deves ter perdido o season finale em que o Jesse elimina o outro químico precisamente para preservar a importância desta dupla. O Gus tinhas as filmagens e tinha o químico para substituir o Walter, e mais uma vez é o instinto de sobrevivência do WW que o faz antecipar-se e auto-preservar-se.
ATENÇÃO, SPOILERS
A tropelia de acontecimento negros que se sucedem a Jesse é que tornam a série tão angustiante. Enquanto Walter se safa, tudo à sua volta vai pagando pelos seus pecados: o seu amigo Jesse, o seu cunhado, o seu casamento… Esse conflito interior, da sobrevivência de Walter vs o bem estar de todos os outros parece-me claramente explorado para colocar o espectador com mais dilemas para decidir por si.
Quando acontece o que acontece no assalto ao comboio, é visível a angústia de Jesse e o estado “business as usual” do Walter. Tudo isto é premeditado para carregar ainda mais o lado negro de Walter, sempre sustentado da maior razoabilidade possível, afinal, é o ser mais racional da série.
A cleptomania nem foi muito explorada. O resto não vejo porque seja assim tão esticado. Para mim, está dentro do limite da plausibilidade, se ele não tivesse cancro supostamente terminal, um filho deficiente e outro a caminho, nunca se tinha metido no mundo das drogas. É este dilema que faz a série acontecer. Eu gosto deste paradoxo ético. Um pouco ao estilo de Dexter, IMO, e ambas funcionam bem com base nesses pressupostos…
ATENÇÃO, SPOILERS
Também muita coisa pode ser dita acerca do hype de Lost. Sinceramente, nem vou criticar porque não faz minimamente o meu estilo de série, mas não te parece ter sido também um caso em que os guionistas fizeram uma fuga para a frente e depois logo se vê? :inde:
Isto dos gostos tem porras, nem tanto à terra nem tanto ao mar.
Há séries melhores, mas ultimamemente nem são assim tantas. Homeland é claramente melhor, IMO, tudo o resto está demasiado próximo para não poder, sequer, fazer comparações.
juziel, aceito e compreendo a tua opinião (sobre Lost e Breaking Bad). ;D
É (claramente) diferente da minha, mas é isso que tem piada. Eu, por exemplo, sou fã acérrimo de Fringe - adoro aquilo! - e quase me vieram as lágrimas com o final de House MD, mas para alguns, são “más”. :great:
Sobre Lost - de Breaking Bad dificilmente conseguiria acrescentar algo que já não tenha dito anteriormente - não creio (de todo!) que o hype tenha sido exagerado. Lost foi “A” experiência em termos de séries. Tu tens ideia da quantidade de teorias que saíam na Internet (minutos após o episódio passar na televisão)? A quantidade de enigmas? A wikipedia de Lost? Lost - ao longo do seu reinado - deixou de ser apenas os 40 minutos de episódio, ou os 22 episódios por temporada, passou a ser um universo de opiniões, uma complexidade de histórias, uma pluralidade de explicações que ocupavam horas e até dias do quotidiano dos seus seguidores só na “perseguição” das tais justificações ocultas (que no fim defraudaram qualquer um).
Era de loucos. Eu já aqui o tinha dito mas repito, ver Lost em 2013 - ou daqui em diante - será sempre completamente diferente de ver Lost, in loco, com todo o buzz na Internet … para mim Lost, foi isso. :mais: :great:
Pois, mas isso para mim era sintoma de quem não sabia muito bem como unir as pontas. E daquilo que ouvi, não me parece que o resultado final tenha sido satisfatório. Atenção, nem sequer vi a série porque isso, manifestamente, não é o meu género, por isso, se estiver a ser injusto, é por desconhecimento aprofundado da causa. Fringe é mais do mesmo, no que toca a não ter visto, sequer, um episódio.
House saturou-me, mas ainda me lembro de ser agarrado ao manco, só que o padrão é muito constante, os desafios são engraçados mas não há a mesma absorção, o mesmo nível de “addictedness” que há com algo mais pesado.
Digamos que quando comparo House com Sopranos, The Wire, The Shield, é a mesma coisa que comparar erva com heroína. Mas que ninguém diga à minha frente que não era erva da boa… :lol:
Infelizmente, nada do que eu vejo hoje me parece estar ao mesmo nível do que foi feito há 10 anos, e essa é uma triste realidade. Mas não vou dizer que Breaking Bad é má à conta disso. É boa, muito boa até - para o panorama de hoje.
Eu já vi Sopranos, todas as seasons, várias vezes. Também está no limite da plausibilidade, se a Nancy Marchand não tem falecido aquilo ia dar uma grande volta com ela a mexer os cordelinhos e a pôr o Tony e o Junior a dançar ao som da música dela. São essas nuances, improváveis, mas não impossíveis, que dão o toque de magia nestes dramas. O Tony a pinocar uma russa só com uma perna, o episódio improvável de Pine Barrens, o Christopher Moltisanti a reencarnar a cena do Spider no Goodfellas, a cena de sexo da irmã a meter um dildo num dos capos mais hardcore da sua organização, o capo homossexual que foge para New England e aí enceta uma relação homossexual… muita coisa é criada e explorada precisamente para chocar as mentes, para colocar novos dilemas ao espectador comum, para o fazer ver alguns assuntos que de outro modo ignoraria. E sim, para fazer isso por vezes forçam um bocado, mas desde que o façam com graciosidade, it’s fine by me.
Há pouco falava-se de Prison Break. Nunca, em toda a p*ta da minha vida, vi nada como a primeira season de PB. Mas mesmo nada, rigorosamente nada. Todo e qualquer episódio acabava com a minha adrenalina a topo, tudo passava por um plano absolutamente rebuscado onde tudo tinha que funcionar ao milímetro, a roçar o limite daquilo que é verosímil e daquilo que só funciona mesmo em TV, mas acho que sempre conseguiu aguentar a estrutura ao longo dessa season.
A partir daí, ainda conseguem fazer um bom trabalho, nomeadamente na season 2, mas depois é complicado arranjar uma plot para manter todos aqueles fugitivos juntos durante tanto tempo. E como não é fácil, têm que forçar um bocado as coisas, perdendo bastante (IMO) qualidade à medida que a série se desenrola. E com isso mancham, de algum modo, a obra prima que era a ideia para a Season 1.
PS: Lost podia ser de loucos, mas não originou marchas de protesto na rua porque alguém decidiu escrever um episódio sobre o dia de Colombo na América… uma coisa é mexer com as pessoas na net, a outra é fazê-las sair à rua em protesto… :twisted:
Passado uns anos de ver a série, acrescento que os dias antes e depois de cada episódio ultrapassavam completamente a série e os seus guionistas. A velocidade de teorias e análise ao pormenor de cada detalhe era impossível de acompanhar. Todas as teorias, pormenores, mistérios, falsos spoilers de Lost elevaram para um patamar tal que no meu caso o final foi um desilusão caraças.
Nada que já não estivesse à espera depois de entender que nem tudo poderia ter uma conclusão porque simplesmente era impossível, culpa de muitos que colocaram as expectativas bastantes altas e dos guionistas que acrescentaram demasiados elementos ao argumento.
Não concordo que quem veja agora a série não entre no ritmo, claro que perde a expectativa de cada episódio e tudo que envolvia, mas o resto está lá tudo. Até se torna mais “fácil” de seguir a série, e penso que nem fique tão “desiludido” com o final. O mesmo digo para a série 24, quando vejo tantos elogios para Homeland, aconselho sempre a quem não viu a dar uma vista de olhos por 24, depois venha cá falar em ritmo alucinante. :mrgreen:
Aconselharam-me Breaking Bad, vou na 3ª temporada e realmente também adoro a serie.
Mas a comparação que tenho para esta serie é:
Sons of Anarchy… adoro e se tivesse de escolher entre as duas ia-me doer muito, mas sem dúvida: SOA!
Eh pá, eu avisei. Mas a série também já acabou há uns bons anos.
Além disso, não há nada de transcendente, o episódio mais marcante de que falo dá-se na Seaon 1, e são 6 seasons. Do resto que falei, nada é absolutamente relevante no desenrolar da série, não se preocupem…
Clichés existem em todo o lado, em maior ou menor quantidade, mas vão existir. É só uma questão de os trabalhar.
Há séries que eu consigo estar a ver, em primeira mão, e prever completamente para onde é que ela vai virar em cada momento, mas com Breaking Bad ainda há uma certa aura de imprevisibilidade, mesmo que aqui e acolá haja um melodrama ligeiramente previsível.
Eu adorava Rescue Me e a série estava cheia de clichés, mas que me punham a c@g@r de rir. Era uma série simples, pouco pretensiosa, mas chegou a deixar-me agonizado umas quantas vezes com um lado negro quase sem paralelo…
E isso é pergunta que se faça? Estás a guardar para quando? Estás à espera que saiam episódios novos?
Já pareço a minha avó: “eu ainda sou do tempo” em que para ver Sopranos tinha que me sentar em frente à televisão, religiosamente, todas as segundas-feiras às 22h30. Geração dos 720p… mimados do crlho…
[b]ABC to look at 'Star Wars' live-action TV series[/b]
ABC entertainment president Paul Lee says he’s going to take a look at the long-gestating Star Wars live-action TV series now that the Disney deal to acquire Lucasfilm is complete.
“We’d love to do something with Lucasfilm, we’re not sure what yet,” Lee told EW. “We haven’t even sat down with them. We’re going to look at , we’re going to look at all of them, and see what’s right. We weren’t able to discuss this with them until closed and it just closed. It’s definitely going to be part of the conversation. »