Já percebemos que és straight edge, não bebe, não fuma, não fod*, nunca mandou uns toques na fruta, já percebemos isso tudo, mas não critiques os miúdos que estão numa fase que precisam de descobrir por eles próprios a vida, cometer as suas loucuras, faz parte do processo, à medida que forem crescendo vão ganhando outro gosto e aprender a saborear a vida com outro requinte.
Aos 15 bebem litrosas no bairro alto e fumam umas ganzas, dão uns beijos na rua, aos 30 com outro andamento e outra carteira, bebem uns cocktaills no principe real, vão ao Lux beber Hendricks e acabam a noite mandar uns cheiros mais a amiga no quarto antes do check mate.
Deve-te fazer a ti tanta confusão gajos como eu, como a mim faz-me pessoas como tu, devemos respeitar as opções de cada um.
Não conheço ninguém que tenha experimentado alcoól a primeira vez e tenha gostado. Seja cerveja, seja vinho, sejam bebidas brancas, normalmente nenhum miúdo gosta de bebidas alcoólicas e prefere muito mais a Coca-Cola ou a Fanta.
Mas com o tempo muitas coisas mudam e os gostos alteram-se. Evoluem - digo eu - mesmo na parte alimentar.
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Ao ler as histórias do SkyWarrior também me vieram umas quantas coisas à cabeça, mas valeu-me na vida académica que a maior parte dos meus amigos eram uns totós que arriavam com 5 finos e só mesmo quando ia à terra, no fim-de-semana, é que tinha os meus momentos mais abusivos.
Uma coisa engraçada que a malta tem, nas zonas vitivinícolas, é que dá para andar a fazer ralys de adega em adega e apanhar uma bebedeira descomunal sem nunca ter entrado dentro de nenhum carro e fazer viagens para lado nenhum. :mais:
Oh @Nighwish76 a “juventude” de hoje em dia não sabe o que é bom, as aguardentes é que são bebidas boas…
Cerveja? Pff… Aposto que a maioria daqui nunca bebeu uma imperial decente, bebem o que lhe espetam nos copos lá sabem se ela está vivinha ou morta, se sabe bem ou mal, bebem porque é o mais barato e o que os amigos também bebem…
Eu raramente bebo imperial (a não ser nos sítios que sei que é realmente bem tirada e a máquina é bem tratadinha), prefiro umas minis a cerveja em si…
Mas estou rendido ao meu novo projecto de criar aguardentes “novas”, algumas saiem bem outras nem tanto, mas experimenta-se e já tenho 1 vasto leque de garrafões :mrgreen:
Eu produzo a minha, foi um investimento de 300€ +/- e em 2ª mão, mas produzo uma quantidade engraçada (não, não vendo para fora apenas para uso “próprio”)…
A minha 1ª remessa já tem 2 anos, olha que as aguardentes de morango, limão e a típica ginja ficaram um mimo
Sendo eu de Bragança, penso que não será preciso grandes discursos, aqui bebe-se, e muito…Quem estudou no ipb ou vem no verao passar uns dias com familiares ou amigos sabe do que estou a falar.
Em relação a produção caseira, desde que um grande amigo meu herdou o que chamamos “pote”, muito parecido com um alambique, conseguimos fazer aguardente normal, com mosto da uva, boa, como é óbvio, tb fizemos de maças, um pouco diferente mas mais saborosa, e finalmente fizemos a tradicional mas despejamos 1 kg de cafe no pote, ficou engraçada porque se conseguia encontrar o gosto a cafe.Se alguém tiver sugestões agradecia porque é nesta altura que muita fruta esta madura, nos queríamos experimentar com medronho mas acho que deve ficar mt forte.
Para concluir deixo uma frase mítica desse amigo:
" Eu sou um gajo que bebe pouco, mas o pouco que bebo transforma-me noutro gajo, e esse sim bebe pa cara…!"
Nunca me dediquei a essa arte, mas como há cerca de 15 anos que passo férias na Costa Vicentina já deu para orientar uns bons contactos a esse nível. :mrgreen:
Sempre que vou de férias, volto “aviado”. :lol:
@ Leão de Bragança, arrisca na de Medronho que não se devem arrepender.
Muito do que nós comemos e bebemos vem de gosto adquirido. Também nunca vi uma criança a gostar à primeira de sopa de alho francês, mas mais tarde são capazes de adorar. O mesmo se passa com a maioria das comidas menos convencionais na nossa alimentação. Como dizia o FP, primeiro estranha-se e depois entranha-se. São gostos adquiridos e que também têm muito a ver com a idade da pessoa em si.
A experiência do Kanubes é muito semelhante à minha, aos 15-16 não gostava minimamente de Cerveja ou Vinho, era só Whiskys e Licores doces (bebidas brancas só misturadas com sumos ou assim). Depois fui entrando na cerveja, a cerveja portuguesa tem pouco sabor e acaba por ser fácil mandar uns canecos abaixo, mais lentamente no vinho e aqui comecei a gostar porque comecei a beber apenas à refeição e sempre com combinações chave (Tinto com carnes vermelhas ou bacalhau, por exemplo, Branco com outros peixes) e também porque comecei a cozinhar e a utilizar coisas que nunca me passaram pela cabeça, incluindo álcool, portanto foi-se adquirindo o gosto por certas bebidas. Hoje em dia procuro sempre cervejas para lá das portuguesas para a refeição, porque há muitas com um sabor incrível, vinho há sempre em casa e licores para abrir o apetite ou fechar a refeição, dependendo do estado de humor (tenho licor de medronho e alfarroba de momento).
É claro que também há sempre aquelas bezanas terríveis, tudo a andar as voltas, sem se dormir uma hora seguida e em que juras no momento que nunca mais tocarás numa bebida com álcool, mas depois lá vem uma refeição elaborada com um vinho excelente e pumbas.
Nightwish76, medronho de Monchique é top, mas rapidamente vira uma pessoa do avesso :mais: :mrgreen:
Num contexto muito particular (tipo almoços na casa dos avós) é da praxe, com o café, virar-mos um ou dois shots de medronho caseiro (da zona da serra - entre Monchique e o litoral). Como diz o meu avô, é para estiar!!!
Mas não sou grande apreciador, aquilo é mesmo POTENTE!!!
Mais uma vez, voltando atrás no tempo, recordo-me de algumas aventuras dos meus amigos, em que iam à “estila” (quando o medronho está a destilar no alambique) beber a aguardente que corria do alambique…eu nunca o fiz, mas diziam eles que, como ainda vinha morna, não era tão agressiva no acto de beber. O pior era depois, que o “porradão” que dá um 1/2 litrinho de aguardente de medronho no bucho não deve ser brincadeira!!!