Se tu me dizes que houve quem tivesse um requerimento para 1 AG extraordinária durante 1 ano e andou a negociar com o PMAG a sua realização e este enrolou até aqueles desistirem e então marcou em 24 horas, eu digo que, claramente,:
a) há uma enorme sacanice de 1 lado
b) há uma enorme totozice do outro lado, tanto maior quanto desde a 1ª reunião sabiam o que RA pensava do assunto.
Só que a tua versão, de que não duvido, não bate certo com a do ex-PMAG:
Partindo do princípio que ele escolheu bem as palavras que empregou (não sei se por escrito ou de viva voz, o que pode fazer muita diferença), o ex-PMAG fala em “publicação da convocatória”, “após” e “razões em correspondência trocada”.
Afirma, portanto, que está escudado em documentação escrita após a publicação de uma convocatória.
Tu falas em “acede à marcação”, “tem data” e “só falta o dinheiro” e, mais importante que tudo, “aparece na imprensa”.
Parece tudo a mesma coisa, mas não é e faz muita diferença:
a) foi publicada, nos termos dos estatutos, a convocatória ou não?
b) à convocatória (a ter existido) seguiu-se uma carta dos promotores a solicitarem a sua anulação?
Se sim às duas, RA comeu-os de cebolada e nem quero pensar o que seriam esses sócios nas mãos de, sei lá, um Rui Alves.
Pior que um lobo vestido de cordeiro é um chacal vestido, ora de lobo ora de peluche.
Se não às duas, o ex-PMAG está equivocado (até admito problemas na transcrição) ou quer enganar tudo e todos, o que já é gravíssimo.
Finalmente.
Nada disto é para ser tratado na imprensa, nem esta pode ser o palco de negociações entre 1 grupo de sócios que quer convocar 1 AG extraordinária (e tem os instrumentos necessários para o fazer) e o PMAG. Até porque não há nada para negociar, porque já aqui li quem garantisse que havia dinheiro para pagar a auditoria, logo só poderia existir dinheiro para pagar a AG.
O argumento das eleições, que ocorreram passado meio ano, nem me merece comentários, porque, para além do óbvio desfasamento temporal, penso exactamente o contrário: só pode ser o tema central de qualquer campanha eleitoral.
Pior que tudo: a questão não foi resolvida e a auditoria continua a ser reclamada.
É Portugal (desresponsabilização e arrastamento dos problemas) e o nosso clube (calimerice) no seu melhor.
dasse!
Eu soube da marcação AG no jornal do SPORTING, esteve marcada para dia 25 de Janeiro, e sei isto com toda a certeza, porque pensei, porra tanto dia para marcar e calha logo no dia em que a minha mãe faz anos…
O que transpareceu para a imprensa foi que RA convocou a AG esperando apenas que os promoteres avancassem com o dinheiro para cobrir a sua realizacão. E que nessa altura os promotores recuaram. Mas, segundo a versão de que tive conhecimento, essa convocatória saiu no dia seguinte aos promotores terem informado RA e a imprensa de que iam suspender o processo (com o intuito provável de o prosseguirem após as eleições).
A resposta às tuas perguntas é muito provavelmente “Sim”, daí a tua conclusão ser mais que acertada, mas volto a frisar que o LdV não tinha outra hipótese para conduzir os trabalhos que não fosse a de negociar com o PMAG e que o fizeram da forma mais correcta possível com uma conduta exemplar porque não queriam abrir feridas no Sporting com este processo (que quer queiramos quer não, é suficientemente polémico em si).
Em qualquer instituição, o pedido de uma auditoria só pode abrir feridas.
Que ao menos sirva de lição para o futuro, até porque agora o PMAG é capaz de ser bem menos diplomático e muito mais temperamental.
Não lhe chamaria exactamente totozice, chamar-lhe-ia respeito pré assumido desde logo pelos processos em vigor no Sporting, depois pela lisura com que se esperaria que um PMAG do Sporting tratasse um pedido de associados.
Depois o sublinhado é o perfeito exemplo da agora famosa frase “Rugem para dentro e miam para fora”. Desconheço qual seria o comportamento do LdV numa relação com Rui Alves (provavelmente, pelo que deles conheço, essa relação até seria inexistente), mas sei qual foi o comportamento do LdV na relação com o poder eleito no Sporting, quer com o PMAG quer com o PCF (que, dito pelos mesmos, é uma outra peça de grande calibre), aliás numa postura que muita gente, nomeadamente aqui no fórum, julgava impossível de acontecer, de grande elevação e respeito sobretudo pelo clube e pelos seus representantes eleitos.
E tudo isto no meio de manobras inqualificáveis, sendo o exemplo da “fuga” de informação pessoal da relação de alguns membros do LdV com o clube, o mais óbvio mas não o único (aparentemente até pressão física houve em determinadas alturas).
Rogério Alves é aquele dirigente que anda sempre ali na curva, que oficialmente não aponta para um lado ou para o outro porque está sempre à espera de ver qual a melhor direcção para si. Em suma, é mais um dirigente da onda dos “notáveis” só que dos mais manhosos. 8)
Do LdV não sei, sei que o SerSporting, contendo muitos elementos do LdV, afirma ter negociado com o Rui Alves a vinda do Néné para Alvalade e por condições recentemente divulgadas! :think:
As condições não sei se são reais, admito que sim, agora a relação tem que ser real pois os contactos e negociações foram revelados pelo SerSporting! :exclaim:
:great:,
Era só uma ressalva, precavendo eventuais não coincidências com versões aqui conhecidas.
Do que todos conhecem, RA pesa muito bem as palavras que emprega na conversação. Por escrito a pesagem será ainda maior.
E o ponto em causa até era factual, checkável e não houve, até agora, contestação.
Esta limita-se à adjectivação das interpretações do que é puramente subjectivo, logo é inevitável.
Aproveito para saudar a iniciativa da entrevista, bem mais interessante, dada a qualidade e a pluralidade dos “entrevistadores” (não me incluo porque não fiz perguntas) e a não limitação de temas por parte do entrevistado, do que muitas (quase todas) das que saem nos pasquins.
No caso, a internet ganhou de goleada à imprensa tradicional.
Podes estar correcto, no entanto digo-te já que duvido que algum deles tenha estado envolvido nesse negócio, uma vez que foi publicamente assumido que só o candidato tratava da pasta futebol.
Agora aceito realmente que todos eles, ou parte, tenham aceite e defendido uma estratégia que passe por negociações (directas ou mesmo indirectas) com o 500. Sabemos que neste momento estão todos registados aqui no fórum, apesar de não ser assunto importante, eles que intervenham se assim o entenderem.
Então deixa-me também clarificar que a mim me choca tremendamente que exista o mínimo de negociações abertas com o 500 ou com o clube a que preside, salvo se aquelas forem exclusivas com representantes dos jogadores que depois tratam por si do assunto com o Nacional.