Durante os meus anos em Coimbra optava quase sempre por pedir 6 pães, para evitar confusões.
No entanto, entre colegas diziamos: … se fores à padaria pede um bico à menina; ou “traz-me um bico lá de baixo sff” ;D
Foram raras as vezes em que pedi um bico em Coimbra
Tripar aqui em Lx é passar-se da marmita, desatinar, viajar na maionese
E essa das horas tb me lixa! Fico ali a fazer contas à vida ou a olhar para o relógio e a imaginar o ponteiro a andar para trás… Que retardisse pá :twisted:
Aqui pelas Coimbras, como vem para aqui estudar gente de todo o país, isto tem um ‘dialecto’ próprio que é a mistura de todo o tipo de calão da Língua Portuguesa. De todas as expressões que foram colocadas por aqui apenas nunca tinha tido contacto com uma ou outra.
Tenho uma colega de Arouca que insiste em dizer “estrugido” em vez de “refogado”. A primeira vez em que a ouvi dizer isso fiquei escandalizada, nem sabia que tal palavra existia. :shifty:
Ela também usa muito o “está fraco” para dizer que qualquer coisa não está boa. Por exemplo em comida, enquanto eu digo a) esta sopa está insossa", b) esta sopa tem um sabor estranho ou c) esta sopa está salgada, ela substitui qualquer uma destas expressões por “esta sopa está fraca”. :lol: Acho-lhe um piadão, altas discussões que se tem lá por casa devido a estas diferenças. :great:
Nos meus tempos de faculdade tinha um colega bracarense especialmente versado no calão. O homem esgotava um vastíssimo manancial de asneiredo, mas isto em qualquer conversação corriqueira e amena. A malta do sul, como eu, arregalava os olhos quando o sacana nos saudava com um fraternal “Então meu filho da p…, como é que estás?”. Marialvas do Alentejo e Ribatejo, ao ouvirem a bela saudação, ficavam vai não vai para lhe meter um banano nas ventas. Depois habituaram-se! :lol:
Malta do Alentejo, sobretudo entre eles, também utiliza um tipo de linguagem muito própria e bastante cerrada, para quem tenta compreender algumas expressões.