Um pouco de história (5) de 1955 a 1966

A temporada de 55/56 marcou o início de um novo ciclo no futebol internacional, com a primeira edição da Taça dos Campeões Europeus. Apesar de não ser o Campeão nacional em titulo, o Sporting devido ao seu prestigio foi convidado a representar o futebol português, e teve mesmo a honra de inaugurar a competição em jogo disputado no Estádio Nacional frente ao Partizan de Belgrado, que terminou com um empate 3-3, seguindo-se uma derrota na Jugoslávia que ditaria o afastamento precoce duma prova onde o Sporting nunca conseguiu ir muito longe.

Em 13 de Agosto de 1955 Travassos torna-se no primeiro jogador português a integrar uma Selecção Europeia, que na ocasião defrontou a Inglaterra em jogo integrado nas comemorações do Centenário da introdução oficial do Futebol nas Ilhas Britânicas, o que lhe valeu o cognome de “Zé da Europa”.

Em 10 de Junho de 1956 è inaugurado o Estádio José Alvalade com capacidade para 50 mil espectadores, numa festa que envolve um desfile de 1500 atletas do Sporting, e que conta com a presença de representantes de 31 Federações e Associações Desportivas, 200 Clubes e 71 Filiais. O maior impulsionador desta obra foi o Presidente Carlos Góis Mota.

Na temporada de 57/58 e depois de três épocas sem ganhar nada, onde pela primeira vez ficou fora do pódio no Campeonato e logo duas vezes seguidas, o Sporting sob o comando do uruguaio Enrique Fernandez sagra-se Campeão Nacional pela 10ª vez, naquele que seria o ultimo toque dos Violinos, ainda com os sobreviventes Albano e Travassos que viriam a abandonar o futebol na temporada seguinte, onde o Sporting voltou a jogar na TCE para depois de eliminar os holandeses do Utrecht, cair aos pés dos belgas do Standart Liége.

A renovação do plantel que já tinha começado alguns anos antes com a entrada de Carlos Gomes para o lugar de Azevedo e as chegadas de Mario Wilson e Juca vindos de Moçambique, continuava em 58 com chegada Hilário. Era o filão africano a ser explorado, infelizmente falharia a contratação de Eusébio, jogador oriundo do Sporting de Lourenço Marques e que marcaria as décadas de 60 e 70 no futebol português.

Mas nem só por Africa passava a renovação, nesta altura chegaram ao Sporting vários jogadores que fariam história no Clube, como Fernando Mendes em 57, Carvalho, Morais e Mário Lino em 58, Alexandre Batista em 60, Pedro Gomes em 61 e José Carlos em 62.

Os primeiros brasileiros também foram aparecendo, alguns não deixaram marca, mas Lúcio 5 vezes internacional por Portugal, Geo e principalmente Osvaldo Silva que chegou em 62 e ficou para sempre, fazem parte da Galeria do Clube. Antes em 59 chegara o peruano Seminário, um dos melhores estrangeiros que passaram pelo Sporting e que se juntou a David Júlio um sul-africano, que também chegou a ser 4 vezes internacional por Portugal.

Quanto a títulos, depois de mais três épocas de jejum, numa das quais fica pela terceira vez em 4º lugar, o Sporting na temporada 61/62 é novamente afastado pelo Partizan de Belgrado na 1ª eliminatória da TCE, ganha a Taça Teresa Herrera e é Campeão Nacional pela 11ª vez com Juca já como treinador. Na época seguinte na TCE elimina os irlandeses do Shelbourne sem dificuldades, mas cai outra vez na 2ª eliminatória, agora frente aos escoceses do Dundee, salvando a época ao ganhar a sua 6ª Taça de Portugal batendo na Final o Vitória de Guimarães por 4-0, depois de nas meias-finais ter eliminado o Benfica. Esta vitória permite o acesso a Taça das Taças da temporada 1963/64, onde faria história eliminando sucessivamente o Atalanta de Itália, o Apoel do Chipre, frente ao qual conseguiu a maior goleada da história das Competições Europeias 16-1, o Manchester United de Inglaterra com uma virada histórica goleando 5-0 depois duma derrota por 4-1, o Olimpique de Lyon de França e na Final o MTK de Budapeste da Hungria, com uma Finalíssima disputada em Antuérpia que terminou com vitória por 1-0 materializada pelo célebre cantinho de Morais, depois dum empate 3-3 na Final realizada em Bruxelas.
O Sporting orientado pelo Arquitecto Anselmo Fernandez autor do projecto do Estádio José Alvalade, alinhou com: Carvalho, Pedro Gomes, Pérides, Alexandre Batista, José Carlos, Géo, Fernando Mendes, Osvaldo Silva, Mascarenhas, Figueiredo e Morais.

A ressaca europeia foi pesada e a temporada de 64/65 foi uma das piores da história do Clube, eliminados pelos modestos galeses do Cardiff logo na primeira ronda da Taça das Taças, a pior classificação de sempre no Campeonato com um 5º lugar, e afastados nas meias-finais da Taça pelo Vitoria de Setúbal.

Na temporada de 65/66 cumpriu-se uma tradição que durou entre 54 e 74, o Sporting era Campeão em ano de Mundial. Essa foi também a temporada da estreia na Taça UEFA que começou da melhor maneira com duas vitorias sobre os franceses do Bordéus, mas na 2ª eliminatória frente ao Espanhol de Barcelona nova queda, com necessidade de recurso a um jogo de desempate disputado em Espanha. O mesmo aconteceria nas meias-finais da Taça de Portugal frente ao Braga que ganharia nesse ano a competição.

No Mundial 66 Hilário é titular em todos os jogos, mas Carvalho, Morais, Alexandre Batista e José Carlos também marcaram presença na brilhante campanha dos “Magriços” orientados por Otto Gloria na altura treinador do Sporting. Fernando Mendes seria o grande ausente devido a lesão grave contraída na fase de apuramento.

O Atletismo continuava a dar cartas já sob o comando de Mário Moniz Pereira, que se tinha tornado treinador em 1945 depois de ter entrado para o Sporting em 1939 como praticante de Ténis de Mesa, com especial destaque para Manuel Faria vencedor em 57 e 58 da São Silvestre de São Paulo.
No Ciclismo João Roque ganhava a Volta a Portugal de 1963, mas o Basquetebol o Voleibol e o Andebol também conquistaram os seus primeiros títulos neste período, entre muitas outras vitórias em variadas modalidades.

Em 1966 o Sporting tinha 38400 sócios

A renovação do plantel que já tinha começado alguns anos antes com a entrada de Carlos Silva para o lugar de Azevedo (...)

Tomanas, é Carlos Gomes e não Carlos Silva, corrige lá essa pequena “gralha”. :wink:

:oops: :wink:

Obrigado Tó! =D>

Os próximos 2 posts ainda vão ser bons…

A.A.

Obrigado Tó! =D>

Os próximos 2 posts ainda vão ser bons…

A.A.

Em poucas palavras disseste tudo…

Tó, obrigado por estes registos. Este é o “nosso” SPORTING.

INAUGURAÇÃO DO ESTÁDIO JOSE ALVALADE

GÓIS MOTA

CAMPEÕES 57/58

Faltam-me alguns nomes nesta legenda se alguém puder ajudar agradeço.
Em cima:
Enrique Fernandez (treinador), Octavio de Sá, Fernando Mendes, Vasques, Hugo, David Julio,?, Pacheco, Valente, Travassos, Juca e Carlos Gomes;
Em baixo:Martins

O ZÉ DA EUROPA

CAMPEÕES 61/62

Fernando Mendes, Figueiredo, Morais, Hilario, Mário Lino, Diego, Pérides, Hugo Sarmento, Geo, Libânio e Lucio

SEMINÁRIO

Eu queria era outro Gois Mota, o gajo que entrava no balneario do arbitro ao intervalo qdo estavamos a ser gamados, de pistola em punho e mostrava como era… Sim era da PIDE e depois?

Velhos tempos…

16-1 AO APOEL

Em baixo: Figueiredo, Nando, Mascarenhas, Augusto e Louro;
Em cima: Fernando Mendes, Pérides, Pedro Gomes, Mário Lino, Alfredo e Carvalho

EQUIPA QUE GANHOU A TAÇA DAS TAÇAS 63/64

Em baixo:Osvaldo Silva, Mascarenhas, Figueiredo, Geo e Morais;
Em cima: Carvalho, Manuel Marques (massagista), Pérides, Fernando Mendes, Anselmo Fernandez (Treinador), Alexandre Batista, Francisco Reboredo (adjunto) Pedro Gomes, José Carlos e Reis Pinto (Preparador Fisico)

O MORAIS DO “CANTINHO”

A TAÇA DAS TAÇAS

To-Mané, acho que o Mauras já tinha sugerido isto, e porque não colocar este teu fantastico trabalho no wikipedia ??

CAMPEÕES 65/66

Em baixo: Carlitos, Lourenço, Figueiredo, Peres e Oliveira Duarte
Em cima: José Carlos, Morais, Hilário, Alexandre Batista, Pedro Gomes e Carvalho

OSVALDO SILVA

To-Mané, acho que o Mauras já tinha sugerido isto, e porque não colocar este teu fantastico trabalho no wikipedia ??

Vamos aguardar pelo resultado final e depois logo se vê se dá para aproveitar isto para alguma coisa