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Por curiosidade, alguém sabe qual é o salário médio de um treinador e treinador adjunto na Academia?
Esse tema surgiu hoje numa conversa e cheguei à conclusão de que não faço ideia.
Alguém que esteja por dentro do que se passa na Formação. É para ficar preocupado com este artigo? Principalmente na parte final.
parece encomenda essa reportagem
de pequenino ruge o menino!*: «As pérolas num oceano de formação»
Olá a todos os habituais e não tão habituais fregueses desta tasca que emana Sporting por todos os seus poros!
Aproveito para deixar um abraço ao Cherba que me ofereceu a oportunidade para escrever, esperando corresponder. Espero poder abrir um espaço de debate sobre o futuro de duas equipas ainda à procura do seu ADN. Elas não se podem dissociar uma da outra e, falar separadamente sobre elas não faria muito sentido. Falo, claro, dos dois últimos degraus que separam o peixe miúdo do graúdo: falo, obviamente, da equipa B e da equipa sub-23.
Digo isto porque são duas equipas ainda muito jovens, não só pela idade dos seus executantes (18,54 anos para a equipa de sub-23, 21,08 anos para a equipa B) mas também por serem duas equipas que renovaram este ano todo o seu staff técnico. Além de que a equipa sub-23 está na sua terceira época na liga revelação e a equipa B se apresenta pela primeira vez no primeiro escalão de futebol sénior.
Partindo deste pressuposto, e antes de analisar os jogos do dia a dia, centremo-nos no estado atual de ambas as formações. Comecemos pela equipa sub-23. Equipa que tem jogadores da geração de 2000 e 2004 e que devido à pandemia, cancelou todos os campeonatos do futebol de formação, e no contexto de nova renovação da equipa (do ano passado, só resta Bruno Tavares, Hevertton Santos, Joelson Fernandes, Hugo Cunha e Anthony Walker), foi necessário subir a equipa de sub-19 e até os melhores jogadores dos sub-17 (Diego Callai, Youssef Chermiti, Gilberto Batista). Prova disso, é que neste campeonato a equipa mais nova é a do Sporting, seguindo-se a do Benfica com 19,1 anos. É uma equipa muito jovem e que ainda procura encontrar as suas dinâmicas e o seu melhor 11.
Comecemos precisamente por aí: Filipe Pedro demorou a encontrar o seu 11 base (foi necessário quase uma fase inteira de apuramento), o que fez com que os resultados iniciais fossem muito abaixo do que é exigido a uma equipa Sportinguista. Nas primeiras jornadas, fruto da falta de preparação inicial que a equipa denunciava, era notório a rotação excessiva de jogadores, sem que houvesse um pensamento estrutural.
Neste campeonato, jogaram pela equipa de sub-23 cerca de 30 jogadores, entre eles 5 guarda-redes diferentes! Também se realizaram contratações algo incoerentes, como Diogo Alves (avançado de 20 anos que veio do Lusitano de Évora e que foi emprestado ao Esperança de Lagos), Danilo Luís (avançado do Vitória FC que ainda não teve qualquer minuto) e Alexandre Mendes (lateral esquerdo que está tapado por Gonçalo Costa e Flávio Nazinho). Tudo isto reflete o caos!
Analisando o jogo jogado, a equipa de Filipe Pedro assenta num 4x3x3, com um médio defensivo (Renato Veiga/João Daniel), um organizador de jogo com alguma chegada à área (Duarte Carvalho/Lucas Dias) e um médio mais criativo (Tiago Ferreira/Duarte Carvalho). Um 4x3x3 que, na transição ofensiva, faz descer o médio defensivo para uma construção a 3, permitindo aos dois laterais subir e colar mais à linha, para receberem e fazerem o “overlap” dos extremos do seu lado. A partir desta ideia, verificam-se algumas lacunas. Gonçalo Costa é um lateral muito ofensivo, com alguns problemas de posicionamento que motivam ataques das equipas adversárias pelo seu corredor com mais incidência que do lado de Hevertton Santos. Contudo, a culpa não se centra neste jogador. É verdade que ele sobe muitas vezes desenfreadamente, mas para esta estratégia de construção de jogo por trás, é necessário muita segurança de posse entre os dois defesas centrais e o médio defensivo.
Apercebemo-nos de um segundo problema. Tanto Chico Lamba como Renato Veiga (ainda vão fazer 18 anos em 2021) não têm capacidade de sair a jogar. Chico arrisca muito o passe vertical para os seus colegas do meio-campo, o que resulta em muitas perdas de bola, já Renato é um jogador muito físico e pouco inteligente com bola, ora a despeja para os três jogadores atacantes ou tentar romper as linhas em posse com insucesso na maioria das vezes.Filipe Pedro já colocou Daniel Rodrigues/João Daniel na tentativa de assegurar uma posse com menos sobressaltos, todavia nenhum dos dois tem, para já, a capacidade necessária para gerir a pressão de forma a fazer mais do que 60 minutos, chegando muitas vezes desgastados ao fim da partida.
Concluo com um terceiro aspeto que é no meu ponto de vista fundamental, e que se prende com o facto de não existir ainda nesta equipa um “João Mário/Matheus Nunes/Bragança/Bruno Paz”. Um jogador que queira ter a bola e que consiga pautar os ritmos de jogo provocando desequilíbrios e roturas no meio campo adversário. Que tenha firmeza tanto no transporte de bola, como no passe. Duarte Carvalho e Lucas Dias são jogadores bastante criativos e disruptivos, contudo os seus raios de ação são em terrenos mais próximos da baliza. Tentou-se, sem sucesso, com Lucas Dias, João Daniel, Gonçalo Batalha e Duarte Carvalho. Falta um pêndulo no meio campo, onde assente toda a manobra ofensiva. É notória a falta de capacidade de pausar o jogo, uma vez que todos os jogadores do meio campo procuram automaticamente o passe longo para o extremo do lado contrário, seja Joelson, Bruno Tavares ou Samuel Lobato. Todos estes fatores excluindo a análise aos avançados (que ficará para uma próxima oportunidade), ajudam a explicar os quase 20 golos sofridos em 12 jogos.
Faltam apenas dois jogos para terminar a fase de apuramento para a taça revelação. Jogamos com o Boavista fora e recebemos o Benfica em Alcochete. Estamos novamente em risco de falhar o apuramento para a próxima fase. É necessário ganhar os restantes jogos, e esperar que o Portimonense escorregue numa das três partidas que lhe faltam.
Confesso-me algo preocupado com esta equipa e com a sua nova renovação para 2021/2022… Hevertton Santos, Gonçalo Costa, Chico Lamba, Duarte Carvalho, Joelson e Bruno Tavares seguirão caminho para a equipa B, o que deixa de novo esta equipa órfã dos seus melhores executantes. Resta perceber se Filipe Pedro é o homem indicado para o cargo, ou se haverá nova revolução do staff da equipa. Na minha opinião, e dado a confusão inicial na construção da equipa, seria benéfico dar mais um ano de hipótese a Filipe Pedro no comando desta equipa. Não tendo sido um ano fácil, o técnico está ainda a conhecer os jogadores que tem à disposição, sendo notória a melhoria nesta segunda fase de apuramento.
PS: A transferência de Matheus Nunes, tal como a de Demiral e de Palhinha, mostram um caminho que, na minha opinião, o Sporting deveria considerar. Contratar os melhores sub-23 das equipas que estão à frente, (lembro-me de Cher Ndour e Ronaldo Camará do Benfica, Tomás Costa da Académica ou Klishmahn e Lucho Veja do Estoril), e investir de “baixo para cima”. É uma estratégia que pode dar frutos não só à equipa de sub-23, mas também à equipa B.
*às quintas, o JFCC coloca na ementa um prato com dedicatória para os #FormaçãoLover
Mas aquela pessoa normalmente parece falar naquele blog com conhecimento de causa sobre as pessoas que trabalham na Formação, não sei se é parte interessada ou não, por isso é que perguntei.
problemas sempre houve, não estamos no nosso pior nem no nosso melhor mas desde que me recordo não temos vindo a oferecer as melhores condições para manter os melhores técnicos, quanto à pandemia os nossos rivais também se estão a ressentir por causa da covid, mas a verdade é que no fim de tudo sai sempre um ou dois craques da formação. é preciso dinheiro e ir à champions regularmente para os manter
oxalá na próximas eleições apareça um presidente que saiba o que está a fazer mas o tom desta reportagem faz mais mal do que bem. parecem os sociais democratas os sportinguistas neste aspeto, enxovalham mais entre eles mesmos do que para fora
Só hoje vi que perdemos o Martim Barbosa (melhor jogador de 2008) para o Braga. Esta não estava à espera.
Com 13 anos?
Isso poderá mudar de um momento para outro.
Ele é do norte, e nestas idades ainda não há contratos, só a partir dos 14 é que existem contratos de formação. Até lá é tentar convencer os pais para os miúdos ficarem no clube.
Sim é. Muita pena mesmo. Muito potencial.
Será Martim Pinto e não Barbosa. Não há nenhum Martim Barbosa na geração de 2008.
Bom olhar para este mercado, está em crescimento.
Foto Pedro Zenkl
PROTOCOLO ASSINADO COM A NF ACADEMY
Por Sporting CP
22 Mar, 2021
Parceiro vai ser responsável pelo scouting de jovens jogadores na Escandinávia
O Sporting Clube de Portugal e a NF Academy, instituição especializada na prospecção de jovens jogadores no norte da Europa, formalizaram a assinatura de um protocolo que vigora há algum tempo e visa descobrir novos talentos do futebol masculino e feminino entre os 8 e os 16 anos.
“Esta parceria vai ser sustentada na formação, é mais um passo que o Sporting CP dá no sentido de apostar em mercados diferentes do português. Vamos cobrir toda a região da Escandinávia com esta parceria e isso é muito importante para nós pois o Sporting CP quer fazer mais na formação. É mais uma forma de trazer valor para as equipas do Clube”, considerou Paulo Gomes, director geral da Academia Sporting.
A NF Academy ficará encarregue das acções de scouting na Noruega, Suécia, Finlândia ou Dinamarca, países onde actua, apresentando depois uma selecção dos jogadores que mais se destacaram. Caso o Sporting CP demonstre interesse em algum deles, tal como já tem vindo a acontecer, o parceiro será responsável pelo acompanhamento dos mesmos no país de origem.
“Descobrimos inúmeros atletas através dos programas que levamos a cabo e para o Sporting CP acaba por ser uma vantagem muito grande conhecê-los antecipadamente”, referiu João Platier, director desportivo da NF Academy, que viu ainda Gonçalo Nunes, outro dos responsáveis pela instituição, identificar a característica que diferencia os escandinavos.
“Há uma que achamos muito importante: a capacidade de disciplina. São jogadores muito focados e cognitivamente desenvoltos. Além disso, têm uma capacidade de assimilação, desenvolvimento e de potenciar o que já apresentam muito grande. Isso acaba por contrastar um pouco com o jogador português e pode trazer benefícios”, finalizou.
Muito boa jogada! Nos últimos anos têm aparecido jogadores nórdicos muito interessantes.
O nome completo é Martim Barbosa Pinto