Quanto a esta questão, para aqueles que entendem que o modelo inglês é um sucesso e que esse é o futuro dou-vos um exemplo de que o modelo associativista pode ter sucesso, assim haja competência e amor ao clube: Barcelona!!!
Qualquer das formas o modelo inglês não passa de, como alguém disse, uma gigante offshore encapotada num país que não é um paraíso fiscal. Não sabia, mas fiquei a saber, que a lei no Reino Unido favorece este tipo de modelo, e provavelmente esse favorecimento legal não é inocente. A verdade é que estamos a falar de algo que é um gigantesco palco para lavagem de dinheiro, a maioria das vezes proveniente de origens obscuras e pouco transparentes: para tal basta falar em Abramovich e os xeiques todos das arábias. Essa lavagem serve a quem obtem dinheiro sujo e a quem o põe a circular.
Em Portugal, e nesse dominio, temos o clã eduardo dos santos, com a conivência de todo o sistema governativo português, que lava milhões de euros em investimento no nosso país, e provavelmente algum dele passa pela estrumeira das galinhas. Estamos a falar de dinheiro sujo, do mais porco que há, resultante de uma oligarquia que mantém o povo de um país na miséria e vai aumentando a sua fortuna pessoal delapidando os importantes recursos naturais de Angola. Esse dinheiro deveria ser proibido de entrar em Portugal, mas infelizmente entra. Presumo que nós, Sportinguistas, pessoas diferentes, não queiramos ter qualquer tipo de associação com esse tipo de dinheiro manchado de sangue e miséria!
Posto isto, obviamente que não concordo com o modelo de take-over, até porque, adaptado à realidade portuguesa só vejo mesmo o zedu com capacidade/vontade de fazer uma operação desse género num clube português. Mesmo assim, temos a uma escala menor o caso do Campomaiorense. Depois do Nabeiro fechar a torneira, para onde foi esse clube?!
As razões para que isto aconteça já aqui foram esmiuçadas e parece-me que o resultado final de uma operação desse género, seria, a menos que o investidor fosse um grande Sportinguista cheio de bago, o afundar do clube nas divisões inferiores e possivelmente a re-fundação. Não tenho dúvidas nenhumas que vai ser o que acontecerá com o Chelsea ou Man City num futuro próximo.
Por ultimo, como disse lá em cima, olhem antes para o modelo do Barcelona de Laporta. Esse sim um modelo assente na sustentabilidade financeira, com gestores de altissimo profissionalismo mas ao mesmo tempo fieis adeptos/sócios do Clube, que conseguiram colocar de novo o clube na senda das vitórias no futebol, sustentável financeiramente e muito importante, mantendo o ecletismo. Um modelo de sucesso. Obviamente que dá mais trabalho e fica sempre refém da competência (ou falta dela) de quem dirige. Mas para avaliar isso existem os sócios.