Política Nacional - Parte 2

Se calhar e’ essa a solucao que faz sentido, eliminar o genero de tudo. Pq de facto tb nao e’ correcto dizer as deputadas, pq eu nao sei se todas elas se identificam como mulher.

Proponho deputes. Le-se the putes.

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Daqui a 30 anos todos falaremos mais em inglês com tiques abrasileirados do que Português portanto é indiferente…

Já estou a imaginar aquele centro de Lisboa cheio de nómadas digitais.

Mas continua a ser masculino…

Máfia é feminino, ainda se ofendem

Só na forma gramatical, porque na essência não tem qualquer propriedade ligada ao género masculino, é abstrato. Portanto não levanta qualquer ambiguidade de significado. E se não levanta ambiguidade, e se todo o nosso léxico já está definido em dois géneros, não havia grande vantagem em alterar a forma de milhares de palavras só porque o género gramatical não tem correspondência com um género natural.

Por outras palavras: toda a gente sabe o que significa “um grupo” e não é por ter um género gramatical masculino que as pessoas deixam de perceber o que significa. Mas quando se diz: “os deputados”, tanto pode querer dizer “os deputados do género masculino”, como o grupo de pessoas que inclui deputados e deputadas. E portanto aí tem de se clarificar e especificar com mais palavras, quando se houvesse substantivo neutro isso era escusado.

Portanto, alterações sim, mas apenas nos casos em que isso tornasse a comunicação mais eficiente e clara, também não creio que alguém fosse defender uma reformulação completa da língua.

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Eu nem sei como chegamos até aqui como país com tamanho problema por resolver…
Um autêntico drama…

Se as alterações que sugeres são para tornar a comunicação mais eficiente e clara então são desnecessárias. A linguagem já é clara e eficaz como é. Excepto quando a decidem complicarar no acto legislativo

Se a questão não tem nada de problemático, então também não sei qual seria o problema em escrever “alunes”, “enfermeiros”, “deputades”, etc.

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Imaginem quem decide estas coisas ser malta sem neuronios funcionais como a malta do BE e realmente avancar com isto… se com o acordo ortografico ja foi o que foi… :smiley:

E que saindo da parte ridicula da discussao (se devemos dizer deputades em vez de deputados), a parte da implementacao iria ser impossivel.

Diz-me ai uma situacao real em que quando se fala em deputados, alguem se esteja a referir exclusivamente aos deputados do genero masculino :slight_smile:

porque é parvo, só isso.

Temos uma língua linda e milenar.
Já cagam em cima da história, dos monumentos, e agora querem cagar em cima da língua.

Volto a referir, criem um dialeto, comunique com esse dialeto quem entender, mas deixem a Língua Portuguesa e quem quer falar português em paz.

E as músicas, os poemas, a nossa cultura e a nossa história? Também teriam de se adaptar à maluqueira?

Os deputados odeiam o feminismo. Nesta frase os deputados sao exclusivamente homens brancos.

Estas a ser preconceituoso ao assumir que as deputadas tambem nao podem odiar o feminismo :smiley:

Neste parlamento essa frase nunca seria problema porque uma das deputadas do Chega cai nesse grupo

E quem é que está contra a língua portuguesa? Tu é que não entendes que as línguas não são estáticas e evoluem, às vezes mais depressa do que se pensa. Basta que comece a haver um número significativo de pessoas a dizer “alunes”, “deputades”, etc. que a Academia das Ciências começa a incluir esses termos nos dicionários e eles passam a fazer parte do léxico português. E depois, és tu que vais dizer que não senhor, que isso não é língua portuguesa?

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Claro!

Olha ai uma adaptacao minha do Camoes

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As armes e es barões assinalades,
Que de ocidental praie Lusitane,
Por mares nunca de antes navegades,
Passaram ainda além da Taprobane,
Em periges e guerres esforçades,
Mais do que prometia a força humane,
E entre gente remota edificaram
Nove Reine, que tanto sublimaram;

Mas é evolução porque tu dizes?
Algum dia isso é evolução de alguma coisa?

Felizmente a taxa de maluquinhos em Portugal é baixa, e mesmo esses por enquanto estão mais entretidos com os combustíveis fósseis e a vandalizar monumentos e arte, por isso não estou preocupado…

Não pá, é porque constato a realidade histórica e sei a definição de evolução. A dos dicionários, não a tua.

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Ai é ? Então se é assim tão óbvio fico pacientemente a aguardar por o resto do país te dar razão e ver a tão aclamada evolução baseada na realidade histórica a acontecer…

É que a alternativa é que só tu e mais meia dúzia enquanto fazem uma pausa do protesto, isto se não tiverem a mão ou a testa colada a uma parede qualquer, vêm aí uma evolução, e o resto do país está-se positivamente a cagar para a tua realidade histórica e evolução :sweat_smile:

ps. Pá não, pé sff.

Não quero cá a’s associados a mim, que não sou nenhuma gaja. :laughing: :laughing:

Quando foi o acordo ortográfico também houve muito choro e os resistentes que ainda escrevem como “antigamente” (e os híbridos, que escrevem das duas maneiras por estarem em contacto com ambas, como é o meu caso=. O primeiro foi um fenómeno passageiro e o segundo é um fenómeno que vai acabar quando as gerações mais velhas morrerem.

Não há muito a dizer sobre o tema dos géneros. Se a pressão para mudar for muito grande, é isso que vai acontecer. Se a pressão para mudar for essencialmente das gerações mais novas, também vai acontecer porque serão essas gerações que mandam no futuro. É uma questão de interesse e de tempo que vai ditar se muda ou não muda.

Tem tudo a ver, só que não…

É que o acordo ortográfico tinha um propósito claro e bem definido, e foi um acordo entre várias nações de forma a simplificar e aproximar as várias formas de falar português.
E mesmo assim foi a polémica que foi.

Sabes o que é que é comum em todas as formas de falar português?

Pronomes masculinos e femininos.
Nunca ninguém reclamou disso, a não ser estes neo revoltados que têm de reivindicar uma causa qualquer por dia senão começam a coçar-se todos.

Mas eu até gostava de ver um referendo ao assunto, ia ser giro :laughing:
Lá porque meia dúzia têm tempo suficiente para fazer ruído com força, não significa que o resto do país esteja a virar idiota.

É impressionante a supremacia cultural americana sobre as culturas europeias quando até homens feitos já alinham em mudar a gramática portuguesa. Espertos foram os franceses que os toparam a milhas