Diz-me lá o discurso do ■■■■■■ do Marcelo, pareceu-te bem? É que se aquilo que o Marcelo andou a dizer no dia de Portugal, para ti foi bonito e aceitável…
Se há coisa que não faço é perder tempo com o Marcelo. Sou sincero contigo quando te digo que ouvi zero palavras do discurso dele. Nem sei qual o conteúdo.
Mas os portugueses não são de origem genética homogénea. Julguei que fosse ouvir que os imigrantes são portugueses puros, ou qualquer coisa do género, ou que devemos reparações históricas às ex-colónias.
Não sou perito mas o que ele disse não parece factualmente incorrecto.
Sim, não temos uma origem genética homogénea, somos uma mistura entre os povos que já cá estavam e os que invadiram a península, mas daí a dizer que não há ninguém que possa dizer que é mais português do que o outro? Eu não sou mais português que o zuca que imigrou para cá há 3 anos?
Claro que és. Não me pareceu que ele estivesse a falar dos imigrantes recém chegados. Pareceu-me que ele estava a dizer que dentro de Portugal não há quem possa alegar ser originário de uma raça pura. Como acontece com mais facilidade nos países do norte da Europa.
Incrivel como um post tao curto sumariza tao bem aquilo que devia ser a opiniao racional de qualquer cidadao ocidental.
E bem, porque vamos ser sinceros… aqueles que se ofendem com isto alem de serem uma minoria, sao os mesmos que nunca votam a direita do PS porque vai contra a sua visao do mundo.
Espero que nao seja a primeira vez que o Montenegro nao tem medo de fazer algo contra a vontade daqueles que nunca irao votar nele de qualquer forma.
Eu acredito que teve um duplo significado. E bem. Depois daquela patetice do 10 de Junho…
O que ele disse foi mais uma de muitas palermices que tem caracterizado o seu mandato. O que raio interessa a ancestralidade genetica nesta discussao? E que se vamos por ai… todos os cidadaos do mundo sao ‘mixordias’ geneticas excepto se tiverem vivido isolados nos ultimos 2000 anos. O que nao foi o caso.
E obvio que eu que nasci em Portugal, sou filho de portugueses nascidos em portugal neto de portugueses nascidos em Portugal sou mais portugues que alguem que esta neste pais ha 5 anos e conseguiu obter a nacionalidade. Nao a nivel legal, mas a nivel cultural e inquestionavel. Quanto mais nao seja porque eu fiz toda a minha escolaridade neste Pais e fui educado nesta comunidade.
Alias, a propria extrema esquerda tem situacoes em que reconhece isto. Nao foi o Rui Tavares que ate discursou em Mirandes no parlamento? So que a habitual hipocrisia faz com que defender o mirandes e a cultura mirandesa seja legitimo mas depois e um crime de lesa patria defender a cultura portuguesa como um todo.
Entao neste contexto achas que ele estava a falar de quem, do cidadao do Porto que considera os de Lisboa Mouros? E essa a discussao do momento?
O que o Marcelo tentou fazer foi continuar o discurso da Lidia Jorge. Um discurso que ele tem defendido desde a primeira hora por motivos puramente pessoais, para tentar ‘eliminar’ o seu legado do regime fascista.
Quando é que alguém se pode considerar português? Necessita obrigatoriamente de cruzamento genético com um local? Em que grau?
Um preto cuja família esteja em Portugal há três ou quatro gerações mas sem cruzamento genético não é português?
Para mim patético é começar a dar muita relevância a esta questão, ainda mais patético sendo em Portugal.
O que importa é ter uma imigração equilibrada e se a pessoa é honesta e trabalhadora.
Eu poderia argumentar que mesmo tendo um perfil diversificado, que nós só somos semelhantes aos espanhóis, logo diria que sim, que embora não exista uma raça pura portuguesa, existe uma raça ibérica.
Logicamente que não existe raça nenhuma única em portugal, raça lusitana é uma raça de cavalos, acho que foi uma expressão pobre por parte do primeiro ministro ou da equipa dele, é uma expressão compreensível mas a quem eu atribuiria a alguém que não o primeiro ministro português.
Cada vez mais entendo as palavras do Marcelo quando disse que o Ervilha era um “rural”.
O que importa é que o povo local não desapareça, para dar lugar a imigrantes do outro lado do mundo.
Portugal is gay.
Os espanhóis até são tendencialmente mais morenos que nós, logo devem ter mais sangue berber, o que até tem alguma lógica, pois tiveram uma ocupação árabe mais longa.
Isso já é outra questão com a qual concordo. É importante manter a homogeneidade cultural, porque isso no fim é o que faz um país. A imigração deve ser em números que permita essa aculturação.
Nao leste o que eu escrevi?
Nasceu ca, tem ascendencia ca, e educada ca e portugues ‘puro’ (ou o que lhe queiras chamar, nao gosto muito de ser ‘puro’ porque da ideia que existem ‘impuros’).
Continuando no exemplo da cor da pele - um preto que tem pais portugueses, nasceu em Portugal, foi educado ca e esta plenamente integrado na comunidade nao e mais portugues que um Mamadou Ba que veio para ca adulto, sem qualquer ligacao ao Pais ou a sua historia e que viveu mais tempo em outros paises que em Portugal?
Para mim e.
Isto serve tambem para os nossos emigrantes. Muitos tem nacionalidade portuguesa mas nasceram la fora, cresceram la fora, receberam educacao la fora.
Entao tens de mudar de cor politica, porque isso e precisamente o oposto daquilo que a tua corrente politica defende.
Eu acho que a homogeneidade cultural e fundamental para o sucesso de um Pais. Mas eu sou de direita.
Para mim também. Sinceramente não sei o que Mamadou Ba está cá a fazer, eu não viveria num país que não gosto. Ou se até gosta devia exprimir-se melhor, Portugal não é só o Mário Machado.
Isso não tem a ver com esquerda ou direita, é apenas bom senso. O BE não é o dono da esquerda em Portugal, tanto não é que foi recusado pelos portugueses devido ao seu extremismo.
A raça portuguesa é o ethos português…, pode ser?
Quem acha que o Montenegro se estava a referir a uma raça lusitana ariana superior só pode ser doente da cabeça…
não é isso. Logicamente que o contexto da raça lusitana era atitude/esforço/capacidade de sofrimento/índice de trabalho/etc… característicos muitas vezes atribuidas aos portugueses, se “raça lusitana” era o termo mais adequado provavelmente não, se tem algum mal… também não, pelo menos pelo contexto, se é o termo mais feliz ou mais elegante? definitivamente não.
Além do mais… usar duas vezes, sobretudo depois do ruído da primeira vez, acho pouco inteligente, é ruído e desgaste totalmente desnecessário, sobretudo quando toda a gente o quer colar ao chega.