Há sempre maneiras de dar a volta.
Sem garantir que a fiscalização é feita por uma entidade completamente independente, passa a ser i-churrasquinho.
O i-voting é uma boa ideia para AG’s eleitorias, em que o debate é público e acontece durante um período longo de tempo antes das eleicões.
Mas faz zero sentido para as outras AG’s. Em que o que é apresentado a discusão é discutido imediatamente antes de ser votado, e apenas entre os presentes na AG.
Então a malta tá de casa a votar para aprovar um orcamento que não conhece?
Claro, mas com é actualmente também.
O i voting so depois da escumalha de la sair.
Antes, so servira para se perpetuarem…
Falo de manipulacao, claro.
Seria obviamente, auditado por terceiros, para impedir manipulação, seja de quem for
Enquanto lá estiver o rogerio os unicos que auditam é a propria mag.
Não necessariamente, isto já envolvia tecnologias muito mais evoluidas que o papel e a caneta
E quem garante que não têm acesso aos dados?!
Não me esqueço da pen do marta soares
PORQUE SOU CONTRA O E-VOTING NO SPORTING
Bruno Mascarenhas quer voto presencial nos Núcleos, com delegados das listas a acompanhar o ato e a serem escrutinadores, ajudando na contagem dos votos num processo aberto e transparente
Bruno Mascarenhas
Texto
12 de Maio 2020, 10:29
Quando no final de Março de 2013 fiquei com o pelouro dos Núcleos, Delegações e Filiais do Sporting Clube de Portugal, a minha prioridade foram os Núcleos. Desde logo porque estes eram compostos por sócios e adeptos ao invés das Delegações que, à data, eram entidades externas ao Clube e as Filiais em relação às quais não temos qualquer possibilidade de intervenção, porque são completamente autónomas.
O meu antecessor, da direcção de Godinho Lopes, o mano Varandas, deixou cerca de 30 núcleos activos, dos cerca de 200 registados, mas totalmente desmotivados e muitos no limiar da extinção. Vários deles tinham dívidas incobráveis na Loja Verde e a facturação anual gerada com a bilhética era tão ridícula que, por Sportinguismo, não a divulgo. Pior ainda do que o anteriormente referido, foi constatar que mais de 90% dos sócios dos núcleos não eram sócios do Sporting CP e incompreensivelmente permitia-se que adeptos dos nossos rivais fossem seus dirigentes.
Tendo feito o nosso trabalho de casa e conhecedores da realidade, a nossa direcção pôs mãos à obra e, com a nova dinâmica que implementámos no Clube, alicerçada na participação de todos aqueles que quiseram fazer parte deste amplo projecto, tomámos várias medidas de fundo:
– Uniformização dos Logótipos e dos Estatutos, tendo para tal criado de raiz um Novo Regulamento de Constituição e Funcionamento dos Núcleos do Sporting CP;
– Implantação territorial para que a nossa presença se estendesse fisicamente aos 18 Distritos do Continente e às duas Regiões Autónomas;
– Criação de uma nova categoria de sócio (sócio C) a quatro euros mensais para tornar mais acessível aos que estão longe da nossa sede em Lisboa poderem ser sócios;
– Obrigatoriedade de cada um dos elementos dos Órgãos Sociais de todos os núcleos serem sócios do Sporting CP, dos quais o Presidente e no mínimo três serem efectivos A.
Fiz este introito para se perceber a estratégia que estava subjacente:
– Defesa e reforço da Marca Sporting CP, através de um logótipo claro e identificativo com o Clube;
– Atracção de novos sócios, com o consequente aumento das receitas de quotização que revertiam a 100% para as Modalidades;
– Cada vez mais sócios votantes e dispersos territorialmente para que o Sporting CP fosse, de facto, cada vez mais do País e do Mundo.
Com a cobertura nacional dos Núcleos podíamos passar para a fase seguinte que foi sempre o meu objectivo e do Conselho Directivo do qual fiz parte – permitir o voto descentralizado em urna nos núcleos. Afirmei-o publicamente na Sporting TV, julgo que em finais de 2016.
Digo hoje sem rodeios que esta é a única fórmula eleitoral justa, leal, transparente e democrática que conheço para o nosso clube.
Para que esta estratégia fosse possível lutámos desde 2014 a 2018 para recuperar cerca de 150 Núcleos, num processo moroso, difícil, negociado, que teve inúmeras resistências e baixas pelo caminho, mas que permitiu a regeneração e a chegada de uma nova fornada de sócios, cheios de garra e vontade e que rejuvenesceram a esmagadora maioria dos núcleos e dos seus dirigentes. Justo será dizer que muitos dos “veteranos”, a quem muito agradeço, acreditaram nas nossas ideias, também se adaptaram e nos ajudaram.
Após todo este processo de construção e consolidação, que nunca seria possível fazer de um dia para o outro e que durou para além do nosso primeiro mandato, estava agendado para Fevereiro de 2019 um Congresso dos Núcleos em Vendas Novas. Nesse Congresso, os Núcleos iriam debater entre si e com o Departamento de Núcleos do Sporting CP, tendo em conta a realidade existente, quais as condições mínimas logísticas que seriam capazes de oferecer para que, nos seus Distritos, os sócios do Sporting CP pudessem ter perto das suas casas uma mesa eleitoral que lhes garantisse comodidade e legalidade.
Posteriormente, com base nas conclusões e decisões tomadas no Congresso dos Núcleos, o Conselho Directivo iria informar a Mesa da Assembleia Geral das condições técnicas e logísticas para que o Regulamento Eleitoral pudesse ser revisto e acomodar esta nova realidade: permitir que os sócios do Sporting possam em todos os Distritos do País, nas Regiões Autónomas e até se possível, em algumas cidades pelo Mundo, votar em urna.
O voto em urna obedece a um caderno eleitoral, validado pela Mesa da Assembleia Geral, mas verificado pelas listas concorrentes. Os delegados das listas podem e devem acompanhar o acto e serem escrutinadores, ajudando na contagem dos votos num processo aberto e transparente.
Umas eleições descentralizadas seriam um momento de enorme Sportinguismo. Os sócios do Minho ao Algarve e das Regiões Autónomas sentiriam como nunca a força do seu voto e a recompensa pela sua militância.
Os núcleos por sua vez querem participar, existem para isso, servir o Sporting CP e os seus associados e estariam de braços abertos para abrir as suas portas para tão importante e digno momento da nossa vida clubística.
Consigo imaginar uma manifestação de enorme fervor clubístico, com dezenas e dezenas de milhares de sócios em romaria pelos seus Distritos para votar nas eleições do nosso Clube com uma repercussão tremenda na nossa Marca e um orgulho imenso na nossa força, na nossa mobilização e na nossa verdadeira implantação territorial.
Infelizmente, o nosso segundo mandato acabou de forma abrupta em Maio de 2018 e desde então como em tantos outros aspectos da sua desastrada gestão, Varandas não quis ou provavelmente não tem capacidade para organizar este Congresso.
Ao invés do voto em urna nos Núcleos o e-voting merece-me toda a desconfiança. Afasta na mesma os infoexcluídos, torna o acto de votar num momento triste, solitário e logo, não comunitário, mas sobretudo e muito preocupantemente não garante nem transparência nem isenção.
Obviamente não confio em Rogério Alves. Terei ocasião de na próxima Assembleia Geral intervir e informar os sócios do porquê. É a minha opinião. Este é um assunto muito sério e quero ter a certeza de que os meus nove votos vão para as opções que escolhi e não tenho tido, enquanto sócio, nenhuma garantia que assim será. Sem querer pôr em causa o profissionalismo nem a seriedade dos técnicos, mas no e-voting, só os informáticos, colaboradores do actual Conselho Directivo, estarão lá para verificar as votações. Rumor de ‘afinações’ já tivemos em 2011 e não podemos permitir que voltem a acontecer.
Rogério e Varandas apesar do descontentamento esmagador dos sócios querem manter-se à força, sem qualquer mecanismo de contraditório. Em vez de proporem um acto de democracia interna que se quer uma festa de dimensão nacional, vêm estes dois senhores advogar que os sócios estejam em casa, fechados, a escolher uma lista e um Presidente. É na minha opinião cobarde, mesquinho e apouca o nosso grandioso Clube. É uma fórmula que não só não acredito como não aceito. Sem fiscalização poderemos assistir a uma gigantesca fraude.
Por que razão, Rogério e Varandas (que já provaram não ter um pensamento, uma ideia, uma estratégia para o Clube) querem à pressa impor o e-voting quando há um processo praticamente pronto para ser implementado e que teria uma ampla participação da família leonina?
Faça-se o Congresso dos Núcleos, altere-se o Regulamento Eleitoral para que os sócios do Sporting possam votar nos seus Distritos com respeito pela transparência, pela isenção e pelo rigor.
Leonino
Acho que o voto presencial em núcleos não é má ideia. Era uma maneira de assegurar a representatividade dos sócios espalhados pelo país.
É preciso é ter cuidado com aqueles núcleos em que os responsáveis vendem o cu por cinco tostões a qualquer direção em troca de umas regalias bacocas ou de alguma visibilidade. Depois há também a questão dos núcleos que são dominados por compadrios do regime croquette.
Transparência do processo à parte, acho que não se devia envolver mais do que um número limitado de núcleos. Envolver todos seria um pesadelo logístico.
Se esta direcção implementar isto, é porque consegue arranjar forma de aldrabar os resultados.
Além de que pode eventualmente atrair mais sócios.
Eu falo por mim, enquanto tiver de me deslocar até Lisboa para exercer um direito pelo qual já pago mensalmente para o ter, não contem comigo.
Estamos em 2020, uma vergonha ainda não existirem soluções.
1 núcleo por distrito é suficiente, e claro que cada lista tem de estar representada em cada núcleo… Estamos a falar de 20 distritos, incluindo já Lisboa e regiões autónomas. Não me parece impossível. Mas eventualmente até se poderiam juntar alguns distritos de forma estratégica, de modo a reduzir esse número.
Se as coisas forem bem feitas é irrelevante quem gere os núcleos. Devem participar o mínimo possível nos atos, para isso existem os delegados das listas e eventuais funcionários do clube destacados para o efeito… É preciso é haver boa vontade, o que com esta direcção claramente não existe.
Para acrescentar aqui ao debate sobre o I-voting.
https://twitter.com/observadorpt/status/1261308654797684738?s=19
Nos lampiursos, o comulo do céu e paz na terra, fez cair o presidente da MAG. Dá que pensar.
COMUNICADO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL
Por Sporting CP
03 Jul, 2020
Por ocasião do 114.º aniversário do Clube, o Conselho Directivo do Sporting Clube de Portugal nomeou um grupo de trabalho presidido pelo presidente da Mesa da Assembleia-Geral.
Este grupo de trabalho irá apresentar até 31 do corrente mês de Julho um projecto de reforma estatutária destinado a prever a introdução do sistema de I-Voting.
O I-Voting permitirá uma muito mais ampla e regular participação dos Sócios na vida do Clube, uma vez que que possibilitará o voto “quando quiser e onde estiver” – o grande objectivo da reforma proposta.
Como sempre acontece no Sporting Clube de Portugal, caberá aos Sócios deliberarem e terem a palavra final sobre o que vier a ser proposto.
Com estes gajos no comando, não confio na fiabilidade e credibilidade deste sistema.
Peço desculpa ao Sporting, mas não acredito em aldrabões.
Eis o primeiro passo pra transformar os estatutos, em “estatutos á corrupto Vieira”
Não abram os olhos…