A História

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Que hegemonia? Portugal nunca foi um poder hegemónico na Europa. Em certas regiões do globo como América do Sul, África e Sul e sudeste da Asia até posso concordar que tinhamos a hegemonia e dividíamo-la com os Espanhóis. Tanto na Europa como nos “Novos Mundos” a única coisa que te valia contra os cães grandes era a excelente marinha que tinha que chegou a ser das melhores do mundo (se não mesmo melhor que a dos Espanhóis até à Armada Invencível) e a vantagem tecnológica quando defrontava-mos potências não-europeias exceto Otomanos.

E o mais antigo marine Core do mundo

Enquanto o centro da Europa se auto-destruía em inúmeras guerras, como a guerra dos 100 anos eram mais forte e hegemónicos que nós? Explica lá essa versão dos acontecimentos.

Portugal só se consumou como superpotência colonial no início do século XVI com as conquistas no extremo oriente. A Guerra dos 100 anos acabou em 1453 ainda Portugal não tinha chegado sequer à Serra Leoa e tinha como colónias apenas Açores e Madeira excluindo as praças a Norte de África.

Tens uma tese muito boa sobre isto - “Quando todos os caminhos levavam a Portugal:impacto da guerra dos cem anos na vida económica e política de Portugal (séculos XIV-XV)”

Todas as rotas comerciais passavam por Portugal durante este período, o que em termos de influência estratégica, face a outros países da Europa era enorme.

Eu creio que estás a confundir Portugal enquanto potência Ultramarina, e enquanto potência Europeia.

Era uma potência regional até à chegada de Vasco da Gama à Índia em 1498. Potência Marítima sempre o foi desde o século XVI, especialmente aquando da batalha da Guiné no contexto da guerra de sucessão de Castela.

Quanto mais tempo durou a expansão Marítima, mais tempo tiveram as outras nações Europeias para se consolidar e assim nós fomos perdendo a nossa influência/hegemonia Europeia, pois como Portugal sempre teve uma baixa densidade populacional, dificilmente conseguiria consolidar as duas vertentes.

Uma das potências que nos ultrapassou foi a Holanda que também era pequenita e não tinha muita população.

A Holanda não teve reis que se aventuraram desnecessariamente no norte de África.

E uma minoria Judaica comerciante que ajudou a desenvolver o capitalismo Holandês embrionário.

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Enquanto que nós deixámos entrar a inquisição e queimar as mentes mais brilhantes do país.

Os netos do Pedro Nunes foram perseguidos. O próprio Bartolomeu de Gusmão estava muito limitado pela Inquisição.

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Nós expulsámos alguns, como por exemplo, Espinosa. Embora os tivéssemos expulsado para “agradar” aos castelhanos reis católicos.

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Por acaso Portugal tinha, e ainda tem muito, a cultura da expansão pela área de terreno e não tanto pelo lucro que dali poderia vir. África, à altura, não era muito lucrativa. Valia pelo comércio de escravos. Marfim e pedras preciosas não eram assim tão valorizados quanto isso e o petróleo ainda não tinha sido ‘inventado’. O Brasil sim, tal como as Índias. Dali veio muito valor. De África, nem por isso. Aliás, Portugal teve praças no Norte de África que valiam apenas pelo espírito de Cruzada. Aquilo só dava prejuízo. Ceuta incluída. Algumas foram abandonadas poucos anos depois de serem conquistadas.

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O “espírito de Cruzada”, para além de nos fazer perder um rei estupidamente, teria sempre primazia sobre o “espírito Comercial”, não fosse o engenho de alguns personagens na época mais secundários, inclusive na campanha das Índias.

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Portugueses e capitalismo nunca combinou muito bem. Passado uns anos de termos fundado o estado da Índia já estava a dar prejuízo.

Infelizmente é verdade, daí sermos um país em que não existe qualquer tipo de apoio sério ao desenvolvimento tecnológico nacional e as pessoas normais viverem perto do limiar da pobreza.

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Tbm é algo que nunca foi incentivado, ao contrário da Holanda onde as suas navegaçoes eram iniciativas privadas as portuguesas eram iniciativas do reino e o lucro ia para o rei que depois o desperdiçava na construção de igrejas e outras infra estruturas inúteis

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O VOC (Dutch East India Company) era uma empresa estatal, a inglesa era uma parceria publico privada.

Foi o estado que criou o Mercado e esse mesmo Mercado depende do Estado. Um não pode viver sem o outro.