Para todos os efeitos, o rolo compressor do Amorim já não existia.
O Borges quando chegou ao Sporting, o clube estava em segundo lugar e completamente derrotado e deprimido, vindo de sequências de 4 derrotas consecutivas, duas vitórias sofridas com o Santa Clara e Boavista e um empate com o Gil Vicente.
Qualquer vantagem de pontos que o Amorim tinha, o João Pereira perdeu e ainda ficou atrás do Benfica.
O Borges, para o bem e para o mal, teve de conquistar a liderança e a sua própria vantagem, para não falar que ainda teve de gerir todas as lesões.
E um extra, teve de gerir também a pressão, mediatismo e expectativas de estar num clube grande pela primeira vez na sua vida, tudo isto, quando a época já ia a meio.
O Rui Borges não é o melhor treinador da história do Sporting, mas é capaz de ter sido o treinador que passou pelo maior trial by fire na nossa história e que ultrapassou mais adversidades numa época.
Primeiros jogos; Benfica, Vitória, Porto e Benfica.
Várias lesões, adaptações de jogadores a posições diferentes, chamar vários miudos da B para tapar buracos.
O melhor marcador esteve lesionado durante um mês e só pode substituir o homem com um miudo nórdico de 19 anos que tem 2 tijolos em vez de pés.
O segundo melhor marcador (Pote) do clube esteve lesionado mais que 5 meses.
A melhor coisa que fez foi reconhecer a falha na baliza e lá veio o Rui Silva oferecer alguma segurança.
