Não ter nada para fazer no trabalho

Como formador, a maioria dos formandos serão pessoas interessadas nessa mesma formação.

Exemplo rápido:

Alunos de 10 anos que têm a atitude de faltar a aulas em horário intercalar porque vão ter avaliação.
Alunos que faltam à aula porque “não estão com vontade”.
Alunos de 10 anos que são expulsos recorrentemente da sala por mau comportamento, andarem aos pontapés aos materiais, agredirem colegas em plena aula, agredirem professores na aula, entre outros casos.
Tenho 18 anos a dar aulas, mas só estou no segundo a trabalhar no 2o ciclo. Este ano só comecei em março. O ano passado até foi relativamente tranquilo. Este ano, estou mortinho que acabe.

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Ah pois acredito que trabalhar com essas idades não seja fácil , mas existe muito adulto criança .

Não consegues te abstrair dessas coisas e ir com a mentalidade de " só dar a aula e ir para casa"?

Ainda pensei que fosse mais um tópico de discussão sobre rabolhos.

Mas, para isso, teria de ser 'Não ter um trabalho".

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Há várias condicionantes. Logo à partida, o brio profissional e querer fazer a diferença, conseguir um sucesso, uma evolução nas crianças com que trabalhas.
Depois, a estrutura à volta, a justificação burocrática, os trabalhos extras que têm de ser apresentados e avaliados. A pressão da direção escolar, e há muitas reticências a colocar aqui, porque há as competentes e as não tão competentes.
A direção de turma e justificação de resultados, a pressão dos encarregados de educação, a própria forma como tens de gerir os comparativos que alunos fazem entre si.
Nas últimas semanas deixei de dar cabo da garganta. Tenho de me impor várias vezes, mas já cheguei muito tarde às turmas. Já mentalizei que não tenho margem de manobra para corrigir alguns comportamentos. Pior, é ter avaliações francamente negativas e os alunos virem com avaliações positivas (escamoteadas) dos períodos anteriores.

Ou “Não ter como ir levantar o RSI”

Não costumo partilhar muito da minha vida aqui neste fórum mas estou com um dilema sobre o qual, no meu círculo de amigos mais próximo, não consigo ter um feedback muito assertivo. Tendo em conta a diversidade de experiências profissionais que coabitam neste espaço resolvi partilhar esse dilema para que possa ter uma ideia mais concreta sobre o “mundo real”.

Então, frequentei o mestrado integrado em engenharia civil no IST há uns 20 anos… fiz todas as disciplinas mas não entreguei a tese de mestrado o que, até há uns anos atrás, não me dava qualquer grau académico… entretanto o curso foi reestruturado e afinal, com essa reestruturação, passei a ser licenciado.

Ao longo destes 20 anos trabalhei na área do ensino da música e direção musical numa associação local e em outras organizações… como não tenho curso superior nesta área não posso exercer em instituições oficiais. Gosto muito daquilo que faço mas o horário e segurança financeira não são os ideais (tenho de trabalhar quase sempre em horário pós-laboral o que prejudica a vida familiar).

O dilema é o seguinte:
tendo em conta que já vou a meio dos 40’s faz sentido tentar voltar à engenharia civil?..
fazer a tese, procurar um estágio?.. há interesse por parte das empresas em ter alguém com 40 e tal anos como estagiário?
A verdade é que ao longo da minha vida profissional ganhei competências que não tinha com 24 ou 25: no modo como lido com as outras pessoas, na liderança (já liderei projectos em que estiveram envolvidas mais de 150 pessoas), no planeamento e organização… sinto que hoje estou bem mais preparado para ser uma mais valia para uma empresa do que há 20 anos.

Ou é melhor valorizar o curriculo profissional que já tenho e ir tirar um curso superior nesta área sabendo que já o vou terminar nos 50?

Estou inclinado a tentar a engenharia civil (procurar estágio a partir de setembro e inscrever-me no IST para fazer a tese de mestrado…) mas não sei se o mercado de trabalho tem abertura para alguém nas minhas condições.

Se não tentares nunca vais descobrir.

Podes continuar no teu emprego e começar a meter cv’s e fazer entrevistas, não tens nada a perder.

Tenta estar atento também a concursos para câmaras municipais, é um bom tacho se conseguires entrar.

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A 1a opçâo penso que seja a mais inteligente e onde, depois dos estudos, terás mais e melhores opçôes, tendo em conta o teu percurso.
Tens a experiência, falta-te o canudo.

Voltar à engenharia civil é voltares 20 anos para trás no tempo.
Nenhuma entidade patronal procura um principiante com 40 e tal anos.
Vais andar a concorrer por um estágio/emprego com miúdos(as) com metade da tua idade.

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Esse é o tipo de dilema que ninguém te vai conseguir dar uma opinião com 100% de certezas e muito menos segurança.

Estamos a falar do maior medo de todos: mudar de carreira, mudar de área.

Normalmente o pessoal faz o contrário… anda 20 anos a trabalhar numa área de que não curte mas onde ganha dinheiro, faz um pé de meia e orienta a vida e depois arrisca e vai fazer qualquer coisa que goste. Nem sempre é bem sucedido, e há quem dê passos atrás.

Diria que o que ponderas fazer é complicado, embora não impossível. Significa que terás de começar a carreira de engenheiro civil como júnior, como estagiário. Imagino que possa ser frustrante para alguém com mais de 40 anos ter de andar a aturar determinadas merdas, ter de andar a trabalhar “para aquecer” para outros “assinarem”, a amochar e a “ter de provar”.

Não sou engenheiro civil, sou engenheiro de formação na área da hidráulica e a minha carreira acabou por ir pela área comercial, onde considero que ganho muito melhor do que ganharia se estivesse numa área técnica. Em todo o caso conheço alguma coisa da área da engenharia civil, tenho vários amigos engenheiros civis, e muito que se passa na minha área de formação e na minha área profissional tem a ver com eng. civil, e atualmente o mercado não está mau - pelo menos não está horrível como depois de 2008 - mas as saídas que terás serão ao nível dos projetistas, ou das empresas de construção em áreas de procurement e orçamentação, ou talvez o mais aliciante direção de obra. Diria que para esta ultima exige-se muita experiência, calo e jogo de cintura. Não é para todos com certeza, e é bom que saibas gerir bem o stress.

Um DO segundo sei, ganha muito bem. Mas com isso há responsabilidades - numa primeira instância, é O responsável máximo por tudo o que se passa numa obra, desde merdas mal construídas a acidentes de trabalho mortais - e muita hora de trabalho fora de horário.
Mas como disse para chegares a DO conta com vários anos de experiência e alguma sorte obviamente. Porque as oportunidades vão e vêm e nada é garantido.

Se eu estivesse no teu lugar, estava sossegado. Entre ganhar 5 ou mais anos de experiência numa área nova, ou tentar complementar a experiência profissional numa área que gostasse, com formação académica a fim de conseguir outro tipo de oportunidades, acho que optaria por esta ultima hipótese.

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Quando os rabolhos infiltrados vêm a este tópico, ficam confusos.

Percebem a parte de ‘não ter nada para fazer’, mas não a parte do ‘trabalho’…

Alguém lhes explique, por favor…

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Como já foi dito, vais para uma área nova muito técnica e sem experiência um pouco tarde. É “mais seguro” investires na área onde estás, vê como podes evoluir, seja por licenciatura ou outra formação, solidifica e sobretudo valorizas imenso a experiência.

Posto isto, se tens uma enorme ambição pela Engenharia Civil, podes sempre optar por seguir esse percurso em paralelo. Tendo um porto seguro, fica mais fácil explorar outras oportunidades, tendo a noção da corrida muito por fora. Podes nesta fase fazer alguns contactos exploratórios junto de empresas para conseguires medir um pouco o interesse das mesmas de alguém com o teu perfil. O mercado funciona por procura e oferta, podes ter a oportunidade de conseguir algo se tiverem à procura ou então conseguires lhes convencer da tua mais-valia, it is up to you.

Seja qual for a opção, boa sorte. E vivó Sporting (fica sempre bem!).

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Ter o canudo nunca é mau .

Tive um amigo que estava a 20 anos numa empresa ,começou a ficar insatisfeito e quis mudar .(ele ja vai quase nos 50 anos )

Mudou para outra e agora esta com baixa psicológica, emagreceu 10 kilos e muito arrependido de ter trocado o certo pelo incerto .

Mas tambem ha casos contrários em que corre tudo bem .

Mas estudar nunca é mau caminho , fica sempre para o futuro nunca se sabe .

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Ora!!!

E uma decisao que requer muita coragem e capacidade de aceitar riscos. No entanto, ha algumas consideracoes a fazer.

Se gostas daquilo que fazes e o bottleneck e o curso superior porque nao comecar por aqui?

O voltar para a engenharia civil tem a ver com a seguranca financeira e estabilidade laboral? E que comecar uma carreira do inicio requer alguns sacrificios. Sim, a curva de aprendizagem e mais rapida mas nao tenhas ilusoes. E falando de seguranca financeira e estabilidade laboral… tu estas a olhar para o mercado daqui a 10 anos. Eu tenho a conviccao que um engenheiro, qualquer que seja a area, estara sempre em melhores condicoes pois estamos a evoluir num sentido onde esse skill tecnico e o que o mercado quer e consegues facilmente passar para outras areas semelhantes. Mas nao e liquido que assim seja.

Nao sei se e o teu caso, mas ultimamente tenho visto muita malta na casa dos 30-40 com o mesmo ‘dilema’ que tu e e provavelmente um dos maiores reflexos dos pontos negativos das redes sociais. Eu pessoalmente acho que devemos ter um plano de carreira solido para os proximos 2/5/10 e 20 anos e devemos manter-nos fieis a esse plano, fazendo pequenos ajustes conforme necessario e sendo realista. No entanto nos dias que correm abres um Instagram e 70% das fotos e os teus amigos de ferias nas Maldivas, numa road trip pela Indonesia, as Caraibas tornaram-se o antigo campismo do Algarve, todos vao jantar fora ao restaurante da moda com o Chef com um nome chic… Depois vais ao reddit ver o PTOrdenados e parece que qualquer miudo com 27 anos ja e ‘Senior Qualquer Coisa’ e recebe 80k/ano. E isso da-te uma ideia errada do mundo real e cria expectativas irrealistas. Dai que de repente a malta a minha volta acha que o ‘mundo real’ da minha geracao nao e os 20% de desempregados e os 50% que ganham menos de 1000e ate aos 35 anos, mas sim aqueles 5% que ganham bons ordenados e vivem la vida loca. Entao andam todos em ‘panico’ porque de repente as opcoes de carreira que tomaram parecem incomparavelmente inferiores. Entao aquele que tinha ido para enfermagem por vocacao afinal sempre quis fazer IT porque em miudo gostava de jogar jogos no PC. O que trabalha como arquiteto afinal quer ser um empreendedor da moda e angariar capital para desenvolver uma nova app XPTO. O gajo que trabalha como tecnico na Camara afinal quer ser fazer Direito porque sao pagos mais Y que ele. A que trabalha num centro de estetica quer abrir o proprio espaco porque toda a gente que se mete em negocios fica rica…

Nao estou a dizer que e o teu caso em especifico, apenas a alertar que a realidade das redes sociais nao e a media mas um outlier, e ficar de alguma forma ‘desesperado’ porque nao estamos naquilo nivel e acabar a tomar decisoes com base em ideais puramente financeiros tem um potencial gigante de dar merda. Eu nao quero fazer disto um post de auto-apreciacao… mas em 2016 quando me decidi mudar para Lisboa, recusei no Porto uma proposta de 1200e brutos para ir ganhar 850e para Lisboa com muitos sacrificios porque entendi que era a melhor decisao para a minha carreira no longo prazo e estava alinhado com o plano que tinha. Se tivesse optado por outro tipo de carreira onde se entra com melhor condicoes mas se estagna mais rapidamente, provavelmente nessa altura ate estaria a ganhar mais de 2000e e a fazer ferias pela europa fora 3/4x por ano a custa de desenvolvimento futuro. Mas quem me conhece e falava comigo em 2014, nao teve surpresa nenhuma relativamente ao sitio onde estou hoje incluindo posicao, responsabilidades e salario. E eu tambem nao sou imune ao que esta a minha volta no mundo das ‘redes sociais’… eu ganho 76k brutos/ano, tenho 32 anos e ja tenho um carro e uma mota pagos (investimento total na casa dos 50k) e algumas poupancas para nos proximos 2/3 comecar a pensar na casa. No entanto as vezes sem me aperceber acabo a ficar meio frustrado porque vou ao tal mundo do reddit e e so ‘miudos’ com 28 anos ja com casa, 150k em ativos, empregos de 100k+, abro o IG e parece que todos vivem sem sacrificios e eu este ano ate tive de abdicar de ferias em prol de poupar o maximo possivel para a aventura da casa e parece que sinto que estou ‘atrasado’ na vida ou a questionar certas decisoes. As vezes tenho que respirar fundo e lembrar-me que a vida e uma maratona e que eu estou muito bem para aquilo que e o portugues medio. Imagino as vezes como sera gerir isto para o jovem ‘comum’ que ganha o salario medio e paga as despesas e mal.

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Acho que o problema foi o de não ter um “plano de carreira”… envolvi-me em algo que é quase uma “missão” mas que não me permite evoluir financeiramente (até porque me custa fazer negócio com essa missão). Não é algo que eu iria largar completamente mas serviria apenas de complemento/hobbie.
Não tem a ver com redes sociais (porque não as tenho) nem de ver outros a irem para as maldivas mas sim com o sentir que cheguei a um patamar do qual já não consigo passar sem colocar em causa a minha vida familiar (por causa dos horários).
Talvez seja crise da meia idade mas estou com vontade de experimentar a “vida normal”… o trabalho das 8h00 ou 9h00 às 17h00 ou 18h00, chegar a casa, abrir uma cerveja e ver o Sporting (se é que isso existe :sweat_smile:) e depois usar essa “missão” apenas como um escape e de forma muito menos intensa…

Isto bem pensado e, há uns 15 anos, quando vi o rumo que a minha vida estava a levar, devia ter logo ido tirar uma formação superior nesta área. Mas não foi bem pensado… acho que sempre tive aquela ideia de “deixa lá pôr isto em condições- a tal “missão”-” e depois volto para a engenharia civil. Mas o tempo foi passando, foram aparecendo novos desafios e esse regresso foi sendo adiado a tal ponto de, em determinados momentos, já nem fazer sentido ( e se calhar, não faz mesmo).

A questão financeira é relevante mas não é a ambição de ganhar muito dinheiro que me move… claro que gostaria de ter mais alguma estabilidade financeira (por exemplo, até hoje só trabalhei a recibos verdes) mas a razão até é mais pelo tal “plano de carreira”… basicamente, ter um…

Quem me conhece (família e amigos) diz-me que deveria procurar a tal formação superior na área em que estou… até já tenho dito a alguns alunos meus que seguiram esta área que ainda vou ser caloiro deles… mas estou com reservas quanto a fazer 3 anos de licenciatura mais 2 anos de mestrado/especialização para conseguir dar um rumo a isto. No caso da engenharia civil posso começar a fazer a tese agora em setembro e em paralelo procurar um estágio (de preferência em part-time… nem sei se isso existe ou se é possível) numa empresa local. Ou seja, era algo muito mais imediato o que, na minha idade, tem uma certa importância.

Mas pronto, alguma coisa se há-de arranjar… muito obrigado pelas vossas respostas… só deixaram isto ainda mais confuso :slight_smile: (porque tinha a esperança que escrevessem “isto na engenharia civil está muito bom… podes ir à confiança… e o que todas as empresas procuram é gajos de 40 e tal anos sem experiência na área”)

Bom post e eu concordo contigo, tendemos a nos comparar com exceções à regra vigente e isso origina frustração, ansiedade, stress e angústia. Depois, quando vamos olhar para o nosso percurso, o nosso plano de vida, a nossa estratégia profissional e é um deserto autêntico. Todos ambicionamos ganhar mais, ter um bom emprego, cobrir despesas e sobrar para wherever we want, depois questionamos sobre plano de carreira, estratégia de médio e longo prazo e nada, total desconhecimento.

E eu falo em causa própria. Pois nunca investi a sério na minha carreira e fui esperando a ver, na ânsia de algo aparecer e eu conseguir agarrar. Frustração total. Depois comecei a ouvir podcasts, sobre carreiras, sobre desenvolvimento pessoal e profissional, decidi pensar e delinear um plano a médio e longo prazo. Peguei num caderno (bullet journal), defini objetivos de curto/médio/ longo prazo e agora sigo-o, fazendo algum ajusto se necessário.

Agora é seguir, sendo fiel com as estratégias, posso nunca atingir o pico na carreira pretendido e falhar. Tudo bem, ajusto, vejo onde falhei e volto a planear. Por exemplo, reparei um déficit em formação sobre liderança e estratégia, entendo ser necessário para um cargo de chefia, por isso já tratei de me inscrever num e procurei algo onde a possível propina fosse baixa e a formação com qualidade. A nível pessoal, tenho de me desafiar, por isso, inscrevi-me numa prova de trail de 30km (neste momento faço pouco exercício físico) e isto depois se liga à capacidade de superação, de foco e de fixar objetivos e cumprir (um incremento para depois em entrevistas de trabalho ter um exemplo). E assim entre tantas outras coisas.

Noto, como notei em mim, a falta de preparação e falta de capacidade de estratégia. A maioria espera as oportunidades caírem do céu e depois ficam frustrados quando nada cai. Depois, a falta de propósito é tramada… hoje vi no Insta aquele tipo bem sucedido em IT… e se eu fosse para IT? Depois desisto logo pois aquilo afinal é exigente (entre tantos outros exemplos).

Podia aqui fazer a análise política da coisa, fica para outro tópico para deixar este limpo e em linha com o título.

Como sempre, por esta altura do ano, não passa o “nada por fazer”, mas o não ter trabalho.
Sou professor, em substituição de uma colega de baixa que deve voltar ao serviço dia 25 (agora que não há um car@lho para fazer).

Fiz manifestação de preferências para ver qual a “sorte” que me calha este ano.

Hoje fui a uma entrevista de trabalho num colégio na minha cidade.
Salário relativamente mais baixo, mais horas de trabalho, relativamente ao público. Funciona similar a empresa. Enquanto no público um horário máximo são 22 horas mais horas não letivas, aqui seriam 35 horas semanais, das 09h às 17h.
Enquanto no público trabalho com uma faixa etária com a qual gosto mais de trabalhar (2º ciclo), no colégio seria desde o JI até ao 2º ciclo.
Parece-me que ficaram interessados, no entanto dizendo que me contactam na próxima semana.
Quando estive no público, sempre tive um dia da semana “livre” (claro que para muitos trabalhos extra letivos, preparação de aulas, entre outros), e algumas tardes que me permitiam dar aulas de música numa escola particular. Com este horário, fica um pouco mais “apertado”.
No entanto, é a 3 km’s de casa. Este ano, por exemplo, fazia 45 km’s para cada lado, iniciando alguns dias às 08h (o que implicava levantar bastante cedo) com horas de ponta, a demorarem, por vezes, 1h de viagem. Juntando gastos de combustível e portagens.
No público, há sempre a “esperança” de fazer formações, ter aulas assistidas, subir de escalão e passar a ter um melhor salário.
Estou como que “burro no meio da ponte”.

Olá PauloD

  • Engenharia Civíl não está com muita tração , sobretudo se compararmos com outras Engenharias

  • Por outro lado, a formação em Engenharia é bastante transversal e é relativamente fácil transitar entre Engenharias.

  • Engenharia dá também para saídas profissionais relacionadas com Tecnologia que é um mercado com bastantes oportunidades

Já pensaste fazer um mestrado ou mesmo começar por uma licenciatura aproveitando as equivalências nas disciplinas comuns em:

  • Engenharia Informática

  • Engenharia Eletrotécnica e de Computadores

  • Business Analyst

Se gostares de tecnologia existem muitas outras opções para além dos mestrados.

A minha sugestão é investires o teu tempo em formação que depois te dê mais valências e mais probabilidades de sucesso numa mudança de área profissional.

Fica a sugestão

Pois… a boa noticia e que nao es o unico. O Tuga no geral e mais reativo que proativo.

Epa… eu peco desculpa por nao ser mais positivo, mas eu na minha vida sigo sempre o principio ‘Plan for worst, hope for the best’. Depois o teu caso nao e propriamente aquele caso onde, probabilisticamente, o sucesso e alto. Eu acho que so mesmo tu e que podes decidir sabendo de antemao que nao ha decisoes sem risco. Existe a possibilidade de tudo correr bem, entrares numa empresa excelente, e daqui a 3/4 anos estares com uma rotina normal, um cargo de responsabilidade e um bom salario como engenheiro civil. Mas o mais ‘provavel’ e acabares a concorrer com miudos recem formados, dispostos a sacrificios que tu se calhar nao estas, com outras condicoes (por exemplo, estagios IEFP onde o estado paga para eles trabalharem).

De qualquer forma, seja qual for a opcao que tomes desejo a melhor sorte do mundo :+1:

Eu já tive imensos objetivos e planos, mas a vida, infelizmente ou felizmente, tem-me levado para outro caminho.

Não acho que seja pior nem melhor, é diferente. E acreditem, tem sido uma grande aprendizagem.

Os últimos 2 anos foram terríveis a nível pessoal. Perdi os meus 2 avós e a minha mãe está com cancro e isso levou-me a muita introspeção.

Era um gajo muito ambicioso, tanto que com 22 anos já tinha terminado o Mestrado em Treino de Alto Rendimento desportivo, trabalhava num clube profissional e num ginásio. Recebia bem acima da média.

Mas, com o tempo, fui sentindo desmotivação. Não era bem aquilo que queria. Eram muitas horas, não estava muito presente ao fim de semana e sentia um vazio.

O dinheiro vai e volta. “Perdi” muito dinheiro porque deixei o clube onde estava e reduzi, por opção as horas no ginásio.
Neste momento, recebo um salário acima da média mas nada de especial… mas sou muito mas MUITO mais feliz.

Aproveito para ver futebol (que é uma das coisas que mais gosto de fazer e raramente o conseguia), estar com a família, namorada e passear.

Isto tudo para quê? A vida são 2 dias, não sabemos o dia de amanhã, nem tão pouco se chegamos a gozar a reforma.

Não digo para gozarem tudo ou deixar de trabalhar e juntar, mas não sejam reféns do dinheiro nem do trabalho.

Não comem carne todos os dias, comem 3x na semana. Não chegam ao vosso objetivo, ou o que querem chamar, aos 40… chegam aos 50.

Aproveitem!

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Como te entendo.

Trabalhas em que ginásio se não for indiscrição?
Pergunto isto, porque também trabalho num ginásio, se calhar somos colegas :sweat_smile:

Aproveita para ajudar a tua mãe com a toda a força que conseguires, eu infelizmente perdi a minha para o mesmo mal á 2 anos atrás, fiz tudo o que pode, mas fica sempre aquele sentimento que não fiz tudo o que podia, é um falso sentimento, mas infelizmente sentimo-lo da mesma forma.

Não acredito que aconteça o mesmo com a tua, mas é uma fase de merda, sei o que isso é.

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