Arbitragem em Portugal

Temos entendimentos diferentes.
Aliás, o VAR nem devia servir para penáltis quanto mais para faltas, pois raramente há consenso (o que para mim é falta para outro não é e vice-versa). Por exemplo, nesse lance do Vit. Setúbal para mim nem foi falta. E a verdade é que, a existir, não teve qualquer influência na jogada do penálti.

Em todo o caso, o VAR não devia servir para alcançar uma verdade absoluta (que é inalcançável), mas para tirar dúvidas em lances de golo.

Está a desvirtuar-se o jogo: um golo deixa de contar, porque o VAR viu uma falta feita 1 minuto antes entre jogadores que nem interferiram na jogada… Desculpem lá, mas não me entra!

Sintam-se à vontade para insultarem o senhor Luciano na rua, certamente que não irá levar a mal e consideraria inadequado, desajustado e completamente absurdo uma ida a tribunal ;D

Afinal de contas é uma linguagem perfeitamente normal…

Infelizmente.

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Vê bem a posição do árbitro. Este é daqueles casos tão evidentes que nem deveriam precisar de auxílio de vídeo árbitro.

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OPINIÃO

JORGE FAUSTINO

Jorge, o árbitro. Jorge, o homem
22 de agosto de 2017

O Jorge Sousa é um árbitro frio. Não se zanga. Não se excede. Não deixa transparecer emoções. Um bom árbitro. Talvez o melhor da arbitragem actual!

Até há poucos dias, qualquer pessoa atenta ao futebol português facilmente concordaria com as afirmações anteriores.

O Jorge Sousa é rude, mal educado, descontrolado, prepotente. Com aquela atitude podemos mesmo dizer que não tem perfil para ser árbitro.

Esta é a imagem que hoje, e por causa de um momento, muita gente tem daquele que na passada época foi considerado o melhor árbitro português.

Já muitos falaram, e vão continuar a fazê-lo até à exaustão e durante muito tempo, sobre as palavras e atitude do árbitro Jorge Sousa. Não preciso dizer muito. Errou. Ponto. Foi, ao contrário do que tantas vezes acontece com outros agentes desportivos, castigado por esse erro. Ponto.

Mas deixem que vos escreva um pouco, relembrando umas coisas e revelando outras, sobre o Jorge Sousa.

É muito raro ver o Jorge a rir-se dentro de um campo de futebol. Foi essa a atitude que escolheu ter desde sempre na arbitragem. Essa sua forma de estar dentro de campo reflecte a sua postura na arbitragem: sério, focado, dedicado, e honesto. Tudo isto, mais a qualidade das suas decisões (erra como todos, mas é consensual que erra menos que a maioria), fez com que aos 42 anos de idade e após 18 anos a apitar no futebol profissional tenha conseguido o respeito e admiração da maior parte dos colegas, jogadores, treinadores, dirigentes e mesmo adeptos do futebol português.

É muito raro estar com o Jorge e não estarmos todos a rir. É uma pessoa bem-disposta. Com humor inteligente. Em paz com a vida. Em ambiente descontraído diz umas asneiras. Normal… é do norte. Não há ali atitudes falsas ou sorrisos forçados. É o que é!

O Jorge Sousa, para além de ser árbitro, é também um homem. Com forças e fraquezas, qualidades e defeitos, alegrias e tristezas, sucessos e falhanços. Dizer que o Jorge “é também um homem” pode parecer básico mas acreditem que isto de se ser árbitro limita muito a nossa possibilidade de sermos homens! Pois… porque árbitro não tem direito a ter fraquezas, defeitos, tristezas ou falhanços. Não é admissível num árbitro.

O que aconteceu ao Jorge naquele momento… foi homem!

Jorge, valha o que valer, para mim e para muitos a tua condição de grande árbitro não ficou beliscada por um momento de infelicidade do homem.

Jorge, valha o que valer, a admiração que tenho por ti enquanto homem não ficou em nada afectada por este episódio. Só quem não te conhecer poderá achar que aquele momento te define. Aliás, é mesmo necessária alguma má fé para achar que aquela situação pode definir alguém!

Jorge, as palavras acima não querem dizer que não continue a bater no árbitro Jorge Sousa quando este cometer erros em campo. Entenda, o leitor, que este “bater” é uma das palavras que, entre árbitros, usamos para nos referirmos a uma situação em que um de nós “reconhece e aponta” os erros de arbitragem de outro árbitro. Esclareço que o meu “bater” virá sempre, quanto possível, acompanhado por uma explicação na tentativa de ajudar as pessoas a perceber os motivos e contexto de cada decisão.

Jorge, mandaram-te para o c******* durante três jogos. Tenta não te zangar muito com o futebol português. Aproveita para gozar esses fins-de-semana com a família e volta com mesma postura que tiveste ao longo de toda a tua carreira. A arbitragem e o futebol português precisam de árbitros e homens como tu.

  • Segundo autores conceituados, nomeadamente da Academia das Ciências de Lisboa, a palavra “c******” designava a pequena cesta que se encontrava no alto dos mastros das caravelas. Dada a sua situação, o c****** era um lugar muito instável pois era onde se manifestava com maior intensidade a oscilação e o rolamento lateral da embarcação. Este local, nada agradável, era também e por isso mesmo considerado lugar de castigo e para aí eram mandados os marinheiros que infringiam alguma das normas vigentes a bordo. O prevaricador era então obrigado a cumprir horas e por vezes até dias inteiros no c****** e, quando descia, vinha tão maldisposto que se mantinha quieto por uns tempos.

O Público

UM AZAR NUNCA VEM SÓ Sérgio Krithinas

Jorge Sousa teve azar. Disse aquilo que, acredito, é dito milhares de vezes por árbitros deste país (e não só) e teve o azar de haver um microfone suficientemente perto para apanhar tudo. Mas o problema é capaz de estar nos árbitros que têm a sorte de não haver nenhum microfone por perto. Nestes casos, não há quem valha a um jogador que seja insultado por um árbitro, pois não tem cartões para lhe dar. Por que não ter dar aos capitães de cada equipa a possibilidade de intervir nos relatórios de jogo?

Rui Costa teve azar. O árbitro do Benfica-Belenenses julgou mal o lance entre Eliseu e Diogo Viana, que aconteceu numa zona onde dificilmente seria visto pelos assistentes. A própria posição do corpo dos jogadores tornava também complicada a avaliação do juiz portuense. Rui Costa teve, tudo indica, azar no vídeo-árbitro que lhe calhou. Vasco Santos, com as imagens que o país viu, devia ter dado uma indicação firme de que era lance para vermelho. Rui Costa será penalizado pelo erro. E Vasco Santos? Quanto lhe custará um erro destes?

O VAR tem tido azar. Nem todas as imagens disponíveis permitem a avaliação exacta. O problema é que a colocação das câmaras não depende dos organismos que mandam no futebol em Portugal. A Liga dá recomendações aos clubes sobre os locais onde devem ser colocadas as câmaras e, em todos os estádios, os espaços estão lá. Se o operador televisivo usa ou não esse local, é uma decisão que apenas lhe diz respeito. Para que o VAR funcionasse em pleno, era preciso que também isso fosse concertado com o Conselho de Arbitragem.

Record

O que tem mais piada é que os jogadores são muitas vezes admoestados por linguagem dirigida ao arbitro, alias quantas vezes já não foi o JJ expulso desde que se mudou para Alvalade por palavras aos árbitros? E agora os meninos ficam escandalizados porque foram apanhados a fazer o mesmo e queriam sair impunes?

Double standards.

«COMO É POSSÍVEL CASTIGAR UM ÁRBITRO EM TRÊS JOGOS POR LINGUAGEM GROSSEIRA» – LUCIANO GONÇALVES

O presidente da Associação Portuguesa de Árbitros, Luciano Gonçalves, afirmou, esta quarta-feira, que não compreende o castigo de três jogos aplicado ao árbitro Jorge Sousa por ter utilizado linguagem impropria para com o ao guarda-redes do Sporting B, Vladimir Stojkovic.

«Estou incrédulo. A arbitragem está incrédula. Como é que é possível um árbitro ser castigado em três jogos por ter utilizado uma linguagem grosseira, quando em mais nenhum agente que utiliza e tem estes comportamentos, acontece esta disparidade de penas. É inadmissível, não conseguimos compreender e não faz qualquer sentido. Não estamos a pôr em causa a questão de se devia ter utilizado aquela linguagem, o que não concordamos é em relação a um castigo que vai abrir um precedente no futebol português de três jogos a um árbitro por utilizar este tipo de linguagem e, naturalmente, a arbitragem não pode estar satisfeita, de forma alguma, com esta pena», afirmou Luciano Gonçalves, em declarações à Rádio Renascença.

A Bola

Vale tudo agora? Palhaços!

Bem lembrado.

Bernardo Ribeiro

JORGE SOUSA ERROU

Leio e ouço demasiadas pessoas a desvalorizarem as palavras de Jorge Sousa ao jovem guarda-redes Stojkovic. Que é uma linguagem normalmente utilizada no futebol, que dentro do campo não é ópera. Tudo certo. O problema é que não está aí a verdadeira questão das asneiras do cotado árbitro. Grave são o que elas encerram e o que o à-vontade com que são ditas pode manifestar.

Jorge Sousa não estava a falar com um seu igual na hierarquia do futebol. Estava a falar com alguém que não lhe pode responder. Ou pode, mas se o fizer corre o risco de prejudicar a equipa, a carreira e isto ficando nas mãos, precisamente, da pessoa que usou e abusou do poder que tem dentro de campo.

A prepotência é um fenómeno com que convivemos muitas vezes na vida, quando alguém abusa do poder discricionário que detém. Não vou dizer que foi o que Jorge Sousa fez. Acredito que foi apenas um mau dia de um juiz que soube ganhar espaço na arbitragem portuguesa. Mas é a imagem que fica. E é feia. Esquecendo já o que são as regras da boa educação, pois… o futebol não é ópera.

Fez bem o CD em pedir o sumaríssimo? Óbvio. A arbitragem é um sector que, por vezes, parece viver acima da lei. Ter alguém a portar-se assim aos olhos do Mundo e nada fazer era o suicídio para a credibilidade do futebol, que já não é muita.

Record

Mais um exemplo de benchmarking para o futebol, nomeadamente para a arbitragem!

Excelent!

Árbitros solidários com Jorge Sousa: "O direito de ser tratados de forma igual"

Os árbitros de futebol da primeira categoria manifestaram-se solidários para com Jorge Sousa

Os árbitros de futebol da primeira categoria manifestaram-se solidários para com Jorge Sousa, suspenso por três jogos, e pediram penas equivalentes para todos os agentes.

“No futebol, como no Desporto em geral, todos os intervenientes têm o direito de ser tratados de forma igual. Os regulamentos têm obrigação de ter molduras disciplinares semelhantes para todos os agentes, algo que não sucede hoje em dia”, afirmam os árbitros, em comunicado.

A posição surge três dias depois de Jorge Sousa ter sido suspenso por três jogos pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, por se ter dirigido de forma incorreta, com linguagem grosseira, ao guarda-redes sérvio Stojkovic, do Sporting B, num jogo da II Liga.

“Os árbitros da categoria C1 reveem-se no que foi dito pelo presidente do Conselho de Arbitragem, José Fontelas Gomes, quando exigiu que o mais depressa possível a Liga e os clubes procedam a alterações regulamentares que assegurem o equilíbrio nas penas a aplicar aos diferentes agentes desportivos. Este grupo continuará sempre unido no sentido de fazer mais e melhor por uma arbitragem e um futebol mais justos e não deixará de fazer a sua voz sempre que entender necessário”, acrescenta nota.

Com este comunicado, os árbitros querem também “demonstrar publicamente a sua solidariedade para com o colega Jorge Sousa, com 24 anos de dedicação à arbitragem e suficientes provas de rigor e seriedade nos estádios de futebol, em Portugal e no estrangeiro”.

O Jogo

Não pensem que enganam alguém. O Jota vai precisar de uma mordaça.

VAR a ser decisivo no nosso jogo. Primeiro, anula o golo ao Dost e depois anula o golo do Estoril. Ou seja, transforma um 3-2 num 2-1. Saímos todos a ganhar.

Sobre o VAR:

  • O arbitro indicou durante o jogo (só reparei à bocado no resumo alargado) que foi o auxiliar que anulou o golo do Dost e não o VAR.

  • Ao Sporting e às equipas que ataquem contra a lampionagem anulam-se os lances à partida, para não haver margem para se usar o VAR e o golo ser válido.

  • Nas restantes* situações (incluindo contra o Sporting) deixa-se seguir a jogada pois pode ser que passe no VAR.

  • *Sem esquecer as situações (em jogos de determinada equipa) onde se deixa seguir, o lance é irregular e o VAR nada diz.

  • No jogo de ontem o VAR diz que não há penalty sobre Dost mas depois tem duvidas e manda o árbitro ir ver as imagens de uma simulação clara do Kleber

Sobre os cartões:

  • Então mas a justificação para a falta de amarelos nos jogos da lampionagem não eram as indicações que os árbitros tinham recebido esta época para mostrar menos amarelos (se bem que nas outras também raramente mostravam amarelos à lampionagem)?

Onde é que ficou essa indicação ontem? Ainda teve a lata do comentador de dizer que foram no entanto bem mostrados… e nos outros jogos?

O paixao foi hoje acusado de favorecer o benfica pelo gjo do Porto :cartao:

Nâo é suspeiçâo nem sequer uma opiniâo baseada em jogos que vi(podia ser pq estr gajo é um ladrâo), é por gente que o conhece de mt perto, pois ele morava perto de mim e ele gabava se numa coletividade que vai ou pelo menos ia frequentemente, que é lampiâo

é o que irei fazer assim que o encontrar novamente aqui na Batalha

CA reuniu árbitros, José Manuel Meirim participou: "Tolerância zero para entradas perigosas"

A preocupação com as entradas violentas resultou em boa parte do visionamento de seis de jogos da I e II Liga, todos da última jornada

Aproveitando a paragem das competições profissionais, o Conselho de Arbitragem reuniu os árbitros na Cidade do Futebol, insistiu na questão do videoárbitro e fez as contas às quatro primeiras jornadas da I e II Liga, concluindo que tem havido “um número excessivo de entradas perigosas, que colocam em causa a integridade física do adversário”, afirmou José Fontelas, presidente do CA.

Em género de balanço de uma reunião que incluiu uma intervenção do presidente do Conselho de Disciplina, José Manuel Meirim, as conclusões foram tornadas públicas. “Percebemos que tem havido um número excessivo de entradas perigosas, que colocam em causa a integridade física do adversário. Entendemos que deve haver tolerância zero para este tipo de lances, e foi isso que passámos aos árbitros”, explicou José Fontelas. “Analisámos diversos vídeos e deparámo-nos com essa tendência preocupante. Ao fim de quatro jornadas, é tempo para alertar os árbitros para este facto, aproveitando para informar também os clubes, treinadores e jogadores”, acrescentou.

A preocupação com as entradas violentas resultou em boa parte do visionamento para seis de jogos da I e II Liga, todos da última jornada, exemplos que apontam para a tendência que o CA quer que os árbitros punam sem qualquer tolerância. “A utilização deste tipo de jogada, especialmente perigosa para a integridade física dos jogadores, foi detetada a partir da análise semanal exaustiva que o Conselho de Arbitragem faz de todos os jogos das competições profissionais. Foi algo que cresceu de forma significativa na última jornada, pelo que o CA entendeu agir de imediato”, pode ler-se na notícia publicada no site da FPF.

O Jogo