Antevisão do Sporting vs. Olhanense do dia 13 de Agosto de 2011
O primeiro jogo oficial da época promete ser importante, para o Sporting poder deixar uma boa imagem: boa imagem aos sócios, que prometem estar em força, no estádio, para apoiar a equipa; boa imagem aos seus dirigentes, que preferem cultivar um discurso de pouca ambição e/ou de realismo; boa imagem junto dos rivais, que têm que olhar para este Sporting, como um adversário de respeito para esta nova época. Principalmente, entendo que a equipa tem que construir uma boa imagem interna, de positividade e de ambição, impermeável a discursos e/ou pressões externos.
Não alinho em dramatismos, dizendo que este primeiro jogo é completamente decisivo para delinear a época do Sporting, pois considero que simplesmente, não há jogos da Liga em Agosto, que possam ser considerados decisivos. Mas, sem sombra de dúvida que, para o caso do Sporting, que começa um percurso do zero, este jogo tem um cariz de importância significativa.
Domingos decidiu incluir 8 dos reforços na lista de jogadores convocados para este jogo. Eis a lista de convocados:
Guarda-redes: Rui Patrício e Marcelo Boeck
Defesas: Rodríguez, Carriço, Polga, Evaldo, Pereirinha e João Pereira
Médios: Rinaudo, André Santos, Schaars, Izmailov, Capel, Jeffren e Yannick
Avançados: van Wolfswinkel, Postiga e Rubio
Destaque para a presença, na lista de convocados, do Marat Izmailov, que aparentemente debelou as suas limitações físicas e terá, naturalmente, um papel fundamental na estratégia da equipa. Resta saber por quantos minutos.
De assinalar, as estreias de Boeck, Rodriguez, Rinaudo, Schaars, Capel, Jeffrén, van Wolfswinkel e Rubio na lista de convocados dos convocados do Sporting, em que os seis últimos preparam-se para fazer a sua estreia absoluta na nossa Liga. De notar a convocatória de Pereirinha, que passou de dispensado a convocado, mas que demonstrou ser uma opção válida e polivalente. Nota para a presença nos convocados dos quatro internacionais portugueses, que vêm de um excelente jogo, ao serviço da selecção: Rui Patrício, João Pereira, André Santos e Postiga, todos eles titulares, com uma nota especial para André Santos, que fez uma extraordinária exibição, no seu primeiro jogo a titular, pela equipa das quinas.
Ausências notadas na convocatória de alguns reforços e principalmente, muitos jogadores com limitações físicas. Matias, Bojinov, Onyewu, Turan, Luis Aguiar, todos eles ainda limitados, não podem dar o seu melhor contributo à equipa e fazem indicar que o Sporting contra o Olhanense dificilmente será o melhor Sporting da época. Nem seria espectável que o fosse. A ausência mais surpreendente é a de Onyewu, que foi contratado para ser o patrão da defesa do Sporting, mas que ainda evidencia óbvias limitações físicas. Nota ainda para a ausência dos convocados de André Martins e de André Carrillo, que boas notas tinham deixado nos jogos de preparação. No entanto, considero as suas ausências naturais, não só pela sua juventude, mas principalmente por existirem outras opções mais válidas para as respectivas posições. Na minha opinião, o foco destes dois jogadores deverá recair sobre os seus processos evolutivos e não tanto na competição.
Relativamente à equipa que deverá entrar em campo, Domingos tem dois planos tácticos na cabeça e qualquer um deles poderá ser o escolhido. Ou irá optar pelo 4x1x3x2 do início da pré-época, ou pelo 4x3x3 destes últimos jogos.
Na minha opinião, a opção recairá sobre o 4x3x3. Esta é a minha previsão para a equipa que entrará, de início, em campo:
Rui Patrício
João Pereira Carriço Rodriguez Evaldo
Rinaudo
André Santos Schaars
Yannick Djaló Jeffrén
Postiga
Rui Patrício, João Pereira, Rodriguez, Evaldo e Rinaudo parecem ter o seu lugar no onze mais ou menos garantido.
Para completar a dupla de centrais, aposto na titularidade do capitão Daniel Carriço, mas a presença de Polga na equipa também é uma forte hipótese, pela enorme experiência que confere à linha recuada.
Para o meio-campo, existem varias hipóteses; se Izmailov estiver a 100%, naturalmente apostaria na sua titularidade, fazendo recuar Schaars e empurrando André Santos para o banco de suplentes. No entanto, considero arriscado colocar o internacional russo de início, pois o seu ritmo de jogo tende a ser inferior, se o compararmos com o dos seus colegas.
Para o trio da frente, aposto em Yannick na direita, pelo maior ritmo que já evidencia e em Jeffrén na esquerda, que parece-me uns furos acima de Diego Capel. Na frente, penso que jogará Postiga, pela maior experiência, mas a titularidade de Diego Rubio seria um prémio mais que justo, dadas as suas recentes excelentes exibições.
Independentemente do posicionamento dos jogadores e de quem irá jogar, a filosofia de jogo manter-se-á. Esperamos um Sporting agressivo e dinâmico, com especial apetência para recuperações rápidas de bola e privilegiando o futebol apoiado e o jogo pelas alas, onde as subidas dos laterais terão papel fundamental nos desequilíbrios e possibilitando diagonais dos alas, para o apoio do ponta-de-lança.
Do Olhanense, há a esperar uma equipa bastante solidária, com as linhas muito juntas, como é apanágio das equipas de Daúto Faquirá, que privilegiará saídas rápidas no contra-ataque e aproveitando possíveis erros que o Sporting possa cometer. Uma referência especial para os lances de bola parada, onde o Olhanense é sempre uma equipa perigosa e onde o Sporting evidencia sempre enormes dificuldades.
Prevejo um jogo típico de início de época, onde o Sporting não poderá revelar ansiedade na busca pelo golo. Deverá procurar colocar a sua filosofia de jogo em campo e manter os níveis de concentração no máximo. Se assim for, a maior qualidade dos jogadores do Sporting deverá ser suficiente para chegar à vitória. No entanto, prevejo um jogo muito complicado.
22 Fabiano Freitas
28 João Gonçalves
5 Maurício
30 Mexer
7 Ismaily
65 Fernando Alexandre
6 Nuno Piloto
18 Cauê
10 Ivanildo
20 Dady
17 Wilson Eduardo
Ambas as equipas apostam no mesmo esquema táctico, um 4x3x3 muito musculado a meio-campo e com 2 avançados bem abertos nas alas, a alimentarem 1 único ponta-de-lança. O esquema táctico utilizado pelas duas equipas pôde ter sido o mesmo, mas as filosofias de jogo não poderiam ser mais distintas, como mais à frente irei referir.
1ª Parte:
2’ – Cruzamento de Schaars e Postiga, em boa posição, a não conseguir finalizar de cabeça. Entrada forte do Sporting com uma boa oportunidade de golo.
7’ – Bom cruzamento de Jeffrén para Postiga dominar com conta, mas a deixar-se antecipar por Mexer, que corta bem o lance para canto.
8’ – Lance na meia-direita de Jeffrén que desmarca André Santos, na direita. Este cruza de primeira para a área, mas Postiga não chega a tempo. Bom lance de envolvimento na direita.
11’ – Cartão amarelo para Ismaily, por carregar Jeffren, que se preparava, em grande velocidade, para entrar na grande área.
12’ – Livre para o Sporting, descaído para a direita, marcado de forma estudada, com Yannick a tocar para Jeffrén rematar forte para uma defesa de recurso de Fabiano. No seguimento, lance de insistência de Yannick, com Ismaily a cortar ostensivamente a bola com a mão, em plena grande área do Olhanense. Grande penalidade clara a favor do Sporting que ficou por marcar, com consequente amostragem do 2º cartão amarelo ao jogador do Olhanense e consequente expulsão.
15’ – Livre para o Olhanense, descaído sobre a direita, marcado de forma tensa, por Wilson Eduardo para a zona da marca da grande penalidade, com Maurício a desviar para o 2º poste, com a bola a sair ao lado da baliza de Rui Patrício.
16’ – Resposta imediata do Sporting. Excelente domínio orientado de Yannick na extrema-esquerda, a deixar João Gonçalves “nas covas”, tira o cruzamento para a entrada da pequena área, onde aparecia Postiga, mas Mexer a antecipar-se e a cortar para canto. Na sequência do pontapé de canto, marcado por Jeffrén, a bola é desviada para a entrada da grande área, onde aparece Polga a rematar por cima. Podia ter feito melhor. Boa oportunidade para marcar.
21’ – Schaars descobre João Pereira na direita, que desmarca Jeffrén, junto à linha. Este com um extraordinário drible, tira Ismaily do lance, cruz com conta para a entrada da pequena área, onde aparece Postiga a finalizar de cabeça, para um enorme defesa para canto de Fabiano. Excelente oportunidade de golo desperdiçada pelo ponta-de-lança do Sporting.
26’ – Jogada de insistência do meio-campo do Sporting, com Rinaudo a recuperar a bola, a jogar na meia-direita para Jeffrén que descobre solto no meio-campo André Santos. Este abre para Schaars, que remata de longa distância, com a bola a sair ligeiramente ao lado da baliza de Fabiano.
29’ – Golo do Olhanense. Livre marcado por Maurício, ainda no meio-campo defensivo do clube algarvio, que descobriu Wilson Eduardo solto na esquerda. Este, com uma fantástica recepção orientada, tira João Pereira do lance, André Santos vai à queima e é facilmente ultrapassado e, a 30 metros da baliza, remata forte e colocado para a baliza, deixando Rui Patrício sem hipótese de defesa. Grande golo.
37’ – Lance polémico. Jeffrén tem uma entrada violenta, a meio campo, de sola, ao joelho de Cauê e vê o cartão amarelo que, na minha opinião, é insuficiente, ficando por mostrar o vermelho directo para o internacional sub-20 espanhol.
40’ – Rinaudo carrega Fernando Alexandre a meio-campo, impedindo uma saída de contra-ataque do Olhanense, depois da equipa algarvia ter recuperado a bola, devido a uma má recepção de Yannick. Rinaudo vê o cartão amarelo, neste lance.
42’ – Fernando Alexandre vê o cartão amarelo por carregar Hélder Postiga, que se preparava para se desmarcar, a passe de Evaldo.
45+1’ – Contra-ataque do Olhanense, que poderia ter sido muito perigoso, pois apanhou a defesa do Sporting muito subida e em inferioridade numérica. No entanto, João Pereira recupera a tempo de evitar o pior, cortando da melhor forma a bola e fazendo passar o perigo.
45+2’ – Lançamento lateral de Schaars, que descobre Postiga isolado na linha de fundo sobre o lado esquerdo do ataque. Este joga com Evaldo, que coloca em Jeffrén e este aproveita a desmarcação de Postiga, que entra na área, tira Maurício do caminho, mas, em frente a Fabiano, não teve o discernimento suficiente para colocar a bola no interior da baliza, permitindo a mancha ao guarda-redes adversário. Grande oportunidade para o Sporting. Na sequência, pontapé de campo para o Sporting, com a bola a ser levantada para a entrada da área onde, mais uma vez, Polga aparece livre de marcação a rematar para fora.
[b]Apesar de apresentarem esquemas tácticos idênticos, as duas equipas não poderiam ter abordagens mais distintas. Por um lado, Daúto Faquirá optou por jogar com um bloco central bastante recuado e densamente povoado, composto por jogadores altos e robustos, dando por completo a iniciativa ofensiva ao Sporting e privilegiando recuperações céleres e rápidas saídas em contra-ataque, através de 2 avançados bem encostados nas alas, Wilson Eduardo e Ivanildo. Curiosa colocação do ponta-de-lança Dady que teve mais preocupações defensivas, vigiando Rinaudo, do que se posicionar entre os defesas centrais do Sporting.
Por outro lado, Domingos optou por alinhar com uma defesa bem mais subida (se bem, que mais ponderada em termos posicionais, relativamente aos jogos da pré-época), com centrais bem experientes e rodados na nossa Liga (Rodriguez e Polga) e onde os laterais tiveram um papel importante na manobra atacante (mais João Pereira, do que Evaldo). No meio-campo, Domingos optou por utilizar 3 jogadores de combate, claramente para prevenir possíveis erros da defensiva e para compensar as subidas dos laterais: Rinaudo, mais recuado, foi a parede e o pêndulo; André Santos teve bastante mais interessado em fechar as subidas de João Pereira e em equilibrar o meio-campo, do que propriamente em apoiar o ataque, ou sequer recuperar bolas; Schaars, o mais criativo dos 3, ficaria com a responsabilidade de pensar todo o jogo ofensivo, mas revelou muita timidez na primeira metade do jogo, tendo-se libertado na 2ª parte, principalmente quando Domingos alterou o sistema táctico. Na frente, Domingos optou por colocar Jeffren sobre a direita e Yannick sobre a esquerda (trocaram de posições regularmente, tendo sido a primeira aos 15 minutos da primeira parte); Jeffren assumiu-se como principal arma ofensiva da equipa, usando a sua velocidade e a sua capacidade individual para criar espaços; já Yannick foi uma sombra daquilo que pode efectivamente fazer. Na frente de ataque, sozinho, Domingos optou por Hélder Postiga e este não foi, decididamente, a referência atacante que o Sporting precisava. Mas vamos ao jogo, deixando as análises individuais lá mais para a frente.
Primeiros 30 minutos dominados totalmente pelo Sporting, com uma série de boas situações para marcar, mas a deficiente eficácia na finalização ou a eficiência defensiva do Olhanense a serem grandes obstáculos para as pretensões do Sporting. Durante este período, o Sporting conseguiu apresentar um futebol atractivo, com processos ofensivos variados, ora com futebol pelas alas, ora com opções no centro do terreno, permitindo remates de longa distância, causando desequilíbrios constantes na defensiva do Olhanense. Defensivamente, mostrou-se sempre muito organizado e solidário, altamente pressionante, na luta pela posse de bola, não deixando muitas veleidades à equipa adversária. O problema foi mesmo na hora da finalização, onde a eficácia foi miserável, destacando-se nesse aspecto, Hélder Postiga, com um par de boas situações.
O Olhanense, pouco ou nada conseguiu fazer, em termos ofensivos, ate que Wilson Eduardo, à passagem da meia hora, num lance individual, tira João Pereira e André Santos da frente e remate forte e colocado para a baliza, sem qualquer hipótese de defesa para Rui Patrício.
O Sporting sentiu o golo do Olhanense, e nos 15 minutos finais da 1ª parte, evidenciou processos ofensivos bastante menos objectivos e mais nervosismo nas disputas de bola. Exemplo disso mesmo, foi a entrada violenta de Jeffren sobre Cauê, que poderia ter-lhe costado o cartão vermelho directo. Teria sido um rude golpe, pois Jeffren, até então, tinha sido o jogador mais irreverente do ataque e onde se depositava mais esperanças para abrir a densa defensiva algarvia.
Já em período de descontos para o intervalo, Postiga não teve a calma suficiente e volta a falhar na cara de Fabiano. O Sporting sai para o intervalo em desvantagem no marcador. Este resultado é um castigo demasiado pesado para a equipa de Alvalade, que fez o suficiente para sair para o intervalo com um resultado diferente.[/b]
2ª Parte:
Domingos procede à 1ª alteração, com Izmailov a entrar para o lugar do apagado André Santos. Com esta substituição, Domingos assume o erro de ter sido demasiado conservador na equipa que apresentou de início e retira uma das unidades mais defensivas do meio-campo, colocando um jogador bem mais criativo e explosivo. Com isto, Schaars recua para a posição “8” do meio-campo e Izmailov assume o papel de organizador do futebol ofensivo da equipa.
48’ – Livre descaído sobre a direita, apontado desta vez por Jeffren, para o 2ª poste, onde aparece solto de marcação, Hélder Postiga, que remata de cabeça, com a bola a sair completamente fora do alvo. Do lado contrario, Evaldo ainda tentou desviar, mas chegou atrasado. A 1ª parte começa como a 2ª tinha terminado, ou seja, com Hélder Postiga, mais uma vez, a falhar uma grande oportunidade para facturar.
55’ – 2ª Substituição na equipa do Sporting: Jeffren a sair, tocado, para a entrada de Diego Rubio.
56’ – Pontapé de canto para o Sporting, sob o lado direito com Schaars a bater de forma rápida para Izmailov, que tira 2 adversários do caminho, entra na área e remata forte, para grande intervenção de Fabiano. Grande lance do internacional russo, que inventou, sozinho, uma grande oportunidade para o Sporting marcar.
59’ – Lance de contra-ataque para o Sporting. João Pereira recupera a bola na defensiva e deixa rápido para Rinaudo, que sobre a direita, desmarca Izmailov; este deixa para a entrada a área, onde aparece completamente solto Postiga, que remata à figura de Fabiano. Mais uma grande oportunidade de golo desperdiçada pelo internacional português.
63’ – 1ª Substituição para o Olhanense: Vítor Vinha entra para o lugar de Wilson Eduardo. O Sporting aproveita para fazer a última alteração, entrando Diego Capel para o lugar de Yannick.
69’ – Lance polémico: Golo mal invalidado ao Sporting. João Pereira, num passe longe, descobre Hélder Postiga, que toca de cabeça, para trás, para Capel; este desmarca o internacional português, na meia-direita, que está visivelmente em linha com o penúltimo defensor, avança pra a baliza e introduz a bola dentro da baliza. O golo foi invalidado por suporto fora-de-jogo do avançado do Sporting, na altura do passe de Capel. Erro grave.
71’ – Cartão amarelo para Cauê, por entrada por trás sobre Rinaudo. O argentino sai tocado do lance.
75’ – 2ª Substituição na equipa do Olhanense: sai Ivanildo e entra Salvador Agra.
77’ – Golo do Sporting: Evaldo recebe a bola na esquerda, coloca em Capel, que muda de velocidade, desmarca Evaldo, que entretanto subiu no terreno; este cruza para o 2º poste, onde, de primeira, aparece Izmailov a rematar; Fabiano ainda faz uma defesa de recurso, para a frente e na recarga, o russo não perdoa e faz o (já mais que merecido) golo do Sporting. Excelente cruzamento de Evaldo.
78’ – Rinaudo, visivelmente inferiorizado, faz um passe de 40 metros, da direita para a esquerda, onde descobre Capel que, com dois adversários sobre ele, vai à linha e tira o cruzamento para o 1º poste, onde aparece Izmailov a desviar, com Fabiano a cortar a bola, que já seguia para Postiga, para este poder finalizar. Grande lance.
79’ – Cartão amarelo para Nuno Piloto, que carrega, por trás, Capel, sem qualquer hipótese de disputar a bola. Bem mostrado.
85’ – 2º Cartão amarelo (no mínimo) e consequente expulsão perdoada a Cauê, por entrada fora de tempo sobre Rubio. Lance em cima do árbitro auxiliar que nada disse. Erro da equipa de arbitragem.
86’ – Terceira e última substituição do Olhanense: sai Ismaily e entra o defesa central André Micael, para defender nos últimos minutos. No seguimento, livre no meio campo ofensivo do Sporting, com Schaars a descobrir Izmailov solto em zona central, que a 30 metros, remata, com a bola a sair ligeiramente por cima da baliza do Olhanense.
89’ – Livre para o Sporting, descaído sobre a direita, na projecção da grande área, com Schaars a descobrir, no 1º poste, a entrada de Izmailov que, de cabeça, desvia por cima da baliza de Fabiano.
90’ – Livre para o Sporting, junto à bandeirola de canto, sobre o lado direito, marcado de forma rápida; a bola aparece na quina da área, nos pés de Schaars, que remata rasteiro, com a bola a rasar o poste esquerdo da baliza do Olhanense.
90+2’ – Lançamento de linha lateral executado de forma longa por João Pereira, com a defensiva do Olhanense a cortar a bola para a entrada da área, onde aparece Schaars a rematar, mais uma vez a rasar o poste. Manifesta infelicidade da equipa do Sporting.
90+3´ - Cartão amarelo para Salvador Agra, por impedir a marcação rápida de um livre a favor do Sporting.
90+5’ – No último minuto de jogo, Maurício tem uma entrada dura sobre Izmailov, que daria um pontapé livre, junto à bandeirola de canto, a favor do Sporting, mas o árbitro a deixar seguir e a apitar para o final da partida.
[b]O Sporting melhorou bastante com a entrada do Izmailov, não só pela entrada do internacional russo, que acabou por ser um dos melhores jogadores em campo, que substituiu um dos jogadores mais apagados, André Santos, mas também porque proporcionou o recuo do Schaars, para a posição onde este rende mais. Izmailov, no meio-campo, significou ter uma referência com maior objectividade ofensiva, maior qualidade individual e maior velocidade de execução, algo essencial para enfrentar sistemas defensivos muito fechados.
No entanto, aos 55 minutos, Domingos decide mudar o esquema táctico, aproveitando a inferioridade física de Jeffren, substituindo-o por Diego Rubio (um pouco a pedido da massa adepta). Com esta substituição, o Sporting passou a jogar num 4x1x3x2, com Izmailov a transitar para o lado direito do ataque, enquanto Rubio se iria colocar ao lado de Hélder Postiga. A saída de Jeffren foi um rude golpe para as pretensões do Sporting, pois o internacional sub-21 espanhol tinha sido até à data, dos poucos capazes de abrir espaços na densa defensiva do Olhanense, através da sua velocidade e da sua técnica individual. Para além disso, a entrada de Diego Rubio pouco ou nada contribuiu para a melhoria do Sporting.
Isto obrigou Domingos a fazer a última substituição, pouco tempo depois, aos 63 minutos, fazendo entrar Diego Capel para o lugar do apagado Yannick. Capel entra bem em campo, mexendo com o jogo, com o seu futebol rápido e imprevisível e o Sporting melhorou bastante com a sua entrada. No entanto, o problema não estava na construção de lances ofensivos ou de oportunidades de golo. As grandes deficiências estavam na finalização, que foi, em certos períodos, absolutamente desesperantes. O Sporting teve quase 1 dezena de lances claros de golo, mas por incompetência na hora do remate, ou por manifesta infelicidade, não conseguiu concretizar as oportunidades que soube construir.
E quando a bola entrou na baliza, o árbitro decidiu anular o lance, por indicação do seu auxiliar, que viu (e mal) Hélder Postiga adiantado.
Mas, apesar de todas estas adversidades, é de assinalar o facto de o Sporting nunca ter abandonado o seu futebol apoiado e organizado, mantendo uma serenidade notável, dadas as circunstâncias. Foi precisamente por esse facto, que foi possível chegar ao golo, à passagem do minuto 77, com Capel a desequilibrar a defesa com a sua mudança de velocidade, a deixar em Evaldo que tira um cruzamento milimétrico para a entrada de primeira de Izmailov, que ainda vê o seu primeiro remate a ser defendido in extremis, mas com o Fabiano a nada poder fazer para parar a recarga do internacional russo.
No minuto seguinte, o Sporting poderia ter chegado ao golo da vitória, com mais uma arrancada genial de Capel a cruzar para o 1º poste, onde apareceu Izmailov a desviar, sem que Postiga conseguisse chegar à bola para finalizar.
Até ao final da partida, o Sporting manteve a intensidade ofensiva que se impunha, sem nunca apostar no futebol directo, preferindo soluções de futebol envolvente, com mais ou menos velocidade, mas sempre com o mesmo resultado: pouco esclarecimento na hora de rematar à baliza.
O Olhanense da 2ª parte ainda foi menos agressivo, sob o ponto de vista ofensivo, que o da 1ª parte, não tenho registado um único remate à baliza, durante os segundos 45 minutos. Todas as alterações que Daúto Faquirá procedeu na equipa tiveram como único objectivo o reforço da estrutura defensiva, tornando-a cada vez mais coesa e unida.
Resultado final manifestamente injusto para o Sporting, dado o caudal ofensivo que o clube de Alvalade conseguiu produzir, sendo um duro castigo para a paupérrima eficácia na finalização.
[/b]
Rui Patrício:
Jogos: 1; Minutos: 90’; Golos sofridos: 1; Disciplina: - ; Nota: 12 val.
Noite absolutamente tranquila e com pouco trabalho. No cabeceamento de Maurício, manteve a serenidade e permaneceu entre os postes, precavendo qualquer desvio que pudesse surgir. No lance do golo, pouco ou nada poderia fazer, já que o remate de Wilson Eduardo é forte e espontâneo, entrando bem junto ao 2º posto. O lance que levou à má saída da baliza, que muitos falam, mesmo a terminar o jogo, foi anulado pelo árbitro. Exibição positiva, com pouco trabalho.
João Pereira:
Jogos: 1; Minutos: 90’; Golos: - ; Disciplina: - ; Nota: 13 val.
Muito activo em todo o jogo, em termos ofensivos, tendo combinado especialmente bem com Jeffren. Defensivamente, nunca voltou a cara à luta, como é habitual. De assinalar dois lances complicado, em que errou: num, foi salvo por Polga; no outro, obrigou Rinaudo a ver o cartão amarelo. Há a referir a tranquilidade que a braçadeira lhe transmitiu, demonstrando muito mais serenidade na hora de reclamar.
Polga:
Jogos: 1; Minutos: 90’; Golos: - ; Disciplina: - ; Nota: 14 val.
A experiência de Polga demonstrou-se extremamente útil. Passou de dispensado a salvador. Numa altura em que a defensiva do Sporting poderia começar a levantar sérios problemas ao equilíbrio de toda a equipa, foi o internacional brasileiro a assumir as responsabilidades e a impor índices qualitativos elevados. Desempenho muito positivo. De destacar, a sua compensação fundamental ao erro de João Pereira. A única nota negativa foi não ter reagido a tempo ao remate de Wilson Eduardo, que deu o golo do Olhanense. Mas, convenhamos… ninguém reagiu.
Rodriguez:
Jogos: 1; Minutos: 90’; Golos: - ; Disciplina: - ; Nota: 14 val.
A verdadeira tranquilidade em forma de pessoa. Não complica, não coloca a equipa em perigo, sabe posicionar-se e recupera como ninguém. É verdade que o trabalho não foi muito, mas nestas circunstâncias, o posicionamento é tudo. E o internacional peruano soube sempre onde estar, para manter o sector sempre equilibrado. Foi o patrão da defesa.
Evaldo:
Jogos: 1; Minutos: 90’; Golos: - ; Disciplina: - ; Nota: 12 val.
Enquanto Yannick esteve em campo, remeteu-se à defensiva, ou por ordens expressas, ou por simples timidez (aposto na segunda hipótese), e as suas subidas poderiam ter sido importantes para criar desequilíbrios, na 1ª parte. Yannick teria agradecido. Na 2ª parte, principalmente depois da entrada de Capel, foi muito mais interventivo, tendo sido ele a tirar o cruzamento, que levou ao golo de Izmailov; teria sido uma excelente assistência, não fosse a defesa do guarda-redes do Olhanense.
Rinaudo:
Jogos: 1; Minutos: 90’; Golos: - ; Disciplina: 1 cartão amarelo; Nota: 16 val.
A Parede e o Pêndulo. O jogo deste internacional argentino resume-se a isto; não descansa enquanto não recupera a bola e quando a tem, não descansa enquanto não a coloca jogável num companheiro de equipa. Incrível capacidade de recuperação de bola e joga sempre simples. É o símbolo da solidariedade na equipa e nunca vira a cara à luta. Salvou a equipa de um potencial contra-ataque perigoso, depois do erro de João Pereira, tendo sido penalizado com o cartão amarelo inevitável. Nunca desistiu de ajudar a equipa, em sectores mais avançados. Exibição muito boa, de entrega e luta constante.
André Santos:
Jogos: 1; Minutos: 45’; Golos: - ; Disciplina: - ; Nota: 6 val.
Simplesmente não esteve em campo. Não foi uma ajuda a Rinaudo (porque sinceramente, ele nunca precisou dela), nem conseguiu construir desequilíbrios no ataque. O seu contributo foi exclusivamente posicional, muito pouco para um internacional português. Muitos furos abaixo daquilo que pode e sabe fazer. Foi, naturalmente, o primeiro a ser substituído. Nota negativa.
Schaars:
Jogos: 1; Minutos: 90’; Golos: - ; Disciplina: - ; Nota: 13 val.
No início da partida, esteve em jogo, apenas porque é o dono das bolas paradas. Sinceramente, esperava mais soluções ofensivas, já que era o elemento mais solto do meio-campo. Teve algumas dificuldades em assumir essa responsabilidade, mas uma coisa é verdade: nunca se esconde atrás de ninguém e disponibiliza-se sempre para receber a bola. Depois da entrada de Izmailov, soltou-se muito mais, evoluindo na sua posição de origem, tanto no 4x3x3, jogando a ”8”, como no 4x1x3x2, jogando atrás dos 2 avançados. Teve duas maravilhosas oportunidades para marcar o golo da vitória, mas a sorte não quis nada com ele. Nota positiva.
Yannick:
Jogos: 1; Minutos: 63’; Golos: - ; Disciplina: - ; Nota: 7 val.
Tão depressa foi capaz de fazer arrancadas, que desequilibraram toda a equipa adversária, como perdia a bola de forma infantil ou displicente, por uma má recepção de bola ou por um drible mau efectuado. Nunca desistiu de colocar as suas potencialidades ao serviço da equipa, mas o que é certo, é que as coisas quase sempre lhe correram mal. Nunca teve ajuda de Evaldo, para provocar desequilíbrios e assim, foi sempre tudo mais difícil para ele. Só não foi o 2º jogador a ser substituído devido à lesão de Jeffren. Exibição desinspirada e sem qualquer objectividade.
Jeffren:
Jogos: 1; Minutos: 55’; Golos: - ; Disciplina: 1 cartão amarelo; Nota: 13 val.
Simplesmente vibrante. Daqueles jogadores que levantam estádios com tudo o que faz. Foi, nos primeiros 30 minutos o grande criador de futebol ofensivo do Sporting. Com sucessivos piques de velocidade e dribles estonteantes, fez o que quis de Ismaily. Combinou muito bem com João Pereira. Aos 21 minutos, depois de uma incrível jogada individual, saca um cruzamento açucarado que não é aproveitado por Postiga, para inaugurar o marcador. Toda a sua exibição estava a ser extraordinária, até ao minuto 37, onde teve uma entrada violenta sobre Cauê, que poderia ter levado à sua expulsão, manchando a sua prestação e fazendo baixar a sua nota. Lamentavelmente, lesionou-se no início da 2ª parte, depois de mais um pique sobre a direita. Exibição muito positiva, mas terá que refrear o seu entusiasmo na disputa dos lances, para que entradas daquelas não se repitam. A sua importância na manobra da equipa é enorme.
Hélder Postiga:
Jogos: 1; Minutos: 90’; Golos: - ; Disciplina: - ; Nota: 8 val.
Uma palavra para descrever a exibição de Postiga: Falhanço. Teve nada mais, nada menos, do que seis (Seis?? Sim, seis!!) oportunidades de golo e falhou todas elas, ora com os pés, ora com a cabeça. Algumas delas de forma caricata. Provou não estar à altura de ocupar o lugar de ponta-de-lança de uma equipa que quer lutar por voos elevados. É sem dúvida um jogador dedicado, empenhado e voluntarioso. Mas, para se ser ponta-de-lança do Sporting, o essencial é ser-se matador e ter-se sangue frio na ora de finalizar. Quando conseguiu introduzir a bola na baliza, diga-se de passagem, de forma espectacular, o árbitro decidiu anular a jogada, por pertenço (e inexistente) fora-de-jogo. Por isso, nota negativa.
Izmailov:
Jogos: (1); Minutos: 45’; Golos: 1; Disciplina: - ; Nota: 17 val.
Os que ainda tinha dúvidas do que o Izmailov ainda poderia dar ao Sporting, depois de um longo calvário físico e psicológico, ficaram rendidos à qualidade do internacional russo. Este respondeu a todos com um ensaio de pura classe. Criou oportunidades de golo, praticamente sozinho, não hesitou quando lhe pediram apoio e assumiu a responsabilidade no momento certo, revelando um instinto matador de uma frieza siberiana. Não foi à primeira, mas teve o discernimento para estar no sítio certo para a recarga. Poderia ter marcado o golo da vitória, quando, solto de marcação, remata à entrada da área, com a bola a sair ligeiramente por cima. No entanto, nos 45 minutos que jogou foi, sem sombra de dúvida, o melhor. Absolutamente decisivo.
Diego Rubio:
Jogos: (1); Minutos: 35’; Golos: - ; Disciplina: - ; Nota: 6 val.
Entrou, claramente, a pedido dos adeptos, que o elevaram a um patamar que ainda não terá capacidades para assumir. Entrou para o lugar do lesionado Jeffren e instalou-se ao lado de Postiga, na frente de ataque, obrigando Domingos a alterar o esquema táctico. Diego Rubio é ainda um jogador apenas de último toque e sentiu muitas dificuldades em jogar de costas para a baliza, quando para tal foi solicitado. Para além do mais, a bola não lhe chegou uma única vez, em condições para finalizar, devido à quantidade de adversários que o rodeavam. Para conseguir ter bola, andou, muitas vezes, por terrenos que não são os seus e isso só foi prejudicial para o Sporting. É inegável que tem um muito bom instinto finalizador, mas, neste jogo, andou quase sempre perdido pela área, numa altura em que o Sporting massacrava o Olhanense, em busca do golo da vitória. Falsa partida para o jovem internacional chileno.
Diego Capel:
Jogos: (1); Minutos: 27’; Golos: - ; Disciplina: - ; Nota: 13 val.
A sua entrada, que só pecou por tardia, serviu para abanar a partida. Substituiu o apagado Yannick, que pouco ou nada contribuiu de positivo para a partida e, com o seu estilo irreverente, com mudanças de velocidade estonteantes, criou uma mão cheia de lances de inegável qualidade. Foi dele o passe que isolou Postiga, para este marcar o golo, que seria anulado; foi ele que pensou todo o lance do golo, desmarcando Evaldo, que acabou por tirar o cruzamento. Demonstrou ser o típico jogador de equipa, preocupando-me mais em servir os colegas, do que criar lances individuais, para poder brilhar sozinho. Claramente, a justificar mais minutos em jogos futuros. Desempenha um papel decisivo na manobra atacante da equipa.
Domingos Paciência:
Jogos: 1; Saldo de golos: 0 (1 – 1); Nota: 13 val.
A sua estreia, pelo Sporting, em jogos oficiais, adivinhava-se complicada. Não só as expectativas eram elevadas, como teria que defender essas expectativas em pleno Estádio de Alvalade, com mais de trinta mil adeptos, sedentos de vitórias e com os níveis de exigência bem elevados.
Alguns pontos positivos, que gostaria de referir. Não hesitou em apostar em Jeffren, com pouco mais que uma semana de clube e, sem dúvida, ganhou a aposta. Não hesitou em convocar Izmailov, mesmo sabendo que, provavelmente, não poderia utilizá-lo durante todo o jogo e essa escolha demonstrou-se decisiva. Apostou e bem, na dupla de centrais mais serena e mais experiente e isso demonstrou-se determinante para estabilizar todos os processos defensivos da equipa. A escolha do 4x3x3, na minha opinião, revelou-se acertada, não só porque dá menos jogadores à marcação, a uma equipa que, claramente, viria a Alvalade para defender, mas também por ser o esquema táctico que melhor partido tira da irreverência e da explosividade dos nossos extremos. Foi rápido e, na generalidade, eficaz, na busca de soluções vindas do banco e nas oscilações tácticas que produziu em campo, tendo sido estas essenciais para colocar dificuldades constantes ao Olhanense. Fundamentalmente, Domingos conseguiu colocar uma equipa dinâmica e organizada, privilegiando o futebol apoiado e com mudanças de processos ofensivos constantes, ora apostando no jogo pelas alas, ora arriscando remates de longa distância, que contribuiu para confundir a densa defensiva do Olhanense.
Mas nem tudo foram aspectos positivos. A escolha do trio de meio-campo revelou-se pouco ambiciosa; jogar com 2 médios de tendência mais defensiva, contra uma equipa que iria, naturalmente, unir as suas linhas, num bloco muito recuado, não foi, como se provou, a melhor escolha. Mas dadas as limitações de soluções no plantel, a escolha foi mais ou menos óbvia. A aposta na titularidade de Yannick poder-se-ia considerar óbvia, mas demonstrou-se errada, já que não contribuiu com quase nada de positivo para a equipa. Uma outra aposta errada demonstrou-se ser a aposta em Postiga, para o lugar de ponta-de-lança. Não gostei, igualmente, do facto de Domingos ter cedido às pressões vindas da bancada, quando aposta na entrada de Rubio, para substituir Jeffren, quando a entrada de Capel teria sido a mais acertada. É claro que sou da opinião que um treinador não deve ter comportamentos autistas, relativamente ao que se passa da bancada, mas terá que ter uma estrutura emocional forte, para não ceder a pressões incoerentes, que são baseadas única e exclusivamente, na paixão e no fervor clubístico. Geralmente, isso só nos tira discernimento.
Mas, de uma maneira geral, e apesar do resultado, Domingos teve uma estreia positiva, pois soube colocar em campo, uma equipa personalizada, que sabe o que quer e que presta-se rapidamente para possuir uma identidade própria, algo que o Sporting não tem há muitos anos.
Análise à equipa de arbitragem:
Num jogo nada complicado de arbitrar, o albicastrense Carlos Xistra e a sua dupla de assistentes, composta por José Cardinal e Jorge Cruz, acabaram por fazer um jogo, a todos os níveis miserável, seja sob o ponto vista técnico, seja sob o ponto de vista disciplinar e mesmo no posicionamento dentro de campo.
O primeiro lance polémico surge à passagem do mínuto 12, quando Ismaily afasta a bola de Yannick, com a mão esquerda, em plena área de rigor. Grande penalidade evidente que ficou por assinalar a favor do Sporting, com consequente amostragem do cartão amarelo ao defesa esquerdo do Olhanense. Neste caso, era o segundo e a equipa algarvia ficaria a jogar com 10 elementos, desde o 12º minuto da partida. Neste lance, Carlos Xistra comete 3 erros: o erro técnico, por não assinalar a grande penalidade, o erro disciplinar, por não expulsar o jogador do Olhanense e o erro de posicionamento, já que a sua colocação não permitiu a correcta observação de um lance tão óbvio. De lembrar que, este lance acontece bem longe da chamada zona cinzenta, penalizando ainda mais o juiz da partida. Ainda neste lance, o auxiliar Jorge Cruz seria de pouca ajuda, já que o seu ângulo de visão estava claramente encoberto pelo corpo do Yannick e não poderia nunca ter visto de quem foi a responsabilidade do desvio para a linha de fundo e de que forma esse desvio foi feito. Mas sem dúvida que o seu silêncio contribuiu para a decisão do árbitro Carlos Xistra em deixar seguir o lance, marcando inclusivamente pontapé de baliza para o Olhanense. Erro grosseiro a penalizar o Sporting.
Um outro lance onde, claramente o árbitro errou, foi na não amostragem do cartão vermelho directo a Jeffren, à passagem do mínuto 37, por entrada violenta sobre Cauê. O árbitro estava a 2 metros do lance e decidiu mostrar apenas o cartão amarelo ao espanhol do Sporting. Se esta atitude serviu, no inconsciente do árbitro, para compensar o erro da não marcação da grande penalidade, mostra bem o nível do árbitro Carlos Xistra. Erro grave a penalizar a equipa do Olhanense.
Já na segunda parte, à passagem do minuto 64’, Carlos Xistra poderia ter mostrado o 2º cartão amarelo e consequente cartão vermelho ao médio do Olhanense Fernando Alexandre, por entrada imprudente sobre Diego Capel. Erro a penalizar o Sporting,
Quatro minutos depois, aos 68’, o árbitro auxiliar José Cardinal, tem um verdadeiro número de circo, ao anular um lance limpo, por pertenço fora de jogo de Hélder Postiga, com este ainda a introduzir a bola dentro da baliza. O que mais choca este lance é que o “bandeirinha” só assinala a suposta infracção, quando a bola entra na baliza, levantando a suspeição clara relativamente à sua decisão. Este seria o golo do empate, numa altura em que ainda faltavam 25 minutos para jogar, com o Sporting a pressionar, claramente, o último reduto do Olhanense. Erro grosseiro a penalizar o Sporting.
Ao minuto 85, outra expulsão perdoada ao Olhanense, com Cauê a poder ver, no mínimo, o 2º cartão amarelo, por uma entrada violenta sobre Diego Rubio. Mais um lance onde José Cardinal não quis ajudar da melhor forma o seu companheiro. E mais um erro grave a penalizar o Sporting.
Para finalizar em beleza, já passavam 5 minutos no período de compensação, quando Carlos Xistra, nas barbas de José Cardinal, decide deixar seguir, quando Izmailov é carregado, de forma dura, por Maurício. Impunha-se a acção disciplinar e seria uma boa última oportunidade para o Sporting poder chegar ao golo do triunfo. Erro a penalizar o Sporting.
[b]Independentemente das responsabilidades que a equipa do Sporting possa ter, na perca destes 2 pontos, logo no jogo inaugural da Liga, ainda mais, em Alvalade, que nunca deverão ser escamoteadas, a verdade é que o trio de arbitragem teve influência óbvia, tanto no desenrolar do marcador, como no resultado final da partida. Se o Olhanense poderá ter razões de queixa no lance da não expulsão de Jeffren, o rol de erros que prejudicaram o Sporting não deixam dúvidas quanto à equipa que mais razão de queixa poderá aproveitar.
Quase sempre com um péssimo posicionamento dentro de campo, que dificultou a análise de grande parte dos lances, aliado ao facto de, quase sempre ter sido mal aconselhado pelos seus auxiliares, o trabalho de Carlos Xistra deverá ser considerado vergonhoso para a imagem que a comissão de arbitragem pretende criar para a nova época. Nota: 0 val…
[/b]
ZeQueira
Antevisão do Nordsjælland vs. Sporting do dia 18 de Agosto de 2011
Depois do desaire no jogo da estreia para a Liga Portuguesa, O Sporting entra neste jogo, numa competição diferente e onde tem justas pretensões de fazer uma boa figura, com a intensão de limpar a sua imagem e de consolidar os seus processos de jogo, em busca da sua identidade.
Claramente favorito, embora o jogo seja disputado fora das suas portas, o Sporting assumirá, naturalmente, as despesas da partida, não só por ser superior, em todos os aspectos, ao adversário, mas porque tem que ser essa a base do seu estilo e da sua filosofia de jogo: entrar em campo para dominar e para controlar o rumo dos acontecimentos, com o objectivo de alcançar a vitória, desde o 1º minuto.
Dentro do mesmo esquema táctico que apresentou, de início, frente à equipa do Olhanense, Domingos deverá preceder a algumas alterações. Se, por um lado, no quarteto defensivo, não deverá haver mexidas, jogando João Pereira na direita, Evaldo na esquerda e a dupla de centrais composta por Polga e Rodriguez, do meio-campo para a frente, as alterações deverão ser cirúrgicas, visando um futebol mais objectivo. Se Rinaldo e Schaars terão o seu lugar no onze quase que garantido, o trio de meio-campo deverá ser completado por Izmailov, se o russo se encontrar a 100% das suas capacidades físicas. Caso contrário, a titularidade de André Santos será a única alternativa, já que Matias ainda não deverá poder dar o contributo à equipa, na plenitude das suas capacidades, pois só agora começou a fazer parte nos aprontos colectivos. Na frente de ataque, na minha opinião, o único que deverá permanecer no onze será o espanhol Jeffren, que muito boas indicações deixou no último jogo, alinhando preferencialmente no lado direito do ataque. No lado oposto, deverá jogar o também espanhol Capel, que foi fundamental nas mudanças de ritmo na 2ª metade do jogo contra o Olhanense, substituindo o pouco inspirado Yannick. Na frente de ataque, eu optaria por dar a titularidade ao holandês van Wolfswinkel, já que Postinga deu provas de pouca eficácia na finalização, no último jogo e considero esta partida de hoje, contra os dinamarqueses, uma boa oportunidade para testar outras alternativas para a frente de ataque.
Dos dinamarqueses do Nordsjælland, que são nossos conhecidos do ano passado, deveremos esperar bem mais do que um conjunto de bons rapazes, altos e louros, que só sabem jogar com pontapé para a frente. O futebol evoluiu e estes dinamarqueses provaram-nos o ano passado, que podem ser uma equipa incómoda, principalmente nas bolas paradas. Jogará com um bloco bastante recuado, explorando o contra-ataque e o erro adversário. Por isso, é essencial manter os índices de concentração elevados, para que não sejamos surpreendidos.
Lista de convocados:
Guarda-redes: Rui Patrício, Tiago e Marcelo Boeck
Defesas: João Pereira, Pereirinha, Carriço, Rodriguez, Polga, Onyewu e Evaldo
Médios: Schaars, André Santos, Matías Fernández, Capel, Izmailov, Jeffren e Rinaudo
Avançados: Postiga, Yannick, Van Wolfswinkel e Diego Rubio
Domingos volta a apostar no mesmo onze, que tinha defrontado o Olhanense, no passado sábado, construído no mesmo esquema táctico, o 4x3x3, com um meio-campo de contenção forte, agressivo e dinâmico, mas com pouca imaginação e criatividade. Mais uma vez, enfrentará uma equipa que privilegiará o futebol directo e saídas rápidas, aproveitando o erro do Sporting, para tentar criar perigo, bem como os lances de bola parada.
1ª Parte:
8’ – Adu, pressionado a meio-campo por André Santos, erra e atrasa para trás para Hélder Postiga, que recepciona de peito e, com a bola a saltitar, remata de forma desastrosa, com a bola a sair pela linha lateral.
9’ – Jogada individual de Jeffren, na direita, que descobre o João Pereira a desmarcar-se. Este vai à linha, cruza atrasado para dentro da área, mas ninguém a aparecer para finalizar.
10’ – Mais um brinde incrível da defensiva do Nordsjælland, com Jeffren a não aproveitar.
11’ – Grande arrancada de Rinaudo, a passar por 3 adversários, a entrar na área e a deixar para Postiga, que remata, sobre a direita, com pouco ângulo, com a bola passar à frente da baliza. Primeira oportunidade de golo para o Sporting.
13’ – Grande passe de Schaars, que descobre Yannick isolado na esquerda, com este a falhar o drible, quando tinha tudo para avançar com perigo para a baliza adversária.
15’ – Primeiro remate do Nordsjælland, em zona central, por Christensen, com a bola a sair completamente fora do alvo. Boa saída do Rodriguez, que dificultou a acção do dinamarquês.
20’ – Yannick ensaia uma arrancada a meio-campo e descobre Evaldo na extrema-esquerda, que vai à linha e cruza rasteiro para a entrada de Yannick, que remata contra a defensiva do Nordsjælland.
23’ – Boa jogada do Nordsjælland, com Beckmann a desmarcar Granskov, que, isolado, remata para defesa fácil de Rui Patrício.
28’ – Cartão amarelo para Stokholm por chocar com Yannick, a meio-campo. A falta existe, mas o cartão amarelo é claramente exagerado.
31’ – Schaars descobre Jeffren a desmarcar-se na direita, que remata forte para boa defesa de Hansen. Grande oportunidade para o Sporting.
33’ – Grande desmarcação de Yannick, a passe de André Santos, com o lance a ser invalidado por fora-de-jogo. Lance algo duvidoso.
36’ – Mais um lance duvidoso, com Hélder Postiga a ser carregado por Bjelland, à entrada da grande área, pelo lado direito, com o árbitro a deixar seguir o lance.
36’ – Polga, com um grande passe, descobre Jeffren no meio-campo ofensivo do Sporting que, com uma excelente jogada individual, à entrada da área, remata forte para boa defesa de Hansen. Grande oportunidade para o Sporting.
37’ – Mais um grande passe de Rinaldo a descobrir João Pereira na direita, que coloca a bola na área em André Santos, este tenta colocar em Hélder Postiga, mas a bola a ser cortada antes de chegar ao avançado do Sporting.
38’ – Outro grande lançamento de Rinaldo a desmarcar Jeffren, este vai à linha, cruza forte, com o guarda-redes dinamarquês a afastar a bola.
41’ – Excelente lance de envolvimento do Nordsjælland pela direita, com Kildentoft a colocar a bola no centro do terreno, em Granskov, que descobre solto na esquerda Beckmann e este a rematar forte, contra Polga, que em colocado, livra o Sporting de uma situação de muito perigo.
[b]O Nordsjælland inicia a partida, surpreendendo a equipa do Sporting, através de um jogo envolvente, com laterais bem subidos, ora na direita, ora na esquerda, obrigando a equipa de Alvalade a ter visíveis preocupações defensivas, principalmente por parte dos extremos. Durante este período inicial, o Sporting evidenciou uma clara desarticulação defensiva, com uma pressão completamente fora do timing certo. No entanto, este domínio territorial da equipa dinamarquesa revelou-se pouco agressivo, criando pouco perigo para o quarteto mais recuado do Sporting, não tendo durado mais do que 5 minutos, altura em que a equipa de Domingos começa a controlar a posse de bola mas sempre sem a verticalidade que se impunha.
Após este período inicial de claro desacerto, o Sporting começa a subir de produção, não por mérito próprio, mas fundamentalmente aproveitando clamorosos erros defensivos adversários, que poderiam ter resultado em golo, não fosse a manifesta desinspiração de Hélder Postiga, primeiro e Jeffren, depois.
Pouco depois, Postiga tem uma enorme oportunidade para abrir o marcador, depois de uma grande arrancada de Rinaudo, no entanto, o remate sai ao lado da baliza do Nordsjælland.
Depois começa o melhor período do Sporting, com Jeffren em grande evidência, protagonizando duas excelentes jogadas, finalizadas com remates perigosos, para defesas complicadas do guarda-redes Hansen.
O Sporting controla a partida, mas sem grande intensidade ofensiva, com os laterais a subirem muito pouco, e com pouca agressividade nas recuperações, excepção para Rinaudo, que dá sempre tudo, em cada lance. Nota também para a pouca produtividade da equipa do Nordsjælland, que evidenciou algum nervosismo no seu sector mais recuado, depois de uma boa entrada em campo, nos primeiros 5 minutos. Ficou a sensação que, se o Sporting tivesse sido mais agressivo, com constantes apoios por parte dos laterais, a equipa dinamarquesa teria passado um mau bocado.
De qualquer das formas, o Sporting fez o suficiente para sair em vantagem para o intervalo. Só não o conseguiu, devido à incapacidade na finalização dos seus jogadores.[/b]
2ª Parte:
Domingos, mais uma vez, volta a mexer ao intervalo, desta feita sendo forçado a substituir o melhor elemento até à altura, Jeffren, que se lesionou novamente, fazendo entrar o russo Izmailov. Com esta substituição, não se prevê qualquer alteração táctica, mantendo-se o Sporting a jogar no seu 4x3x3.
47’ – Livre em zona central, ligeiramente descaído para o lado esquerdo, para o Sporting, com Postiga a rematar fraco e à figura de Hansen.
50’ – Cartão amarelo para Rinaudo, por afastar a bola para longe, quando a bola já estava fora e pertenceria ao Nordsjælland, para um arremesso lateral. Excesso de zelo do árbitro.
50’ – Schaars descobre a desmarcação de Postiga, encostado à esquerda, este avança com caminho livre direito à baliza, e com André Santos na zona central, pronto para finalizar, decide rematar ao segundo poste, com a bola a sair ao lado. Enorme oportunidade de golo para o Sporting.
51’ – Cartão amarelo para Bjelland por reclamar fora-de-jogo de Postiga.
51’ – André Santos recupera a segunda bola em zona de ataque e a 30 metros da baliza, remata forte, para boa defesa de Hansen.
60’ – Substituição para o Nordsjælland, saindo Beckmann e entrando Mikkelsen. Domingos aproveita para fazer a 2ª alteração, substituindo André Santos por Matias Fernandez.
63’ – Rinaldo descobre João Pereira na direita, que dá para Izmailov que, já dentro da área, cruza para Postiga, completamente solto, rematar de forma acrobáticas, mas fraco, à figura de Hansen.
68’ – Domingos esgota as substituições, fazendo entrar Diego Rubio para o lugar de Hélder Postiga.
70’ – Ataque do Nordsjælland, com Mikkelsen a deixar para Christensen que, em zona frontal, aplica um remate em arco, cheio de intenção, mas com a bola a passar longe do alvo. Bom lance de ataque para os dinamarqueses.
72’ – Mudança de ritmo de Matias, que inicia um lance de perigo, coloca na direita em João Pereira, este cruza para o 1º poste, onde aparece Izmailov que, depois de rodar, remata contra a cortina defensiva. Na 2ª bola, Rinauldo tenta furar pela grande área, com a bola a perder-se na teia dinamarquesa.
74’ – Segunda alteração para o Nordsjælland, com Lawan a ser substituído por Laudrup.
75’ – Jogada de grande perigo para o Nordsjælland. Parkhust sobe na esquerda e cria desequilíbrios na defensiva do Sporting e deixa para Mikkelsen, que ganha a linha de fundo, cruza atrasado a meia altura, onde aparece Laudrup a finalizar de forma desastrada. Tinha tudo para fazer golo.
77’ – Grande jogada de envolvimento do meio-campo do Nordsjælland, sempre ao primeiro toque, com Christensen a solicitar a entrada de Granskov, que à entrada da área, preparava-se para rematar, mas foi carregado por Rodriguez. No seguimento do lance, a bola aparece no interior da baliza do Sporting, rematada por Laudrup, mas o árbitro beneficiou o infractor e assinalou a falta de Rodriguez. Devido a isso, cartão amarelo para Rodriguez, que tinha ido à queima e foi forçado a carregar pelas costas o avançado dinamarquês, sacrificando-se em favor da equipa. Grande oportunidade de golo para o Nordsjælland.
79’ – Na sequência do livre, Bjelland remata ao lado da baliza de Rui Patrício.
82’ – O treinador do Nordsjælland, Kasper Hjulmand, faz a última alteração, fazendo entrar Rohde para o lugar de Granskov.
83’ – Mais uma jogada de enorme perigo para o Nordsjælland, com Mikkelsen a combinar bem com Christensen, este desmarca o recém-entrado Rohde que, na cara de Rui Patrício, remata froxo, para a defesa fácil do keeper do Sporting.
88’ – Matias a descobrir Yannick na esquerda, à entrada da área, este domina com o peito e na rotação, remata muito ao lado da baliza de Hansen.
90’ – Cartão amarelo para Kildentoft, por carregar Rodriguez, que ensaiava uma arrancada pelo meio-campo.
[b]A 2ª parte começou logo mal para o Sporting, com a notícia da lesão de Jeffren, que forçou a sua substituição. As visíveis dificuldades físicas de jogadores fulcrais, para este Sporting, tem sido o principal problema com que Domingos tem sido confrontado.
De qualquer das formas, o Sporting inicia a 2ª parte, com vontade de decidir a partida e poderia tê-lo feito, logo aos 50 minutos, não fosse a incompetência e o egoísmo de Hélder Postiga. Em frente ao guarda-redes Hansen e com André Santos isolado, em posição frontal, o avançado do Sporting, prefere assumir o remate, com a bola a passar ao lado da baliza do Nordsjælland. Alguns segundos depois, é o próprio André Santos a assumir o remate, de fora da área, com a bola a ser defendida por Hansen. Pouco depois, é Postiga, mais uma vez a falhar o golo, num remate acrobático dentro da área, que saiu fraco, para defesa fácil de Hansen.
Após este período de maior intensidade ofensiva por parte do Sporting, o treinador do Nordsjælland, fez entrar o homem que viria a alterar o rumo dos acontecimentos, de seu nome, Mikkelsen. Este dinamarquês, sempre encostado ao corredor esquerdo, veio revolucionar toda a partida a favor da sua equipa, não só em lances individuais, mas com boas combinações com Christensen. Até o, pouco activo, Parkhurst deu um ar da sua graça, em algumas subidas, deixando João Pereira completamente só, na complicada tarefa de fazer parar esta avalanche dinamarquesa. Foram 20 minutos de grande sufoco para a defensiva do Sporting e o Nordsjælland só não chegou ao golo, por infelicidade ou incompetência. Numa outra situação, Rodriguez ainda teve tempo de salvar o Sporting de um golo quase certo para os dinamarqueses, ao placar Granskov, quando este já se preparava para facturar, agradecendo igualmente o facto do árbitro da partida ter interrompido o lance, beneficiando claramente o infractor.
Durante estes 20 minutos finais, o Sporting, em termos ofensivos, foi completamente inoperante, não tendo registado um único lance que perigasse a baliza de Hansen.
Em suma, o Sporting desta partida, mostrou uma defensiva sólida e solidária, no entanto, evidenciou ainda os mesmos problemas nos processos ofensivos que tem vindo a demonstrar. No entanto, as poucas oportunidades que consegue produzir, algumas delas claríssimas, esbarram numa completa incompetência dos avançados, para poderem finalizar os lances de forma lucrativa. Inclusive, o Sporting pode dar-se por feliz, por não abandonar a Dinamarca, com uma amarga derrota, tal foi o sufoco impensável por que passou nos últimos 20 minutos da partida.
Este resultado abre boas perspectivas para o jogo da segunda mão, no entanto o Sporting terá que mudar radicalmente a abordagem à partida, que terá que ser, obrigatoriamente, com maior qualidade, maior intensidade, maior agressividade e maior eficácia, na hora de rematar à baliza.
[/b]
Rui Patrício:
Jogos: 2 (1LP+1LE); Minutos: 180’; Golos sofridos: 1; Disciplina: - ; Nota: 13 val.
Muito pouco trabalho. Sendo chamado a intervir, por volta do minuto 23, quando Granskov rematou, acabando por pará-lo com a facilidade de quem é dos melhores jogadores da Europa, a jogar na sua posição. No melhor período do Nordsjælland , só não teve que se aplicar, devido ao manifesto desacerto do remates adversários, que nunca levaram o sentido da sua baliza. Tranquilo e eficaz.
João Pereira:
Jogos: 2 (1LP+1LE); Minutos: 180’; Golos: - ; Disciplina: - ; Nota: 10 val.
Esteve longe do nível que nos tem habituado, tanto no aspecto defensivo, onde fez um par de abordagens erradas em lances de ataque do Nordsjælland, como no aspecto ofensivo. Se na 1ª parte ainda combinou com Jeffren, em algumas situações, sempre sem provocar qualquer perigo para a equipa dinamarquesa, na 2ª parte não foi o elemento combativo que costuma ser e Izmailov esteve quase sempre só. Sentiu dificuldades quando Mikkelsen entrou, na 2ª parte. De qualquer das formas não comprometeu.
Polga:
Jogos: 2 (1LP+1LE); Minutos: 180’; Golos: - ; Disciplina: - ; Nota: 14 val.
É, sem dúvida, o central em melhor forma, nesta altura inicial da época. Sem cometer faltas, foi imperial nas bolas divididas, esteve sempre no caminho da bola, protegendo a equipa dos remates dos adversários e até compensou a falta de velocidade de Rodriguez (imagine-se?!). No primeiro remate do Nordsjælland, teve algumas responsabilidades na forma como abordou o lance, perdendo inclusive o equilíbrio, permitindo caminho aberto para o remate. No período mais complicado para a defensiva, foi fundamental para manter o nulo. Muito sereno e concentrado.
Rodriguez:
Jogos: 2 (1LP+1LE); Minutos: 180’; Golos: - ; Disciplina: CA – 1 LE; Nota: 13 val.
Foi absolutamente decisivo no nulo obtido, já que sacrificou-se, em nome da equipa, para que tal acontecesse. Em consequência disso, saiu amarelado por ter travado Granskov, que já se preparava para marcar o jogo do Nordsjælland. Tirando isso, foi salvo por Polga, num lance onde, surpreendentemente, mostrou alguma lentidão, num despique com Granskov. No cômputo geral, nota positiva.
Evaldo:
Jogos: 2 (1LP+1LE); Minutos: 180’; Golos: - ; Disciplina: - ; Nota: 9 val.
Foi bastante mais afoito no apoio ao ataque do que o seu companheiro do lado direito, o que não abona muito em favor do Sporting, porque a qualidade com que executa, quase sempre, deixa muito a desejar. Mas ninguém pode acusá-lo de falta de empenho. De destacar, pela positiva, o facto de não ter perdido um único duelo individual. Mas, continua a erra passes em zonas problemáticas, o que pode ser dramático quando se defrontar adversários de maior valia. Última nota para a execução de um lançamento lateral: não lembra a ninguém um defesa lateral falhar um arremesso de forma tão colegial.
Rinaudo:
Jogos: 2 (1LP+1LE); Minutos: 180’; Golos: - ; Disciplina: CA – 2 (1LP+1LE); Nota: 15 val.
Sempre empenhado e impetuoso, começou o encontro com uma entrada complicada, que o deuxou com as “orelhas” a arder com a reprimenda do árbitro. Depois disso, abriu o seu livro de desarmes em timings perfeitos e passes magistrais de largo espectro. É, sem dúvida, o melhor amigo de toda a equipa pois, tão depressa auxilia os seus companheiros de defesa, como deixa a bola “redondinha” nos seus colegas à sua frente. Ao minuto 11, tem um grande arrancada por entre a defensiva do Nordsjælland, passando por 3 adversários e entregando em Postiga, que mais uma vez, desperdiça. Mais uma exibição de qualidade do centro-campista argentino.
André Santos:
Jogos: 2 (1LP+1LE); Minutos: 105’; Golos: - ; Disciplina: - ; Nota: 11 val.
Mais em jogo, do que contra o Olhanense, tanto defensivamente, no preenchimento das linhas de passe e nas ajudas aos companheiros, como ofensivamente, no acerto nos passes e oferecendo constantes linhas de progressão. Na segunda parte, aos 50 minutos, acompanhou bem a jogada individual de Postiga e poderia ter finalizado, não fosse o egoísmo do avançado do Sporting. No minuto seguinte, ainda ensaiou um remate, em zona central, para boa defesa de Hansen, tendo sido substituído aos 60 minutos, quando foi necessário apostar mais no ataque. Curiosamente, a partir da sua saída, o Sporting evidenciou maiores dificuldades nos duelos a meio-campo.
Schaars:
Jogos: 2 (1LP+1LE); Minutos: 180’; Golos: - ; Disciplina: - ; Nota: 10 val.
Continua a não conseguir colocar em campo, a intensidade que ofereceu nos jogos iniciais da pré-época onde, visivelmente, jogava com uma mudança acima dos restantes jogadores, fossem eles companheiros de equipa ou adversários. Neste jogo, entrou mal, quase sempre a abordar os lances dora de tempo e a não disponibilizar as linhas de passe que nos tem vindo a habituar. Quando lhe exigem que pise, preferencialmente, zonas mais avançadas do terreno, resultando do facto de ser o centro-campista com características mais ofensivas, sente visíveis dificuldades em colocar criatividade e verticalidade que essa posição exige. Provou, mais uma vez, não ser uma opção válida para apoiar o ponta-de-lança. De qualquer das formas, nunca vira a cara à luta, mantendo sempre uma bitola exibicional positiva.
Yannick:
Jogos: 2 (1LP+1LE); Minutos: 153’; Golos: - ; Disciplina: - ; Nota: 8 val.
Foi, sem dúvida, o jogador mais activo da 1ª parte, mas quase sempre com pouca objectividade. Cometeu demasiados erros de drible, de passe e de remate. Neste 1º período, nota positiva para as ajudas defensivas a Evaldo. Mas se é incrível a falta de objectividade que colocou nos seus lances, durante a 1ª parte, mais incrível foi a forma como se eclipsou durante a etapa complementar. O seu rendimento, nessa fase, foi praticamente nulo.
Jeffren:
Jogos: 2 (1LP+1LE); Minutos: 100’; Golos: - ; Disciplina: 1 cartão amarelo; Nota: 12 val.
Entrou, manifestamente, tarde em jogo, à imagem de toda a equipa. Se isto é verdade, tão mais verdadeiro é o facto de ter sido o responsável pelos lances de maior perigo do ataque do Sporting. Em apenas 5 minutos pôs à prova os reflexos e a qualidade de Hansen. Foi, mais uma vez, obrigado a ser substituído ao intervalo, devido aos problemas físicos que o tem apoquentado. Apesar disso, a objectividade que colocou nos lances que criou, dão-lhe uma consistente nota positiva.
Hélder Postiga:
Jogos: 2 (1LP+1LE); Minutos: 158’; Golos: - ; Disciplina: - ; Nota: 6 val.
É confrangedora a ineficácia do ponta-de-lança do Sporting. Consegue transformar ocasiões de golo em lances inofensivos, tem especial dom para complicar aquilo que seria fácil. À passagem do minuto 8, recolhe no peito um mau atraso do centro-campista do Nordsjælland e depois de fazer a rotação, com caminho aberto para a baliza, decide tirar um chapéu, que passa perto… da bandeirola de campo, saindo pela linha lateral! Pouco depois, no minuto 11, recebe uma bola açucarada de Rinaudo, mas, mais uma vez, seleccionou a pior opção e acabou por falhar aquilo que poderia ser o golo do Sporting. No inicio da segunda parte, teve a melhor oportunidade da partida, quando, em frente à baliza, e com André Santos melhor colocado, foi egoísta, assumiu o remate e mais uma vez, desperdiçou um golo certo. Começam a faltar os adjectivos para qualificar as exibições e o rendimento de Postiga. O empenho que coloca na pressão sobre os centrais adversários não atenua, minimamente, o seu miserável desempenho ofensivo.
Izmailov:
Jogos: (2) - (1)LP+(1)LE; Minutos: 90’; Golos: 1; Disciplina: - ; Nota: 7 val.
Entrou ao intervalo, para o lugar de Jeffren e, substituir o espanhol, nunca é tarefa fácil. Desta vez, não foi factor decisivo na melhoria do futebol ofensivo do Sporting. Teve pouco em jogo e não foi regularmente apoiado por João Pereira. Ainda são visíveis, as suas dificuldades nas mudanças de velocidade, algo que era essencial para abrir espaços. Pouco contribuiu e o abaixamento do Sporting, na 2ª parte, adveio da falta de referências dentro do campo. O russo poderia ter sido um delas, simplesmente deu falta de comparência. No melhor período do Nordsjælland, ajudou muito pouco a estancar a avalanche dinamarquesa, quando João Pereira mais precisou de si.
Matias Fernandez:
Jogos: (1) LE; Minutos: 30’; Golos: - ; Disciplina: - ; Nota: 6 val.
Depois da participação na Copa América, onde se lesionou, não tendo podido dar o contributo à equipa, na fase inicial da pré-época, Matias fez a sua estreia, esta época, na equipa do Sporting, tendo entrado para o lugar de André Santos, com o objectivo de dar mais criatividade e verticalidade ao futebol leonino. Não teve tarefa fácil, pois ainda foram bem visíveis as, mais que legítimas, limitações físicas que ainda o condicionam mas, num ou noutro lance, demonstrou a importância que poderá vir a ter na manobra atacante da equipa, assim que consiga debelar todos os seus condicionalismos. No entanto, a sua presença em campo coincidiu com o melhor momento do Nordsjælland, já que o chileno pouco contribuiu nas tarefas defensivas do meio-campo do Sporting.
Diego Rubio:
Jogos: (2) – (1)LP+(1)LE; Minutos: 30’; Golos: - ; Disciplina: - ; Nota: 2 val.
Substituiu Hélder Postiga e evidenciou os mesmos problemas para conseguir entrar em jogo, que já tinha demonstrado no jogo de estreia, contra o Olhanense. Teve uma contribuição nula na manobra atacante da equipa e foi pouco pressionante, na hora de tentar recuperar a posse de bola.
Domingos Paciência:
Jogos: 2; Saldo de golos: 0 (1 – 1); Nota: 8 val.
Domingos erra claramente, quando aposta no mesmo onze que entrou em campo contra o Olhanense, no jogo de estreia da Liga. Erra, pois não apreende as visíveis dificuldades que o Sporting apresentou na organização do futebol ofensivo e a falta de verticalidade que evidenciou, resultado do facto de não alinhar com nenhum centro-campista com essas características. Erra, porque continua a insistir em jogadores como Yannick e Postiga, que estão longe de preencher, para já, os requisitos qualitativos que se impõe a titulares do Sporting. A única atenuante que lhe concedo é o facto de o plantel evidenciar visíveis dificuldades físicas, preferindo o técnico apostar nos mesmos jogadores, aqueles que supostamente apresentam melhores condições.
Decide manter o 4x3x3, numa altura em que não possui nenhum centro-campista capaz de fazer a ligação entre o meio-campo e o trio da frente e o Sporting ressente-se claramente disso. Falta uma referência, neste sistema de jogo. Se as características de jogadores como Jeffren, Capel, Izmailov ou Yannick podem ser potenciadas neste esquema de jogo, o facto de se alinhar com um meio-campo, com muito músculo e pouco cérebro, retira qualquer hipótese de sucesso a este 4x3x3 bastante sui generis.
Mais uma vez, é confrontado com a lesão do seu melhor elemento e, depois disso, claramente o Sporting ressente-se, em termos de profundidade e objectividade.
As alterações que processou não acrescentaram nada à equipa, tendo inclusive desequilibrado a equipa, que passou por um sufoco desnecessário, no final da partida.
Análise à equipa de arbitragem:
Noite tranquila para o trio de arbitragem norte-irlandês, liderado por Mark Courtney.
Algum exagero na amostragem de alguns cartões amarelos, nomeadamente a Rinaudo e a Stokholm.
Uma última nota para o facto de não ter dado a lei da vantagem à equipa do Nordsjælland, quando Rodriguez salvou o Sporting de sofrer um golo quase certo. Provavelmente, na sequência do lance, os dinamarqueses iriam alcançar o golo. Nota 14
Antevisão do Beira-Mar vs. Sporting do dia 21 de Agosto de 2011 – 2º Jogo da Liga Portuguesa.
O caldo entornou.
Depois da direcção do Sporting, através da pessoa do seu presidente, Godinho Lopes, ter radicalizado o discurso, no que toca arbitragens, após o péssimo desempenho do juiz de Castelo Branco, Carlos Xistra, no jogo de estreia do campeonato, tendo prejudicado enormemente o Sporting, impedindo o clube de Alvalade de atingir os 3 pontos, e ter veementemente criticado a nomeação de João Ferreira e, principalmente, de Pais António, para juízes da partida deste Domingo, contra o Beira-Mar, foi a vez de os árbitros terem roído a corda, recusando-se a apitar os jogos do Sporting, por interpretarem as declarações dos responsáveis do Sporting, como uma forma de pressão intolerável.
Corporativistas como sempre, os árbitros do quadro da Liga solidarizam-se com os juízes nomeados e boicotam o jogo do Sporting. Há inclusive rumores que esse boicote poderá alastrar aos árbitros da 2ª categoria da Federação Portuguesa de Futebol.
Assim, de acordo com os regulamentos da Liga de Clubes, como um jogo não pode ser adiado por falta de comparência dos árbitros, este jogo do Sporting arrisca-se a ser apitado por um grupo de espectadores da bancada que se proponham a fazê-lo, caso tenham as suas habilitações exigidas e que serão confirmadas pelo delegado da Liga, ao jogo. Caso este delegado decida que não há espectadores com as habilitações exigidas para apitar o jogo, este poderá ser arbitrado - pasmem-se!! – pelos capitães de ambas as equipa.
Deixando este imbróglio de parte e analisando o cenário do jogo, o Sporting desloca-se a Aveiro, com a obrigatoriedade de vencer a partida, se não quiser, à 2ª jornada, ver os seus rivais afastarem-se de forma significativa.
Contudo, a tarefa não se avizinha nada fácil, primeiro, pelos grandes problemas físicos que o plantel do Sporting apresenta nesta fase, impedindo jogadores chaves de dar o seu contributo, nas melhores condições, ou mesmo ficando completamente afastados da partida. Por outro lado, defrontar o Beira-Mar, em Aveiro, tem sido sempre uma partida, historicamente, complicada para o Sporting. Para finalizar, o Sporting, se quiser vencer a partida, terá imperativamente de ultrapassar os graves problemas na finalização, que tem apresentado nos últimos confrontos.
Domingos apresentou a seguinte lista de convocados:
Guarda-redes: Rui Patrício e Marcelo Boeck
Defesas: Rodríguez, Daniel Carriço, Polga, Onyewu, Evaldo e João Pereira
Médios: Rinaudo, André Santos, Schaars, Izmailov e Matías Fernández
Avançados: Bojinov, Capel, Yannick, Carrillo, Postiga, Van Wolfswinkel e Rubio
Relativamente à convocatória do jogo anterior, referência para a ausência de Tiago e de Pereirinha, que se lesionou num treino, durante esta semana e destaque para o impedimento de Jeffren, que tinha saído ao intervalo do jogo da Liga Europa, por se ter ressentido da sua lesão. Lamenta-se a ausência de Jeffren, devido a problemas físicos, já que o internacional sub-21 espanhol tem sido dos principais desequilibrados do futebol ofensivo do Sporting e poderia constituir uma arma perigosa para esta partida, onde é essencial conquistar os 3 pontos.
Nota para a estreia, nas convocatórias para o búlgaro Bojinov e para o peruano Carrillo. Se o primeiro tem feito trabalho específico, visando a sua recuperação para a competição, esperando-se que ainda se apresente algo limitado, Carrillo poderá ser uma importante arma a ser utilizada, pelas boas indicações que deixou nos jogos de pré-época.
De referir que, desta lista, ficarão de fora dos escolhidos para a partida, dois jogadores, sendo um deles, provavelmente um dos defesas centrais, a decidir entre Onyewu e Carriço e o outro, na minha opinião, será um dos pontas-de-lança.
Nesta conjuntura actual, onde os problemas físicos são mais que muitos, é quase uma lotaria apostar num onze, para alinhar de início, nesta partida. No entanto, arrisco, com maior segurança, que o esquema táctico utilizado nas últimas partidas, se manterá inalterado, ou seja, o Sporting alinhará no seu 4x3x3, visando a rápida recuperação da bola e com muita agressividade a meio-campo e profundidade nas alas. Se o quarteto defensivo está, nesta fase, mais ou menos consolidado, não devendo Domingos, proceder a qualquer alteração, relativamente aos jogos anteriores, do meio-campo para a frente, apenas Rinaudo e Schaars terão o seu lugar assegurado. Por isso, arrisco o seguinte onze:
Rui Patrício
João Pereira Polga Rodriguez Evaldo
Rinaudo
Izmailov Schaars
Yannick Djaló Capel
van Wolfswinkel
Há a hipótese de André Santos se manter no onze, numa versão mais combativa do meio-campo. Se pretender-se injectar mais criatividade, a titularidade de Izmailov ou de Matias, serão fundamentais para tornar este meio-campo mais capaz de criar desequilíbrios.
No trio da frente não há garantias de nada, a meu ver. Desconhecendo o momento de alguns jogadores do ataque, principalmente de Capel ou Bojinov, a tarefa fica ainda mais complicada. Contudo, uma coisa sei: jogar com Hélder Postiga na frente é sinónimo de falta de eficácia na finalização. Como provavelmente, as oportunidades de jogo, neste jogo, serão poucas, é imperativo testar uma solução diferente, pois o Sporting não sobreviverá a esta partida, se tiver alguém, na frente de ataque, a falhar 3 ou 4 jogos feitos (pelo menos).
Aposto na titularidade de Yannick pela sua boa condição física, se compararmos com alguns companheiros seus e por ser um jogador capaz de decidir uma partida, caso esteja inspirado. Proponho a titularidade de van Wolfswinkel, pois já é tempo de vermos do que é que o holandês é capaz. Para além do mais, Postiga, para mim, não é solução, enquanto no o colocarem a treinar a finalização e Rubio demonstrou ainda estar muito verdinho para ser titular do Sporting.
Posto isto e apesar das dificuldades, o Sporting, embora jogue fora de casa, terá que se assumir como favorito, pelo seu nome, pelo seu historial e pelas suas pretensões a mais altos voos, nesta Liga. Terá que jogar de forma agressiva e organizada, procurando variar os seus processos ofensivos, com vista a surpreender a defensiva do Beira-Mar, que provavelmente, alinhará num bloco baixo e compacto, com as duas linhas recuadas bastante juntas, para encurtar os espaços para os jogadores ofensivos do Sporting. Não errarei muito se disser que o Beira-Mar parte para este jogo, completamente descomplexado, procurando discutir o jogo com as armas que tem ao seu dispor, apostando no futebol agressivo e saídas rápidas em contra-ataque.
Este será um importante teste à equipa do Sporting. Ou o clube de Alvalade consegue vencer esta partida, ou sofrerá as consequências de se terem criado espectativas demasiado elevadas para quem está a construir, de raiz, uma equipa totalmente nova. Jogo importantíssimo e extremamente complicado.
Aos 29 anos, uma década como profissional e 5, 6 golos por época não é com treino de finalização que Postiga lá vai… decididamente não vai a lado nenhum, nem ele nem o Sporting com este avançado como titular.
Também daria a oportunidade a Wolf, não só neste jogo mas nos próximos. A aposta em determinadas soluções deve revelar consistência… se o fez com Postiga e deu o que esperava, zero, o holandês deve ter um período minimamente alargado de utilização e aí se verá que condições reúne actualmente.
Quanto a Rubio, 18 anos ou não, verdinho ou não, tudo o que vi até agora só me faz pensar em um avançado com instinto e faro de golo… todos os problemas que eventualmente se revelarão se for o chileno a opção, parecem-me bem menores que a manutenção da opção Postiga, que se está a revelar um fracasso. E repito: nada de surpreendente aqui.
A questão do treino, foi só uma tentativa ridícula, da minha parte, de tentar suavizar o óbvio, que é o facto do Postiga não ter condições para jogar no Sporting. Eu defendo isto e vou mais longe ao dizer que a falta de condições é mais de índole psicológica, do que técnica.
A titularidade do van Wolfswinkel, para mim, é obrigatória, nesta fase, pois é o típico jogador que precisa de conhecer os companheiros, para seleccionar as melhores movimentações, e vice-versa. O Sporting, ao longo dos últimos anos, está habituado a jogar com um avançado, que constitua uma referência, na hora de receber a bola, de costas para a baliza. Ora o holandês não tem, para já, características para fazer isto. Procura sempre o espaço, através de movimentos mais verticais. Não tão pouco, descai para a linha. É o típico jogador de área. Andamos anos a queimar-nos que nos faltava um jogador com estas características e agora que o temos, dizemos que ele não vale nada, porque não se movimenta da forma a que estamos habituados. Isto é de um autismo atroz, de quem só tem maledicência na língua (atenção que não estou a falar de ti :great:). Haja tino…
Relativamente ao Rubio, não quero acreditar que o Sporting esteja dependente de um jogador de 18 anos, que acabou de chegar à Europa. Por muito bom jogador que seja, o Sporting tem que ser muito mais que isto. Ainda para mais, corre-se o risco de queimar etapas evolutivas, por um lançar às feras cedo demais. Alias, estas duas últimas aparições do Rubio, na equipa, foram muito complicadas e só a sua elevada produção na pré-época é que camufla as visíveis dificuldades que sentiu, nos dois jogos oficiais em que participou, atenuando significativamente as críticas que lhe foram feitas. Há que ter paciência com este jogador. Apesar do seu faro pelo golo, que é claro para mim, penso que ainda não está preparado para assumir um papel decisivo na equipa.
Cumprimentos e desculpa a demora da resposta (tenho andado no lodo :mrgreen:)
Sim. Uma aposta num jovem de 18 anos como forma de resolver problemas graves no capítulo da finalização cheira a desespero… e não sei até que ponto não estamos numa situação dessas…
Enfim… não posso deixar de referenciar aqui a importância que Liedson teve durante anos no futebol do Sporting e o impacto que um jogador deste nível na posição de PL tem, em uma equipa. Em momentos de incapacidade colectiva, sejam quais forem as razões, ter um jogador que resolve, que não precisa de mais que 2 ou 3 oportunidades para fazer um golo, que do nada mete a bola dentro da baliza e decide jogos, é uma forma também de ganhar tempo até que o colectivo funcione.
Nestes 3 jogos oficiais e apesar das deficiências da equipa, tivemos oportunidades mais que suficientes para ganhar com alguma tranquilidade qualquer dos jogos… imagino o Liedson ainda no SCP e tenho a certeza que as coisas estariam muito diferentes.
Mas, Lion73, pelo menos a aposta tem base de fundamento: boas exibições na pré-época.
Mórbido é o Domingos apostar num tipo que não só não marca qualquer golo agora, como não foi o jogador que, na sua posição, melhor se evidenciou durante a pré-época. Claramente uma facada no muito badalado aspecto de valorizar o que os jogadores fazem durante os treinos.
És o melhor avançado na pré-época, chegas ao campeonato e no teu lugar joga um gajo que precisa de um milagre para enfiar a bola dentro da baliza.
Não só é má gestão táctica, como é má gestão de balneário.
Sim. Claramente a aposta em Rubio tem o seu quê de desespero que se pode aprofundar se Wolf não render nos próximos jogos e isto se não perder o lugar para Postiga, o que acho muito provável, por muito que discorde… mas desespero apenas pela idade e pelas tais etapas que não deveriam ser queimadas, porque o que o puto revelou no Chile e na pré época no SCP, é um dom só ao alcance de alguns.
Foi e a larga distância, o avançado de melhor rendimento.
Até agora, o(s) único(s) golo(s) marcado(s) pelo Sporting foram com Rubio em campo, apesar de só ter jogado 35 minutos no 1.º jogo.
Sintomático e elucidativo. Coincidências? Em 270 minutos disputados (3 jogos), os golos surgirem nos únicos 35 minutos em que o avançado chileno de 18 anos esteve em campo, ele que foi o melhor marcador da equipa na pré-época (8 golos, ao que consta) e continua a ser o melhor marcador da equipa, mesmo contando com os 3 jogos oficiais que mal jogou não deixa de demonstrar a sua influência em campo, e quando está na bancada.
Não é preciso fazer grandes análises e escrever testamentos para estar atento e perceber algo tão simples, algo tão evidente. A influência dos jogadores não se vê apenas pelo que é aparente, mas também por aquilo que não se vê, a não ser que se tente perceber e olhar com olhos de ver.
Mas o treinador que ao 3.º jogo já se desculpa com os jogadores, parece não perceber algo tão evidente. Querem fazer do futebol um bicho de 7 cabeças, mas não há nada que valha a cabeça de 1 LEÃO!!!
O Sporting não precisa de Nolitos, como dizia o Dias Ferreira, o Sporting precisa é de bons avançados que garantam golos com regularidade em campo, afinal é essa a principal função de um bom ponta-de-lança, entre outras. Só que o nosso Rubio não joga, e os entendidos parecem esquecidos dele.
Além dele precisamos de outro ponta-de-lança que não é certamente Hélder Postiga como referência. Só um cego não vê isso.
Faz o que quiseres com ele, espero é que mais uma vez os egos dos treinadores de bancada não se sobreponham à evidência, ao pragmatismo e à lógica dos factos. Porque parece que muitas vezes, por aqui, é isso que acontece.
Quanto a intestinos, foste tu que os trouxeste para o teu próprio tópico, não te esqueças disso, para depois não se virar o bico ao prego. Assim se vê a capacidade de encaixe e resposta que apresentas por aqui, onde parece que temos todos de bajular e dizer amén ao que tu escreves.
Às vezes com muito menos palavras é possível dizer muito mais do que aquilo que se diz com muitas mais, e até supérfluas, onde nem o evidente se consegue descortinar. Ou disse alguma mentira nos factos que apontei, para vires falar de… intestinos?
Estão é mal habituados, porque o primeiro a ser mal-educado e a pensar que está acima dos factos e da realidade não sou eu…
Apenas uma tentativa para fazer humor, caro HULK VERDE. Mas pelos vistos, o azedume com que andas nestes últimos dias, devido às não-vitórias da equipa, te estão a tirar algum discernimento.
O que eu faço, neste tópico, é apenas uma visão minha dos jogos. Nem entendo que os textos sejam assim tão longos. Se reparares, a maioria do texto é um resumo do jogo, com pequenos comentários, bem sucintos, ao que acontece em cada parte. Depois faço uma pequena análise ao desempenho individual.
Mas tudo bem. Estás no teu pleno direito de não gostar do que eu escrevo e de dizeres que eu com isto, estou a camuflar a realidade. Aceito que o digas, mas se me permites, terei que dizer que estás, liminarmente, a faltar à verdade.
Pronto, começaram as deturpações… a conversa fica por aqui. O que tinha a dizer, já disse. O que é certo é que em todas as tuas análises, não consegues perceber o óbvio. E o óbvio está no meu 1.º comentário. Só não vê quem não quer.
Também não percebo como podes dizer que eu disse que estavas a camuflar a realidade, pelo menos de forma consciente. Não te acusei de nada, apenas constatei factos, aos quais não soubeste dar resposta nem constatar, e preferiste dar a volta ao texto… falar de intestinos, de acusações de faltar à verdade, etc. Mas estou a faltar à verdade em quê, diz-me lá, concretamente?