Há uma questão que me parece relevante neste caso. O grupo ABANCA injetou cerca de 300M desde 2020 (altura em que entrou na SAD) e isso permitiu salvar a SAD da falência.
Mas segundo as regras do fair play financeiro da UEFA e da La Liga, o simples facto de ter um acionista rico que injecte capital não elimina que existam limites de gasto (em contratações de jogadores, por exemplo).
Isto dá-se devido a regras de controlo económico que a La Liga impõe aos clubes, o chamado “Limite de Coste De Plantilla Deportiva”.
Ou seja, se um clube tem um investidor que põe dinheiro, esse valor é válido para ajudar a “limpar” dívidas estruturais e até podem ficar com as contas equilibradas, mas o clube fica limitado no que diz respeito às contratações de jogadores, porque o “Limite de Coste de Plantilla Deportiva” é calculado com base em:
• receitas ordinárias (bilhética, patrocínios, merchandising)
•Mais valias em vendas de jogadores
Isto quer dizer que para o Deportivo contratar terá obrigatoriamente de vender. Digo isto porque se falou na contratação de um jogador ucraniano e diz-se que não avançaram por falta de liquidez.
Portanto, a ideia de que o Deportivo está rico e não precisa de vender pode estar errada. Por isso é que, provavelmente, ainda não abandonámos as negociações. Pelo preço certo pode fazer-se, digo eu.