Green Lion, acho que essa insistência no “moralista” já percebemos, escusas de insistir nela, acho que não é por aí e deves rebater os argumentos e não o argumentador. Vales muito mais que isso ;D
O one_o_six apenas refere um facto que é público e óbvio, os downloads são ilegais. Dizeres que “estão na net, eu pago a net, então posso ir buscá-las” é o mesmo que ires comprar artigos roubados, sabendo que são roubados, e dizeres “eu paguei a gasolina do carro que usei para ir buscar os artigos, então não fiz nada de ilegal”.
É claro que as editoras são umas “ladras”. É óbvio que carregam exageradamente nos preços. O exemplo mais óbvio é que os vinis custavam à volta de 10 EUR, e quando se passou para o CD, aumentaram imediatamente para 15 EUR, sendo os CD’s muito mais baratos de produzir.
Dá-me um grande gozo ver as editoras a “ganir” por causa da pirataria, mas os downloads, as fotocópias, as gravações DVD-para-DVD, são todas ilegais. Eu também as faço, por isso não me venham com o argumento do moralismo, mas não deixa de ser ilegal, estamos a tirar dinheiro a outras pessoas que têm aqueles direitos de venda.
A analogia da nota não faz sentido. A que faz sentido é uma espécie de Robin Hood, que rouba por exemplo um banco, faz cópias das notas, cópias perfeitas e indistinguíveis, e deixa as notas num local público, e diz “atenção, eu roubei as notas, estão no sítio X, podem ir lá buscá-las”, e o pessoal vai, ao fim e ao cabo até comprou o jornal que dizia onde é que estão as notas, pagou o bilhete de metro para as ir lá buscar, e os bancos sao uns ladrões ao fim e ao cabo. Isto sim é uma analogia mais próxima da das editoras.
Esqueçamos as grande editoras e pensemos por exemplo num artista qualquer que tenha uma editora própria. Vocês não fazem dowloads de músicas desse artista porque neste caso o dinheiro já vai para ele? Poupem-me…
Nós sabemos que os estamos a roubar, sabemos isso perfeitamente, mas para ficarmos sem sentimentos de culpa dizemos que a culpa é da ganância dos outros, do modelo de venda caduco, mas não é, ao menos assumamos, é um roubo, é exactamente como naqueles anúncios, “você não roubaria um carro, você não roubaria um DVD numa loja”. Como o roubo é indirecto, a probabilidade de sermos apanhados é nula, a cara do roubado não é conhecida e ainda por cima somos estúpidos se comprarmos o produto legal (quantas vezes já li e ouvi isto :
) então não parece um roubo, mas legalmente, moralmente, tecnicamente, sabemos que estamos a obter algo de uma forma que não é lícita.
É só isso que o one_o_six escreveu, e eu concordo com ele.