A História

Se queres compreender Pombal por alguém que realmente percebe do assunto

Pois, e o maior problema é que continuamos a ter cada vez mais…

Sim, a tendência é para termos cada vez mais atrasados por cá. :joy: Aliás, a julgar pelas governações mais recentes, há-de ser de concluir que não só temos cada vez mais atrasados, como estamos cada vez mais atrasados em relação aos demais.

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O só recuperar no estado novo, o que é que recuperaste no estado novo? A miséria antes da expansão marítima? A indústria? Que estava mais de 100 anos atrasada em relação ao resto da Europa? O povo pobre mas honrado, o orgulhosamente sos? A guerra colonial? Mais uma vaga de emigração? Ahhhhh tínhamos os cofres cheios do volfrâmio que vendíamos aos alemães, e o povo? Passava fome, vivia em bairros de lata.
Era tudo muita bom, enquanto a elite andava nas festas a comer e a beber com esse dinheiro. Maravilha. O simples facto de discutir qualquer ideia, dava para ir para Caxias e levar na tromba. Educação 1 em 3 era analfabeto, construíram se escolas para inglês ver, sim porque quando acabou a ww2 borraram se todos com medo que os aliados cá viessem deitar a baixo o regime, que era do mais avançado do que havia no mundo :joy:

Para teres um pouco de noção da reforma na educação, de 1724 e 1771 a Universidade de Coimbra teve 132 869 alunos, uma média de 21 675 alunos matriculados. Depois da reforma do Marquês de Pombal, 1772 e 1820 estiveram matriculados em Coimbra 21 675 alunos, uma média de 452 alunos por ano.

O Pombal com a lei reformista, 1772, afirmava ser desnecessário alfabetizar a maioria da população, deviam sim estar ao serviço rústico e humilde do Estado. Com isto, o número de alunos caiu imenso, juntando ao facto de ter expulso os jesuítas e ter ordenado o fecho dos colégios jesuítas (20 000 alunos em 1772).

Esta mudança provocou uma subida drástica do número de analfabetos e só o Estado Novo inverteu a política.

Para evitares o sarcasmo, tens de entender Portugal em 1920. Depois então começas com o sarcasmo, bem possível deixar de fazer sentido. E sim, basta veres o número de analfabetos em 1920 e depois em 1965, para entenderes como o Estado Novo inverteu o declínio e combateu o analfabetismo, sem significar nada mais e nada menos.

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É porque? Analisar números sem perceber porque é fácil. Olha para as datas

Falaste atrás da ciência que passamos para trás? Mas que ciência é que trouxe alguém jesuíta? Quem é o jesuíta conhecido na história?

Porque se acabaram com as ordens religiosas no liberalismo?

E já agora não perdes o pelotão da Europa com o marquês de pombal, perdes com d Sebastião. Já tinhas perdido o controlo dos mares para os holandeses e ingleses no século XVI, no último quartel já o Oriente estava em decadência, a carreira da Índia desde d João III.

Pombal são quase 200 anos à frente

Sarcasmo é usar dados do estado novo :joy:

É pá, isto cada um é como cada qual, e tenho como factual que:

  • Os marquês de pombal e as suas politicas diminuiram o fosso para os países desenvolvidos da Europa;
  • Portugal cresceu e enriqueceu com Pombal;
  • Desde as invasões francesas até aos anos 1850, foi só merda e confusões… Portugal penou e o fosso face à Europa e à “industrialização” agravou-se.
  • O periodo entre 1880/1890 até ao inicio do Estado Novo, foi outro período critico para o desenvolvimento de Portugal.
  • Economicamente falando e numa visão geral e simplista, Portugal com o Estado novo, diminui o fosso para a Europa desenvolvida, mas não a um nível tão alto como será expetável, tendo em conta que não participámos na 2ª guerra, ainda tinhamos império e os anos 50 e 60 foram anos mundialmente de crescimento económico

Usei o antes e o depois, para entendermos o impacto do falhanço da reforma da educação. Se com a continuidade dos jesuítas teria sido distinto? Pode ser que sim, dependeria sempre de outros factores.

Quanto ao Estado Novo, convém saber distinguir a análise crítica dos números do elogio saudosista. E se lês história e estudas, sabes bem disto.

A análise crítica tem de se perceber é o porque , nos casos que apresentaste de pombal usas 2 datas, uma pre terramoto e outra pós terramoto com as guerras de Espanha e França. Mesmo sem conhecer se os números estão certos, e a confiar na tua palavra, é a análise que tenho só de olhar para as datas

Terramoto mortos
Guerrra com Espanha mortos
Invasões francesa mortos

Os números do estado novo são bonitos, mas são como os números dos adeptos dos lampiões, são 8 milhões, mas nunca percebes é como chegaram a esse número. É uma ditadura, os números são o que querem….tal como foi q história de Portugal, e dezenas de monumentos nacionais restaurados pelo regime.

Em relação aos dois primeiros pontos. Até mesmo os outros.

É normal que o PIB suba, se não subisse é que achava estranho, mas engraçado é ver o PIB em 1750 também.
Não vou comparar o PIB de 2000 vs anos de ouro do estado novo….é altamente injusto como comparar PIB do estado novo vs Pombal

Estás te a guiar por uma visão da história, mas há mais, não deves acreditar cegamente no que lês, se gostas do tema, deverás ler outros e comparar as coisas

Em relação ao terramoto, o mesmo provocou mortos em Lisboa, avançam 12% da população. E 15 anos depois já tinham recuperado esses 12%. Tendo em conta de apenas 1 terço da população viver em Lisboa, creio que os números do terramoto tiveram pouco impacto na redução drástica dos números da educação.

Bem, um ponto que me parece importante. A minha maior crítica nem se baseia propriamente ao trabalho do Marquês de Pombal (figura central de Lisboa, menor no resto do Continente) mas sim a forma de actuar, tanto dele, como dos que se seguiram e até hoje.

Que fizemos perante a chegada do ouro do Brasil? A elite esbanjou por completo e fomos incapazes de gerir a receita em prol do País. O Estado Novo, andamos a esbanjar dinheiro em guerras por colónias onde acabamos corridos e de mãos abanar. Os fundos europeus, quantos usam os mesmos em benefício próprio e ignorando o seu propósito? Ainda há dias tivemos mais um caso de corrupção com o uso desses fundos. Nunca tivemos uma visão reformista, em teoria fez-se muita coisa, na prática quase nada. E andamos nós, pobres, sem riqueza e na contínua alimentação de uma elite, cujo o Estado parece lhes pertencer.

Ou seja, temos uma capacidade natural para a má gestão e a mediocridade é algo aceitável.

O Marquês de Pombal foi somente mais um. Com algumas virtudes, por certo. Mas com os mesmos vícios de sempre.

Vê sobretudo o comparativo, andamos próximos e depois os outros descolaram e nós ficamos para trás (a Espanha, idem).

Isto é uma análise económica da história. As razões podem ser muitas e isso obviamente deve ser analisado, sobretudo à luz da época concreto.

A única coisa boa do Marquês de Pombal, é o leão ao seu lado. :wink:

O terramoto não foi só em Lisboa, embora o maior estrago tivesse sido.

O ouro do Brasil são outros 500, é que ao contrário que os brasileiros dizem o ouro não veio todo para cá, a coroa “tributava” os 20% que tinha direito. Agora sim, do que veio para cá foi esbanjado, para pagar aos ingleses o que lhes importavas, visto que o vinho que lhes vendias não chegava para pagar o que lhes comprávamos. Panos, lãs etc.
Fizemos acordos muito maus com eles, mas isto é a falar agora deles, na altura deviam pensar que eram muito bons😂

Descolam pós guerra

Nós nunca fomos um país com matéria prima, e a não ser que isso mude, nunca vamos andar num pelotão da frente, na altura do império as colónias não deixaram o fosso aumentar porque era uma economia que importavas e exportavas para lá

Na altura eras um país com matéria-prima… Tinhas a matéria-prima que encontravas nas colónias. A partir de certa altura é que… coiso.

Estava a falar da metrópole, por isso é que te fizeste ao mar.
Era a única opção, a guerra com Espanha nunca seria opção.

https://x.com/sofiafonsoferre/status/1801330191484026969

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