Legislativas 2009

Basta ver a intenção de voto na Lei do Financiamento dos Partidos! Dinheiro, corrupção, onde?? Aliás, o único deputado que se manifestou contra (ou absteve-se, não tenho a certeza) teve direito a mais tempo de antena do que todos os deputados(?) juntos. A discussão para esse projecto lei (nunca foi um projecto, mas uma certeza) foi mais ou menos isto: Todos de acordo? Sim! Aprovado!

Mas o Presidente da Republica nao vetou esse projecto de lei acerca do financiamento dos partidos?
Penso ter lido isso em qualquer lugar 'a uns tempos, se assim foi, pelo menos este ainda existe para impedir que isto se torne ainda mais um país ingovernavel.

Ora, e não é que estamos de acordo?!? :o
:xock:

Eleições

Rangel critica quem defende que arguidos não devem ser candidatos

26.08.2009 - 18h45 Lusa

O ex-líder parlamentar do PSD Paulo Rangel criticou hoje os “paladinos da ética” que defendem que um arguido não deve candidato a eleições, manifestando-se “totalmente solidário” com a direcção do partido no processo de constituição das listas às legislativas.

"Sou contra a existência de efeitos automáticos que é aquilo que tem sido defendido agora. Tenho visto muito boa gente, vêm todos clamar como paladinos da ética que uma pessoa por estar acusada ou por ser arguida que não deve ser candidata”, defendeu Paulo Rangel, em declarações aos jornalistas à saída de uma aula da Universidade de Verão do PSD.

Considerando que “há situações e situações e que devem ser ponderadas umas e outras”, o antigo líder da bancada social-democrata na Assembleia da República preconizou uma clara separação entre Justiça e política, considerando que o que poderá existir é uma avaliação política da situação.

“Naturalmente que pode é haver avaliação política da situação em que as pessoas se encontram, o que não deve é haver efeitos automáticos e muito menos legais de uma pessoa que é, por exemplo, arguido ou acusado, ficar impedido de exercer actividade política, isso não deve ser automático”, sublinhou, insistindo que essa avaliação política das circunstâncias deve ser feita por quem de direito e que essa avaliação deve ser respeitada.

Como justificação para esta posição, Paulo Rangel salientou que não se pode acabar com a presunção da inocência em Portugal. Contudo, acrescentou, isso não quer dizer que em “determinadas circunstâncias as próprias pessoas ou quem tem de avaliar politicamente essas decisões não retire consequências políticas”. “A credibilidade da política não está na ética”, tinha já defendido Paulo Rangel durante a aula que deu hoje na Universidade de Verão do PSD, que decorre até domingo em Castelo de Vide.

Marques Mendes preocupado com ética

Na terça-feira à noite, durante um jantar-conferência da Universidade de Verão do PSD, o ex-líder do PSD Marques Mendes recomendou ao partido que reforce as suas preocupações com a ética e voltou a defender uma lei que impeça políticos acusados ou condenados por crimes graves de se candidatarem a eleições.

Questionado sobre as críticas que têm sido feitas à direcção do partido em relação à inclusão de António Preto e Helena Lopes da Costa, arguidos em processos judiciais, Paulo Rangel escusou-se a fazer qualquer avaliação política, mas garantiu estar “totalmente solidário” com a direcção do partido.

“Compreendo que todos esses processos de constituição de listas são complexos, todos nós teríamos opiniões pessoais sobre as mais variadas coisas, mas eu estou totalmente solidário com a direcção do partido, com a presidente do partido, quanto a todas as decisões tomadas”, declarou. Paulo Rangel considerou ainda que os críticos à decisão de Manuela Ferreira Leite em incluir António Preto e Helena Lopes da Costa nas listas de deputados pelo círculo de Lisboa revelam uma visão com a qual não concorda que é errada e “anti-ético”.

Questionado se o partido deve ter qualquer intervenção em relação ao candidato independente à Câmara de Santarém apoiado pelo PSD, Moita Flores, que admitiu que não irá votar na líder social-democrata, Paulo Rangel diz achar que o caso “não merece essa importância”.

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1397874

Ontem ou vi Rangel na rádio dizer mais ou menos o que vem neste excerto e citando , pasme-se , Maquiavel dizer que não se deve confundir etica com política , ao fim e ao cabo quer dizer que na política vale tudo. :cartao:

Estes ainda não foram para o governo e já mostram os dentes , eu até concordo com algumas posições deles , mas há que ter coluna vertebral , não vejo grandes vantagens em mudar de Freeports para Casos de Malas , ou Abuso de Poder.

Quinta-feira, Agosto 27, 2009

APRENDIZ DE MAQUIAVEL

Por razões fúteis de explicar, praticamente só vejo o Jornal 2. É curto, não tem histórias de faca e alguidar e as notícias são secas, como compete a um telejornal. Ontem foi um daqueles dias em que não pude ver, por causa daquela foto ali em cima, by Ana Vidigal. Mas houve quem chegasse atrasado por causa de Maquiavel. Quem diria!

Custa a acreditar, mas Paulo Rangel, eurodeputado europeu e membro do inner circle de Manuela Ferreira Leite, numa atitude que só pode ser entendida como de desautorização de Marques Mendes, afirmou, citando Maquiavel, que não podemos confundir ética com política. Não é extraordinário? Tudo isto se passou ontem numa das sessões da Universidade de Verão do PSD, onde, na véspera, o antigo líder do partido voltara a insistir na necessidade de separar as águas (a propósito da surpreendente inclusão de arguidos nas listas do partido). Por muito que os costumes da tribo o desmintam, Rangel não pode torcer os valores, afirmando que ética e política são dissociáveis. Um desabafo no Snob, às 4 da manhã, percebe-se. Numa prédica institucional em vésperas de eleições, é alarmante. Claro que Rangel não é obrigado a ler Maquiavel. Eu, por exemplo, nunca li Kurt Gödel. Mas também não o cito.

Estas guerras do Alecrim e Manjerona são reveladoras da desorientação do PSD. Pretender que a política se reduz à arte de manipular (como, em certa medida, sucedeu no século XVI), dá bem a medida da renovação do maior partido da oposição.

http://daliteratura.blogspot.com/2009/08/aprendiz-de-maquiavel.html

Tambem um bom comentário de um leitor na notícia do público :

27.08.2009 - 14h27 - ruben azevedo, cenaculodofilosofo.blogspot.com Obviamente, não concordo com o sr Rangel. Não se pode querer distinguir o plano ético do plano político quando convém. O plano ético e o plano político são ambos do plano da praxis. Ou seja, ambos fazem parte da acção justa. Se a ética é a arte da justiça e da «vida boa», a política é a arte de conduzir ou orientar os homens para essa mesma «vida boa», conotada em Aristóteles como felicidade. E nem preciso de citar Aristóteles para chegar ao ponto que quero. No plano jurídico, é verdade e ainda bem que alguém só é culpado ou inocente depois de transitado em julgado. É um princípio muito importante e válido. Mas será legítimo permitir que um candidato a deputado ou a um qualquer cargo público se possa candidatar com julgamento marcado? Se for inocente, muito bem, se não for inocente, o cargo que vai ocupar vai dar-lhe imunidade e prolongar o processo em questão. Em última análise, acho justo que os líderes partidários façam também julgamentos éticos, desde que não façam julgamentos judiciais. Quem vota decide, e por isso é também que vota que tem de dizer não quando um determinado candidato não é muito transparente em termos éticos. Ninguém impede os partidos de apresentarem...

Vetou, sim. Mas o meu ponto centrava-se apenas da facilidade de “entendimento” dos partidos, embora se comportem todos como radicais versus puritanos, e não a sua aplicação ou exequibilidade.

Também assisti a isso no telejornal de ontem, e’ coisa surreal, eles gostam de se proteger uns aos outros e e’ obvio que nao ia contra a sua presidente no que se refere 'as escolhas.

Já alguns disseram e eu concordo que o PSD perdeu estas eleições ao meter esses dois acusados de crimes nas listas para deputados.

É que perderam qualquer margem para fazer a diferença nessa área em relação ao PS.

Uma autêntica dádiva para o PS e para o Sócrates , uma das decisões mais estupidas certamente , um autêntico hara-kiri político , completamente incompreensível , ainda para mais para quem lê Maquiavel , como pelos vistos parece ser o caso.

Julgo que estás a exagerar. Não creio que a maioria do eleitorado ligue alguma coisa às centenas de nomes (a grande maioria anónimos para o eleitorado) que compõe as listas à Assembleia da República. E também não será por ter arguidos nas suas listas que o PSD se distinguirá para o bem ou para o mal do PS, e não será por aí que perderá as eleições. Os dois partidos estão praticamente empatados em todas as sondagens, e não acredito que o resultado final será muito diferente. Resta saber quem ficará uns pontos acima de quem, e quais os entendimentos pós-eleitorais (onde os partidos pequenos também vão contar).

Deixo 3 crónicas do Vasco Pulido Valente sobre o assunto. São 3 lições de sabedoria e bom-senso ao bom velho estilo de VPV:

[b]Hipóteses[/b] Vasco Pulido Valente 18-07-2009

Na véspera de ir para férias, continuo intrigado com a ideia que os portugueses (pelo menos, os portugueses que se manifestam) se fazem da eleição de Setembro. Manuela Ferreira Leite, por exemplo, ameaça por aí que vai ganhar. “Ganhar” é uma palavra ambígua. Vai ela ganhar a maioria absoluta? Vai ela ganhar uma pequena (ou grande) maioria relativa? Ou vão, não só ela, mas Paulo Portas, ganhar a maioria absoluta para a direita? Estas perguntas são essenciais, porque se nem o PSD, nem a direita ganharem a maioria absoluta, tudo o que ganharem é inteiramente inútil. A esquerda - o PS, o Bloco e o PC - não deixaria viver um só segundo um governo Ferreira Leite; e Manuela, mesmo triunfante, ficaria na oposição, indignada e triste, como até agora.

Os peritos também prevêem a derrota do PS. Não é de todo claro. Um mau resultado - a maioria relativa ou mesmo um segundo lugar - pode talvez forçar a demissão de Sócrates, para alívio e prazer da gente que ele ignorou. Verdade. O que não implica necessariamente é a derrota do PS. Como nos bons tempos de Zenha e de Soares, o PS governaria com algum sossego, porque para o liquidar passava a ser precisa uma aliança pouco “natural” entre o CDS e o PSD de um lado e o Bloco e o PC do outro. O que não parece provável numa situação de crise, com o país pobre e maldisposto. Antigamente havia um nome para esse novo papel do PS de árbitro, conciliador e ponto de encontro: o “partido-charneira”. Claro que o “partido-charneira” de Zenha e de Soares não acabou bem; acabou com uma votação maciça contra ele. O pior é que a história não se repete.

Corre finalmente por aí que o Bloco e o PC pretendem crescer: o Bloco mais do que o PC e o PC, como se calculará, muito mais do que o Bloco. Essa disputa é irrelevante para a generalidade dos portugueses. No Parlamento, nada impede Jerónimo ou Louçã de bloquear o PS. Mas ninguém lhes desculparia que o bloqueassem permanentemente. De quando em quando, e em especial contra a direita, têm de o apoiar em nome da “unidade” e dos “princípios” - coisa que o PS com certeza aproveitará para se entender logo a seguir com o PSD. Um suave arranjo. E um arranjo que o dever de equilíbrio e a legalidade constitucional não permitem ao Presidente liquidar, antes de um ano e meio. Não sei quem ganha em 27 de Setembro. Sei que provavelmente perdemos nós.

[hr]

O ponto principal
Vasco Pulido Valente
14-08-2009

Tem havido por aí um clamor de virgem ofendida e metros de pseudocomentário pericial por causa das “listas” do PSD. Portugal é um país sem memória. Marques Mendes (pessoa que, de resto, muito estimo) já retirou o patrocínio do partido a candidatos que estavam a contas com a justiça: Valentim Loureiro e o homem de Oeiras. Mas foi forçado a abrir uma excepção em Leiria. A regra da moralidade começou logo por não ser uma regra. E Marques Mendes, depois de alguma angústia bem merecida, acabou por reconhecer que, no fundo, não tinha aplicado um critério moral, tinha aplicado um critério político. Por outras palavras, tinha calculado que a moralidade lhe traria prestígio e, evidentemente, votos. Talvez não se enganasse. Só que não tornou o PSD num exemplo de virtude cívica, como pretendia, e meteu-se em sarilhos com que não sonhava.

Há um erro essencial em transformar um chefe de partido no árbitro da honestidade dos militantes. Manuela Ferreira Leite deixou essa função aos tribunais (que por enquanto não desapareceram) e tratou legitimamente de “fazer” o grupo parlamentar que lhe convinha. Os protestos do PSD vieram de quem deviam vir e não impressionaram ninguém. E, fora dele, só os mais cegos fiéis de Sócrates, como infelizmente o renascido dr. Soares, resolveram achar que ela se dera um tiro no pé. Não deu. Nem quando recusou o papel de juiz. Nem quando correu com Pedro Passos Coelho e com a respectiva comitiva. Tolerar (e desculpar) um cavalheiro que pública e constantemente se ofereceu como substituto dela era com certeza a melhor maneira de promover a crónica indisciplina do PSD e, em última análise, a desconfiança do eleitorado.

Uma ou outra boa alma também se aplicou a criticar o “quero, posso e mando” de Ferreira Leite. Esses democratas de ocasião chegaram presumivelmente anteontem da Lua e perderam portanto o embaraçante espectáculo do PSD, desde que Marques Mendes saiu. Sem uma autoridade fixa e até, eventualmente, brutal, o partido deslizaria outra vez para a “federação de câmaras” (à mistura com algumas “distritais”), que dia a dia se afundava na intriga e na irrelevância. As “listas” de Manuela, embora longe da perfeição, não a entregam à pasmosa irresponsabilidade dos “notáveis” e, num tempo de crise, isso é sem dúvida o ponto principal.

[hr]

Alianças?
Vasco Pulido Valente
22-08-2009

À superfície, as declarações ao Expresso do antigo secretário-geral do PS Ferro Rodrigues são, sem dúvida, de um exemplar bom senso e responsabilidade. Ferro não quer, antes de mais nada, um Governo minoritário, inevitavelmente fraco e periclitante. Acha que “os problemas de hoje exigem uma base social ampla” e, de preferência, estável e que tanto a crise interna como a crise internacional exigem um poder imune à imprevisibilidade parlamentar. E, como acha tudo isso, recomenda ao PS (se ele não repetir, como se calcula, a maioria absoluta) uma aliança com o PC e o Bloco ou mesmo, caso o PC e o Bloco resolvam recusar, uma aliança com o execrável e “salazarista” PSD. Toda a gente concordaria com Ferro, se não fosse por um pequeno pormenor: a realidade.

Em primeiro lugar, uma aliança com o PS era com certeza um suicídio para qualquer dos três parceiros que Ferro lhe propõe, mas principalmente para o PC e o Bloco. Como Jerónimo e Louçã muito bem sabem, apoiar o PS, até só em S. Bento e sem um compromisso uniforme e geral, acabava por eliminar a própria razão de ser do PC e do Bloco, que é a terminante recusa de aceitar os pressupostos básicos do regime. Sustentar o PS implicaria a domesticação da esquerda ou, se preferirem, da extrema-esquerda, como ela se vê e a vê o seu eleitorado. Quanto ao PSD, que se vem inclinando para a direita, engolir à força um negócio com Sócrates provocaria imediatamente uma cisão no partido e talvez, com um pouco de azar, uma cisão irremediável.

Não há, portanto, nenhuma espécie de solução? É óbvio que sim e não custa perceber qual é. Basta pensar no princípio da carreira do PS. Como em 1976, Cavaco vai deixar que o PS governe com maioria relativa (se a tiver) e que no exercício se desfaça e afunde. E, depois, como Eanes, dissolverá o Parlamento, provavelmente a benefício do PSD. Claro que operação levará o seu tempo e não se distinguirá por uma excessiva elegância e limpeza. Mas quem olhar para o calendário político percebe sem dificuldade que é quase inevitável e que não corre grande risco de falhar. De resto, a hostilidade do PS ao Presidente da República já mostra à evidência que algumas formas de vida inteligente à volta do eng. Sócrates começam a cheirar o sarilho em que se meteram.

Não li mais nada! :lol:

Entretanto parece que quem é acusado de crimes têm uma certa atracção pelas listas do PSD. :twisted:

Parece que encontram lá refugio fácil. :cartao:

Parece que no PSD a fronteira entre a política e o crime anda um bocado confusa.

Política

Emigrantes queixam-se de candidato do PSD

Por Luís Rosa

O n.º 2 do PSD para o círculo da Europa é acusado por emigrantes portugueses na Alemanha de os ter burlado com um esquema de aplicações financeiras e generosas taxas de juro, que terminou em falências e perda do dinheiro investido, avança a edição do SOL desta sexta-feira

Santos Ferreira terá chegado a invocar a imunidade parlamentar para atrasar a sua audição pelas autoridades alemãs, quando é apenas deputado suplente na actual legislatura. Na anterior, substituiu por alguns meses, em 2004, o cabeça-de-lista do círculo da Europa.

Em declarações ao SOL, Stephanie Muller-Bromley, advogada de quatro famílias de emigrantes lesadas, confirmou que apresentou queixa no MP de Munster e Osnabruck, em 2006, contra Santos Ferreira e o Bausparkasse Mainz (BKM) – caixa mutualista alemã virada para o mercado imobiliário, onde este é director comercial.

luis.rosa@sol.pt

http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=146328

[b]Militante sai do PSD e diz que a renovação prometida foi um "embuste"[/b]

2009-08-12

Professor catedrático e pró-reitor da Universidade do Minho escreveu uma carta aberta à líder do PSD afirmando que as listas para as legislativas são “golpes terríveis na democracia”.

Luís Filipe Lobo-Fernandes, que em carta aberta à líder do partido intitulada “O grau zero da política” anuncia a sua desfiliação do PSD, lamenta que Ferreira Leite tenha “imposto” a inclusão nas listas de Helena Lopes da Costa e António Preto, “presentemente arguidos em processos judiciais”.

“Ora isto são golpes terríveis na democracia. Alguma ‘esperança’ que V.Exa aparentava protagonizar morreu na primeira curva. Afigura-se-me, ademais, que se perdeu todo o pudor e todo o respeito pelos cidadãos. Como militante do PSD (…) só posso concluir que a renovação de que a Senhora Drª Manuela Ferreira Leite fala assume foros de embuste”, afirma este professor de ciência política.

Considerando que esta situação é “inaceitável”, Luís Filipe Lobo-Fernandes disse confessar não saber “com que cara” Ferreira Leite “se apresentará aos eleitores nas próximas eleições. Mas será que não existem cidadãos cumpridores, cidadãos exemplares, sem processos de arguido, que possam integrar a lista de deputados?”.

Referindo-se também ao caso específico do distrito de Braga, onde reside, o professor universitário considera que as listas escolhidas pelo PSD para as legislativas mostram que “a falta de pudor político e de respeito pelos cidadãos atingiu aqui igualmente as raias do intolerável”.

“Ao invés de se escolherem candidatos com provas dadas nas várias frentes do exercício profissional, técnico, e de cidadania activa, opta-se pelo carreirismo, pelos ‘amigalhaços’, num delírio sem limites. Aqui, temos de novo as mesmíssimas caras(…). Onde está, pois, a renovação de que tanto fala a Sra. Dr.ª Manuela Ferreira Leite?”, afirma.

Para Lobo-Fernandes, “o cortejo [de candidatos] é, por certo, extraordinário: Miguel Macedo, João de Deus Pinheiro, tal como, pasme-se, um filho de um presidente de câmara de uma das autarquias locais do distrito. A indicação do Prof. Deus Pinheiro para cabeça de lista pelo distrito de Braga não faz qualquer sentido. Saiu de Braga em 1984, há mais de vinte e cinco anos. Em bom rigor, é (…) um autêntico atestado de menoridade ao terceiro distrito do país”.

“Lamento dizê-lo com tanta crueza, mas isto é o PSD no seu pior!”, diz, perguntando directamente à líder do PSD: “Onde pára, Senhora Dr.ª Manuela Ferreira Leite, a ética da responsabilidade? Onde está o espírito de serviço público? Mas será que ninguém presta contas?”

“Pergunto: como vai mobilizar a sociedade portuguesa se muitos dos protagonistas são arguidos, estão envolvidos em processos obscuros ou primam pela omissão? É imperioso, por outro lado, abrir os partidos a novos valores, empreender a renovação séria e consequente, e também pugnar por uma maior e melhor distribuição das elites”, acrescenta.

Face a este cenário, Lobo-Fernandes, decidiu desfiliar-se do partido “precisamente vinte anos depois de entrar”, considerando que o devia fazer “dando a cara” e explicando a sua saída antes das eleições.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1332910

As eleições como sempre ganham-se através das pessoas incondicionalmente desse partido e comodistas, ou seja, desde "crianças" que foram condicionadas a torcer por certos partidos, e como tal acreditam piamente nesses partidos, e raramente ligam a candidatos corruptos, ou se as medidas propostas ou anteriormente adoptadas são boas ou não. Podem até interessar-se por elas, em alguns casos, mas simplesmente não têm paciência para mudar para outro partido, visto votar no partido que sempre votou ter-se tornado um hábito, uma rotina, da qual não quer abdicar, e possivelmente ir-se-à sentir mal se não corresponder à mesma, passando a mesma quase tornando-se um vício. O vício de votar no mesmo partido.

Depois ainda perdura a existência de outro problema, o aproveitamento da ignorância das pessoas. Porque é que acham que as os deputados vão sempre às feiras ou às praças, angariar votos?? Porque é nestes locais onde são predominantes as pessoas com menor educação, o que infelizmente é a verdade deste país, e com isto não pretendo denegrir as profissões dos feirantes, e das outras ocupações existentes numa praça. Aqui os deputados encontram mentes mais fáceis de manipular e “agradar”. Uma pessoa vê uma comitiva muito grande com bandeirinhas, e câmaras de televisão e fica logo maravilhada com tanto espalhafato, que quando alguém pertencente a essa comitiva se dirige a ela, as ideias transmitidas são retidas com uma facilidade enorme, pois para essa pessoa, está a falar com uma pessoa muito importante, e que como tal deve saber do que fala.
Enquanto isto existir, jamais poderemos ser um país totalmente democrático.

Muitos amigos tem Sócrates, ou muita sorte, ou faz as coisas bem ou a Manuela faz mal…

Foi isto dos candidatos arguidos, este reitor vem mesmo a calhar, Moita Flores, e hão-de vir mais…

Manuela Ferreira Leite tem praticamente todos os economistas (pelo menos os de renome que se pronunciam) e outros especialistas contra as grandes obras públicas, compete com um senhor que foi “condenado” por corrupção por alguns órgãos de comunicação social, atravessámos/atravessamos uma das maiores crises económicas dos últimos largos anos, a senhora Ministra da Educação conseguiu colocar os professores quase todos na rua e os alunos, o das Obras Públicas coitado é um dos maiores patetas já vistos, o Ministro da Economia caiu porque pensava que estava na América do Sul, e MFLeite é capaz de vir a perder estas eleições…

A inaptidão desta senhora para a política é mesmo grande…

Eu por agora estou inclinado a votar PSD mas parece-me que Sócrates volta a ser Primeiro Ministro de Portugal.

É como eu. E não tenho dúvidas que o PS vai sair “vitorioso” das eleições. Apenas não acontecerá se algo de muito danoso aparecer. Só espero que o PS não faça coligações com o BE ou com o PCP. Não estou interessado em ver Portugal ainda mais no fundo.

Então o melhor é votarem PS…

Pode ser uma panorama desprestigiante, por causa da possível inacção e do conflito entre “pilas políticas”, mas não me importava de ver o PS em coligação com o PSD, o “terrível” Bloco Central. Embora a maioria absoluta seja uma miragem, não vejo o Cavaco Silva, caso continue como PR, a sugerir que o PS faça uma coligação com o BE ou com o PCP. Além disso, tanto o BE, principalmente este, e o PCP, não se poderiam coligar, isso seria uma desfeita na sua “cruzada contra o poder”.

Eu talvez tambem ache que o melhor para o país talvez fosse mesmo o Bloco Central à semelhança da grande coligação que existe na Alemanha.

Fiscalizavam-se uns aos outros no poder e o país ficaria a ganhar já que teria que haver uma negociação entre os dois partidos acerca do programa de governo e os ministros teriam mais pressão para governar porque se o fizessem mal , haveria sempre o contraditório e o dedo apontado do outro partido.

Mas é claro que aos partidos individualmente isso não interessa , o que querem é dividir o bolo e servirem-se do Estado à sua maneira.

Ela próprio o admite. Ela não é uma política profissional, não gosta de comícios, de festarolas, não faz joguinhos de bastidores, não usa teleponto, nem agências de marketing importadas do estrangeiro. Isto são espécies em vias de extinção na política actual, e era basicamente esse o tipo de pessoas que eu queria na política. A juntar a isso serão necessárias, claro, as outras qualidades também em vias de extinção na política actual: competência, currículo, honestidade e trabalho. Acredito que a senhora também as tem. Portanto se votar será nela, ainda que isso implique que a contragosto tenha de colocar a cruzinha na sigla “PSD”.

Mais um show de firmeza, clarividência e personalidade de José Sócrates hoje no frente a frente com a sempre difícil e astuta Judite de Sousa. Que diferença para com a restante oposição, a superioridade é tão evidente que até assusta pensar que o próximo primeiro ministro pode vir… da oposição… :wall:

Esteve em grande! :clap:

Aquele comentário quando a Sra. Seara ia fazer uma pergunta “o que é que será que vem dai agora?..” ao que ela responde “Nada de especial…” :lol:

Ou pérolas do tipo “A Judite já percebeu?” Ou melhor, sobre a “asfixia democrática” que o PSD apregoa : “O Passos Coelho, que foi escolhido pelas bases como cabeça de lista de Vila Real, foi chumbado pela Dra. MF Leite. E qual foi a justifiação? - Tem ideias diferentes das minhas. - Ora a Dra. MF Leite quando fala de “asfixia democrática” deve estar a falar do seu próprio partido…”