Política Nacional - Parte 4

Não tenho grande opinião formada sobre o Zé seguro.
Tem pinta de bom tipo mas sempre pareceu meio mole. O facto do encosta lhe ter feito a folha da maneira que fez não ajuda a apagar essa percepção.

Não sei se não será o menos mau dos que podem aspirar ganhar.
No entanto andou em flirts com o pateta do Pedro Nuno Sanros, por isso para mim em principio está riscado.

Não vi aqui ninguém a falar sobre o assunto, mas já viram as declarações do almirante iglu? Então um gajo que vem para cá, ao fim de 10 anos é tão português como os nativos. Já sei em quem não vou votar nas presidenciais

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Carlos Alberto Gonçalves Campos

3 h ·

SERÁ?

Luís Marques Mendes diz lamentar mas compreender os ataques do almirante Henrique Gouveia e Melo.

A explicação é simples e cirúrgica:

“Ele está a descer nas sondagens e eu estou a subir”.

A frase, proferida no passado dia 17 de outubro à margem de uma visita a um evento vínico, tem a marca de fábrica de Marques Mendes – a aparência de moderação razoável que esconde um golpe político certeiro.

Mas será que é assim tão simples?

Será que as críticas de Gouveia e Melo são apenas o desespero de um candidato em queda? Será que Marques Mendes é a vítima inocente de “ataques pessoais”? Ou será que estamos perante mais um exercício de manipulação narrativa típico da “politiquice” nacional que o próprio diz repudiar?

A Verdade das Sondagens

Comecemos pelos factos. A mais recente sondagem da Pitagórica para o JN, TSF, TVI e CNN Portugal, realizada entre 6 e 10 de outubro, revela que Gouveia e Melo lidera com 26,9% das intenções de voto, seguido de Marques Mendes com 20,3% e António José Seguro com 18,4%.

Existe, de facto, um empate técnico (considerando a margem de erro de 4%) entre Marques Mendes e o almirante, mas apenas no limite superior de um e no limite inferior do outro – ou seja, por meras décimas. Na prática, Gouveia e Melo mantém uma vantagem de 6,6 pontos percentuais sobre o candidato apoiado pelo PSD.

Mais relevante ainda: em todos os cenários de segunda volta testados, Gouveia e Melo vence. Contra Marques Mendes, o almirante ganha por 42% a 37% (cinco pontos de diferença). Contra Seguro, por 44% a 37% (sete pontos). E contra Ventura, por uns esmagadores 63% a 15%.

Portanto, dizer que Gouveia e Melo “está a descer” é tecnicamente correcto – em março tinha 35,9%, agora tem 26,9% –, mas omite o essencial: continua na liderança, continua a vencer todos os adversários numa eventual segunda volta, e continua com uma vantagem confortável sobre Marques Mendes.

Por outro lado, dizer que Marques Mendes “está a subir” também é parcialmente verdadeiro – em março tinha 25,5%, agora tem 20,3% –, mas esquece de mencionar que está em empate técnico com António José Seguro na luta pelo segundo lugar.
Ou seja, o verdadeiro combate de Marques Mendes não é já com Gouveia e Melo (que lidera destacado), mas sim com Seguro para garantir o acesso à segunda volta. E nesse combate, a situação está longe de ser confortável para o antigo líder do PSD.

A Hipocrisia da Campanha “Positiva”

Marques Mendes tem repetido até à exaustão que fará uma “campanha positiva e moderada”, que não recorrerá “a ataques pessoais”, que “não se vai descaracterizar” e que “não vai andar a dizer mal de ninguém”. No mesmo fôlego, acusa Gouveia e Melo de se “especializar em, dia sim, dia não, dizer mal de mim e fazer-me ataques pessoais”. Mais: afirma que o almirante “entrou pelos tiques da ‘politiquice’ nacional”, que não fala de soluções mas apenas de “ataques pessoais” e “intrigas”, e que “é por isso que está a perder votos”.

Pergunta-se: não são estas próprias declarações “ataques pessoais”? Não é acusar o adversário de fazer “politiquice”, de estar em queda, de recorrer a intrigas, e de ser movido pelo desespero das sondagens uma forma de… atacar? A diferença é que Marques Mendes domina a arte de atacar enquanto se apresenta como vítima, de desferir golpes enquanto proclama que não responderá “na mesma moeda”. É a velha táctica política de dizer que não se quer falar de algo enquanto se fala precisamente disso.[2]
O comentador Bruno Vieira Amaral, no Observador, foi demolidor: “Eu aposto que Marques Mendes, de cada vez que Gouveia e Melo fala, abre uma garrafa de champanhe, porque percebe que Gouveia e Melo perde cada vez que fala”.

E acrescentou: “Marques Mendes tem todas as razões para estar contente, até por causa das sondagens. Também é curioso como os políticos desvalorizam as sondagens quando estão muito atrás, mas quando as sondagens lhes são favoráveis sacam logo da carta das sondagens para apresentar”.

E foi exactamente isso que Marques Mendes fez: sacou da carta das sondagens para justificar os “ataques” de Gouveia e Melo, enquanto fingia estar acima dessa pequena política.

O Que Gouveia e Melo Realmente Disse

Mas afinal, o que disse Gouveia e Melo que motivou esta reacção de Marques Mendes? Na entrevista à agência Lusa publicada em 17 de outubro, o almirante afirmou que “Marques Mendes vai ficar com uma dívida ao PSD, e essa dívida vai ser-lhe cobrada”.

Explicou: “Sem o PSD não seria eleito. Portanto, ele vai ficar com uma dívida ao PSD. E essa dívida vai ser-lhe cobrada”. Defendeu que um Presidente só pode ser moderador do regime se for isento, e que Portugal não precisa de um “Cavalo de Troia” de um partido.

São estas afirmações “ataques pessoais”? Ou são questões políticas legítimas sobre a independência de um candidato que é apoiado por um partido político e foi ele próprio presidente desse partido? A pergunta de Gouveia e Melo não é uma calúnia – é uma dúvida razoável que qualquer cidadão pode ter: um ex-presidente do PSD, comentador político há anos, apoiado oficialmente pelo PSD, conseguirá exercer a Presidência da República com total independência face ao partido que o elegeu?

Marques Mendes respondeu invocando o exemplo de Mário Soares, Jorge Sampaio, Cavaco Silva e Marcelo Rebelo de Sousa – todos oriundos de partidos, mas que “depois foram independentes dos partidos, não andaram a fazer favores aos partidos”. É um argumento válido. Mas também é verdade que todos esses Presidentes tiveram, em diversos momentos dos seus mandatos, acusações de favorecerem os seus partidos de origem. Portanto, a questão de Gouveia e Melo não é absurda – é uma preocupação histórica recorrente na democracia portuguesa.

Além disso, Gouveia e Melo fez outra afirmação que incomodou: disse que se revê no modelo de Presidência de Mário Soares, considerando-o “o Presidente que mais gostei e que me revejo nele por diversas coisas, até como ser humano”. Esta declaração foi imediatamente instrumentalizada por André Ventura, que acusou o almirante de ser “cada vez mais o candidato do PS”. Mas será que admirar Mário Soares é um pecado político? Soares foi um dos fundadores da democracia portuguesa, combatente contra o fascismo, um dos arquitetos da entrada de Portugal na CEE. Discordar das suas políticas é legítimo; negar a sua importância histórica é revisionismo.

A Imagem Como Síntese da Contradição

A imagem anexada à pergunta do utilizador mostra Marques Mendes e uma citação sua: “Ficar com dívidas ao PSD? ‘Em matéria de independência, serei como Soares, Cavaco ou Marcelo’, responde Marques Mendes”. É uma declaração que pretende tranquilizar, mas que, involuntariamente, confirma o problema que Gouveia e Melo identificou: Marques Mendes tem de se justificar, tem de garantir que será independente, tem de invocar exemplos passados – precisamente porque a dúvida existe e é legítima.
Se Marques Mendes fosse verdadeiramente um candidato independente (como Gouveia e Melo, que não tem apoio partidário formal), não precisaria de se defender desta acusação. A necessidade de defesa prova que a acusação tem fundamento. E responder com “ele está a descer nas sondagens e eu estou a subir” não é uma resposta – é uma evasão disfarçada de superioridade.

Será?

Será que Gouveia e Melo ataca Marques Mendes por desespero das sondagens? Ou será que levanta questões incómodas mas legítimas sobre independência partidária que Marques Mendes prefere não responder directamente?

Será que Marques Mendes está realmente a fazer uma “campanha positiva”? Ou será que domina a arte de atacar enquanto finge que não ataca?

Será que a narrativa de que Gouveia e Melo “está a descer” e Marques Mendes “está a subir” corresponde à realidade? Ou será que omite que o almirante continua na frente, que vence todos numa segunda volta, e que Marques Mendes está em empate técnico com Seguro?

Será que os portugueses querem um Presidente com décadas de experiência político-partidária? Ou será que preferem alguém sem ligações formais aos partidos?

A única certeza é esta: quando um político diz que lamenta mas compreende os ataques do adversário porque “ele está a descer e eu estou a subir”, está a fazer exatamente o tipo de “politiquice” que diz repudiar. E isso, em si mesmo, já é uma resposta.

Permitir que um homem obrigue a mulher a vestir uma burka não é liberdade.

248? Está encontrado o problema da habitação

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Não é verdade.

O Quirgistão e o Cazaquistão, que nem se podem considerar países muçulmanos, proibiram. E a Argélia proibiu, mas apenas em serviços públicos, devido ao direito que as pessoas possam identificar as pessoas que as estão a atender (lei com o qual eu concordo perfeitamente, e aqui nos Emirados já se falou em fazer o mesmo). O mesmo com Marrocos, Egipto e Síria.

Posto isto, não é proibido nem na Turquia, nem nos Emirados, nem no Kuwait, nem na Indonésia, nem na Malásia… E, sem ser proibido, vai com o tempo caindo em desuso.

Nos Emirados cada vez se vêm mais famílias em que a mulher mais velha ainda usa niqab, e as filhas/netas andam de hijab, ou mesmo sem nada. Na Indonésia até o hijab já está a desaparecer…

Eu tenho a convicção que proibir até pode ter o efeito contrário. O efeito do ‘ai querem proibir? Então agora é que vou usar mesmo’! Mesmo em países muçulmanos, em que as pessoas são mais submissas, e cumprem regras. Mas é só a minha opinião.

Aqui, por exemplo, concordo plenamente com a medida de Marrocos: não é proibido usar esse vestuário, mas começaram por proibir a produção (e julgo que a venda tem restrições).

Não é só na Europa: 14 países com maioria muçulmana também proibiram a burca - Renascença Não é só na Europa: 14 países com maioria muçulmana também proibiram a burca - Renascença

Pois, mas essa notícia não está muito precisa. Não corresponde à realidade.

Como te disse:

Marrocos - poibição de produção e restrição na venda.
Argélia - Proibição em serviços (diferente de locais) públicos.
Tunísia - Igual à Argélia
Egipto - Proibição em locais públicos de ensino, após a casos de fraude em exames.
Emirados - Permitido, embora se discuta a questão da identificação em serviços públicos, sendo que é um caso especial porque há sete emirados, e são todos muitíssimo diferentes entre eles.
Indonésia e Malásia - muito semelhante aos Emirados. Hijab comum e aceite, burca e niqab a cair drasticamente em desuso, ilegal a obrigatoriedade em establecimento de ensinos, e discute-se a proibição por questões de identificação e segurança em serviços públicos.
Turquia - Foi LEVANTADA a proibição que existiu até 2013 do hijab, sendo que o niqab/burca é tão raro que nem se discute.

Depois os outros países que aí são mencionados, tipo Bósnia, Quirgistão, Tajiquistão, Uzbequistão, etc, são países de maioria muçulmana, mas que não são oficialmente muçulmanos, pelo que não se podem usar no argumento ‘até os países muçulmanos estão a proibir’.

Não sei se a informação está 100% correcta ou não, sei que o princípio está 100% correcto. Se preferires, há muitos países islamicos que desincentivam a cara tapada, independentemente do método para chegar a esse fim. Felizmente também já há países onde as mulheres até podem andar sem lenço.

Como já te disse acho bem que Portugal e a Europa proíbam qualquer tradição religiosa patriarcal, que faça da mulher uma mera posse sem rosto.

Não vou voltar a discutir mais este assunto. A lei foi aprovada, agora que seja implementada e cumprida.

E tu viste-me a incentivar ao uso em algum lado?

O meu ponto é só um: para desincentivar não é preciso proibir.

E, no Ocidente, onde culturalmente as pessoas acreditam que têm mesmo voz, quanto mais tu tentas proibir, pior.

Eu estou de acordo (plenamente) quando se diz que a mulher deve ter a liberdade de usar o que quiser, independentemente de religiões, culturas, maridos, etc. Também estou de acordo que, se eu for a um serviço público, tenho o direito de ver a cara da pessoa que me está a atender. Também entendo perfeitamente que tapar a cara levanta questões como as mencionadas (exames na escola, identificação e segurança).

O que eu não estou de acordo é que se discutam ninharias num país em que o uso de burca e de niqab é inexistente ou residual, e que essa discussão leve a uma proibição, pura e dura.

E não estou de acordo porque:

  1. Sei que o uso desses trajes vai cair em desuso, da mesma forma que o uso de lenço e de luto nas viuvas está a cair, por exemplo, sem ninguém ter de as proibir. E a minha avó usava por escolha dela, mas para que as vizinhas não falassem mal dela, por exemplo. Ninguém nunca se preocupou com esse tipo de ‘falta de liberdade da mulher’. E a minha avó era Portuguesa, e nunca saiu do país, em todo o tempo de vida.

  2. Para além do uso altamente residual, Portugal nunca teve a segurança, a identificação das pessoas, ou a autoridade policial em perigo porque uma mulher estava a tapar a cara. Se isso se pudesse efetivamente tornar um problema (como era na Argélia, na Tunísia, no Egipto ou em Marrocos), poderia compreender.

  3. Vindo do espetro político de onde veio o projeto-lei, só mesmo os ingénuos podem acreditar que a ideia deles era defender os direitos da Mulher, principalmente da mulher muçulmana. Pessoas que defendem que uma mulher casada não deve sair sozinha de mini-saia, estão agora muito preocupados que as mulheres muçulmanas não possam mostrar o corpo? Yeah, right.

Mas volto a dizer: continuem a discutir como se devem vestir 0.01% das mulheres residentes em Portugal, e continuem a deixar entrar toda a gente, a não acompanhar a oferta de habitação com a procura, a deixar apodrecer os serviços de saúde acessíveis ao comum dos mortais, etc! O que realmente importa é que há meia dúzia de maridos em Portugal que só deixam as mulheres sair de casa tapadas, e se é legítimo falar de pipis e pilinhas aos meninos e às meninas, antes dos X anos de idade. Isso sim! As grandes questões do nosso tempo!

Mas depois a culpa de Portugal ser atrasado é dos outros… Não nossa!

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Ja nao e a primeira vez que usas esse argumento estupido.

Existem varias coisas que o tornam estupido, mas as mais relevantes sao 2:

  1. A natalidade nao aumenta de 90 mil bebes para 180 mil bebes em 3 anos

  2. Um bebe quando nasce, da ao estado anos de preparacao para a sua integracao na sociedade desde a escola ao mercado de trabalho.

Nao da para vir com essa conversa palerma do ‘ah e tal mas o estado e que tem que dimensionar os servicos publicos a populacao que tem’ e depois comparar com o saldo natural demografico… como se num pais com 10 milhoes de habitantes fosse possivel dimensionar o que quer que seja para em 3 anos ver um aumento de 750 mil estrangeiros residentes legais (fora os outros) que corresponde a 7.5% da populacao.

Enfim… por isso e que nem da para discutir estas questoes pois apareceu em Portugal um novo tipo de negacionista.

Decrescimo de investimento publico? Nunca o estado gastou tanto em Portugal… a procura por servicos publicos e que tem crescido muito mais que os seus financiadores.

Nada, porque essa banda performativa nao esta abrandiga por ela lei. Continuo sem perceber a insistencia nesse argumento.

Verdade. Nao implica que nao se possa legislar na mesma, seja para os poucos casos que temos, seja como efeito dissuassor de uma cultura que nao queremos acolher.

Ou como a lei e generalista, impedir que quando isto se torne mais comum comecarmos a ter muita gente a aproveitar-se para motivos nao religiosos do anonimato que a burka da.

Entre muitas outras palermices. Eu quase nunca vejo ou leio nada dessa senhora, porque o pouco que li era de tal forma estupido que nem da vontade para saber mais. Mas neste pais discute-se muito porcaria que nao interessa a ninguem.

Nao causaria nao.

Quase que podemos comparar isto a nivel empresarial com crescimento organico vs crescimento por aquisicoes. O crescimento por aquisicoes traz sempre muito mais problemas.

A estrategia e sempre a mesma, ignorar a mensagem para atacar o mensageiro.

Eu gosto de poucas coisas do Chega, mas uma que gosto e adorava ver replicada na politica e esta posicao de aprovar propostas com as quais concorda venham de onde vierem e com que motivacao vierem.

Algumas completamente ruinosas, como o fim das SCUTs. Mas sao coerentes nesse aspeto. Agora ver pessoas ate aqui neste topico que sao a favor da lei mas ao mesmo tempo contra porque tem o apoio do Chega mostra bem o tribalismo em que estamos atualmente.

Mesmo…. nao fossem esses 248 russos e havia casas baratas para todos!
Mas atencao… eu gostava de ver mais explicacoes sobre porque ■■■■■■■ se removeu esta suspensao aos russos quando a Ucrania continua tanto em guerra hoje como em 2023.

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O problema da implosão do país é bastante complexa, e têm-se tornado muito dificil de resolver face às cada vez mais pontas soltas que vão aparecendo.

Temos um jardim cheio de ervas daninhas (“problemas”) e na minha humilde opinião aqui está uma das principais causas do nosso jardim apodrecido, e já muitas vezes salientada pelo Reavstone: a falta de contribuintes em Portugal que ganhem o mínimo, e suficiente, para pagar IRS.

Isto é como um condomínio dum prédio, se mais de metade das fracções do prédio não paga condomínio quando é preciso desentumpir os esgotos, arranjar o elevador, pintar a fachada do prédio ou reparar o telhado, a quem vai tocar chegar-se à frente com o que falta do dinheiro?

Os que têm as quotas em dia e sem penalização para as fracções em falta.

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Eu acho que muitas vezes, quase sempre, temos a “mania” de complicar tudo e fazer de tudo temas muito complexos e quase “científicos”…

Esta questão da Burka parece-me muito simples até…

A liberdade, todos sabemos, tem limites e por vezes o difícil é saber onde estão esses limites e aí compreendo que muitas vezes é uma matéria sensível.

Neste caso não vejo nada disso. Se eu quiser andar todo nu na rua, mesmo todo nu, não posso certo? Então porque raio de razão posso andar todo tapado (completamente tapado dos pés á cabeça?

Compreenderia a discussão e sensibilidade do tema se tivéssemos, por exemplo, a proibir o Hijab ou Chador, seria quase como proibir a mini saia a partir de x cm ou o decote até determinada parte do peito ou jeans muitos jutos e por aí fora.

Não é isso que está em causa, o que está em causa é uma questão de bom senso, como não posso andar na rua todo nu, mesmo que em casa o faça, também não posso andar na rua todo tapado mesmo que em casa o faça.

Muito simples.

Por outro lado esta proibição é para TODOS, homens, mulheres, religiosos, ateus, grandes, pequenos, nacionais ou não nacionais.

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isto

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Não ajuda quando, no nosso belo país à beira-mar, está implantada a ideia de que quem consegue enriquecer é automaticamente um chulo, um parasita e um criminoso, e que deve ser taxado até ao tutano.

Ah, e que uma pessoa que ganhe mais de 1500€ é considerado um privilegiado e rico…

Isso estaria bem dentro do que espero de um partido como o Chega.

Fazer bandeira de algo de praticabilidade nula, importando culture wars parvas do outro lado do Atlântico, disfarçando a coisa atrás da “defesa dos direitos dos menores”.

No fundo , é na linha desta questão da burka.

Que e repito, até concordo com a proibição.

O problema que tenho ( e presumo que outros também) não é que a proposta tenha origem num espectro político diferente.

É os motivos por detrás nada terem a ver com a defesa de grupos mais vulneráveis. E isto para quem os alega como fundamento da nova lei.

A hipocrisia aqui é essa. Ou também essa. Não é exclusiva de 1 dos lados.

Voces vivem num mundo muito bonito. Deve ser o mundo dos pinipons, onde todas as propostas sao feitas com as melhores das intencoes e nunca por interesse politico.

Como se fosse obrigatório que tudo o que é legislação seja para defender os grupos mais vulneráveis.

Antes de mais, o motivo é pouco ou nada relevante quando a lei faz todo o sentido do ponto de vista prático.
Depois, esta lei visa defender todos, mais vulneráveis e menos vulneráveis, independentemente daquilo que o partido Chega pensa sobre minoria A ou B.

O que faz confusão a muito boa gente é isto partir do Chega, o que é ridículo.
Eu odeio o BE e tudo o que representa. Sou a favor da legalização das drogas leves. Se eventualmente passasse uma proposta do BE sobre a legalização das drogas leves faria algum sentido eu ser contra só porque vem do BE? Por favor.. É por estas merdas que já ninguém pode com a esquerda Woke.

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