Li as respostas de Rogério Alves, pessoa que admito que admiro, e gostei bastante.
Não se esconde, é correcto, inteligente, tem “pose de Estado”, ao contrário dos autistas que por o Sporting passaram parece-me alguém que consegue analisar a realidade, consegue esquivar-se muito bem e tão bem que às vezes até custa a perceber que o está a fazer ;D …
Acho que mais que o conteúdo das respostas (que são dentro do esperado) o que fica à vista é o valor de Rogério Alves.
“…Fui eleito PMAG em 2006. Antes nunca tinha tido qualquer função no Sporting, nem qualquer outra ligação que não a de ser Sócio…”
Esta conversa dos roquetteiros tem a sua piada mas enjoa um bocadinho… qualquer dia basta já ter bebido um copo de monte velho e já és roquetteiro, um tirano, um mau…
enfim se todas as pessoas que desde de 95 exerceram cargos no SPORTING são roquetteiros, o que são os que os contestam!?
Amado de Freteiros, Jorge Gonçalveiros, Sousa Cintreiros!?.. ou são só do contra e do fala-sempre-mal!?
Quanto à AG em questão, apenas houve uma única votação.
Eu não tenho dúvidas sobre este assunto e acredito que vários advogados e juízes também não tenham.
Quanto ao Rogério, foge às perguntas de forma magistral, que até muitos aqui conseguem elogiar. Escandalosa a forma como nos quer fazer passar por burros na questão da auditoria ao Grupo Sporting, ou como não responde à pergunta do Paracelsus.
Sei, mas podes perguntar por PM ou email aos elementos do antigo LdV que eles podem esclarecer-te.
Ele disse que só foi PMAG desde 2006, numa tentativa de circunscrever as suas responsabilidades a esse período, mas a verdade é que não teve pejo em incluir nos seus “amigos” todos os dirigentes roquettistas e frisou que não iria ser lixados pelo próprio, acontecesse o que acontecesse… acho que isso diz muito sobre o espírito em relação a uma auditoria. Na prática, encetou um jogo do gato e do rato aguardando apenas o momento certo para dar a estocada, porque nunca foi real intenção sua fazer uma auditoria.
Isto não quer dizer que ele seja má pessoa ou menos Sportinguista, apenas que dá demasiada cobertura aos “amigos” por muito suspeitas que tenham sido algumas decisões e por muito prejuízo que tenham causado ao Sporting… é isto não me parece correcto.
Tu queres dizer que foram tão tenrinhos, tão tenrinhos que, mesmo percebendo desde início (falas de uma das 1ªs sessões) as suas reais intenções, acabaram por ser comidos de cebolada?
Foram correctos, não tenrinhos, porque era a negociação da AG com o PMAG era a única opção que tinham, tendo em conta os Estatutos do Sporting.
Mas sim, há quem os tenha apelidado de “tenrinhos”, há quem tenha dito de antemão que andavam a perder demasiado tempo com quem não valia a pena e sim, foi numa das primeiras sessões (talvez a 1a) em que Rogério Alves disse logo ao que vinha e que não ia permitir um desfecho desagradável aos “amigos”.
Apenas foi votada uma proposta, uma única vez. Porque a definição era mesmo essa, proposta única. No fim é que parece que decidiram alterar tudo porque o resultado da votação lhes desagradou.
Não sendo jurista, avalio a questão com o bom senso que julgo ter, e que penso que em geral as leis deste país deverão também ter.
Penso que a questão da impugnação de um AG se deverá colocar quando se considera terem havido irregularidades num processo que leve a uma determinada decisão dessa AG. Por exemplo, na AG de 13-Outubro-2009, foi aprovada uma decisão dos sócios. Não há dúvidas sobre o facto dessa aprovação ter ocorrido. Poderá haver dúvidas é se os processos preparatórios que levaram a esse desfecho foram correctos ou não. Mas a aprovação em si é clara, isto é, é claro o facto de que foi aprovada uma proposta.
Sobre a AG de 2008, sobre a qual Rogério Alves se pronunciou, a questão é diferente: há quem considere que houve uma aprovação, e há quem considere que não houve. Penso que a questão da impugnação das decisões dessa AG não se coloca. A questão que se coloca é perceber qual foi a decisão dessa AG.
Ou seja, impugnação a haver (ou providências cautelares) será quando quiserem tomar medidas tendo por base a aprovação da AG de 2008. Ou seja, quando quiserem emitir VMOC’s.
Paracelsus,
se era isto que estava em causa, estamos perante uma espécie de declaração de guerra:
1) Deliberação sobre a realização de auditoria externa e independente ao Sporting Clube de Portugal e a todas as sociedades do Grupo Sporting com apresentação de contas consolidadas;
2) Discussão dos termos de pagamento do passivo bancário do Sporting Clube de Portugal e das sociedades do Grupo Sporting e de medidas tendentes à sua renegociação;
3) Discussão dos termos do negócio de venda dos terrenos do antigo Estádio José Alvalade (UOP 30) e dos direitos de superfície do Interface do Campo Grande e de medidas tendentes à sua renegociação;
4) Discussão dos termos do negócio imobiliário da venda do património não desportivo e avaliação dos respectivos resultados.
Se achares que declaração de guerra é uma expressão pesada, podes considerar disposição para o confronto.
Colocamos em causa, porque não estamos esclarecidos como é nosso direito, a gestão do clube ao longo de vários anos, desde a venda dos terrenos e dos direitos de superfície até á venda do património não desportivo. Por isso uma auditoria.
Perante isto, suponho que ninguém estivesse à espera que do outro lado saíssem paninhos quentes ou chazinhos em chávenas de porcelana.
Não sei qual é a negociação a que te referes com o PMAG.
Este, ou convocava a AG para aquele efeito sem qualquer requerimento (a) ou, caso este fosse apresentado com os votos necessários (b), só tinha que a marcar e depois de a dirigir, fazendo cumprir a OT constante do requerimento.
Pelo menos é o que eu depreendo de
– Extraordinariamente, a Assembleia Geral comum reúne-se em qualquer data:
a) por iniciativa do Presidente da Mesa da Assembleia Geral;
b) a pedido do Conselho Directivo ou do Conselho Fiscal;
c) a requerimento de sócios efectivos, no pleno gozo dos seus direitos, com o mínimo de mil e quinhentos votos, desde que depositem na tesouraria do Clube a importância necessária para cobrir as despesas inerentes.
2 – No caso da alínea c), a Assembleia não pode reunir sem a presença de sócios requerentes que detenham, pelo menos, mil duzentos e cinquenta votos.
A única negociação possível refere-se à quantia para cobrir as despesas.
Mas nem é uma negociação, mas um simples depósito na conta do clube.
E aí, tudo era simples: orçamento apresentado por escrito pelo PMAG, depósito e, após a realização da AG e contra recibos/facturas acerto de contas (ressarcidos os promotores, caso o orçamento tivesse sido por alto).
Qualquer que tenha sido o rumo das “negociações”, a AG foi convocada, diz o então PMAG.
E o ex-PMAG diz que os requerentes da AG lhe pediram para declarar sem efeito a convocatória.
Porquê?
Sabem os promotores, sabes tu (e o Carlos10Almeida pode-lhes perguntar por mail ou PM), sabe o PMAG e existe documentação, escrita, portanto, sobre o assunto (aparentemente consultável), que o esclarece porque contém as justificações.
Não sei para quê continuar com a conversa das 2ªs ou 3ªs intenções dos envolvidos, quando estas eram absolutamente claras desde o início: uns queriam o confronto com o FSF ou com todas direcção roquetistas e outros defender-se-iam com unhas e dentes.
Esse confronto limitou-se a 1 requerimento, a 1 recolha de assinaturas, a umas negociações, a uma convocatória e uma “desconvocatória” a pedido dos interessados.
E é só este desfecho (desconvocatória) que eu lamento, porque o assunto era demasiado importante, consumiu, seguramente, energias a vários sócios, e no final uma mão cheia de nada.
Ou melhor, no final tudo ficou pior: ao confronto inicial acresceu a novela da AG que não chegou a ser.
Assim é difícil.
Eu e penso outros signatários gostariamos de ter sabido por aqui ou pelo site do Ldv, o conteudo dessa carta (ou parte até aceito) e as razãos para desmarcação da AG, acho que era o mínimo, pois quando pediram assinaturas também não houve PM´s…
Quanto ao bom senso das leis, a minha opinião é exactamente a contrária à tua, mas não vamos abrir esse dossier
Foste muito claro, mas é bem possível que nesse (e neste) momento, já seja tarde.
Não sei, por exemplo, se há actas, mas pelo menos já há um comunicado à CMVM.
E das palavras do ex-PMAG e do comunicado, depreendo que o entendimento foi:
Uma proposta única, com três medidas.
Votação única: sim ou não, aprovo ou rejeito.
O resultado foi 63% de aprovações.
De acordo com os estatutos, 2 medidas necessitavam de 50% e 1 de 66,6%.
2 medidas foram aprovadas 1 foi chumbada.
O entendimento é correcto e o comunicado justificável?
Não sei, mas com acta e procedimentos intercalares até à emissão de vmoc’s e qualquer coisa com a Academia…
Não sei se era uma “declaração de guerra”, mas a função de um PMAG não é avaliar se é ou não uma declaração de guerra.
O que se passou foi que às tantas um grupo de sócios quis marcar uma Assembleia Geral com vista à votação de uma Auditoria ao Grupo Sporting. Para tal entraram em conversações com o PMAG durante cerca de um ano para a marcação dessa AG e logo no início dessas conversações o RA saiu-se com aquela.
A pertinência ou não dessa Auditoria seria pois avaliada pelos Sócios do Sporting, não pelo PMAG (porque é para isso que servem as Assembleias Gerais), mas ele assim não entendeu desde o início com aquela conversa (ou seja, ele não queria auditoria coisa nenhuma e o facto de andar um ano a enrolar não deve ter sido mero acaso).
Oh Carlos, mas essas justificações foram dadas (podes é estar ou não de acordo com elas).
Não posso afiançar porque não me lembro exactamente, mas estou certo que ou aqui (no tópico concreto da situação) ou no I encontro LdV (onde até estiveste presente, mesmo chegando um pouco mais tarde) ou em ambos, a situação foi explicada pelo LdV.
O que ele pensa ou não sobre o assunto é uma coisa
Basta ler as suas respostas para perceber que não está em pulgas pela auditoria.
Outra coisa completamente diferente é o que tem de fazer enquanto PMAG.
Tu dizes que andou a enrolar.
Admito que sim.
Mas convocou-a e quem estava interessado pediu-lhe (diz ele e diz que há documentação escrita e tu dizes que conheces as justificações que dela constarão) para não se realizar.
Quem tinha a faca e o queijo na mão (o requerimento) voltou atrás, após, dizes tu, cerca de um ano de trabalho. :wall:
RA fez o que tinha de fazer como PMAG.
Já os promotores do requerimento morreram na praia.
Não me lembro de todos os pormenores, mas acho que o que se passou foi que:
Depois de um ano com RA literalmente a enrolar, em Janeiro -09 o LdV decide suspender o processo dado o aproximar das eleições, considerando que a AG não deveria colidir com o período eleitoral (eram assuntos separados e não deveriam ser usados como arma de arremesso na campanha eleitoral ou vice-versa). Acho que comunicaram isso a RA e comunicaram também isso à imprensa para que fosse publicado e no dia seguinte ou assim aparece na imprensa que RA acede à marcação da AG, que já tem data e tudo e que só falta o dinheiro dos promotores. Isto quando no dia anterior não havia absolutamente nada definido (tinha andado a ser enrolado durante um ano).
Se calhar isto não te faz confusão nenhuma, mas eu acho que foi uma grande sacanice e fiquei definitivamente convencido em relação ao modus operandi de RA.