Yannick Djaló no benfica [Oficial]

Hoje no Record, tem o yannick a assumir os lamps como uma boa opção … diz o Record que ele lhes prestou essa declaração no aeroporto, quando chegou da Alemanha (ontem o Record já tinha noticiado que o Sporting arranjou-lhe o Hamburgo, mas que o gajo ainda espera que os lamps avancem decididos) …

No mesmo Record, continuam com a versão apresentada ontem de que só há uma coisa a separar o jogador dum contrato de 4 épocas e meia com os lamps … o facto do Sporting não parecer disposto a dar o tal documento que o torne legalmente num jogador livre … dizem que o Sporting só parece disposto a libertar o tal documento, se for pa ele se transferir pa fora.

O scp não tem esse direito e para ser mesmo justo para o tribunal era o yannick jogar cá dentro e num rival. Neste caso, espero mesmo que o yannick consiga jogar cá. Eu não esqueço aquele tópico nem os assobios dos de sempre. Cá estaremos. :wink:

Volto a dizer que também nao me importava de ver o Djalo no benfas (ou mesmo nos andrades).

Principalmente nas galinhas seria uma forma de desmistificar o jogador.

Nao sera um simao, será mais um martins, ou pior um eduardo.

É bem possível que faça um ou outro bom jogo e até marque um grande golo de vez em quando, mas com aquele plantel e aquela estrutura para o ano está no Granada.

Mas ele não devia ter sido inscrito pelos franceses agora em Janeiro? O jogador é deles, eles é que não o inscreveram a tempo.

Eu quero é o montante da venda!! Seria de um amadorismo total não receber os 4M/4.5M de euros.

Se o Yannick quer ir para os lamps, que paguem eles o que o Nice nos deve. Quanto menos dinheiro tiver aquela gente, melhor para nós.

Será que algum dia vamos saber toda a história desta trafulhice ???

Não acredito… e o dinheiro onde anda ???

Afinal como fica o SPORTING NO MEIO DISTO TUDO ??

Quem esclarece os adeptos ???

:cartao: :cartao: :cartao: :cartao: :cartao:

Goncalojbcorreia: PS - Desculpa os devaneios ;D

Sempre um prazer! :great:

Goncalojbcorreia: Citação de: Lion73 em Hoje, 00:53

Pondo a questão de uma forma mais directa e específica:

  • O Gonzalo Higuain leva, no Campeonato, 14 golos marcados, somando 876 minutos. Dá uma média de um golo a cada 63 minutos.
  • O Karim Benzema leva, no Campeonato, 10 golos marcados, somando 1097 minutos. Dá uma média de um golo a cada 110 minutos.

Alargando para todas as competições, Benzema até tem mais golos marcados que Higuain, este ano. Seja como for, não penso que esta comparação, pela base amostral, sirva de ponto de comparação. Falamos de metade de uma época, em que determinados momentos de forma quer colectivos, quer individuais têm um papel decisivo na performance dos jogadores e daí é complicado extrair uma tendência. Também acho o francês mais jogador mas este não deixa de estar presente e ser eficaz em frente da baliza.

A primeira discordância, e acho que é fulcral, é exactamente na questão de "alimentar" o ataque. Eu acho que o futebol não é um jogo onde uns alimentem outros, uns criem e outros definam. Claro que tem de haver complementaridade... mas não "compartimentação".

É o ataque que tem, tal como os outros sectores, de alimentar o jogo da equipa. De a tornar una. Se o Sporting não tinha equipa? Talvez. Mas nos primeiros anos de Bento, teve. E o Liedson, ganhando foco individual, criou para mim problemas colectivos.

Este ano e nas piores fases do Sporting vi Wolf a correr que nem um desalmado, não parando de dar linhas de passe que poucas vezes eram aproveitas. Vi os extremos a receber a bola e com pouquíssimos apoios a näo ser os dados pelos laterais, provocando engarrafamentos, a partir do momento que os adversários começaram a povoar as linhas. Parece-me óbvia a incapacidade da equipa em transportar jogo até ao último terço do terreno. Quem está à frente, é quase uma pequena ilha e se baixam as linhas saindo da sua área de influência, irão sobrepovoar zonas de terreno já de si muito densas. O Barcelona pode-se dar ao luxo de fazer isto pela sua capacidade inigualável de troca de bola, mesmo em pequenos espaços de terreno. Nós não.

Exacto: nós dependíamos apenas do Liedson. E isso não é colectivo, isso não é equipa, isso não é jogo. O grande problema para o brasileiro era que precisava exactamente de uma equipa que dependesse totalmente dele no ataque.

Näo vejo porquê. Mais jogadores o Sporting tivesse capazes de criarem impacto no jogo, mais a marcação adversária seria repartida. Mais jogadores o Sporting tivesse com capacidade de ter bola e de serem efectivos com a mesma perto da área contraria, mais soluçoes teriamos que nao passassem apenas por Liedson. Repito, a dependência de Liedson não a entendo como uma opção de jogo, mas sim por necessidade. O problema näo foi o 31. Tivéssemos mais 1 ou 2 jogadores de ataque ao nível deste, näo teríamos festejado apenas taças e supertaças, teríamos festejado primeiros lugares.

Uma pergunta directa: quantas vezes vias Liedson jogar a um toque e desmarcar-se sem bola? Ou, no máximo, a receber, e a passar logo de seguida? Muito poucas. Melhor dizendo: demasiado poucas para um jogador.

Quantas vezes viste, no Sporting, uma equipa com características de tracção à frente, com apoios perto de Liedson e com capacidade de definiçäo? De último passe e finalização? Quando teve Derlei a seu lado, vi combinaçöes bem interessantes entre os dois. Vi-as com Nani também. Com Yannick, nos bons momentos deste.

O problema era não ter companheiros a desmarcar-se? Seria se só cá estivesse estado desde meados de 2008/2009. Mas não esteve.

A falta de qualidade individual de quem acompanhou Liedson foi quase sempre, confrangedora. Falo dos outros avançados que jogavam a seu lado, falo de jogadores capazes nos desequilibrios e no último passe. “O Liedson resolve” não apareceu do nada, apareceu da capacidade do brasileiro em sacar vitórias. No seu tempo de Sporting, teve equipas que bateram recordes em termos de ( poucos ) golos sofridos, mas não teve colegas de chegar aos 2 digitos de golos marcados ou assistências. O problema, não foi Liedson.

Isso é complicado de analisar. Golos obtidos por bolas que recuperou foram muitos, no seu período no Sporting. Mas esse período foi simplesmente enorme (quantos anos?). Por temporada? Seriam alguns.

Por temporada. Estou certo que muito mais que a média que qualquer outro avançado. A bola que sacou a Maicon, expulsando o adversário, pouco tempo antes da sua saída, foi uma das imagens de marca de Liedson. Nenhum defesa estava descansado com o 31 por perto.

Sim, exactamente, correr sem critério. A não ser que achemos que correr direito a um defesa-central e ir atrás dele, seja por si só correr bem. Eu não acho que seja.

Curiosamente, deixa-me dar-te um exemplo de uma pressão interessante, e nem gosto particularmente do jogador em questão. Foi num jogo pela Selecção do Hélder Postiga.

Ele não recuperou bola nenhuma (creio) e não andou sempre em cima dos defesas. Porém, sem sequer se preocupar com a bola, esteve o jogo todo posicionado por forma a que os centrais fossem impedidos de jogar para o médio-defensivo. Sempre.

Postiga não recuperava bola nenhuma, nunca. Claro que há excepçöes, sempre há. Liedson corria atrás da bola e tirava resultados disso mesmo, como nenhum outro, Postiga era risivel, pela sua incapacidade em ganhar uma bola dividida e pela forma como os defesas brincavam com ele.

A referencia que fazes a Liedson, neste aspecto, é como se me dissesses que Rinaudo é um jogador amorfo sem bola.

É só um exemplo; No geral, acho que ir á queima e andar a correr de um lado para o outro atrás dos defesas tanto pode dar golo (e deu várias vezes), como se pode ser ultrapassado (ficando o adversário com uma maior vantagem numérica) e/ou permitir ao adversário colocar a bola em zonas centrais (se a pressão for feita de forma lateral, i.e., se por exemplo o Liedson estivesse antes a pressionar o lateral).

Ultrapassar Liedson? Com a bola controlada? Quem? Quem o tentasse estaria a brincar com o fogo.

No que corria, não concordo. Mais que não seja por preferir recuar e dar uma linha de passe, que tentar explorar o espaço nas custas e "distanciar" os sectores nas zonas centrais.

Postiga era eximio em intrometer-se no espaço dos colegas, retirar-lhes espaço para um pequeno toque sem resultado ofensivo. Falei da imagem de marca de Liedson e vou fazer a menção à de Postiga… tenho ideia que foi num dos últimos jogos da época passada e ficou-me marcado, pelo absurdo… Matias rodeado por vários adversários, sai entre eles com 2 toques primorosos e inicia uma transição rápida com todo o espaço à sua frente, até esta ser cortada pelo Postiga, que lhe barra a progressão ao colocar-se diante dele, trazendo consigo o defesa. Matias tem que travar e passar para trás. Anedótico.

Na finalização, sim. Era penoso.

No último passe… acho que faltou gente a entrar pela área nos últimos anos. Houve Valdés, e quando houve Valdés, Postiga tornou-se mais útil na construcção e no último passe (porque tinha alguém a quem passar e que, ainda por cima, chutava muito melhor que ele).

Os números de Postiga em assistências, são ainda mais penosos que os dos golos. E bem inferiores aos de Liedson, basta consultar sites que contenham estes dados.

Não acho que desequilíbrios e golos sejam única e exclusivamente responsabilidade de um jogador. São responsabilidade da equipa, dos processos ofensivos. Para não utilizar o Barcelona (é chato utilizar sempre o mesmo exemplo, no que ás boas ideias diz respeito), opto por outros dois.

Um nacional e outro internacional.

O internacional: Arsenal. Cria imensos desequilíbrios por jogo, inúmeras situações de golo e tem um processo ofensivo brilhante. Situações de um jogador enfrentar o adversário, de um jogador ter a bola uns 10 segundos em sua posse, de um jogador partir para cima dele sem se focar nos colegas? Raríssimas (para não dizer nulas).

No caso nacional, o Benfica. Também cria bastantes situações de golo por jogo, e por norma é através de passes e de desmarcações (não de um jogador pegar na bola, olhar, e partir para cima dele tentando “arrancar-lhe os rins”). Situações colectivas, toque de um desmarcação de outro.

Não dependem excessivamente de nenhum jogador. Nem mesmo do Aimar, que é genial. Muito menos de Cardozos, Rodrigos, Saviolas (outro fantástico, e até pode ter marcado 10 golos ou menos, que no ano do título, foi dos mais preponderantes, a par do Aimar).

E aqui é que está: num modelo colectivo na vertente ofensiva, que priviligie os passes e as desmarcações ás iniciativas individuais de jogador x com bola… há uns jogadores que terão mais sucesso que outros. Por serem menos individualistas e por olharem mais para os colegas.

Lá está. O teu comentário ao benfica sublinha as referências de ataque que estes têm, em nùmero e qualidade. Não dependem exclusivamente de um jogador porque têm quem divida as respnsabilidades no ataque. O mesmo se passaria com Liedson se tivesse tido este tipo de companhia e a sua forma de jogar, teria sido algo diferente.

Surpreende-me até como podes colocar aí o passe, e depois perguntar por desequilíbrios. É o mesmo que dizer que uma equipa que não deve atacar em conjunto, é passar a bola a alguém, e este quando tiver um mínimo espaço aí vai ele á margem...

Nada disso. Abomino é a inoperância, a lateralização, a falta de assumpçäo de risco e Liedson era aquilo que gosto no futebol, contundencia, eficàcia e impacto.

Abomino os passes para o lado sem qualquer intuito de verticalização, o medo da perda de bola. Abomino que recorrentemente se olhe para trás e para o lado. Abomino gente que se esconda ou que dá todos os sinais que não sabe o que está a fazer quando a adrenalina aumenta e a baliza se aproxima. É por isso que detesto Postiga e é por isso que Liedson ficou no meu imaginário. E na história do Sporting.

Ninguém esclarece nada, e vamos ser comidos de cebolada. Aposto que vai parar ao Carnide, e a custo zero.
Só tenho medo de uma coisa: Que o JJ aposte nele a 2º avançado…Djalol é um jogador “à carnide”, não joga uma beata, mas tem uma caga descomunal no que toca a marcar golos.
Mas se apostar nele a extremo, será óptimo, já que o Carnide jogará com 10.

Citar O problema era não ter companheiros a desmarcar-se? Seria se só cá estivesse estado desde meados de 2008/2009. Mas não esteve.

A falta de qualidade individual de quem acompanhou Liedson foi quase sempre, confrangedora. Falo dos outros avançados que jogavam a seu lado, falo de jogadores capazes nos desequilibrios e no último passe. “O Liedson resolve” não apareceu do nada, apareceu da capacidade do brasileiro em sacar vitórias. No seu tempo de Sporting, teve equipas que bateram recordes em termos de ( poucos ) golos sofridos, mas não teve colegas de chegar aos 2 digitos de golos marcados ou assistências. O problema, não foi Liedson.

Ler mais: http://www.forumscp.com/index.php?topic=6920.7780#ixzz1kr9mgWFH

Lion73,

Não deixava também de ser confrangedora a opção tática de diversos treinadores (desde Fernando Santos a Paulo Bento, etc) onde se chegava a ver Niculae, Pinilla ou Deivid a jogar nas alas e a cruzar a bola para o Liedson.

Portanto, jogadores de características mais “fixas” a jogar exactamente para um jogador que se fazia valer da mobilidade e “ratice”.

Nota: Naturalmente que isto não é culpa do Levezinho.

Tal como escrevi já madrugada de 1 de setembro último que não acreditava que o Djálo tinha assinado pelo nice e que tinha info como não tinha assinado, tal como escrevi depois que só o Sportinguismo de Djálo impedia males maiores (em toda a situação), escrevo agora que já leio foristas a fazer as perguntas correctas :shhh:

Louvo, mesmo muito, a postura de Djálo em tudo isto. Sorte para ele!

Crash,

Depois da poeira assentar devias contar essa história. :great:

também me cheira a esturro, há muita coisa que não bate certo :think: :think:

Como escrevi no tópico inside-info, jamais serei eu a largar uma bomba de tal dimensão. Nem eu posso ter certezas absolutas de nada, nem tenho blogues sensacionalistas, nem escrevo para pasquins. Mas como dizes, se a poeira assentar poderei em privado contar o que eu sei. Uma coisa sei, e quem acreditou em mim na madrugada de fecho de mercado, que nem antes nem depois da meia-noite, o Djálo não tinha assinado por nínguem. Isso não tenho medo de escrever.

Já escrevi, também no tópico da inside-info, que pelo menos um pasquim já esteve para “publicitar” a estória. (não, não queria escrever publicar) e que está a marinar a espera do momento certo. Se temos ganho na luz a “coisa” já tinha descambado. Mas quem anda atento aos pasquins, e eu não ando mas contaram-me, que um deles, naqueles artigos de opinião, já deu conta do sucedido nas entre-linhas… tal como eu aqui pelo fórum.

Ontem na avenida da liberdade, antes do musical, passei por um rapaz IGUAL ao Zapater que falava espanhol. Estava acompanhado pela namorada. Fiquei com a sensação que era ele, mas pensei “porque raio estaria o zapater em Lisboa?”.
Hoje deparo-me com a notícia de que assistiu ao jogo com o Beira Mar em Alvalade.
É pena, sempre tive um carinho enorme por ele, deixar escapar uma oportunidade de sacar um autógrafo e uma fotografia. Fica para a próxima.

Em ambos os casos, dá-me para dormir descansado que se transfiram para os rivais.

No caso do Yannick, depois de tantos assobios, tenho para mim que devem ser raros os adeptos com legitimidade para contestar a sua transferência para os lampiões.

No caso do Liedson, é conhecido o meu pouco apreço pelo rapaz e pelo endeusamento de que gozou em Alvalade. Acho que seria irónico, no entanto. Uma bofetada em todos aqueles que, pela sua partida, choraram (continuo a achar que foi algo de surreal). Eu não me incluo entre esses. Nunca o achei insubstituível, nem nunca alinhei da dependência de Liedson.

Seria sempre um reforço de peso, mas acho que já chega de olharmos para o que se passa ao lado. Não é lamentarmos e amedrontar-nos pelos jogadores do adversários que podemos crescer.

Aqui o que está em questão não é a qualidade (ou falta dela) do Yannick. Por mim se fôr para jogar a extremo num dos rivais, quem sai reforçado é o Sporting e restantes adversários da equipa para onde ele fôr. Se fôr para jogar como avançado, aí a história pode vir a ser outra.

O que está em questão, é que mais uma vez o Sporting será “enrabado”, e perderá mais um jogador “seu” para um rival.
E se no caso do Maçã podre, o valor da transferência foi ridiculo, o que dizer deste que ao que tudo indica irá a zero, ou pouco mais. O que está em questão é a postura dos dirigentes do Sporting neste caso - vergonhosa.

Aí está um ponto que não concordo. É assim que crescemos, vendo qualidade nos outros. Só assim exigimos jogadores de maior calibre no Sporting (se houvesse maior pressão por parte dos adeptos). A qualidade exigida num plantel do Sporting não seria o mesma se fosse para lutar por um título no Kuwait (bela escolha de país, parece estar na ordem do dia). Porquê? Porque a qualidade apresentada pelos adversários não seria tão elevada.

Não foi esse o ponto de vista que pretendi demonstrar. A nossa bitola tem sido tentar ficar à frente do Benfica.

Durante os anos do Paulo Bento, ficar à frente do Benfica foi aquilo que nos manteve apaziguados. Quando eles se organizaram, o nosso (espécie de) presidente lembrou-se de atirar a toalha ao chão, fazendo-nos a todos entrar em depressão, com os reforços que os outros tinham e nós não.

Pensar nos outros é uma treta, se pensarmos que os melhores jogadores do Sporting, por norma, saem das camadas jovens. A lista é longa e absolutamente ilustre.

O que me faz pensar que temos que trabalhar, mais do que olhar para o lado e invejar o que por lá vai. Olhar para a qualidade colectiva dos nossos adversários é importante. Agora olhar para os plantéis deles para nos lamentarmos? Se calhar começa por aí a história recente de fracassos do clube.

Nem mais!
O Yannick a avançado poderá dar-nos alguns amargos de boca. A extremo é pouco mais que um jogador banal.
Nunca percebi o porque de o colocarem constantemente a extremo, quando as melhores exbições eram feitas no centro do terreno como segundo avançado.

Aliás, o que o Djaló tem de melhor quando joga a extremo é aparecer na area para finalizar…

sotnas:

No caso do Liedson, é conhecido o meu pouco apreço pelo rapaz e pelo endeusamento de que gozou em Alvalade. Acho que seria irónico, no entanto. Uma bofetada em todos aqueles que, pela sua partida, choraram (continuo a achar que foi algo de surreal). Eu não me incluo entre esses. Nunca o achei insubstituível, nem nunca alinhei da dependência de Liedson.

A saída de Liedson, não tenho problemas em dizê-lo, é algo que nunca engolirei. Sim, emocionou-me o momento da sua saída, que significou a saída do único jogador de topo que o Sporting teve durante uma década ( não incluo Nani, que no seu tempo do Sporting entendo que ainda não o era ), o único jogador que verdadeiramente punha em sentido os adversários e os aterrorizava.

Nem foi propriamente por ter sido vendido, os ciclos são assim, todos têm um fim e por várias razões era claro que o do brasileiro estaria para breve, mas nunca a meio de uma época, com a equipa ainda com objectivos desportivos pelos quais lutar e sem substituto que lhe chegasse aos calcanhares. A saída de Liedson foi a prova da incompetência levada ao absurdo dos nossos dirigentes e da sua gestão desportiva e um cair da máscara relativamente a toda a operação da reestruturação financeira concluída poucos dias antes da venda do melhor jogador para pagar salários.

Liedson não era perfeito, cometeu erros e não merecia qualquer tipo de endeusamento, mas por tudo aquilo que deixou em campo, toda a sua raça e qualidade técnica e os números que tantas vitórias deram e tantos problemas resolveram, entendo que merecia o reconhecimento daquilo que exactamente era, um jogador de qualidade extra e que muito deu ao Sporting, como poucos, muito poucos, na história recente do clube.

Entendo alguma comichão de alguns adeptos face à personalidade de Liedson e um ou outro acontecimento censurável, numa passagem anormalmente longa pelo clube, tendo em conta o grande jogador que era. Muito dificilmente voltaremos a ter um jogador de rendimento tão alto, durante tantos anos. E entendo também que a bofetada de um eventual regresso do 31 a Portugal e para um clube que não o Sporting, não seria para os que “choraram” a sua saída, mas sim para os que a validaram e/ou a aplaudiram, elogiando até o pragmatismo deste acto de gestão ( e o desejo de saída do 31, provavelmente comum em muitos outros do plantel, face aquele regabofe, em nada desculpam este medida estúpida e cobarde ), a expiração da validade de Liedson e defendendo que tínhamos alternativas à altura. Por muito que me custasse, não deixaria de achar curioso ver Liedson a destroçar novamente as defesas portuguesas e não tenho dúvidas que mesmo com 34 anos, o continuaria a fazer. Isto sim, seria uma ironia.