88 dias até à conclusão do plano (8 dias após a publicação+20 dias para participação+60 para elaboração do plano)!
O lote é ligeiramente diferente das referencias que eu usei para os meus estudos mas acaba por não os alterar em nada.
O que pode condicionar será as anunciadas áreas de implantação e área útil (4500/9000m2) que considero “tímidas” para fazer uma verdadeira casa das modalidades.
Ainda assim, com muita ginástica, estou a tentar provar que, mesmo com esses pressupostos de área, é possível fazer algo mais que um simples pavilhão de competição.
Aviso n.º 5584/2010
Elaboração do Plano de Pormenor Alvalade XXI
Torna-se público, nos termos dos artigos 74.º n.º 1 e 148.º n.º 4, alínea b) e do Decreto-Lei n.º 380/99 de 22/9 e do artigo 91.º da Lei n.º 169/99 de 18/9 (Lei das Autarquias Locais), que a Câmara Municipal de Lisboa, em Reunião de Câmara de 27 de Janeiro de 2010, de acordo com a Proposta n.º 28/2010, deliberou proceder à elaboração do Plano de Pormenor Alvalade XXI, tendo aprovado os Termos de Referência que fundamentam a sua oportunidade, fixam os respectivos objectivos e estabelecem o prazo de 60 dias, após conclusão do período de participação preventiva, para a sua elaboração.
A área de intervenção pertence à Freguesia do Lumiar e tem como limites:
A norte, pelas Rua António Stromp e Rua Francisco Stromp;
A nascente, pelo alçado tardoz dos edifícios situados na Alameda das Linhas de Torres n.os 93 a 99;
A sul, pelos terrenos do Sporting Clube de Portugal;
A poente, pela Rua Francisco Stromp.
Torna-se ainda público, nos termos do artigo 77.º n.º 2 do Decreto-Lei n.º 380/99 de 22/9, que iniciar-se-á no 8.º dia, após a publicação do presente Aviso no Diário da República, 2.ª série, nos termos do artigo 148.º n.º 4, alínea b) do citado diploma, um período de 20 dias para participação dos interessados, podendo ser formuladas sugestões e apresentadas informações. Durante este período, os interessados poderão consultar os Termos de Referência, no site de Urbanismo da CML, na Secção Planeamento Urbano (http://ulisses.cm-lisboa.pt) ou nos locais a seguir identificados:
Centro de Informação Urbana de Lisboa (CIUL) sito no Picoas Plaza, na Rua do Viriato n.º 13 a n.º 17;
Gabinete de Relações Públicas da Direcção Municipal de Gestão Urbanística, sito no Edifício Central da CML, no Campo Grande n.º 25, 3.º F;
Junta de Freguesia do Lumiar, sita na Estrada da Torre, n.º 19 1750-293 Lisboa.
A formulação de sugestões, bem como a apresentação de informações, deverão ser feitas por escrito, dirigidas ao Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, utilizando para o efeito, o impresso próprio que pode ser obtido nos locais acima referidos ou no site de Urbanismo da CML (http://ulisses.cm-lisboa.pt).
Lisboa, 29 de Janeiro de 2010. — A Directora Municipal, Teresa de Almeida.
Após estes 80/90 dias demorará o tempo de negociação de em que moldes será construído, a elaboração do programa, a contratação da equipa projectista e o projecto propriamente dito. Após isso avaliação do cumprimento das normas por parte das entidades competentes e respectiva autorização, escolha de empreiteiro e contrato de empreitada.
Isto se não se intrometer um qualquer concurso para projecto e/ou empreitada (que não me chocaria de todo) e um período de consulta aos sócios. Se bem que a este nível vai ser tudo feito no secretismo.
Lendo muito por cima os termos do plano, conte-se com mais 60 dias atá à versão definitiva do plano:
1ª Fase
Elaboração da Proposta de Plano - 60 dias após conclusão do período de participação preventiva.
2ª Fase
Eventual reformulação da Proposta de Plano - 30 dias após recepção do parecer da CCDRLVT
3ª Fase
Versão Final do Plano - 30 dias após discussão pública
No lote de documentação disponível na plataforma da CML, nas peças desenhadas consta um desenho chamado “implantação pavilhão”.
Este de 18/09/2009 é assinado por um atelier de grande qualidade (ARX) o que me deixa razoavelmente descansado em termos da valia arquitectónica do projecto.
É apontada uma área de cobertura ajardinada que cobre os 4664m2 de área de implantação excepto um rectângulo de implantação de 28.8x49.90m que indicia ser a cobertura da nave principal.
De resto o diferencial de cota entre a rua (+/-82.00) e esta cobertura ajardinada (87.50) é de 5.5m sendo que o tal rectângulo (92.50) sobe até aos 10.5m. De salientar a existência de pateos nesta implantação, alguns a uma cota menor (78.00) que a de entrada.
Lamento a ausência dos cortes indicados no desenho.
Assim sendo, da área de intervenção de 9621m2, 3649m2 + 2x575m2 na parcela Nascente (traseiras dos edifícios que confrontam a Al. Linhas de Torres) são para espaços ajardinados e estacionamento, respectivamente.
Da parcela poente, dos 8768m2 4805+149m2 serão também para espaços ajardinados, sobrando os tais 4664m2.
Assim sendo confirma-se a ideia que já tinha que o estudo iria ser “custom made” para uma ideia já existente e que o Sporting já teria escolhido quem faria o projecto. Aliás, há uns meses atrás um forista alertou para o conhecimento que tinha de um atelier a trabalhar nisto, tendo eu ficado na altura com a ideia que poderia ser um do tipo ARX ou Promontório.
Por outro lado desta vez é escolhido um atelier que oferece algumas garantias de qualidade.
@psilva
Isto para mim é próximo do chinês.
Mas fiz um esforço tremendo: até descarreguei os pdfs do ulisses.
Mas continuo a olhar para isso como boi para palácio.
Uma dúvida simples, caso tenhas pachorra
Parte da Rua Cipriano Dourado (salvo erro, traseiras do quarteirão do Magriço) é considerada zona de implantação do pavilhão, como depreendo (talvez mal) do último pdf do ulisses?
Edit: ups :-[, acho que já respondeste ali em cima: são para o Sporting ajardinar e fazer estacionamento
O que acontece é que o terreno está, por assim dizer, separado em duas parcelas. A parcela Nascente que são as traseiras dos edifícios que confrontam com a Al. das Linhas de Torres (4799m2) e a parcela (chamemos-llhe) Poente que se situa, grosso modo, onde estava a Superior Norte do antigo estádio (8768m2) num total de 13567m2.
A 1ª parcela, segundo a informação prévia presente nos pdf será para espaços verdes [EV] e estacionamento (3649m2 + 2x575m2). A outra será dividida ficando 4805m2 a poente para EV e 4664m2 na zona central do conjunto como área de implantação.
Esta área de implantação é o “footprint” do edificio.
No caso, tem a forma dos limites do terreno com uns vazios para pátios (que também são contabilizados como EV (149m2)), cobertura verde (que não entra para a contabilidade dos EV) e o que se depreende ser um prisma rectangular com 28.8x48.90m elevado (possivelmente o volume de parte da nave principal).
O trabalho do atelier é em regra muito bom, e bem considerado pela critica e pelos arquitectos.
Parece-me que eles já tem ideias definidas sobre o que querem fazer (e eventualmente um briefing do Sporting sobre o que quer do edifício) sendo que não me parece etica e profissionalmente aconselhável intrometer-me no seu trabalho (pelo menos a este nivel)
O que posso fazer (e está difícil pois não tenho tido tempo) é tentar compor um modelo que prove, cumprindo as limitações, que é possível fazer mais que um simples pavilhão de competição.
À posteriori não me coibirei no entanto de criticar o que achar criticável (e elogiar o elogiavel) no projecto.
No entanto (caso se confirme o projecto ARX) será seguramente um edifício marcante!
Parece-me que aquele paralelepípedo será seguramente o volume da parte central da nave principal de jogos (28.80x48.90m para 20.00x40.00 de um campo de andebol).
De resto não consigo encontrar dados que me levem a dizer que será o seu único espaço desportivo (poderá inclusive seguir as minhas opções e enterrar alguns espaços desportivos de treino).
Sei que não falas só como especialista.
Eu, que, de todo, não o sou, só posso falar como adepto.
Se aguentei um volume taveirístico como o novo estádio, aguento outro “mamarracho” visto do exterior (por acaso nem desgosto do novo estádio, pelo menos por comparação com outras das suas “obras de arte” do género, tipo Aveiro, só que nunca mais consigo olhar para “a nossa” sem pensar no seu autor).
Vital, para mim, é a existência de um pavilhão que permita o desenvolvimento sustentado de várias modalidades ditas amadoras.
E isso requer espaços de treino condignos e ajustados também à alta competição, que não apenas e só os do actual multidesportivo, ou de um piso único para competições no “novo pavilhão”.
É por isso que te agradeço o conceito de “casa das modalidades”. :great:
Se a solução não for essa, ou aproximada, ficarei eternamente desiludido (não tanto como quando foi aprovada a ampliação do novo estádio e suprimido o pavilhão, mas…)
[hr]
é isso que me faz desconfiar.
Se não houver aqui algumas peças que pareçam pior do que são é porque está para rebentar uma bomba, entre a humilhação desportiva, comportamentos extra-desportivos deprimentes, uns sopapos/demissões ou outra surpresa qualquer em que o nosso clube é pródigo
Pois, com as informações disponíveis acabo por estar na mesma situação. Não consigo mesmo discernir o que dali vai sair em termos de espaços desportivos.
Já olhei várias vezes para o desenho e acabo sempre por chegar a conclusões antagónicas.
A minha intuição no entanto diz-me que vai efectivamente ser uma só nave desportiva (com eventuais ginásios menores).
Sobre a obra em si, caso seja da ARX, será de qualidade (ainda que admitindo que possa não ser do agrado de todos).
De qualquer modo a casa das modalidades, tal como perspectivei nos estudos que fiz, com uma série de espaços de treino e apoio (não só os recintos desportivos, mas ginásios, espaços para as secções, auditórios, centros de fisioterapia, salas de musculação, etc.) perece-me completamente descartada pelo previsível volume de construção admissível. É pena, até porque continuo a considerar que o lote “aguentava” urbanisticamente (na solução mais enterrada então arrisco a dizer que teria menos impacto que a agora proposta).