Aquisição do capital da SAD por uma entidade estrangeira. Solução?

Basicamente, os clubes ingleses funcionam como uma off-shore para os tais investidores, é por isso que são tão atraentes. E tal como nas off-shores, quem se lixa são os outros que tentam um sistema mais “social” e “justo”.

Em Portugal isso nunca vai acontecer, não a esse nível e por isso podemos tirar o cavalinho da chuva. Além disso, um grande entrave para outro tipo de investidores, os mais “saudáveis”, é toda a falta de transparência que existe no futebol português. As empresas têm em conta os riscos na hora de investir e por isso é natural que gostem de saber as regras do jogo e que o mesmo não está “viciado” desde o início, algo que não sucede no futebol português (e que o Sporting ajudou a perpetuar provavelmente apenas para conseguir negociar jogadores).

O tópico é interessante, mas não tem qualquer razão que o fundamente. Mas qual o investidor que vai “meter” dinheiro no Sporting?

Vejamos os pontos atractivos do Sporting:

  • Dívida de 320 milhões (a que se conhece).
  • Campeonato de MERDA, viciado, controlado nos bastidores.
  • País com fraco índice de competitividade económica.
  • Mentalidade cultural fraca.
  • Conceito de sócio Português.

Vem para cá fazer o quê? Só se vier para cá roubar os nossos talentos e, depois de 1 ano, fugir.

:clap: 100% de acordo com o post do leao09.

Duras batalhas se avizinham. Tentarão tirar-nos o que resta.

Quanto à última questão…

Muitas outras questões se levantarão, mas uma parece-me fundamental: e se o investimento correr mal? Se o investidor declarar falência? Nesse caso o que acontece ao Sporting Clube de Portugal?

Talvez aconteça como ao Casino Salzburg, que agora se chama Red Bull Salzburg. Passaríamos a chamar-nos Sumol FC, ou coisa que o valha…

O fantoche Dias Ferreira tem dado o mote. Aguardem pelas cenas dos próximos capítulos…

Imaginemos uma dívida de 320 milhões, se o que pagássemos ao banco rondasse os 2% actualmente, com um spread de 1%, em que acredito que seja mais, em 40 anos, como quem paga o empréstimo de uma casa, significava um pagamento anual de 15 milhões de euros, corrigem-me se estiver errado. Ora numa boa gestão significava um lucro de 15 milhões de euros anuais. Se investisse no clube e chegássemos pelo menos aos oitavos finais da CL significava um aumento de 10 milhões de euros, e se em cada dois anos vendesse um jogador, e como boa gestão metade iria para ele e outra metade para a substituição do jogador, e se esse jogador fosse vendido por 20 milhões, significa mais 5 milhões de euros anuais. Além disso, com a TVSporting, se rescindisse, poderia vender o seu próprio produto a um preço muito superior, com o nanning do Estádio (penso que seja esse o nome) e da Academia entre outras “reformas” muito possivelmente aumenta-lhe mais 10 milhões de euros. E dinheiro puxa dinheiro. Somando tudo, 15+5+10= 30 milhões de euros. Em 15 anos tinha a dívida paga, e estamos a falar de um exercício simplista, decerto que existe outros tipos de contrato, mais elaborados e melhor regateados. Além de se investir no clube iria além dos oitavos como venderia jogadores acima dos 20 milhões. Um pouco como o Lyon. Perfeitamente possível.

Desculpa, não percebi as tuas contas. A dívida bancária do Grupo Sporting custa-lhe cerca de 14 ou 16 M€ por ano ou lá o que é segundo o que diz o JEB… só em juros, mas a parte que cabe ao futebol (lembra-te que Clube e SAD são “estanques” nas contas) é apenas cerca de 2-3 M€. Não vejo é como é que dizes que esses 14 M€ por ano (que é só em juros, lembra-te) passam a lucro.

Infelizmente sou ignorante nessa matéria. Eu presumo que quando um indivíduo assegura o controlo do Sporting não existe diferença entre ambas as partes, é tudo controlado por ele. Se 15 milhões de euros são apenas de juros imagina o que o Sporting paga ao Banco. Uma monstruosidade. Se não houvesse dívida ao banco (o indivíduo pagasse os 320 milhões de euros e saldasse-a) e se houvesse uma equação fechada entre despesas e proveitos o que se paga ao BES seria o seu lucro. Imagina o que ele não ganharia. Se esses 15 milhões são apenas juros, ainda mais razão me dás em que realmente o Sporting como qualquer “grande” é perfeitamente viável e lucrativa. Esses 320 milhões seriam saldados em meia dúzia de anos.

:question:

Desculpa, continuo sem perceber. :-\ O que o Sporting paga ao banco são esses tais 15 M€ em juros, mas os juros não estão incluídos na dívida, esta permanece sempre no mesmo valor até que decidas abatê-la. E foi essa a conversa toda do património - vendia-se este para abater a dívida e assim pagares menos juros, mas pagar a dívida toda isso nem pensar, se ela estiver paga daqui a 50 anos já vais com muita sorte.

Eu percebo-te mas tu não me percebes. Next

O Sporting é a maior fonte rentária dos bancos e nunca nos afundaremos apenas por isso. Temos de vender os nossos melhores jogadores pela clausula de rescisão para abater no passivo e os juros irem diminuindo até que desapareça o passivo. E ao mesmo tempo ir reforçando a equipa com 10M por época!

O problema é que teriamos de tar 10 anos sempre a fazer 30M em vendas… Coisa que não se afigura fácil!

Por isso mesmo é que eu digo que o Sporting é rentável para uma entidade privada :great:

Como tem a ver com este assunto, coloco aqui esta notícia do futebolfinance.com sobre o Chelsea.
Realce para os resultados anuais.

Desejando um excelente 2010 a todos os nossos leitores, num ano que promete ser fantástico para a indústria do futebol mundial, voltamos com uma série de case studies relacionados com alguns dos maiores fenómenos financeiros dos últimos anos, que prometem continuar a ser alvo da atenção de todos os apaixonados pela economia e finanças do futebol.

Tendo significado um marco importante na indústria do futebol mundial, existe um antes e um depois da aquisição do Chelsea FC por parte de Roman Abramovich. Em 2004 o magnata Russo adquiria o clube por £710 milhões (801 milhões de Euros), passando esse montante a fazer parte da dívida do clube . Em Fevereiro de 2009 Abramovich transformou metade desse empréstimo sem juros em capitais próprios e em Dezembro passado deu o mesmo destino ao restante. Com este acto o Chelsea ficou sem dívidas e Abramovich selou o compromisso com os adeptos do clube de não estar a servir-se do emblema para aumentar a sua fortuna pessoal, actualmente avaliada em 8,400 milhões de Euros.

Época Resultados Anuais Aquisições
2008/2009 -£44.400.000 -50.100.000 € 30.500.000 €
2007/2008 -£65.700.000 -74.100.000 € 60.900.000 €
2006/2007 -£74.000.000 -83.500.000 € 94.700.000 €
2005/2006 -£80.200.000 -90.500.000 € 91.700.000 €
2004/2005 -£140.000.000 -157.900.000 € 161.900.000 €

1 GBP = 1.12852 EUR 1 EUR = 0.886117 GBP

Os resultados operacionais negativos do clube nos últimos 5 anos, devem-se na sua maioria aos 440 milhões de Euros gastos na aquisição de jogadores e a indemnizações a treinadores, como foram as a José Mourinho e a Luiz Felipe Scolari que ultrapassaram os 40 milhões de Euros. Esta acção de Abramovich vai também de encontro às normas impostas pelos dirigentes da Premier League e do Governo Britânico, no que diz respeito às inúmeras aquisições de clubes em Inglaterra por parte de empresários estrangeiros (As 3 recomendações dos governantes Britânicos).

E aqui as tais “3 recomendações dos governantes Britânicos”:

O “All Party Football Group” (APFG), é um organismo Britânico formado em 2003 e constituído por 150 membros da Câmara dos Comuns e Câmara dos Lordes Britânicos. O grupo de deputados de diversos partidos políticos que se reúne habitualmente com a finalidade de fazer recomendações respeitantes à gestão e administração do futebol Inglês, produzindo um relatório anual onde expressa a sua opinião sobre as linhas a seguir pelos responsáveis do jogo em termos de Governance.

A última lista de recomendações do APFG, são abordados muitos dos temas em debate actualmente no futebol mundial e servem para marcar a posição dos governantes Britânicos em relação ao estado do futebol na Premier League e nas restantes divisões. Entre outras, as 2 principais recomendações do APFG foram;

[1] A necessidade de criar regulamentos mais apertados que previnam milionários com Romam Abramovich e Malcolm Glazer de tomarem o controle dos clubes de topo do futebol Inglês. O organismo salienta por exemplo que o Manchester United antes da posse da família Glazer não tinha dívidas e depois da aquisição passou a ter dívidas de mais de 835 milhões de Euros (645 milhões de Euros no caso do Chelsea e da Abramovich), uma vez que a Malcolm Glazer tal como Abramovich contraiu um empréstimo em nome do clube, para pagar o custo da sua aquisição. O grupo de deputados sugere ainda que os empresários interessados em adquirir clubes, sejam sujeitos à apresentação de um plano financeiro, que inclua métodos e intenções de gestão futuros. Salientam também que quem está a pagar estas aquisições são os adeptos através dos aumento dos preços dos bilhetes consecutivos que se têm vindo a verificar.

[2] Apoio a Platini no plano de banir das competições da UEFA, os clubes que tenham dívidas e a necessidade de criar um sistema próprio, idêntico ao sistema de licenciamento da UEFA por forma a fiscalizar as dívidas dos clubes. Esta medida forçará os clubes e os seus dirigentes a serem mais prudentes com a gestão dos clubes e a gastarem apenas o que podem, sob pena de perderem a sua licença.

[3] Apoio a Joseph Blatter na proposta 6+5 e a necessidade da sua implementação no futebol Inglês. Esta regra defendida há longos meses por Blatter obriga os clubes a fazerem alinhar no onze inicial de cada equipa, pelo menos 6 jogadores nascidos no país onde cada Liga se realiza. A proposta de Blatter tem sido contestada pela União Europeia por restringir o movimento livre de trabalhadores nos países da União. No entanto o grupo parlamentar contactou o Secretário de Estado da Cultura Britânico, na intenção de convencer os dirigentes Europeus para a necessidade de criar um excepção para o futebol.

Mais uma vez a organização institucional dos Britânicos salta à vista e como em tantos outros casos, o futebol Inglês é o reflexo da sua organização. Por mais de uma vez em Portugal foi sugerida a intervenção do Estado/Governo no futebol, por forma a criar regulamentos de administração e gestão que protejam e fomentem o jogo, desportiva e financeiramente.

Uma vez que os governantes Portugueses têm ao longo dos anos abandonado o futebol nacional, aqui fica a sugestão para terem um papel mais interventivo, através da criação de um grupo de trabalho composto por deputados de todos os partidos representados na Assembleia da Republica, que possam regularmente e fazer recomendações sobre a administração e gestão do futebol nacional. O mesmo se aplica à União Europeia e os seus dirigentes que parecem não entender que o futebol é uma das maiores indústrias do planeta e necessita de regulamentação excepcional.

Para quem ainda acha que isto pode ser soluçpão para o nosso Clube.

N’o Jogo:
http://www.ojogo.pt/Directo/NoticiaHora_futingmancityrecordeprejuizos_060110_215530.asp

[b]Manchester City: Perdas triplicaram para quase 105 milhões de euros[/b]

As perdas do Manchester City triplicaram para quase 105 milhões de euros, durante a primeira época sob a responsabilidade do sheik Mansour bin Zayed al Nahyan, foi hoje anunciado.

O membro da família real de Abu Dhabi investiu 394,5 milhões de libras (cerca de 440 milhões de euros) desde que comprou o clube em Agosto de 2008, com o objectivo de o levar à vitória na Liga inglesa, título que lhe foge desde 1976.

O primeiro acto da gestão sob o comando de Mansour foi a aquisição do brasileiro Robinho ao Real Madrid, por 46 milhões de euros.

As despesas operacionais subiram quase 150 por cento, para 133 milhões de euros principalmente devido ao aumento de custos com o pessoal, enquanto o volume de negócios aumentou apenas seis por cento, para 87 milhões de libras.

“Os resultados financeiros reflectem as rápidas mudanças que ocorreram no clube e o plano de investimento de longo prazo do conselho de directores e proprietários de estabelecer um modelo económico viável no futuro”, explicou o administrador e responsável financeiro do City, Graham Wallace, acrescentando: “Nós sempre dissemos que esta transformação vai demorar muitos anos e isso reflecte-se nestes números”.

O clube voltou a gastar somas milionárias no início da presente temporada (mais 130 milhões de euros), com a contratação de jogadores como Carlos Tevez, Emmanuel Adebayor e Kolo Toure.

O City, que recentemente despediu o treinador galês Mark Hughes e contratou o italiano Roberto Mancini, ocupa o quinto lugar na Liga inglesa, dois pontos atrás do Tottenham, quarto, mas com menos um jogo (os quatro primeiros qualificam-se para a Liga dos campeões).

Mais uma achega:
http://www.futebolfinance.com/perdas-de-100-milhoes-de-euros-no-manchester-city?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+FutebolFinance+(Futebol+Finance)

[b]Perdas de 100 milhões de Euros no Manchester City[/b] --------------------------------------------------------------------------------

O Manchester City revelou recentemente os resultados financeiros relativos à temporada de 2008/2009. Segundo o relatório, o City registou perdas no valor de 102,8 milhões de Euros, mais 66,6 milhões de Euros do que na época anterior, o significa um recorde na história do clube. Mais uma vez os números negativos de um clube Inglês estão directamente relacionados com a sua aquisição por parte de um multimilionário (Sheikh Mansour bin Zayed Al Nahyan).

Embora as receitas de bilheteira terem subido cerca de 6% para os 96 milhões de Euros, o Manchester City vê os seus resultados alcançarem valores negativos históricos devido ao avultado investimento na contratação de jogadores, que se cifrou na ordem dos 134 milhões de Euros. A aquisição de jogadores como; Robinho, Craig Bellamy, Shay Given, Wayne Bridge, Nigel De Jong, Carlos Tévez, Emmanuel Adebayor, Joleon Lescott, Roque Santa Cruz, Kolo Toure e Gareth Barry, fez com que o clube aumentasse a sua folha de ordenados dos 28 milhões de euros da temporada de 07/08 para 43 milhões de Euros em 08/09.

Em termos de direitos televisivos o Manchester City aumentou a sua receita em 12%, em grande parte devido aos jogos efectuados na Taça Uefa, no entanto no que diz respeito às restantes actividades comerciais, o clube viu descer as suas receitas para cerca de 25 milhões de euros, uma descida de 8% em relação ao ano anterior. Segundo o Director Financeiro e Administrativo do clube, estes resultados reflectem uma mudança de gestão e planeado, que apostou no forte investimento para colher resultados a longo prazo.

Parece claro que os proprietários do Manchester City não consultaram os resultados dos últimos anos obtidos pelo Chelsea, que desenvolveu uma estratégia idêntica à que estão a adoptar. Também parece claro que o resultado futuro desta aposta financeira, terá o mesmo resultado que Abramovich obteve no Chelsea. Resta saber se Sheikh Mansour estará interessado em transformar as dívidas do clube em capitais próprios, como fez o proprietário dos blues de Londres.

Esse é um modelo falhado, dependente da consciência do milionário/bilionário quando o mesmo decidir ir embora. Se perdoar a dívida, tudo bem, o que nunca acontece. Se não perdoar, adeus Primeira Divisão e, com azar, adeus Segunda Divisão…

Mais um exemplo de um clube que anda a saltitar de dono em dono.

http://www.futebolfinance.com/nova-administracao-no-west-ham-united?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+FutebolFinance+(Futebol+Finance)

[b]Nova administração no West Ham United[/b]

A história recente de gestão e administração do West Ham United de Londres, enquadra-se mais uma vez no perfil de acontecimentos que têm abalado vários clubes da Premier League. Embora seja um clube de média dimensão no futebol Inglês, as constantes mudanças de proprietário têm tornado o clube de Londres em mais um case study do futebol mundial.

2006 – Aquisição do clube por Bjorgolfur Gudmundsson
Os maiores problemas do West Ham começaram em 2006, depois do clube ter sido adquirido pelo milionário Islandês Bjorgolfur Gudmundsson, que comprou o clube por 95 milhões de Euros através das suas empresas Hansa Ehf e Olafsfell. A aquisição foi feita em parceria com o banco islandês Landsbanki que ficou detentor de 41% do clube, com Gudmundsson a deter a restante percentagem.

Janeiro 2009 – Avolumar de dívidas
Em plema crise económica mundial, foi em Janeiro 2009 que se constatou a fragilidade financeira dos clubes da Premier League, entre os quais o West Ham. Depois de gastar somas avultadas na aquisição e em salários de jogadores, o West Ham alcançava os 55 milhões de Euros de dívida e pagava 51 milhões de Euros anuais em salários.

Junho 2009 – CB Holding adquire o clube
A meio do ano de 2009, Gudmundsson vê- se obrigado a vender o clube. A falência do Landsbanki e o descalabro nas suas finanças pessoais devido à crise económica levam o milionário a vender 70% do clube à CB Holding, companhia detida pelo banco de investimentos islandês Straumur-Burdaras, por 115 milhões de Euros. Ainda assim Gudmundsson, o Landsbanki e o Byr/MP Banki ficam detentores de 30%, mas já sem a gestão do clube.

Janeiro de 2010 – David Gold e David Sullivan adquirem o clube
Na passada semana deu-se o último capitulo da saga de aquisições do West Ham. Os empresário David Gold e David Sullivan adquiram 50% do clube à CB Holding por 113,7 milhões de Euros. Virada uma nova página na vida do clube e com dívidas acumuladas no valor de 91 milhões de Euros, os novos proprietários do clube apresentam um plano de 7 anos para a reestruturação financeira do clube e transforma-lo num grande clube com presença assídua da Champions League.

O plano do “novo” West Ham - cerca de 7 anos - comprova o fiasco do mesmo. É preciso paciência, e não me parece que um empresário, sem qualquer verdadeira ligação sentimental ao clube, o consiga levar a cabo. Nesses 7 anos, como qualquer outro negócio, a dupla de empresários terá que colocar algum ao bolso…

O grande problema é que os empresários compram clubes com dívidas e para os comprar precisam de endividar ainda mais, aumentando o monstro. Se um empresário comprasse o clube apenas pelas dívidas em si para não abrir falência (como aconteceu com a MG que foi adquirida pelo simbólico 1 euro), aí seria sustentável. Mas não acontece tal acto. Agora quanto à falência e despromoção sou completamente contra nesses moldes. Um clube abre falência, fica a “boiar” durante 4 anos em escalões secundários e volta novamente com a máxima força à primeira com as dívidas pagas. Quer dizer, anda a brincar aos milionários e depois como crime apenas desce de divisão? E as dívidas aos clientes? Ao Estado? A um clube que abre falência técnica e a sua extinção, o seu nome deveria ser riscado. Deveria ser proibido voltar novamente com o mesmo nome. Porque se não, daqui a 15 anos, quem se lembrará que a Fiore desceu de divisão? Agora se tivessem outro nome…

14 milhões é so de juros esse é o problema andamos a pagar so juros para realmente abatermos o passivo o valor a lucrar anualmente teria de ser sempre superior.
Além disso qual é o passivo real do grupo empresarial Sporting, que é constituido por 19 empresas, pois o que sabemos é:
141M Sporting sad;
80M Sporting clube.

E o resto anda em quanto…
O combate a esta situação na minha opinião passa por 4 pontos:
1- Uma boa negociação dos contratos de direitos televisivos, cujo actual acaba em 2013 com 5 anos de opção no qual recebemos apenas 7,5M;
2- Naming do estádio, sinceramente desconheço os valores para este tipo de negocios,
3- Uma melhor exploração da marca Sporting, onde apenas temos tirado cerca de 1M anual acho que podemos tirar mais;
4- Boa capacidade na compra/venda de jogadores, onde temos falalhado nos ultimos anos.

Acontece porque a lei é permissiva e ignorante. O endividamento criado por eles não é resultado de investimento, é, sim, fruto das falhas da lei, permitindo a essas figuras a passagem do custo do empréstimo pedido para comprar o clube para o clube em si. Se os empresários fossem responsáveis pelo empréstimo que contraíram para comprar o clube, tenho a certeza que este modelo nem existiria. Querem um exemplo? Manchester United, comprado pela familia Glazer, por mil milhões de euros (o valor poderá ser ligeiramente diferente). O que fez a família Glazer? Passou a dívida para o clube! É por isso que o Manchester United deve 700 milhões, pagando cerca de 70 milhões de euros anuais… em juros!!!

Não está correcto.

No final de 2006 a situação era a seguinte:

- Passivo Consolidado de: 268 M€
- Encargos financeiros (juros + amortizações) desse passivo: 14 M€ por ano
- Valores a Receber por parte do Sporting: 26,5 M€ (da MDC por 109 000 m[sup]2[/sup]) + 11,5 M€ (29 000 m[sup]2[/sup]) + 50 M€ (Alvaláxia, Clínica CUF, Health Club, Edifício Visconde)

Ora, a situação dos terrenos já foi desbloqueada (condição imposta pela MDC para dar o resto do dinheiro), pelo que o Sporting já deveria ter recebido nos tempos mais recentes 26 M€ + 11,5 M€. Já vendeu o património por 50 M€. Juntas tudo e tens 88 M€. Tiras esse valor ao passivo consolidado e ficas com 180 M€. Com uma conta de três simples ficas com encargos financeiros anuais desse na ordem dos 9,5 M€ e nem sequer considerei a baixa dos juros drástica que ocorreu no último ano. Sabes que desses 9,5 apenas 3,5 são da SAD.

Ora, eu diria que a situação não é assim tão preta quanto isso, agora se o dinheiro for “desaparecendo” misteriosamente para onde o outro desapareceu criando a dívida dos tais 268 M€, então é óbvio que a coisa fica muito mais preta.