Mas voltando ao tópico, aceito obviamente inputs de todas as correntes politicas, e decerto cada um de nós tem a sua própria ideia de ideal politico com noções que bebem até de vários quadrantes. A questão é mtas dessas noções não podem conviver de forma concorrente.
Agora, a não ser por revolta, como é que alguém se revê num partido que acha que a melhor solução, neste momento é sair do Euro? Alguém tem noção do impacto que isso causaria?
É que à primeira vista parece uma ideia brutal! Sai-se do Euro, desvaloriza-se a moeda e ganha-se leverage para conseguir aumentar as exportações de forma exponencial. Mas alguém já parou para pensar sobre o que é que acontecia com os empréstimos de habitação por exemplo? Alguém já parou para pensar no que é que acontecia às empresas dependentes de importação? Alguém já parou para pensar que Portugal se calhar, neste momento, não tem assim tanta matéria de exportação que justificasse este shift?
E estou só a pegar nas coisas pela rama, nem é preciso falar no aumento estupido das taxas de juro que iam acompanhar a desvalorização da moeda para perceber que sair do Euro neste momento é uma ideia ou de desespero ou suicida. E é importante perceber que a primeira facilmente leva à segunda.
Evitando fazer juízos de valor, a ideia por trás das greves é exactamente a de demonstrar a importância daquele trabalho e o porquê de se deverem valorizar os seus trabalhadores e isso é conseguido exactamente pelo prejuízo que a falta causa.
Se tu faltares prejudicas pelo menos o teu empregador, ou então não tinhas trabalho, e essa seria a forma como uma greve tua teria efeito.
Greves sem prejuízos são um contra-senso e não serviriam para nada.
Esse contra-post demonstra uma mentalidade submissa e pouco intelectualmente exigente.
Reconhecer competência neste Governo é algo impossível: são um bando de sicofantas, uns autênticos cães amestrados à espera de umas migalhas da Alemanha e do BCE, moralmente (e financeiramente) falidos, que querem à força toda desmantelar o Estado, para depois poderem administrar os bocados que foram privatizados, a troco de gordos salários.
Conjunto de carreiristas políticos, desprovidos de qualquer nobreza de espírito e intelectualidade ou cultura.
Já decidi que saio do país se continuar a ter o fdp do passos coelho como PM.
A valorização dos trabalhadores não é directamente proporcional ao prejuizo que causam.
Eu posso ter 1000 trabalhadores numa fabrica, todos eles a ganharem o justo para a sua posição, e se decidirem fazer greve causam-me na mesma milhões de prejuízo. A greve é uma arma complicada pq é uma manobra concertada contra a companhia. Deve obviamente ser válida e ser ao mesmo tempo um instrumento utilizado pelo conjunto de empregados e / ou sindicato, mas apenas em último recurso. No caso dos transportes públicos não é isso que se verifica… todos os meses existem greves, ora da Carris, ora do Metro, ora da CP, ora todas juntas e ao mesmo tempo.
E pq é que os maquinistas da Fertagus não fazem greve? É pq ganham mais? É pq têm melhores condições?
Não. È simplesmente pq é privada.
Em 2011 o ordenado médio dum maquinista do Metro de Lisboa acendia acima dos 2500€/ mensais, havendo maquinistas perto dos 5000€ / mensais. Fazem greve pq? Simplesmente pq podem, e pq é uma EPE e ninguém leva a mal. A Fertagus sendo privada tem outras responsabilidades para com os seus clientes.
É aquilo que se chama um abuso de posição privilegiada, sabem que prejudica a empresa, ficam um dia em casa e, pelo menos no Metro de Lisboa ninguém lhes descontava o ordenado, pq estavam ao abrigo de um fundo de garantia sindical. Como é um direito ninguém tem mão nestas situações, mas claro que ficamos aborrecidos quando um direito adquirido pelos nossos ascendentes se torna num instrumento de laxismo.
A favor das greves, sim, a favor deste tipo de greves, não.
Ainda assim essa situação é independente do facto dos trabalhadores quererem ou não fazer greve, ou não?
Se vamos ser honestos intelectualmente então temos de enquadrar os dois lados da moeda.
O Metro de Lisboa é uma EPE cujas obras de expansão de linhas é financiada pelo estado mas indexada ao pagamento anual da soma fraccionada durante X anos pelo Metro de Lisboa. O estudo de viabilidade é feito à margem do Comité do Metro de Lisboa que os asfixia num montante que obriga ao prejuizo anual, uma vez que as linhas podem nem ser viaveis nem a sua expansão justificável à margem dos lucros da companhia.
Assim sendo qual é a margem para reverter o descarrilamento?
Assim não queria eu estar a dirigir uma empresa destas.
Aqui só estão dois factores em equação: sindicatos / trabalhadores vs empresa. A única associação que fiz, e que me parece a mais sensata nesta situação de legitimar ou não as greves é que os empregados da Fertagus não são melhor pagos que os do Metro de Lisboa, e no entanto são sempre estes últimos a fazer greves. Uma é privada, circunstancialmente apoiada pelo Estado, e outra é uma EPE.
Eu não sei de que realidade paralela o amigo apareceu, mas a partir do momento que tenta desconstruir FACTOS com o vazio da demagogia ficámos apresentados.
1º A coligação fez reformas? Fez cortes, não reformou o estado!
2º Fazer leis inconstitucionais, e quando elas não são aprovadas insulta-se os magistrados do Tribunal Constitucional, e isto é normal? E depois insiste-se novamente em tentar fazer passar a mesma lei, isto é de gente séria?
3º Eu de irrevogável conheço a morte! E quando me engano não insisto no erro votando exactamente nas mesmas pessoas que me enganaram.
4º Ou seja, para o amigo morrer numa sala de espera sem receber tratamento como foram uma série de casos no surto viral do inicio do ano é um caso de taxas moderadoras. Simplesmente Ridículo.
5º Para [member=21579]Rikardz os alunos começarem o ano lectivo com falta de professores, com escolas fechadas e em alguns casos com 2 meses de atraso em relação às outras instituições de ensino é aceitável. O que não é aceitável são professores que de ano para ano têm sido reduzidos para mínimos históricos em quantidade o que prejudica a qualidade do ensino, ousarem manifestarem-se.
6º O problema da privatização da segurança social é simples, estando nós cientes da instabilidade do sector financeiro e dos maus investimentos dos bancos, quem em seu perfeito juízo vai trocar a certa e bem gerida reforma estatal, por um fundo de reforma bancário? Aliás porque é que os Bancos portugueses passaram as reformas dos trabalhadores bancários para o estado? Favor reflectir sobre o assunto.
7º Greves dos transportes, ai estamos de acordo, mas como os transportes só dão prejuízo e ainda não engendraram como vão manter o passivo no estado e vender os equipamentos ao desbarato a privados, a coisa ainda está a marinar em águas de bacalhau… Até lá o contribuinte que se aguente.
Não se entendem entre eles. Nunca assumem que são alternativa para governar. Desde o nascimento desta coligação que quase só se vê “muito barulho” e “temas fracturantes (!!!)”.
Não representam nada. São na minha opinião apenas um conjunto de cenas mal amanhadas.
Caso não tenha ficado claro, eu não estou aqui a fazer juízos de valor, estou a desmontar a ideia do [member=21579]Rikardz que deu a entender que só se devia poder fazer greve se esta não causasse prejuízo, o que é um contra-senso de todo o tamanho.
As empresas de transportes não podem ser privatizadas porque só dão prejuízo! E em Portugal não se privatizam prejuízos apenas se nacionalizam dívidas de Bancos.
O direito à greve é irrevogavel. Se estou a favor da forma como a CP conduz as greves? Não, e tenho exemplos. Se sou contra que façam greve? Não, nunca.
Eu não me devo questionar o porquê do vizinho do lado ganhar mais do que eu, eu devo questionar o porquê do meu patrão não me pagar mais.
Se nada de extraordinário acontecer irei votar na coligação. Não governaram bem, nem perto disso, mas a alternativa é dar ao PS a hipótese de pôr cá o FMI pela 4ª vez. A esquerda caviar é tudo farinha do mesmo saco, seja BE, Livre, Agir ou os restantes 5453 partidos que surgiram da guerra de egos no Bloco. O PCP é um partido que num sistema democrático nem devia existir.
Guardo espaço para algum partido pequeno de centro que me possa fazer mudar de ideias.
O PCP não devia existir num sistema democrático? Tu é que deverias evitar fazer considerações sobre o conceito “democracia”. Ficou evidente que é algo que não dominas.
Eu começo a achar que o Português é mesmo masoquista. Eles mentem para chegar ao poleiro, fazem 0 reformas e rebentam mais com a economia, e o que nós fazemos? Vamos votar neles!