto que convença minimamente os Sportinguistas de que tem qualidade para atingir o objectivo que se espera dele (os títulos) bem pode andar aí a fazer reestruturações e mais não sei quê que não lhe vai valer de nada. Vai chegar ao fim de cada ano a ter gasto mais do que angariou, mesmo sendo contido a gastar. E por isso vai andar ad-eternum neste ciclo decrescente até ser ultrapassado por outro competidor mais pujante e no final o que restará será um clube financeiramente entalado, com adeptos frustrados e que ainda por cima não ganha absolutamente nada.
Bem, mas isto é apenas uma pequena reflexão e quero que a vejam como tal e não como uma “profecia de desgraça”, nada disso.
Dentro de limites financeiros razoáveis um clube bem gerido pode ser competitivo.
Os rios de dinheiro que o Sporting deita ao lixo têm a ver com incompetência. Contratações tipo Pongole e prémios a apaniguados como o Freitas, o orc Mil-Homens e o Salema.
Não compreendo o exemplo do Rui Santos, nem a suposta amizade que nos deveria unir. Vai para o lote dos teus exemplos/argumentos, os quais é melhor ignorar, que replicar.
Fiz um apanhado claro, o qual optei por colocar como tópico, o qual reforço:
“PREJUÍZOS DE 26.4M€” no primeiro ano de mandato de Bettencourt.
Quando não há vontade em perceber o título, ou quando o teu entendimento/iluminação é intermitente. Não há muito tempo a dizer.
Tenho esperança que um dia a actual gestão consiga apresentar números positivos, pode ser que tenhas um momento de iluminação selectiva. Onde o conhecimento dos números já vão dar jeito para apoiar a actual gestão. Apenas teremos que esperar pelo ano, que tal irá acontecer.
Até lá continua a apoiar a mediocridade destes dirigentes, apesar dos seguintes números:
4º lugar a 28 pontos do primeiro;
26,4 milhões de prejuízos num ano;
Os quais tens de te esforçar muito, para não os compreenderes.
Surpreende-me imenso o espanto de alguns de vós. Então o Sporting não vai à Liga dos Campeões (menos 10 milhões de receitas PELO MENOS), gasta 20 milhões de euros em reforços em 8 meses, e vocês querem que o relatório de contas que NÃO inclui as receitas das vendas do Moutinho e do Veloso apresente resultado positivo ou pouco negativo?!
Desculpa mas está qualquer coisa mal. Esse valor aparece este ano e no ano passado nada. Tenho apenas conhecimentos básicos de contabilidade, mas ou pagámos agora os 1os 50%, ou pagámos outra coisa. Podes explicar melhor?
