A pressão devia incidir sobre o saber escrever. Nem o básico dominam e estão preocupados em inovar a língua. Típico. Ignorar o fundamental e se focar no acessório, na pintelhice.
Não percebo que raio tem uma coisa a ver com a outra mas tu pareces ser uma pessoa muito bem informada, lá saberás do que falas.
Eu não percebo é pq é que se isto é tudo evolução natural, se precisa de debater em parlamentos e o caraças. Se é natural, vai ser adoptado naturalmente. Como o k que os putos metem em tudo.
É esperar que aconteça. Naturalmente.
Ah, então é para fingir que essa “causa” é defendida amplamente por todo o espectro político e não apenas por extremistas de esquerda, maioritáriamente do BE, que estão invariavelmente ligados à cultura woke, e que entre demais maluqueiras quer andar a devolver artefactos à Africa, destruir monumentos e colar a testa ao chão e mandar sopa a quadros porque tá na moda defender o ambiente de formas parvas e que contribuem absolutamente zero para a causa?
Vamos fingir que não são sempre os mesmos a lutar pelas parvoíces tipo esta?
Pois, eu só sei que dei a minha opinião pessoal sobre uma questão gramatical, e não sou ativista ambiental, nem de extrema esquerda nem não binário, por isso não me revejo nessa tua crítica.
Mas sim, estas questões vão começar a fazer parte do quotidiano com o tempo dada a extrema doutrinação á qual os mais jovens estão a ser sujeitos. Mas verdade seja dita que doutrinação existiu sempre na história, fosse ela religiosa, conservadora ou progressista. Simplesmente não deixa de ser doutrinação só porque concordamos com ela
Não há cá grupes.
A juventude so se preocupa com estas questoes enquanto nao ocupam a cabeca com questoes a serio como pagar renda, contas e alimentacao e ainda poupar para casa e carro.
E natural. As vezes parece que muita gente se esquece como era quando era jovens… E como o Ocupa pelo fim do fossil. 95% dos putos querem faltar as aulas… vejam a opiniao desses miudos daqui a 10 anos.
Podem usar a ‘doutrina’ que quiserem que no final do dia, as questoes que ocupam a cabeca dos adultos vao ser as mesmas daqui a 40 anos que sao a data de hoje.
Eu mesmo dou-me com pessoas que há 6/7 anos apoiavam essas causas todas, votavam no BE e já se deixaram disso. Mas é algo que prevalece cada vez mais, há varias pessoas com quem me dou, ali na casa dos 21-31 anos, muitas já trabalham e olha que há muita malta das causas aí, especialmente mulheres. Se a bolha um dia vai rebentar é que já não sei, mas isto parece-me que veio para ficar
A questão é que por cada um que se extremiza mais à esquerda, há outro que se extremiza à direita porque está farto dessas merdas.
É um fenómeno que qualquer um de nós certamente já assistiu.
Como é que isso vai acabar não sei, mas a extrema direita ganhou tremenda relevância nos últimos anos e não foi por acaso que isso acompanha o crescimento da cultura woke…
Eu conheço várias pessoas afiliadas ao chega simplesmente por causa dos “valores tradicionais”, e tá-se a cagar para os valores extremistas de direita, simplesmente querem uma forma de travar a parvoíce antes que esta tome conta do centrão também.
Sim, 100% verdade. Aliás, mesmo a extrema direita de hoje já não anda a defender mulheres em casa, proibição do divórcio e outras coisas que há 50 anos eram comuns, embora ainda defendam outras palermices. E daqui a 30 anos deverão ser compostos por pessoas que defendem os valores dos anos 90/2000, que por essa altura já serão uma minoria e encontrarão neles um último reduto da sociedade em que cresceram
Muito me engano ou daqui a uns anos coisas banais como mandar umas caralhadasna net, pegar no carro e ir para onde queremos ou comer uma boa picanha ao domingo serão coisas do passado.
Mas o que nao estas a considerar e se mesmo naquelas que ainda defendem essas causas, o ‘fervor revolucionario’ continua la.
Eu as vezes faco a piada com varios colegas meus onde dizemos que todos somos socialistas ate comecarmos a trabalhar… ja que do meu grupo de amigos da Universidade praticamente todos votamos Socrates em 2011 e hoje em dia nao ha quase nenhum a votar PS por exemplo…
E sem querer ser demasiado preconceituoso, des minhes amigues todes os unicos que ainda se abracam fervorosamente a essas causas partilham algumas caracteristicas em comum como serem totalmente dependentes dos papas para viver, ou terem ‘trabalhos’ que ocupam pouco a cabeca (ex. bolseiros de investigacao) e nao viverem num contexto familiar normal.
De resto, a malta preocupa-se e em discutir sobre o Sporting/Benfica/Porto, mandar umas bocas sobre politica e queixar-se da merda do preco da luz que afinal subiu mesmo como o gajo da Endesa dizia…
Eu gostava era que alguém me explicasse porque carga de água um ministro da república perde tempo a receber meia dúzia de garotos mimados.
Um ministro não tem nada de mais importante para fazer??
Tem tudo a ver no que interessa.
A maior parte da aversão deveu-se ao medo (bem português) de mudança, mas também de dar estatuto linguístico “igual”.
É a mesma situação aqui quando se invoca a tradição da língua portuguesa.
A mim tanto me faz.
Mostra que é o “adulto na sala”.
“Eu quis ouvi-los, eles é que não me quiseram ouvir.”
Nem podia ser de outra forma.
Os adultos conversam de coisas sérias com adultos e não com garotos.
O ministro agiu bem, ao se reunir com os idiotas, mostrou que os mesmos só estavam a fazer aquilo para fazer barulho porque não tinham propostas nenhumas.
Mas se reparares, das duas facções que aqui se digladiam, aquela que parece não perceber isso é a facção que se opõe à mudança. Porque dum lado tens alguém que se limitou a escrever num panfleto “des alunes” e alguém que se limitou a defender a lógica linguística da expressão. E do outro lado tens alguém que entra logo em pânico, a arrepelar os cabelos e a gritar “aqui d’el-rei”, como se lhe tivessem entrado pela casa adentro e apontado uma pistola à cabeça para obrigar a falar desta ou daquela maneira. E que eu saiba nem sequer entrou nenhuma proposta na assembleia para alterar géneros gramaticais ou coisa parecida. A única coisa que se poderia aproximar disso (e que mesmo assim está a milhas de ser alguma proposta de alteração da língua ou da gramática), foi uma proposta do BE de simplesmente alterar a designação de “cartão de cidadão” para “cartão de cidadania”. E que apesar de ter toda a lógica, por alguma razão continua a causar incómodo a algumas pessoas - mas depois les outres é que são as virgens ofendidas.
Portanto ninguém está a impôr uma nova gramática. Quem está a querer impôr alguma coisa é quem quer à força que as coisas continuem como estão “como é que permitem que numa faculdade de letras se escreva assim, etc”. Quem está a ser sectário e histérico é quem perante um mero exercício de liberdade de expressão diz: “fiquem lá no vosso cantinho a falar da maneira que vocês quiserem e deixem-me falar como sempre falei”, sem sequer ter em conta que novas formas de expressão de linguística até podem enriquecer a língua, abrir o pensamento e fazem parte do processo normal de transformação das línguas.
Se os putos passam o tempo agarrados ao telemóvel ou à consola, é uma merda. Se andam a protestar, é uma merda. Acho muito bem que protestem!
Se a esmagadora maioria nem sabe sobre o que é, se não têm propostas sérias ou se defendem o ambiente, mas depois atiram papéis e plásticos para o chão… e? Eu era puto, mesmo puto, andei a fazer greve por uns exames que eu nem sabia bem o que eram, não tinha nem sequer perto da idade para os fazer e lá andava, todo contente. Fiz outras greves estudantis, onde embora soubesse mais e opinasse com maior conhecimento, também defendi e disse muita merda com certeza.
Eu acho importante que se levantem do sofá e façam alguma coisa que achem certo. Aprendem mais sobre participação do que sentados numa aula a olhar para um quadro e certamente tem mas utilidade que olharem para o tik tok ou uma porcaria parecida. Com uma classe política que não diz merda nenhuma de jeito (de um extremo ao outro), vamos realmente colocar em causa jovens que podem ou não dizer qualquer coisa de jeito?
E sim, duvido que um ministro da República tenha a agenda tão cheia que não possa ir lá e falar com os jovens, até ensinando algumas coisas. O problema é se ele não tem nada para ensinar.
Al Gore sou eu e tu! Aprendam putos
Por acaso achei uma boa estrategia.
Nao perdeu assim tanto tempo e esvazia completamente os protestos