I-Voting para assembleias gerais não eleitorais? Mas está tudo doido ou quê?
As AGs são locais para informar as pessoas dos assuntos em questão e para depois serem debatidos de forma que se escolha a melhor solução. Que palhaçada é esta? Apelar ao voto de gente desinformada e que votará de acordo com os objectivos de quem tiver o maior poder da comunicação social sem que façam a mínima ideia da realidade dos temas em questão? Começar a abrir o clube para todo o povo de forma a informar todos de tudo o que se passa na vida interna do clube?
Sinceramente, cada vez mais apavorado com o que vejo… uma coisa seria voto electrónico para eleições, tudo bem e concordo. Para tudo o resto, vão-se encher de moscas.
Se querem que todos os sócios possam entrar na vida do clube, liguem os núcleos por video-chamada à sede da AG e que vejam a AG por aí (entrada nos núcleos como se fosse em AG) e depois votem electronicamente como todos os outros. Só assim poderia concordar com possibilidade de visualização e votação noutros locais que não a sede.
Sinceramente, acho que vai dar ao mesmo. É um mecanismo diferente, certo, mas não muda nada.
O I-Voting, ao contrário do voto físico, que obriga à deslocação presencial, desmonta um bocado a ilusão de que o que temos sem o mesmo, é um sistema transparente e que respeita a votação dos sócios. Como este é tão facilmente manipulável e controlado, até prefiro que a coisa seja assim. Transparência na corrupção, na mentira e na incompetência têm sido coisas a que a nossa direcção, presidente e respectivos muchachos nos têm vindo a habituar. Agradeço-lhes muito por isso.
Para os muitos Sportinguistas de fora de Lisboa, também acho que faz todo o sentido. Ao menos só perdem meia dúzia de minutos a serem enganados, em vez de andarem a perder um dia inteiro em viagens, a gastar dinheiro, tempo e paciência, para o resultado ser o mesmo a que estamos habituados.
Uma boa decisão por parte do Dr. Frederico Varandas em criar um grupo de trabalho. Fico aguardar os nomes que o irão compor… o i voting será um passo em frente… eu sei que para muitos isto nada interessa, quanto menos participarem melhor, pra poderem ir Pras assembleias fazer guerrilha, só que esse tempo vai acabar. O i voting será o primeiro passo!
É viável e será uma realidade mais tarde ou mais cedo. É os ventos de mudança impulsionados pela sociedade que vivemos. Se concordo? É como alguns dizem, se for devidamente auditado e certificado, porque não? Desde que seja mantido o voto presencial, não vejo mal, que Sportinguistas, com quotas em dia, de qualquer parte do País e Mundo, possam votar nos destinos do Clube.
Porque é que estás a retirar a opção das pessoas que estão longe da sede poderem assistir a uma AG?
Existe muita forma de permitir a pessoas longe estarem numa sala protegida e encriptada de Video Conferência, que lhes permita assistir a essas AG, e também participar se for montado um sistema de inscrições para intervir como já existe para os sócios presenciais das AGs sem VC (normais).
Esta parte é a parte mais simples, seriam salas com acesso com link e password, com todas as protecções nas comunicações, esse link de acesso seria enviado para:
1 - o email do sócio, se dermos acesso a um PC normal,
2 - ou apenas para os núcleos se se decidisse por apenas acesso nesses.
O I-voting já é mais complicado. Só seria fiável se existisse uma sistema de controle de contagem em que as pessoas confiassem. E para haver essa confiança já é mais complicado, porque qualquer que seja a empresa que o fizesse haveria sempre alguém que não confia.
MAS isso já acontece em AG’s fechadas, muitos não confiam nas ultimas contagens que foram feitas. Por mais que a entidade de controle dessas contagens seja considerada idónea haverá sempre essa dúvida.
A minha solução seria AG’s na sede com Vídeo conferencia dos núcleos e votos na sede e núcleos, com contagem e junção de resultados com as regras já existentes. Os votos seriam guardados para auditoria se necessário. Mas desconfiança haverá sempre.
Se estiveres a falar individualmente porque a partir do momento em que uma AG possa ser vista individualmente, estás automaticamente a permitir que a AG seja vista e divulgada por pessoas de outros clubes, jornalistas, etc. Isso não pode simplesmente acontecer. Por alguma razão é proibida a filmagem em AG.
Se estiveres a falar em núcleos, foi exactamente isso que eu disse.
Acrescento a isso que em cada núcleo interessado em aderir a isso teria de ter no mínimo 2 delegados, dependendo da dimensão do núcleo, nomeados pelo clube a controlar.
Não é que seja importante, mas quando comecei a escrever não tinhas a parte dos núcleos no texto
Sobre a questão de poder ser VC na casa do sócio versus nos núcleos, tb sou a favor de ser apenas nos núcleos ou em capitais de distrito, e cidades estrangeiro com os tais delegados do clube.
Só referi a opção de ser no PC do sócio por ser possível se o sócio não fizesse o que disseste (dar acesso), e isso é impossível de controlar.
O Sporting Clube de Portugal anunciou a criação de um grupo de trabalho, liderado pelo presidente da Assembleia Geral, Rogério Alves, para elaborar uma proposta de alteração dos estatutos, que irá contemplar a introdução do voto eletrónico.
Em minha opinião, o voto electrónico não faz qualquer sentido e farei uma campanha ativa contra a sua introdução, pois considero que pode distorcer a escolha maioritária dos associados e é suscetível de afastar os sportinguistas da participação na vida associativa leonina.
Como penso pela minha cabeça, elaborei seis motivos para chumbar o voto electrónico no #SportingCP:
O voto, seja para o Governo de um país ou para a Direção de um clube desportivo, deve ser presencial e nunca pela Internet: quando se vota pela Internet não temos a certeza de quem está a votar.
No caso do Sporting Clube de Portugal, em que o número de votos de um associado tem uma relação direta com a sua antiguidade, o voto eletrónico dos sócios idosos (que têm um peso eleitoral maior) pode ser facilmente manipulado por terceiros que sejam chamados a ajudar no ato de votar, dada a natural iliteracia digital das pessoas idosas, podendo distorcer a escolha maioritária dos associados.
O voto eletrónico não é totalmente seguro, uma vez que um sistema desse tipo, dependendo da tecnologia, pode ser viciado por eventual intervenção humana suscetível de alterar a escolha dos eleitores. Ora, para ser bem-sucedido e para que os resultados não ofereçam dúvidas, o voto eletrónico tem de ser um sistema totalmente confiável. É preciso que seja possível auditar o sistema, por uma organização independente, e que possamos ter a certeza de tudo o que se passou dentro máquina, mas sem que seja posto em causa o segredo do voto. E isso levanta dúvidas e complicações.
O sistema do voto eletrónico presencial já foi testado em Portugal em eleições para as autarquias, para o Parlamento Europeu e para a Assembleia da República, respetivamente em 1997, 2001, 2004 e 2005. Passados 15 anos sobre a última experiência, os portugueses ainda continuam a escolher os seus políticos através do voto em papel.
Não existe nenhum estudo que comprove que a introdução do voto eletrónico faria aumentar a participação dos sportinguistas nas assembleias gerais eleitorais.
O argumento segundo o qual o voto pela Internet permitirá uma muito mais ampla e regular participação dos sócios do SCP na vida do clube, uma vez que que possibilitaria o voto quando o sócio quisesse e onde estivesse, é falacioso. A participação dos sportinguistas na vida do clube é uma falsa questão. Se há em Portugal um clube em que os sócios participam ativamente nas suas decisões esse clube é o Sporting Clube de Portugal, como demonstram presenças de milhares de pessoas nas últimas assembleias gerais realizadas, eleitorais ou não eleitorais. E só não participam mais porque o presidente da AG, Rogério Alves, não convoca mais reuniões.
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