“Nazistas” está bem ….
Para o que estávamos guardados…
Há umas semanas, fui a Lisboa revisitar o Teatro Romano e de caminho para o Cais do Sodré entrei pela primeira vez no magnífico Museu do Dinheiro que a todos recomendo (imensa informação e até é de acesso gratuito)… e passei por lá tanta vez sem entrar.
Logo no ampla primeira sala está exposto o Mercedes Benz de serviço do diretor do Banco de Portugal à época do 25 de Abril que logo foi desviado para uso do Otelo pois claro… A sua revolução decerto que não seria para o colocar sob a tutela de um qualquer soviete de soldados e marinheiros, mas sim para ser o seu soberano iluminado à Castro com o qual esse imbecil até se achava comparável (dizia qualquer coisa sobre tomar o cavalo branco do poder ou outra idiotice do estilo…).
“Portugal” pré-romano
Foi no século II a.C. que os Romanos alcançaram o território atualmente português. Diversos povos repartiam entre si, então, o nosso território. Não dispomos de nenhuma descrição geográfica do ocidente peninsular datada desse século. Os textos de Políbio, Artemidoro e Posidónio perderam-se, ficando apenas resumos ou transcrições nos geógrafos posteriores. Políbio assentou talvez a sua descrição em relatos de expedicionários de Décimo Júnio Bruto (138-137 a.C.); Artemidoro viajou pelas costas da Hispânia à volta de 100 a.C.; Posidónio, por seu turno, esteve na Península Ibérica cerca de 90 a.C. As descrições destes autores seriam pois mais fidedignas e úteis do que as de Estrabão (obra de 23 d.C.) e Mela (obra c. de 44 d.C.), geógrafos contemporâneos de Augusto, e a de Plínio, o Naturalista, cuja obra data da década de 70 d.C. Além do mais nem sempre estes três últimos autores concordam entre si.
Dada a qualidade das fontes, não admira a grande controvérsia quando se trata de determinar que povos habitavam a fachada atlântica da Hispânia e quais os respetivos limites.
(vd. Portugal Romano de Jorge Alarcão)
Adoro sempre quando certos “estudiosos” decidem passar por cima dos seus próprios estudos (e este gajo tem pedigree), para ganharem dinheiro com soundbites que vendem.
Sim, há a parábola das 10 virgens, no Novo Testamento. A palavra chave é “parábola”. Uma parábola é algo metafórico, para facilitar a compreensão das pessoas que ouvem. Não era Jesus que era poligâmico. Eram os seus interlocutores. Jesus, segundo a tradição da Igreja, até era solteiro e casto. Segundo os Dan Browns de pacotilha, era casado com Maria Madalena (não com Maria Madalena e mais nove ex-prostitutas). Mas depois acusam os autores da Bíblia (dezenas de autores diferentes durante mais de 10 séculos diferentes) de serem incoerentes! ![]()
Senhor Doutor da “Pontíficia Universidade do Google e das Editoras Teóricas da Conspiração”, só para si:
Antigo Testamento:
Génesis 2:24 – “Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne.”
Este versículo é frequentemente citado como a base para a monogamia, pois indica um casal unido em um vínculo exclusivo.
Novo Testamento:
Em Mateus 19:4-6, Jesus reafirma essa passagem de Génesis ao dizer:
“Não lestes que, no princípio, o Criador os fez homem e mulher e disse: ‘Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne’? Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não deve separar.”
Aqui, Jesus enfatiza não apenas a monogamia, mas também a indissolubilidade do casamento.
Paulo também reforça essa visão – Em Efésios 5:25, ele instrui: “Maridos, amai vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela.” O modelo do casamento cristão é comparado à relação entre Cristo e a Igreja, que é única e exclusiva.
Mas ya, bora pegar numa metáfora descontextualizada. É como os autores dos livros de exercícios de Matemática da primária, que também defendem que devemos comprar um camião de bananas, se queremos aprender a somar.
És um Finch muito religioso. ![]()
Não tem a ver com religião. Sou efectivamente católico praticante, mas mesmo que não fosse. Há muitas formas de ler um livro. Mas truncar e descontextualizar é típico dos desonestos.
Tentei ouvir o podcast desse gajo no Observador, e desisti.
Tanto ele com aquela cagança a falar, e a repetir sempre “qué dzer”, como o outro que diz “égues” em vez de “erres”…
É tão irritante que não consigo focar-me na qualidade da mensagem.
O Rui Ramos é team facho.
O Observador é de direita.
A questão não é a cor política dele. É ser irritante.
O Rui Tavares também é do team woke, e eu gosto dele como historiador.
Melhor historiador que ele sobre o Século XIX português não há.
Que o Rui Tavares?
Durante o covid ouvi algumas aulas dele de historia q davam naquele tipo de tele-escola e achei-o do mais tendencioso possível, muitas opiniões e poucos factos
Sim, isso sim. Mas infelizmente, é algo muito normal nos historiadores de hoje em dia. O mais famoso de todo, que até era mais ‘estoriador’ do que historiador, mandava umas ferradelas valentes, ou não tivesse ele sido um homem do antigo regime…
Mas, a nível de conteúdo, confesso que gosto do Rui Tavares. É claro e conciso. Mas são gostos…
Político acima de historiador, o que querias?.. Não recuam para épocas de investigação mais difícil e em que o aproveitamento político é menos fácil…