Racismo em Portugal e no mundo

Não sei se estás a fazer uma pergunta honesta, ainda assim vou ser um ganda bacano e responder com um recurso que deves guardar para a vida: Discurso De ódio

Queres então dizer que as milhares de brigas originadas por um “és um fdp” são sinónimo de que, em todas essas situações, os tipos eram mesmo filhos da ■■■■…

Eu acho que num contexto de um jogo de futebol muita merda é dita com intuito de perturbar o adversário. Desde preto a paneleiro, passando pelo filho da ■■■■ e outras figuras semelhantes, a conduta, apesar de censurável, não tem que ser necessariamente um caso de preconceito extremo e enraízado.

Apesar de reconhecer o problema do racismo, enquanto tal, isso resulta muito mais de experiências alheias do que daquelas próprias que vivenciei.

É muito fácil puxar da carta do racismo ou da xenofobia. E é extremamente difícil um gajo, que é acusado de tal, defender-se.

Achas que é muito diferente contar uma anedota com teor racista de contar uma anedota em que o objectivo é chamar burro ou preguiçoso a um alentejano? Melhor ainda, já que a comunidade brasileira é aquela que mais se queixa de racismo, é diferente contar uma anedota de pretos de os brasileiros contarem anedotas sobre portugueses e o estereotipo e o preconceito cultural que existe contra aqueles que, com grande probabilide, foram ascendentes dos imbecis que agora alinham nesse registo?

Há uns anos, conheci alguns brasileiros com quem lidava de perto. Um dizia que a polícia era racista e que perseguia os brasileiros. Quando lhe perguntei porquê, respondeu-me que andavam sempre a pedir os papéis aos brasileiros e que não o faziam aos portugueses. Ora, uma coisa que parecia de elementar simplicidade e justificação, como era o caso de muitos brasileiros estarem em situação ilegal, o que levava a que houvesse a iniciativa das autoridades em agir, era visto com racismo e xenofobia.

Mas quando isto vem de pessoas de estratos sociais baixos e com pouca instrução, um gajo revira os olhos mas tem alguma tolerância. Agora, quando vês gajos nos meios de comunicação social, supostamente cultos, a dizer coisas como as que disseram do Jesus e de outros treinadores portugueses e ainda têm o descaramento de dizer que os portugueses foram para lá com o discurso do colonizador, dá vontade de os mandar para o ■■■■■■■.

Mas andamos nós, num país onde há pessoas de tez escura no parlamento a dizer que Portugal é um país de gente racista, justificando todos os males profissionais e todas as frustrações pessoais com esse argumento.

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Fiz questão de frisar isto no meu post:

Agora se me perguntares o q é que faço se um gajo na rua me chama lampião, podes ter a certeza que se o dia me estiver a correr mal vou com tudo. Sou lampião? Antes preferia beber água da sanita até ao fim dos meus dias.

Em relação ao humor, bocas e afins, cada um tem que se aguentar à bomboca.
Se eu quiser contar uma piada, devo ser livre de o fazer. Se as outras pessoas escolherem ficar ofendidas, também são livres de o fazer, mas o objectivo não foi ofender, foi fazer uma piada e às vezes as piadas são más… Há que lidar…

Óh meu, voltando ao tópico, não quero confundir a beira da estrada com a estrada da beira.
É fácil o pessoal olhar um gajo de lado e de forma diferente (para pior) pq é diferente.

Olha este exemplo concreto:
Eu confesso que teria dificuldade para alugar a casa a um cigano, por exemplo.
Isso faz de mim um racista? Epá, confesso que sim.
Isso está errado? Talvez seja errado.
Alguém tem alguma coisa a ver com isso? Não.

Olha outro: tenho um bar/café onde dou a liberdade aos empregados de escolher a música, um black curte é de ouvir K-pop ou lá o que é, eu digo que: epá, não leves a mal, mas não vai dar pa trabalhares aqui que eu não gosto desse tipo de música.
É racismo? De jeito nenhum
O individuo poderia achar que eu era racista? Talvez sim porque está a ser formatado para tal.

Neste mesmo bar, por várias vezes, um branco e um preto apresentam exactamente as mesmas respostas nas entrevistas.
Se eu escolher sempre o branco, estarei a ser racista? Epá talvez de forma inconscientemente, mas sim.
Isso estaria correcto? Na verdade o negócio é meu, ninguém tem nada a ver com isso à mesma.

Agora, do ponto de vista social é fdd para o gajo não branco que vai invariavelmente ser preterido. Vai ter menos oportunidades, quando as tiver pode ganhar menos e vai estar sempre numa luta injusta sem ter feito nada por isso. Só porque nasceu no sítio errado à hora errada. O mesmo com o cigano que não arranja casa.

Os dois até podem querer mudar de vida, ambientarem-se melhor à sociedade onde vivem, mas vai sempre custar-lhes mais. Isto durante gerações e vai ser fodido e confuso para eles.

Mas os tempos mudam e as pessoas mudam também. Na minha opinião, cabe sempre ao pessoal na mó de cima, ajudar a malta que quer sair da mó de baixo e tentar incluir a malta sempre mais um pouco.
Espero ter conseguido explicar o problema racial, da forma como o vejo, sem ser woke, que na minha opinião é a coisa doentia que existe, mas ao mesmo tempo tento mostrar pq é q é fdd de dizer que racismo é sempre extrapolado.
Até pode ser sempre extrapolado mas, na minha opinião, é um problema chato de entender e resolver…

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Mas ora aí está um exemplo do que é, objectivamente, preconceito, sem que seja tão censurável. O preconceito, neste caso sobre os ciganos, resultam de um conjunto de comportamentos sociais dos seus membros (mesmo que de forma não generalizada), que geram alarme social. Já o povo de antigamente dizia que paga o justo pelo pecador.

E repara, um cigano não deixa de ter oportunidades na vida por ter nascido no sítio errado e com a etnia errada. Estamos num âmbito de um caso de uma comunidade que se fecha em si mesma, com as suas tradições, que se torna arredia da sociedade vigente. Uma parte significativa dessas comunidades auto exclui-se.

Deixa-me perguntar a qualquer pessoa se contratava um toxicodependente para trabalhar numa farmácia ou para estar por detrás de uma caixa registadora. Acho que (quase) toda a gente diria que não e estaria convicta de estar a ser razoável na sua apreciação.

No caso que apresentaste, não conhecendo tu a índole daquelas pessoas, mas sabendo que são ciganos e toda a “vox populis”, gera-se em ti o receio de algum problema poder vir a existir.

Eu tenho um conhecido que é mecânico e que tem um cliente cigano há muitos anos. Zero problemas, o homem é correctíssimo e sério. Certo dia, esse cliente apresenta-lhe um sobrinho para lá ir pôr o carro à oficina. Esse meu conhecido, pela recomendação que era, aceitou realizar umas reparações. Duas semans depois, tinha o tal sobrinho a dizer-lhe que ele tinha reparado mal o carro e que se não lhe pagasse não sei quanto de indemnização que o matava. A coisa chegou a tal ponto que o homem chegou mesmo a ter medo, especialmente, à hora de fechar. Até que falou com o tio e lhe relatou o sucedido. Dois ou três dias depois, tinha lá os dois, com o dito sobrinho a pedir desculpa pelo mal entendido (sim, um gajo dizer que vai matar o outro, é um mal entendido). Portanto, neste relato, tens dois polos opostos de comportamento. E em qual é que te vais basear para tomar as tuas decisões, quando não conheces as pessoas de lado nenhum?

É que é fodido um gajo ser inconscientemente preconceituoso por receio de se meter numa alhada, mas ser censurado por isso, quando todos nós sabemos de onde vimos e o que é a sociedade portuguesa e a sua rápida mutação nos últimos 20 ou 25 anos. Há coisas enarízadas nos nossos costumes que não passam de um dia para o outro.

Ainda ontem os mais velhos de nós ridicularizam a homossexualidade e hoje isso é mal visto. Como é que reeducas um gajo aos 40 ou aos 50 ou aos 60 anos? Isso leva tempo e em muitos casos nunca acontecerá.

E eu acho que, hoje em dia, a cena do preto, do cigano e do homossexual é muito diferente do que era, por exemplo, quando eu estudava, em que tudo era ostensivo e era aceite pacificamente. As coisas mudaram para melhor mas Roma e Pavia não se fizeram num dia.

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É verdade. Acrescento só 2 pontos:

  1. a velocidade de integração e aceitação que a sociedade teve para uns é muitíssimo inferior. (E bem, deveriam era ser as duas ao mesmo tempo.)
  2. Basta haver apenas um cigano que queira sair da esfera cigana para que a sociedade seja algo injusta com ele ao não ajudar. Temos direito a mandar ■■■■■? Claro que sim, mas lá que para o tipo que se esforça é injusto pa ■■■■■■■, na minha opinião, é. Mas também n sei se existe tão pouco, como disseste…

As pessoas têm de ser livres para ter os seus próprios preconceitos e falar deles sem terem o shaming social em cima. Caso contrário, a malta fica ressentida e adere a movimentos de extrema direita e aí sim, vai pagar o justo pelo pecador.

O caso mais estranho para mim de aceitação na sociedade, e um bocado offtopic, é que se eu disser que me sinto uma zebra, me pintar de preto e branco e andar de quatro as pessoas dizem que sou maluco, agora se sentir que nasci num corpo de mulher e quiser cortar o nabo fora está tudo OK, é um sentimento normal para se ter…

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Muito bem.

Acrescento um velho ditado que eu aprecio muito: “Dá-te ao respeito para seres respeitado.”

E nesse aspecto a maioria dos ciganos não respeita nada, nem ninguém.
( a não ser que seja um patriarca da familia porque de resto…)

Portanto é natural que muita gente não os respeite também. É reciproco.

Imgur

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#PTBigBalls

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:joy: :joy: :joy:

Parece que agora só pode haver as ditas etnias… O gajo terá percebido que se não há raças não pode haver racismo?..

O Ventura está com a voz mais fininha

Há uma certa razão…
A colonização de Cacilhas e Cova da Piedade nunca foi bem aceite pelos indígenas.
Almada devia indemnizar esses povos.

Ai esta terra ainda vai cumprir seu ideal, ainda vai tornar-se uma Almada Colonial

Ano fecha em beleza…

Incha porco!

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Topico errado. Ja esta a haver esta discussao noutro.

Então o Dino já veio comentar a morte de um taxista em Mem-Martins / Rio de Mouro?

Grande @Leonino :muscle:

image

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Hoje aconteceu-me uma boa com um cigano.

Fui às compras ao Lidl e quando estava na caixa, aparece um cigano com uma embalagem de hambúrgueres, batatas fritas, um pacote de bolos e cervejas e pediu para eu lhos pagar que era para dar comer à família, que estava do lado de lá da caixa à espera dele.

Eu disse-lhe que pagava tudo menos as cervejas.

O gajo insultou-me…