Com a eventual novo investidor, a Holdimo passará para 23,53% e o Sporting para 50,4%. Em 2026, após a conversão dos VMOCs, a Holdimo descerá para os 7,27%, o novo investidor baixará dos 21,18% para 6,55%, o Sporting subirá dos 50,4% para os 51,6% e os Bancos ficarão com 33,09%.
Confesso que não estou por dentro do que está aí escrito.
Não sei como pode isso ser e o que é que o SCP tem que garantir para cumprir esse plano.
Ignorância assumida da minha parte.
Se alguém estiver melhor documentado sobre essa matéria, que explique aqui à malta.
Dessa, tou fora.
Confesso que também não estou por dentro desse assunto, mas a forte convicção com que fiquei acerca das VMOC´s é que, pagando o valor acordado no prazo acordado, está o assunto encerrado.
Só no caso de incumprimento da nossa parte é que essas VMOC´s se transformam efectivamente em acções da SAD.
Claro que se pagarmos está o problema resolvido.
Mas o que está ali não é claro sobre se temos que assegurar todo aquele valor ou não.
Pode haver outro tipo de jogadas que eu desconheço.
Por outro lado, confesso que vejo com dificuldade o SCP conseguir libertar aquela verba até lá com lucros nos exercícios.
Pois, foi exactamente o que eu pensei; não foi só para “poluir” o tópico. :twisted:
Obrigado pelas respostas [member=3466]Strikerr.
Ainda em relação aos vários pontos:
Devemos saber o resultado já dia 19 e subsequentemente isso terá o seu impacto nas contas da SAD. Ou só se saberá em setembro?
“Condições favoráveis” ou “perdão” pode ser apenas uma mera questão de semântica. Em qualquer dos casos, palmas para uma direcção que o conseguiu e, ainda para mais, numa conjuntura tão desfavorável como era a da altura. Isto (conjugado com as VMOCs; já lá vamos…) faz de facto muita diferença nesta altura no que a serviço da dívida diz respeito em relação às outras duas SADs.
Eu não sou especialista nestes assuntos mas, pelo que percebi, as VMOCs permitiram simultaneamente reverter a situação de capitais próprios negativos (contabilisticamente “limpando” esse montante do passivo) e reduzir os encargos com o serviço da dívida. Todavia, todos sabemos que é uma “bomba-relógio”. Serão convertidas em acções da SAD se não forem pagas dentro do prazo definido. Nesse caso, ocorrerá um aumento de capital da SAD, certo? Daí decorreria que se perdesse a maioria do capital na SAD. O que eu não sei é se, na data definida, só é convertido em acções o montante do crédito que não for pago à banca ou se é a totalidade das VMOCs. Se forem sempre convertidas na totalidade, não seria necessário adquirir o total dos créditos para não se perder a maioria do capital na SAD, em virtude do resultante aumento de capital da mesma, ou estarei errado?
Em relação ao valor atribuído ao estádio, também não me consigo pronunciar. Era bom que alguém por aqui com conhecimentos no assunto analisasse essa questão e as respectivas consequências. Fica lançado o pedido/repto. 8)
A maior ou menor competência com que a política de contratações e de vendas de jogadores é executada afeta tremendamente o sucesso desportivo e financeiro de qualquer clube.
A capacidade de scouting, ou seja, a capacidade de, por um lado, conseguir determinar corretamente as verdadeiras lacunas que importa preencher num plantel e, por outro, conseguir descobrir os melhores jogadores que melhor se enquadram no preenchimento dessas lacunas tendo em conta o orçamento disponível está verdadeiramente na raíz deste sucesso ou deste insucesso.
No caso dos 3 grandes, o impacto do scouting transcende em muito a vertente meramente desportiva e acaba por ser ainda maior pois é ele que está na própria base de um modelo de exploração que depende fortemente da obtenção de receitas com vendas de jogadores, receitas essas que representam 32% das receitas globais das SAD’s desde a sua fundação.
Se pensarmos que os resultados das SAD’s, excluindo compra e vendas de jogadores, é deficitária (por vezes, de forma extremamente pronunciada), percebemos bem o tremendo impacto que esta capacidade para fazer boas vendas tem depois na capacidade de reinvestimento dos clubes em novos jogadores.
Nas tabelas abaixo apresenta-se o que têm representado, do ponto de vista percentual, as receitas com vendas de jogadores no universo de receitas global e o que têm representado os custos de investimento em contratações de jogadores e salários no universo de custos global dos clubes.
Como seria de esperar, estas percentagens são tremendas em organizações cujo negócio é o futebol.
Sublinho ainda a tendência de crescimento das receitas com vendas de jogadores nos últimos anos, quer em valor relativo, quer em valor absoluto, o que ainda mais tem acentuado a dependência das SAD’s deste tipo de receitas.
Olhando ainda para os números acima, percebe-se claramente a grande diferença que os 3 grandes têm tido neste tipo de receitas.
O FCP tem sido o Campeão de vendas, o que lhe tem permitido também ter sido o Campeão das compras e dos salários oferecidos. Esta maior capacidade de investimento tem-lhe garantido melhores equipas e melhores resultados desportivos.
Nos últimos anos, o SLB tem vindo a conseguir também garantir grandes volumes de receitas com vendas de jogadores, o que lhe permitiu aumentar o investimento e passar a competir com mais sucesso com o FCP.
O SCP, continuando longe de conseguir fazer a mesma ordem de grandeza de vendas dos seus rivais, continua longe também de poder assumir a mesma ordem de grandeza de investimentos, algo que diverge do que conseguia fazer no princípio do século. Este tem sido um dos nossos grandes problemas!
Inclusivamente, mesmo investindo muito menos tanto em compras de jogadores como em salários, o que, ainda assim, se tem verificado, têm sido défices de gestão desportiva maiores no SCP do que nos seus rivais (ver tabelas abaixo).
A exceção, se incluirmos custos com o pessoal, tem sido o SLB.
Isto é verdadeiramente grave!
Se olharmos para estes números, entre compra e venda de jogadores, perdemos 244ME para o FCP e 107ME para o SLB desde que há SAD’s. Pior do que isso, não fomos sequer capazes de ter lucro nestas operações e fomos aliás o único grande que não conseguiu.
A principal razão para isto tem sido a nossa incompetência de Scouting.
Seja porque o departamento de scouting não é competente ou seja porque é competente e não é ouvido, o que é facto é que, ao longo dos anos, não têm sido contratados os jogadores certos.
Depois, a consequência natural disso tem sido que as vendas também não podem ser boas a partir do momento em que se falhou a aquisição de ativos valorizáveis.
Entrámos assim num ciclo vicioso como o da figura abaixo:
Más Compras → Más Equipas → Más Vendas → Redução da Capacidade de Investimento
Cada vez que executamos um ciclo destes, a nossa situação desportiva e financeira piora.
A nossa força diminui. Afastamo-nos dos nossos rivais.
Ora, o que nós precisamos é de entrar num ciclo virtuoso do scouting como o da figura seguinte:
Boas Compras → Boas Equipas → Boas Vendas → Aumento da Capacidade de Investimento
Cada vez que executamos um ciclo destes, a nossa situação desportiva e financeira melhora.
Só executando vários ciclos destes podemos resgatar o nossa posição de volta.
A resposta à dúvida quase existencial sobre se a política certa num clube de futebol como o SCP é uma política de investimento ou uma política de desinvestimento não é a mesma consoante os intérpretes.
Uma política de investimento é boa quando tem retorno. É má quando não tem.
A probabilidade de uma política de investimento ter retorno é tanto maior quanto maior for a competência de quem a executa nos aspetos que mais a influenciam e quanto melhor for o contexto em que ela se insere.
No caso dos 3 grandes, o contexto é favorável pois apesar do bancos já não concederem as facilidades que concediam há 10 ou 20 anos, a verdade é que a principal variável de contexto está assegurada. E essa é o mercado, são os clientes com dinheiro, são os clubes compradores com capacidade de investimento suficiente para abastecer a nossa necessidade de vender. As recentes renegociações dos direitos televisivos de ligas como a inglesa, a espanhola ou a alemã vieram garantir a sustentabilidade deste sistema para os próximos anos.
Resta aos 3 grandes não falhar naquilo que depende deles que é o scouting e a capacidade de trabalhar os jogadores.
Existe o scouting ao nível das camadas jovens e o scouting sénior.
Ambos são muito importantes.
Um grande não é capaz de ser sustentadamente candidato ao título se só apostar na formação.
O SCP, dono de uma excelente formação, é disso um excelente exemplo.
A formação não é capaz de garantir bons jogadores todos os anos para todas as posições.
Por outro lado, os grandes jogadores que, aqui e ali, aparecem, acabam por ser alvos de uma pressão tremenda do mercado que os obriga a sair, ficando o clube entregue aos restantes jogadores que não têm a mesma qualidade.
Isto não quer dizer que a aposta na formação não seja importante.
É extremamente importante pois garante 3 coisas:
Alguns jogadores de grande qualidade que terão retorno desportivo e financeiro a baixo custo.
Razoável quantidade de jogadores de boa qualidade a baixo custo (investimento inicial e salários).
Manutenção da mística e da identidade do clube.
Estamos pois a falar de aspetos essenciais como o são a identidade do clube e a redução dos custos, o que permite a redução do risco financeiro associado à exploração.
Aliás, esta é a grande vantagem de que o SCP beneficia atualmente em relação aos seus rivais.
É fundamental manter isto! Um clube como o SCP não pode abdicar deste trunfo!
Isto é ar para os nosso pulmões!
Independentemente desta situação, é notório que, não só é importante recorrer ao mercado para ir buscar jogadores para posições a que a formação não responde, como é importante também não perder essas oportunidades para valorizar ativos e realizar à posteriori mais-valias financeiras capazes de contribuir para a realimentação do modelo.
No fundo, trata-se aqui de não desperdiçar uma base de scouting do tamanho do mundo.
A arte estará em conseguir encontrar um equilíbrio sustentável entre a aposta na formação e a aposta no mercado externo tendo como base um scouting de excelência.
Analise-se pelo angulo que se analisar e seja qual for o modelo escolhido (penso que fui bem claro sobre o modelo que considero que melhor se adequa ao SCP e aos seus rivais), o scouting será sempre um aspeto absolutamente decisivo para o sucesso desportivo e financeiro dos clubes.
A qualidade global do scouting determinou a saúde e a vida das SAD’s no passado, determinou a situação em que estamos no presente e vai continuar a determinar o futuro.
Será mais forte quem for mais forte nesta vertente chave.
Como podemos avaliar a qualidade global do scouting de um clube?
Uma boa aproximação podia ser olhar para os resultados desportivos que correspondem à diferença entre as receitas com vendas de jogadores e as amortizações relativas às compras de jogadores. Grosseiramente, estaríamos a falar da diferença entre as compras e as vendas dos jogadores, embora com o erro associado de não estarmos a ir ao detalhe de comparar nos mesmos anos os valores de compras e vendas dos mesmos jogadores.
O modelo é arriscado e falha se o aplicarmos à avaliação de apenas 1 época. Mas se a avaliação for feita a várias épocas, o modelo já é uma boa aproximação.
No entanto, há ainda uma falha, é que não é justo avaliar a competência de scouting dos clubes por valores absolutos dado que é mais fácil obter grandes mais valias a partir de grandes investimentos do que a partir de pequenos investimentos.
Para ultrapassar este problema podemos definir um índice de eficiência de scouting como o quociente entre os resultados desportivos e o investimento em compras de jogadores.
Eficiência de Scouting = (Receitas com Vendas de Jogadores – Custos de Compras de Jogadores)/( Custos de Compras de Jogadores)
Se quisermos ser ainda mais rigorosos, podemos incluir nesta fórmula o peso dos salários.
E assim teremos:
Eficiência de Scouting (incluindo salários) = (Receitas com Vendas de Jogadores – Custos de Compras de Jogadores – Salários de Jogadores)/( Custos de Compras de Jogadores + Salários de Jogadores)
Estes 2 índices são verdadeiramente cruciais para qualquer clube.
Apresento abaixo a respetiva evolução histórica de cada um deles nos 3 grandes.
Estes números são de uma importância absolutamente crítica para SCP, FCP e SLB.
Por aqui se percebe a vantagem que o FCP tem tido e que lhe tem garantido, ao longo dos anos, a supremacia no futebol português. Por aqui se percebe a recente tendência de recuperação do SLB. E finalmente, por aqui se percebe também a grande incompetência que temos tido em que nem excluindo a variável de salários conseguimos ter um índice positivo.
Foi preciso sermos mesmo muito incompetentes para termos resultados tão desastrosos!
Uma única nota positiva:
Logo no 1ºano de Bruno de Carvalho, os nossos resultados registaram uma melhoria significativa.
Precisamos de mais!
Uma sucessão de índices de 1,36 como conseguimos em 2013/2014 colocar-nos-á, inevitavelmente, no topo em poucos anos. Isto é uma certeza matemática!
Esta é, sem dúvida, a minha grande esperança com esta direção!
É que o potencial transformador de um scouting de excelência é tremendo.
Se há área em que não se deve poupar, é nesta!
Aqui queremos sempre os melhores profissionais, os melhores planos de formação para esses profissionais, as melhores ferramentas e a máxima qualidade na informação trabalhada.
É uma área verdadeiramente estratégica como nenhuma outra num clube de futebol.
Uma verdadeira galinha dos ovos de ouros mas que se pode transformar numa autêntica ave de rapina se for tratada sem cuidado.
Não sendo naturalmente a única área importante dentro de um clube, considero que é a única capaz de revolucionar de forma sustentada os seus resultados em poucos anos.
É isso que eu espero ver no SCP!
É que o nosso futuro depende muito disto!
Dizes que precisamos de receitas com vendas de jogadores acima dos €15M. Presumo que isso tenha a ver com o que chamas de “risco financeiro” na 1ª página deste tópico.
Tenho uma questão (que provavelmente alimentará outras): o ano passado precisámos de um lucro de €21M no total das transações de jogadores ou de vendas no mesmo valor para cobrir o tal risco?
Correto!
Vamos ver que valor será esse para esta época para depois podermos projetar qual poderá ser esse valor para a próxima época.
Uma coisa não é certa e é a nossa presença na Liga dos Campeões.
Essa eventual ausência vai causar um rombo nas nossas receitas com prémios UEFA e também nas receitas de bilheteira. Se a isso somarmos a questão do patrocínio…
Ou seja, é avisado fazer aqui algumas receitas com vendas de jogadores não cruciais neste verão.
Eu tentaria não ficar abaixo dos 15ME… Mas mesmo!
E depois consoante:
Qualificação ou não para a LC
Resultado do Caso Doyen
Patrocinio ou não das Camisolas
Logo veria se seria preciso vender mais alguém no mercado de inverno.
Há aqui algum imponderável…
E também não nos podemos esquecer que a vinda do JJ e de 2 ou 3 jogadores salarialmente pesados vai aumentar a rúbrica de custos com pessoal nuns bons milhões de euros (nunca menos de uns 7 diria eu).
Ou seja, o SCP não pode pensar (e de certeza que não pensa) que não precisa de vender jogadores.
Isso seria assumir um risco demasiado elevado não para este exercício (este está garantido no verde) mas para o exercício de 2015/2016.
Daí que eu também preferisse que as vendas fossem oficializadas com data posterior a 1 de Julho…
Em relação à tua última frase, tenho (quase a) certeza que terão isso em conta.
Agora é esperar pelo patrocinador (anseio o seu anúncio mais que de qualquer reforço) e pelo playoff (se bem que suponho que a direcção orçamentou esta época a contar com um eventual acesso à fase de grupos).
De qualquer forma, tens razão, parece-me aconselhável vender e emprestar alguns jogadores. Talvez não seja necessário cobrir o ‘risco financeiro’ completamente mas convém cobrir a sua maioria pelo que percebi. E, feliz ou infelizmente, há mão de obra excedentária para esse efeito.
A minha questão inicial foi apenas porque entendi um certo tom fatalista no teu comentário - do género “ou vendemos ou estamos f******.” Felizmente reencaminhaste-me para aqui e sinto-me bem mais elucidado.
Bom trabalho. Já vi que és o homem do Excel. Não é a minha especialidade (gosto de fazer umas tabelas e uns gráficos e tal) mas se precisares de ajuda, apita. Gosto deste tipo de coisas.
Em relação à necessidade de vender este ano, não digo que não seja importante… Para mim no entanto a questão de fundo prende-se com o modelo que o JJ quer implementar, e se, nesse modelo, ativos muito valiosos (como por exemplo o William) têm, ou não têm, um papel fundamental.
Porque se o William tem um papel fundamenal no esquema do JJ:
A) obviamente precisamos de o manter
B) irá seguramente valorizar muito, pelo que no proximo verão, ano de europeu até, estará provavelmente próximo de 40M.
Se o William sai no proximo ano por valores próximos de 40M no próximo ano… A urgência de vender JA qualquer ativo relativiza muito. É que manter um plantel forte este ano para garantir entrada direta na champions de 16/17… equivale a 15M de receita adicional segura, +/-… Quem não arrisca…
Concluindo: concordo 100% na venda de ativos não criticos (ex. Cedric, já o referi varias vezes no passado que venderia um Cedric para trazer um treinador “à seria” -nem de proposito;). Ex do Martins p.ex. E dispensa/emprestimo de ativos para reduzir massa salarial (Capel, Heldons, Rossel, Wilson, Viola, etc…). Mas vender ativos que podem ser importantes (ex. Adrien, Jefferson,…), já dependerá muito das perspetivas de utilização no modelo do JJ, e à partida, até do ponto de vista financeiro a curto prazo (1 ano) diria que pode até ser contraproducente vender já.
na minha opinião, o SCP não pode contar demasiado com o ovo no cú da galinha.
A razão para esta minha opinião não se prende com o facto do futebol ser um desporto imponderável em que tudo pode sempre acontecer. Isso já se sabe. É mais do que isso, é que o SCP tem uma importante desvantagem competitiva em Portugal que é não ter certo tipo de proteções que, muitas vezes, fazem a diferença entre uma época de sucesso em que tudo se transforma em ouro e uma época em que não se ganha e ninguém se valoriza muito.
Esta é uma das razões pelas quais é sempre mais fácil para os nossos rivais arriscarem uma politica de investimento do que para nós. No nosso caso, se as coisas dão para o torto, não há ninguém a ajudar. Aliás, bem até pelo contrário…
Os prejuízos podem ser tremendos.
O SCP nunca poderá contar demasiado com este ou com aquele resultado.
Com esta ou com aquela valorização.
Tudo o que vier, terá que vir por acréscimo.
Qualquer risco que se assuma, terá sempre que ser bem ponderado e terá que existir um plano de contingência para o colmatar que funcione mesmo.
Fazer o orçamento a contar com a presença na fase de grupos da champions seria, para mim, um erro.
Estamos claramente sujeitos a levar com um Atl.Madrid ou com um Manchester United no playoff.
Não podemos arriscar começar logo com um buraco superior a 10ME no nosso orçamento.
No que diz respeito à venda de jogadores nucleares, aceito o que vocês dizem.
Eu também não os quero vender, pelo menos, para já.
Gostava de dar ao JJ um arranque à maneira dele.
Agora isso vai depender do desfecho de alguns processos…
E depois podemos é divergir no que consideramos jogadores nucleares.
Por exemplo, tendo um João Mário, um Wallysson, um Martins e até um Danilo, se há coisa que não considero o Adrien é um jogador nuclear. Acho-o um bom jogador para uma posição onde temos alternativas de grande qualidade.
[member=3466]Strikerr não achas que esses dados têm alguns enviesamentos? Por exemplo, contratações como as de Ramires, Witsel, Falcão, Hulk e afins não foram derivados do scouting de Porto e Benfica mas das parcerias com fundos de investimento que queriam um “entreposto” para os lançar para outros clubes. E depois há a pequena grande questão da realidade dos valores em questão…
Tenho dúvidas de que o scouting profissional desses clubes não tenha tido palavra a dizer.
Muitas dúvidas mesmo.
E, de qualquer dos modos, para esses jogadores entrarem nesses clubes, terá que ter existido sempre uma aprovação de um decisor.
Não terão sido os fundos que obrigaram os clubes a ficar com os jogadores. Quanto muito, propuseram esses jogadores e depois o clube fez a sua avaliação e tomou a sua decisão (atividades de scouting sejam ou não efetuadas por scouters profissionais). Não terá sido tudo aos calhas à revelia da opinião dos clubes…
Mais… Para além desses jogadores, sabemos lá que outros terão sido propostos e terão sido rejeitados…
Saber rejeitar também é um mérito.
A avaliação dos jogadores é sempre fundamental.
Quem define a politica desportiva de um clube é ele próprio por mais que nós, às vezes, possamos querer acreditar no contrário.
E não achas que o Sporting ao ter ido buscar Slimani, Montero, Gauld, Jefferson, Mauricio, Wallyson ou Jonhathan Silva, por exemplo, também não está a fazer um bom trabalho de scouting? Todos esses jogadores foram adquiridos a “baixo custo” e irão rentabilizar pelo menos 3 vezes aquilo que nos custaram (no caso do Slimani o ganho vai ser enorme, pois assumindo os 300 mil euros de investimento podemos ir buscar quase 30 vezes mais!). E mesmo a exploração de mercados alternativos (Egipto, Bulgária, Argélia, Escócia, etc) demonstra que há trabalho feito na nosso scouting para tentar encontrar jovens promessas o mais cedo possível para as desviar dos tubarões. Quantos jogadores teve o Benfica ou o Porto adquiridos por menos de 5 milhões a ser vendidos por vários milhões? Do Benfica, lembro-me do David Luiz e do Coentrão nos últimos tempos. Do Porto, nem me recordo de nenhum nos últimos tempos.
A questão não é o Sporting não poder contar muito com o ovo no cú da galinha.
É não contar de todo com o ovo no cú da galinha! É isso que é o novo paradigma da gestão do clube!
Isso não inviabiliza, de todo, uma forte noção de estratégia, com toda a complexidade que envolve, mas que deve ser, pode ser e está a ser consistente e aplicada.
As questões que levantas são pertinentes numa perspectiva de análise dos dados existentes, numa noção de contexto base. Mas a situação é incontornavelmente dinâmica (quer em termos temporais, quer em termos orgânicos") e tem muito mais que se lhe diga.
Quando puderes juntar os valores da época de 2014/15, os dados trarão mais surpresas, bem mais agradáveis para nós e para a noção clara da competência do caminho que está a ser seguido.
Em relação às VMOC’s, por exemplo:
A notícia do Expresso que o [member=9345]Green_Heart referenciou, segundo sei, está correctíssima no que concerne à “relação de forças” prevista para o futuro. As contas não se fazem de forma directa, tipo “toma lá, dá cá”. O Sporting não perderá a maioria da SAD, ao contrário do que interessa a muita gente fazer crer, com objectivo de “orientar” as preferências do “mercado” para outras SAD’s.
Mais,
As VMOC’s são um instrumento financeiro também ele dinâmico. Não há nada de fatalista nesse instrumento, como em qualquer outro.
A “fatalidade”, quando existe, decorre de outros indicadores, nomeadamente da credibilidade financeira analítica decorrente de má gestão, sobretudo quando é crónica (vide o período negro sequencial JEB/GL!).
Assegurando uma gestão competente, saudável e com uma veia estratégica consistente, e “todas” as portas dos diversos mecanismos financeiros disponíveis se abrem.
Ao terminar os 10 anos das VMOC’s, havendo um historial de franco movimento de liquidação, mesmo que parcial (não pagando tudo), será sempre possível substituí-las por novo instrumento, projectando o “aparente” problema para a frente, até que seja possível “zerar” de vez. Com a gestão que estamos a ter… no problem!
Havendo credibilidade, por viabilidade e consistência da gestão, um passivo nunca é um problema e a reconversão de qualquer instrumento financeiro também não.
Lembremo-nos que a actividade de um banco ou financeira é ganhar dinheiro com dinheiro e não tornar-se proprietário de SAD’s.
Havendo movimento de liquidação e manifesta capacidade de continuar a pagar, novos empréstimos surgirão.
E quanto mais consistentes forem os exercícios, menores os juros.
Quanto aos juros:
O Sporting tem, efectivamente uma condição de juros aplicáveis muito abaixo daquilo que outros conseguiram.
Obviamente, isso perturba e revolta esses outros.
Mas, efectivamente, não passa de dor de corno.
As consequências que isso tem para nós são apenas e só essas mesmas: saiu barato.
Contar com o ovo no cú da galinha, seria acreditar que se conseguiriam sempre condições dessas no futuro.
Mas temos uma direcção financeira realista e competente, que sabe exactamente que nada disso é garantido em operações futuras e, por isso, não entra em loucuras ou sequer em “descontroles-pseudo-controlados”.
Não obstante, cada negociação é uma negociação diferente e, convenhamos, temo-nos saído bem em cada uma até agora! Há que manter e apurar esse desempenho!
Isto para dizer que, por muito atípico que sejam certas isenções ou juros em baixa, numa qualquer folha de contabilidade, em si não é um problema: é só uma vantagem, algo que, naquelas condições, naquele tempo, saiu barato obrigando a pagar menos. Nada mais!
Por último:
Um “imponderável” contabilístico, como o processo de resolução com a Doyen, não é tão imponderável assim, uma vez que há regras e leis aplicáveis.
Não acredito, nem por um momento, que iremos perder esse processo. Os factos ocorridos são evidentes e incontornáveis. Mesmo sabendo que o mundo do futebol é um ninho de interesses opacos e pouco recomendáveis, até o contexto existente, em termos políticos, nos é favorável:
A linha política seguida pela própria UEFA; o interesse de colossos como Inglaterra e Alemanha; a coincidência com um momento “quente” de perseguição judicial e escrutínio aos decisores do futebol, via “caso” FIFA.
Acredito que a justiça prevalecerá.
Dirás: mas “acreditar” não passa de um acto de fé e numa folha contabilística a fé não tem valor.
É verdade. Mas não é um aleatório qualquer ou extremo (50-50). Há uma consistência jurídica e uma moldura regulamentar por trás que colocam as probabilidades fortemente do nosso lado. Até naquilo que é mais subjectivo.
Uma decisão que não seja a nosso favor será de tal forma frágil e inconsistente que não sei se, no ambiente que está criado, alguém se atreverá!
Novamente, este caso é empolado de forma distorcida, por quem tem interesse capital na nossa derrota, com a vantagem de controlar a CS. No entanto, isso não obsta a que os regulamentos tenham que ser aplicados e que os juízes possam decidir com independência. As odds estão, neste momento, bem mais complicadas para a contabilidade da Doyen. Nem sei o que acontecerá ao Nélito caso a decisão lhe seja, como deve ser, negativa. Já o imagino a esconder-se nos buracos mais fundos que encontrar, para fugir à massa de “comendadores subterrâneos”, que estão por trás do fundo, que ficam a lerpar com os lucros. O Nélito vai ficar a dever e, como dizia o outro, one week, one finger! É bom que tenha para repor ou que tenha a fuga já preparada!
Em negócios, há um conceito incontornável:
Foi o passado que nos trouxe ao presente. Mas é o presente que está a construir o futuro.
Toda a prudência e clareza das tuas análises e leituras estão correctas. Mas o caminho que está a ser trilhado é para a frente e, por natureza competente que apresenta, em menos de nada irá originar gráficos e folhas bem mais agradáveis.
Os bancos sabem disso, os nossos adversários também (e tanto os perturba!) e nós continuamos firmes.
O futuro será risonho!
Porque se está a construir assim!
Há algo que anda a escapar a muito boa gente - Efeito Jorge Mendes.
Não tenho dúvidas que o homem anda a minar as nossas possíveis vendas, pois é incrível como para um Bernardo Silva, Cancelo e cia, que nada provaram apareçam propostas vindas do céu, e para Adrien, William e cia. não existam interessados.
O JM tem muita influencia noutros empresários, e aposto que andou envenenar tudo contra nós, do género: “Se algum clube vos perguntar sobre o jogador X do Sporting, digam que não vale a pena, e que há um melhor no clube Y”.
Não é normal o que se tem passado em relação às nossas “não vendas” e às vendas de outros. Neste momento somos um clube “odiado” por fundos e agentes, ainda mais depois do caso Doyen.
Sonho com o dia em que o JM vá de cana, pois na minha opinião ele é um dos principais inimigos não só do Sporting como do Futebol mundial.
Se calhar foi “alguém” que lhe disse que, da nossa parte, não está ninguém à venda.
Ou seja, dos que estão na carteira de jogadores dele, só clausulas batidas!
Ou achas que não era interessante para os nossos adversários ver sair um William, por ex.?
Além disso, a “clubite” dele são os dólares e os euros! Se puder facturar mais uns M€ de comissão, vais ver se diz que não…!
A gestão desportiva do SCP está melhor.
Aliás, se não estivesse, não tínhamos conseguido um índice de 1,36 na época de 2013/2014.
De notar também que o nível de investimento não é desculpa para um mau índice pois eu tive o cuidado de incluir no calculo um quociente com o nível de investimento.