As MT’s são fantásticas, mas pelo preço da 125 juntas mais 1000 e poucos euros e compras a MT07 que é incomparavelmente melhor.
O grande problema no mercado das 125 é que essas 125 de gama alta estão equipadas para suportar um motor muito superior ao que têm, logo o premium que se paga no preço não se traduz numa experiência de condução proporcional. De que te vale ter um sistema de suspensão XPTO, carenagens de qualidade, travão duplo disco à frente se a mota para passar dos 120 kmh só em descida e inclinado sobre ela? E que depois se traduz num custo de manutenção muito mais elevado por componentes que só fazem sentido para quem planeia viagens de 200-300km ou para motores com bem mais que 15cv?
Falei da CB125F como podia ter falado na YBR125 da Yamaha, motos de preços semelhantes e que têm tudo aquilo que alguém que pretende dar um uso urbano à mota precisa. Mais do que elas têm é um desperdicio de dinheiro para tão pouco motor.
Na CBF125 as revisões são de 4 em 4 mil km mas tipicamente são baratas, enre 50 a 80€ se fores à oficina ou bem mais barato se fizeres em casa. Eu tenho feito a manutenção da mota e regra geral é os 15 euros do óleo da motul. Depois de 8 em 8 meto-lhe o filtro de ar, que são cerca de 15€ também. Os pneus arranjas ContiGo a menos de 50€ cada um e facilmente te duram 10 a 15 mil km se tiveres uma condução normal. A vela compras uma de iridium por 10-12 euros e dura-te 20000km. As pastilhas dos travões, dependendo da tua condução, duram-te 10-15 mil km e da ferodo (melhor marca) custam no máximo 20€.
É super fácil fazer a revisão da mota em casa mesmo sem teres grande conhecimento mecânico e como vês fica super barato. E para o uso diário que falas fazes 1 revisão por ano ou 2 no máximo, mesmo que vás ao mecânico não é grande conta de luz.
Aproveita e vai ao stand e pede para fazer um test ride. A mota é tão fácil de conduzir que vais ficar automaticamente apaixonado. E não dês mais de 3000 por uma 125 que é um desperdicio de dinheiro
A posição de condução desta mota é horrorosa. É engraçada para quem pretende fazer habilidades com a mota. Agora para uma condução diária é muito desconfortável, como a irmã mais barata da benelli ou da honda.
Concordo com a opinião do [member=20268]Reavstone acerca destas novas 125 (duke’s, z’s, etc). Efectivamente são bastante apelativas em termos estéticos e estão muito bem equipadas a nível de travões, suspensões etc… contudo não deixam de ter um motor de 125cc.
Acaba por ser um investimento avultado para tão pouco motor, sem dúvida.
Ando de mota basicamente todos os dias desde os 16 anos, portanto há quase 30 anos.
Já tive 20 modelos diferentes, desde as scooters 50cc até motas 750cc, 900cc e por aí adiante de vários tipos e estilos.
Além disso enquanto estudava trabalhei como estafeta em Lisboa durante 3 anos, portanto já levo umas largas centenas de milhar de Kms de mota.
Neste momento tenho 3 motas: uma V-Strom 650 (a minha mota do dia-a-dia), uma Suzuki LS650 de 93 para os passeios e uma pitbike 125cc para brincar ao TT.
A V-Strom já leva 136.000Kms e parece nova, é de longe a mota mais completa, resistente, confortável e polivalente que alguma vez tive.
Sou um grande fã de motores V2, além de que também sou a favor de se comprar a cilindrada certa para o que se pretende e no meu caso, em que faço cerca de 60 Kms por dia (50 de AE e 10 de cidade), a V-Strom foi uma escolha perfeita, melhor seria impossível.
E quando é preciso, é também excelente em viagens maiores!
A LS é uma paixão antiga que recuperei eu próprio… nas minhas motas mexo eu, nada de oficinas.
Quanto ao que se vai falando pelo tópico, respondendo assim por alto aos vários assuntos:
125 é para fazer casa/trabalho/casa e mesmo assim desde que não seja muito longe… ideal para andar dentro da cidade para quem não pretenda muito mais do que isso mesmo, tem na economia (e na dispensa da carta, claro) a sua única e magra vantagem.
Claro que faz o que as outras maiores fazem, mas é preciso muita paciência… eu só compraria uma 125 numa perspectiva utilitária, logo escolheria o mais barato possível.
E esqueçam isso de meter escapes para ganhar potência, na maior parte das vezes vão fazer exactamente o contrário e perder potência! Para ganhar potência é preciso modificar todo o circuito de alimentação/ar e o que vão gastar nisso compram um modelo com mais cavalos… é sempre bom colocar um escape para nos ouvirem, mas sem ilusões de potência extra.
As MTs da Yamaha também têm sido muito referidas… posso avaliar a 09, na qual dei umas voltinhas e só posso dizer que parecia que ia sentado em cima de uma tábua de pinho!
Tem tanto de desconfortável como tem de potente, o dono desta que experimentei acabou por vendê-la pois não esteve para andar a fazer trocas de bancos, entre outros remédios que os donos da 09 costumam fazer para as tornar menos rijas.
De resto também não gostei da qualidade dos materiais, pareceu-me tudo muito ‘rasca’ e plástico.
Também têm sido referidas as nakeds tipo SV ou Bandit e se esteticamente podem ser interessantes (não faz o meu estilo, confesso), já em termos práticos são aquele estilo de mota que eu não compreendo: um motorzorro com uma carrada de cavalos e depois zero proteção aerodinâmica.
Anda muito, mas passado 45 segundos acima dos 130 já não podemos com os músculos dos braços e do pescoço… enfim, modelos interessantes para quem dê a eventual voltinha ao fim de semana, não recomendo a quem queira fazer da mota o transporte diário em autoestrada.
As Honda NC é mais ou menos o mesmo que as 125, mas com mais motor… bom para quem quer uma mota acima de tudo económica, utilitária e de manutenção barata.
Enfim, o que é preciso é andar de mota, seja de que cilindrava for.
Num país como o nosso em que temos um clima excelente não haver mais motas na estrada não faz sentido.
Ficam aqui duas fotos das minhas moças, ambas transformadas por mim, gosto sempre de dar um cunho mais pessoal às minhas motas.
[member=98]Nick Jagger eu falei especificamente da Tracer 900, não da MT que é desportiva e, portanto, muito mais desconfortável. Porque se for só pelo banco, é levá-lo a um estufador e por 100€ está tão confortável ou mais que o de uma GS de 20000€
E já viste a nova versão GT? Parece bastante completa e com bastante qualidade, com vários extras para viagens grandes. Já agora, belas máquinas que tens aí, antes da compra ainda vou experimentar a V-Strom 1000 e a Versys 1000 mas muito provavelmente a escolha vai recair na Tracer, pois parece-me a melhor proposta das 3 na relação qualidade/preço
A que eu experimentei foi mesmo a Tracer, acho que nunca me sentei num banco tão desconfortável e olha que já experimentei muitas Rs.
Não é só ser rijo que nem uma tábua, parece que o conjunto banco/deposito não se encaixa bem debaixo das pernas, é estranho.
Se a potência for um factor importante, então sim, é uma mota com muita ‘pedrada’!
Nada como um teste drive…
Quanto à V-Strom, é sempre curioso ver os comparativos, pois nunca ninguém tem nada de mal a dizer da mota.
Tudo nela é excelente ou acima da média, mas nunca ganha nenhum comparativo!
É o patinho feio das trails, mas o facto é que ainda estou para conhecer o proprietário de uma com razões de queixa.
Sim, como dizes, nada como um test drive para tirar as teimas. Agora, que se tornou numa mota com grande saida também é verdade, ao contrário da V-Strom que vende bastante menos. O que não é alheio a diferença de preços, que tem obrigatoriamente que se refletir na qualidade da mota. E depois há sempre quem compre uma Tracer a pensar que tem de ter a mesma qualidade que uma VStrom e depois fique insatisfeito. É sempre uma questão de expectativa.
A V-Strom 1000 custa 13000€ sem documentos. A Tracer 900 base custa 10500€. Tem que haver diferenças. Aliás, pelo preço a V-Strom está mais próxima de competir com a Super Tenere que com a Tracer. Se for pelo banco é como digo, 100€ resolvem o problema. O que me preocupa mais, é mesmo a qualidade dos travões, as suspensões e o motor.
Se por qualidade queres dizer performance, então nesse aspecto não tenho nada a apontar, do pouco que experimentei pareceu-me tudo ok.
Se por qualidade queres dizer a durabilidade dos materiais, aí não sei, o que posso dizer é que na parte dos plásticos dos comandos e manómetros parece-me tudo fraquito.
De resto a V-Strom também tem a 650, que é a que eu tenho e que nunca deixa de me espantar em termos de potência, dá na boa os 190/200 em recta e passa isso se for ligeiramente a descer.
A subir também chega aos 180 sem grandes problemas.
Se quiseres andar com muito frequência acima desta escala de velocidades, então uma trail de facto não é a mota que deves comprar!
Depois temos os consumos… na minha 650 faço cerca de 5 aos 100 (condução mista de trânsito e 130/140 na autoestrada), nada mau para uma mota de 67cv com 13 anos e 136.000 Kms!
Julgo que a 650 mais recente já faz consumos mais perto dos 4 litros.
Na altura que comprei a minha podia ter optado por uma 1000 (V-Strom ou outra), mas comecei a pensar se os 20/25 Kgs a mais me iam compensar, especialmente dentro da cidade e cheguei à conclusão que esse cavalos extra não me iam trazer nenhum benefício, muito pelo contrário, era mais peso para puxar no meio dos carros.
Se fosse para fazer viagens longas, então uma 1000 talvez fosse a melhor a opção (regimes de motor mais baixos para a mesma velocidade), agora para um dia-a-dia misto de cidade e percursos rápidos de autoestrada nada como uma trail de média cilindrada.
Vão lá ver quantas GS1200 vêm a ganhar o Dakar e depois logo falamos.
Na durabilidade os 136.000 Kms com zero problemas falam por si… tirando as peças normais de desgaste (este fds vou mudar pela primeira vez os retentores da suspensão da frente), zero a apontar.
Depois tenho a LS, onde todas estas considerações racionais vão pelo cano…
A grande diferença é que eu não pretendo usá-la em cidade, apenas em grandes viagens (por grandes, falo desde viagens de 200 km a 5000km) daí que a maior cilindrada me pareça fazer mais sentido. Mas ainda estou na fase do “testar” até porque a Tracer 900 GT só chega ao mercado em Junho. Até lá, vai dar para testar de tudo, até uma GS ;D
Tenho recebido o mesmo feedback que tu das V-Strom, motas muito fiáveis e sem problemas a reportar. Só que, além do preço, há aquele bico de pato horroroso que tem na frente (na minha opinião) que manda logo a vertente “estética” da mota para o cano 8)
O bico é moda, as GS têm, as Tiger têm, as Hondas da gama NC têm, etc… é um pormenor que dá um aspecto mais offroad à mota, pretende imitar o para-lamas mais alto das motas de TT.
Sem dúvida que presta… mas se andasse à procuro de uma mota com 160cv e para lhes tirar o proveito, não era uma trail de certeza que comprava!
Malta, vou tirar a carta A2 e estou a pensar em comprar depois uma CBR125. Opiniões? Já me aconselharam a PCX, CBR125, CBF125 ou uma Yamaha. A PCX está fora de questão, não gosto de mudanças automáticas.
Depende do uso que vais dar à mota e do teu orçamento. Com carta A2, tens alternativas como a MT-07 limitada que já te permitem ter mota para mais tempo.