[Tips and Tricks] Como gerir um Clube e uma SAD

Não desculpando o timing das declarações do JEB (atenção que foram antes do jogo com o belenenses e não depois como muitos aqui dizem…), e também achando que neste momento o presidente do Sporting dever-se-ia preocupar com outras coisas que não os truques dos adversários, o que o JEB disse não me parece assim tão off-topic.

A questão do fundo que o slb criou leva-nos novamente para a questão da concorrência leal que neste campeonato raramente existe.
Corrijam-me se estiver enganado, mas o problema do fundo é que se está a valorizar activos por valores que não representam, nem alguma vez representarão, os números de que se fala. E isso para mim, cheira muito a lavagem de dinheiro.
Poderíamos dizer que o slb está a encher uma bolha que um dia lhe rebenta em cima. Mas a verdade é que já se diz isso há muitos anos e surge sempre qualquer coisa que faz esquecer as acções sem valor, as operações coração, os negócios com a epul, o ‘take-over chinês’, a injecção barardo, etc… E de aldrabice em aldrabice, enquanto uns aumentam passivos (também por culpa própria) outros, também o aumentam, mas estranhamente têm sempre uns recursos extra que lhes permite investir na equipa de futebol.

Desta maneira, por muito eficiente que seja a gestão do SCP, vai estar sempre a lutar com armas desiguais, e sendo isto uma competição desportiva, algumas regras deviam ser respeitadas.

Ainda assim, repito o que escrevi no início. O JEB tem que começar a arrumar a casa. E deverá começar pelo treinador. É mais que óbvio que o Paulo Bento já não tem condições para continuar. E não é só por culpa própria…

Quando o JEB fala de vergonha no fundo de jogadores, está claramente a referir-se ao tratamento diferenciado que o BES deu aos 2 clubes. A forma “chula” como o BES trata o Sporting, e depois abre as pernas ao fifias.

O que tem isto de vergonha? Nada, aparentemente o Sporting zela pelos seus interesses, o BES pelos seus e o Carnide também.

O que nunca se devia ter feito era prometer-se casamento aos bancos. Já aqui falamos muitas vezes do problema de patrocínios e parceiros comuns aos clubes nacionais.

Cada um tem de procurar os melhores negócios para si, e é isso que os cabeçudos têm feito e nós não temos nada com isto. O BES foi “desigual”, e depois? Muda-se de parceiro, renegocia-se com um “rival” do BES, temos de ser nós a virar o jogo.

Sempre que temos patrocinios comuns saímos sempre a perder, portanto está na hora de jogar com o nosso peso, rivalidade e porque não, o poder de compra?.

Acredito que num contrato de patrocinio do tipo sagres/SuperBock, possamos sair a perder (além de serem bêbedos, são mais).

Mas não posso nunca admitir sair a perder num contrato de transmissões televisivas, ou tipo operadores ZON/MEO.

Se repararem, quando joga o carnide na Sportv os cafés enchem, nos nossos não. Mas a audiência média dos nossos jogos em sinal fechado são semelhantes, apesar de tudo. Porquê? Porque o Sportinguista assina a Sportv e fica em casa a ver. Os desdentados vão para a taberna.
Em sinal aberto a diferença não é tão grande assim, apesar de nos querem fazer pensar que cada um vê os jogos do seu clube, a verdade é que todos vemos os jogos uns dos outros.
E apenas pelo meu feeling, os jogos do carnide este ano não terão mais audiência do que quando estão lá em baixo, porque ao começarem a golear no inicio de jogo, tanto Sportinguistas, como porquistas deixam de assistir. O ano passado, andavam no 0-0 até ao final, nós ficávamos colados até ao fim à espera que perdessem e eles também à espera de ganhar

Adiante, a questão aqui é que eles correm atrás do prejuizo, nós agachamos a um canto, fazemos birra, porque não nos oferecem igual. Não deixa de ser sintomático que eles andem sempre a “inventar” fontes de receitas.

Pela bitola do Sporting-Sadista actual, teríamos de nos resignar a ficar atrás de Twentes, Basileias, Rosemborgs, porque têm orçamentos maiores. Querem forçar-nos a engolir este comprimido a seco. Felizmente começamos a acordar aos poucos, pode se que o comprimido não tenha de ser deglutido por nós.

[size=16pt]Abrantes Mendes: "O Sporting fugiu de África, o grande segredo deste [s]benfica[/s]"[/size]

Sérgio Abrantes Mendes, o juiz–desembargador derrotado nas eleições em 2006, quebra o silêncio recordando com frustração as ideias defendidas na altura e que, anos mais tarde, julga terem lançado o grande rival para o melhor momento da década. “África era o único caminho”, frisa, antes de demonstrar estranheza pelo clube “não ter apostado no sportinguista Jorge Jesus”. Mais afastado do clube, o ex-dirigente critica ainda a falta de rumo do futebol leonino.

Como analisa o actual momento que o Sporting atravessa?
Faz parte do plano pré-concebido há largos anos para anestesiar os sócios e ir transformando o clube numa empresa. Tudo com a conivência de directores de jornais e opinion makers…

Mas José Eduardo Bettencourt tem tentado aproximar o clubes dos sócios de várias formas…
Por mais que se esforce, a verdade é que estava lá dentro quando tudo começou. Tinha conhecimento do que se ia passando. O Sporting tem um passivo desmesurado, ainda vai delapidar mais património e ninguém pensa a sério o futebol do clube.

É por isso que está tão longe do primeiro lugar à sétima ronda?
Óbvio! Paulo Bento já retirou o máximo que podia deste plantel. Agora está esgotado. Não há desequilibradores… Falta muita coisa. O novo discurso de inovação não passou à realidade.

Como assim? Porquê?
O Sporting tem uma equipa estruturada - embora sem motivação - mas peca por não ter ninguém a pensar o futebol. Basta ver as contratações nos últimos anos: Farnerud, Purovic, Celsinho… Agora Angulo, um erro de casting: é bom mas já não desequilibra nem galvaniza…

Falta solidariedade interna?
E temo que piore. O Sporting é um clube de castas e a actual nunca perdoou as eleições de Jorge Gonçalves e Cintra. Estão a transformar o Sporting num clube-empresa e não reparam que, na SAD, não há ninguém que perceba ou pense a sério o futebol a curto ou médio prazo.

Como vê os recentes ataques de Bettencourt ao Benfica?
Não entendo… Critica o Fundo de Investimento do Benfica e o facto de Javi Garcia ser avaliado em 17 milhões de euros. E o Moutinho, não tem uma cláusula de 25? E o Veloso de 30?

Defende essa aposta do rival?
Não é bem isso… Sempre defendi, e defendo, que o clube devia olhar mais para o exemplo do Barcelona e gizar uma política semelhante. O Sporting tem de fazer valer o peso que tem entre as altas pessoas da sociedade portuguesa, mas estas até parece que têm vergonha. É isso que o Benfica faz, enquanto nós passamos a imagem de tontinhos…

Mas é só esse o problema?
Há muitos e atira-se areia para os olhos atacando o rival. Bettencourt entrou com outra imagem, discurso e garra, mas deveria também ter aproveitado para mexer em algumas coisas. Sabendo que não ia para o FC Porto, o Sporting não quis o Jorge Jesus. Deixou passar essa oportunidade. Com o Bento forever, quem manda pôs-se abaixo do empregado. E como o clube está armadilhado em termos internos, penso que ainda vai piorar…

E como poderia ser invertida essa situação ?
O Sporting está a sofrer com o sucesso do Benfica. Isso está a adensar a crise que o clube atravessa. Mas o pior é que o modelo deste Benfica vencedor podia estar aplicado há muito tempo…

Em que sentido? O treinador? O Fundo de Investimento?
Tudo. O Sporting não quis Jorge Jesus e, pior, passou ao lado de um mundo novo para o futebol português: África. Em 2006, quando fui candidato, chamaram-me lírico quando falei nisso. Agora, o Benfica virou-se para lá e veja-se onde chegou…

Vê parecenças com o modelo que defendia em 2006?
Muitas. É com o apoio de África que o Benfica pretende chegar ao topo. É o único caminho.

Pode especificar?
Defendia que o Sporting devia ter uma placa giratória em África. Lá existe muito dinheiro e pouca credibilidade; o Sporting tem pouco dinheiro e bastante credibilidade. Era a junção perfeita! A criação de uma Fundação permitiria a criação dessa placa giratória, seguindo-se a construção de uma academia, o know-how, a participação em torneios que levassem a marca até lá. Em contrapartida, viriam os fundos para baixar o passivo e investir no futebol. Até se justificava a abertura do capital social aos grupos africanos.

E isso seria tudo viável?
Claro! Angola terá a CAN, a África do Sul o Mundial. Há dinheiro, interesse, garantias… O desporto esbate barreiras de todas as ordens. Do treinador ao modelo de gestão e investimento, cometeram-se vários erros. E o Sporting fugiu de África, o grande segredo deste Benfica.

[url]http://www.ionline.pt/conteudo/26472-abrantes-mendes-o-sporting-fugiu-africa-o-grande-segredo-deste-benfica[/url]

EM TERRA DE CEGOS QUEM TEM UM OLHO É REI :twisted:

Não acho - e, bem mais importante, a CMVM também não. Não sei se Bettencourt está a ser ingénuo ou simplesmente desonesto nesta tentativa (mais uma) de desviar as atenções dos problemas na sua casa. E começa a cansar que as atoardas tenham sempre o Benfica como destino e nunca aquele que neste momento devia ser o nosso principal adversário: o FC Porto.
Aliás, tem graça que, na semana em que somos prejudicados no Dragão, os alvos da nossa “indignação” tenha sido um clube que não teve nada a ver com o que se passou (o Benfica) e um associado do Sporting (Vítor Pereira). Já fazer o que quer que seja que possa ofender Porto e o seu todo-poderoso presidente (afinal, o beneficiário dos erros de arbitragem no jogo em causa), 'tá quieto!

Adiante. Se bem percebi, os investidores do fundo recebem uma parcela das mais-valias que o Benfica faça com a venda do passe de jogadores. É, portanto, uma estratégia de antecipação de receitas.

E uma estratégia sensata, diga-se, porque:

  • Apenas uma parte menor dos passes (em geral, a rondar os 25%) é comprometida no fundo, o que significa que se consegue financiamento agora sem hipotecar excessivamente as receitas do futuro. Aliás, comparem isto à opção troglodita da venda de património, que quando vai, vai todinho.
  • O fundo envolve inteligentemente jogadores que terão um retorno quase certo (Di Maria, David Luiz, Garcia) com outros de alto risco (Yartey, Roderick, Urreta, Leandro, Nélson Oliveira, etc.). É essa a lógica do fundo e é por isso que ele é uma (potencial) situação win-win para clube e investidores: para os investidores, não é preciso que todos estes jogadores sejam vendidos - basta uma ou duas grandes vendas para já compensar; para o clube, é antecipar receitas também sobre jogadores que poderão não vir a dar nada no futebol profissional.

Depois vem aquilo que tanto ofendeu Bettencourt: os valores de referência dos jogadores. O que ele se esquece de dizer é que o único interesse dos valores de referência é serem o limite a partir do qual o clube é obrigado a vender os jogadores. Constituem assim uma espécie de ganho máximo - e não mínimo, como Bettencourt quer fazer crer . Claro que os lamps não foram parvos. Colocam estes valores em patamares suficientemente altos para impedir que outros clubes se aproveitem desta obrigação para pilhar os seus jogadores a preço de saldo.

Ou seja, o fundo é uma forma criativa e engenhosa de antecipar receitas que ao mesmo tempo consegue defender os interesses do clube no futuro. Por isso, mais uma vez temos JEB a queixar-se de que os outros estão a fazer o que ele, presidente a full-time não consegue: aumentar as receitas do clube de forma sustentada. Faz tanto sentido como eu ir agora correr a meia-maratona de Lisboa e depois acusar os outros de concorrência desleal porque treinaram enquanto eu não o fiz.

Sem ironias, não fiquei convencido…

Ok. Quanto a isso não há argumentos. Mas, se calhar, não cabe há CMVM a questão da ilegalidade…

Aqui não percebo… Se o fundo investe 25% num passe avaliado em 17 M€, é para receberem futuramente 25% de um valor… superior! Que parte é que me falhou no tal valor de 40M€ de receitas imediatas para o slb, em percentagem de passes???

Das poucas coisas públicas e facilmente comprováveis é a passagem de Diogo Gaspar Ferreira do Sporting à MDC Portugal logo após a assinatura de venda dos terrenos do antigo estádio. Venda onde ele teve acção directa.

Mas uma auditoria externa e independente era o ideal. E se o Sporting tivesse gente séria, até para calar muitas bocas, esta devia ser uma prioridade. Não é ::slight_smile:

A verdade é que as pessoas sabem que eles fogem de algo que clarificaria tudo o que se passa no Sporting. As pessoas sabem-no e aceitam-no. Infelizmente quando se tem uma votação de 90% em alguém que representa tudo o que de mau aconteceu nos últimos anos, não se pode dizer que a situação actual seja injusta ou surpreendente.

A culpa é da Credibilidade. Seja isso o que for :-[

Correcção: o Benfica recebeu 22 M€ pela cedência das percentagens do passe, não 40M€. Este é o valor total do fundo. Tanto quanto percebo, a margem de 28M€ servirá para financiar a aquisição de partes dos passes de jogadores que o Benfica venha a contratar que caibam nas requisitos do fundo (ter entre 18 e 25 anos). No fundo, o Benfica fica com um parceiro com quem passa a dividir os custos e os riscos da aquisição de jogadores jovens.

Já agora, aproveito para corrigir uma asneira que escrevi - é o que dá um leigo andar a navegar pelo meio do “financês”: os valores de referência não são o ganho máximo do fundo. São apenas os valores a partir dos quais, se a gestão do fundo o entender, o Benfica será obrigado a vender os jogadores. Ora esta opção é meramente teórica, já que o Benfica também garante a possibilidade de recomprar o passe do jogador pelo valor de referência se surgir uma proposta mais alta. Ou seja, o valor de avaliação é apenas uma garantia:

  • para os investidores de que poderão recuperar o capital investido se tudo correr mal
  • para o Benfica, que poderá reaver o atleta se tiver um gestão do fundo hostil aos interesses do clube.

Fica claro que, para o fundo funcionar, tem que haver um bom entendimento entre a sua gestão e o Benfica, para que a primeira não force a venda pelo valor de referência e permita ao segundo gerir a carreira dos atletas sem interferências e negociar a venda do seu passe por montantes superiores a esse valor. Daí a importância de ser um fundo fechado, com parceiros estratégicos que já deverão estar identificados anteriormente, como a Ongoing e os capitais angolanos de que o SAM fala.

Tenho de dizer que quanto mais obtenho a informação sobre a coisa, mais ela me parece muito bem esguelhada. Permite captar parceiros, dispersar riscos e aumentar o poder de contratação de jogadores - mas mantendo o clube no comando e orientado o dinheiro adicional que entra para o reforço da equipa de futebol. Bem mais interessante do que a burrice das VMOC e a desastrosa perda de controlo da SAD que parece ser o dogma que a nossa direcção cegamente perfilha. É que jogadores vão e vêm - mas o controlo dos destinos do futebol do clube, esse, uma vez perdido nunca mais volta.

Aproveito também para deixar algumas fontes que encontrei sobre o tema:
[url]http://www.futebolfinance.com/benfica-stars-fund-o-financiamento-encarnado[/url]
[url]http://web3.cmvm.pt/sdi2004/fundos/docs/1201RG20090930.pdf[/url]

Acho que as criticas de JEB aos Orcs são uma nítida tentativa de desviar as atenções da sua própria gestão e do estado do futebol do Sporting. Posso não concordar com os seus actos mas não vou ao ponto de o considerar estúpido. Assim, essa é IMHO a única explicação plausível para as suas palavras.

Mas realmente, como profetizou o khadaffi do pneus, pela boca morre o peixe. O Sporting, com JEB em funções também já criou um fundo de jogadores, portanto já recorreu ao mesmo mecanismo. Se não o conseguiu em melhores condições, a culpa não é dos orcs, mas de quem negociou as condições do negócio.

Irreal é quanto a mim contundo, que JEB ainda não tenha percebido o que diferencia a sua gestão e dos seus antecessores, da encetada pelo khadaffi dos pneus desde que assumiu funções. É que enquanto JEB e sua prole, assumem permanentemente um discurso miserabilista, de dificuldades, de menosprezo pelo nome e grandeza do Sporting, o khadaffi soube recuperar a rábula dos 6 milhões e assim catapultar de novo o nome dos ramelosos.
Não nos iludamos, os Orcs estão permanentemente a assumir uma postura de grandeza e nós o oposto. Enquanto tudo o que eles fazem é na valorização da própria marca, nós passamos a vida a dar tiros nós pés e a desvalorizar a nossa.

Se eu quiser ouvir comentários à gestão lampiónica vou a uma taberna, e não procuro as intervenções do Presidente do Sporting Clube de Portugal. De um Presidente PROFISSIONAL do SCP eu exigo é que ele gaste o seu tempo a resolver os próprios problemas e não de copo encostado á parede a cuscar o que se passa em casa do vizinho do lado.

Se o BES nos tratou diferenciadamente na relação com os Orcs, dê-lhes um pontapé no cú e refinancie a divida numa instituição rival. Revolte e incite os Sportinguistas a procurar outro banco, chantagei-e os nossos parceiros com a força dos nossos números na busca dos melhores apoios possíveis. Isso é que é o trabalho dele. E foi isso que prometeu antes das eleições a quem votou nele. Porra eu nem no freeport compro qualquer merda que seja da Adidas ou da Nike. Só compro material desportivo da marca que equipar o Sporting.
Ele tem que conseguir fazer notar que somos vários milhões e que não temos vergonha de o assumir. Quem parece ter vergonha de ser Sportinguista é quem nos governa que prefere queixar-se de concorrência desleal em vez de arregaçar as mangas e passar a perna aos seus rivais.

Ele está lá para servir o Sporting e não o BES, apesar das suas atitudes provarem exactamente o contrário. Por isso mesmo não votei nele.

Impossível quando tens o BES dentro do Sporting.

Concordo com quase tudo o que diz SAM, ainda que me pareça excessiva a obsessão com JJ e esteja farto da mania do empregado (ou como se dizia na última campanha) ou do funcionário.
Sobre isto, a substância parece-me correcta: o treinador ser mais importante que o presidente.
Mas aquela forma (o desprezo que obriga a falar de empregados e de funcionários) não leva a lado nenhum.

bigfoot
Destaco isto de SAM, ainda a propósito do que pretendi dizer há uns dias sobre os rugidos internos e externos.

O Sporting tem de fazer valer o peso que tem entre as altas pessoas da sociedade portuguesa, mas estas até parece que têm vergonha. É isso que o Benfica faz, enquanto nós passamos a imagem de tontinhos...

Claro que as “altas pessoas” podem ter apenas 1 metro e 50cm: é mais um problema de forma, que não estraga por completo a substância, ao contrário da interminável discussão num fórum (anónimo) sobre a quem cabe a iniciativa (aos eventuais suspeitos ou a quem lança a suspeição) de tirar a limpo se houve ou não gestão danosa ou qualquer outro crime punível por lei.

Quanto ás palavras de SAM sobre Jesus e Angola, é para rir.

Para já ele não pode afirmar que Jesus vai mudar o futebol português, até agora está a cumprir a sua obrigação, com o plantel que tem, mas no fim fazem-se as contas, portanto parece-me que esse tiro foi ao lado nem deveria ter tocado nesse assunto, foi um típico jogar no totobola à segunda feira. Agora sente-se à vontade para afirmar isso, mas daqui a uns tempos vamos ver. Até parece que Jorge Jesus é invencível. Se quer ser levado a sério deveria ter falado de Jorge Jesus há 4 anos atrás quando foi candidato. Portanto, tretas.

Sobre angola avisem-me se estiver errado mas lembro que na altura em que se falava que o SCP e FSF lá queriam ir encontrar parceiros, muita gente daqui começou logo a dizer que Eduardo dos Santos era o papão, e que devíamos era manter distância daquele país de corruptos e etc e tal. Agora o benfica foi lá encontrá-los (e não pensem que Eduardo dos Santos não está lá pelo meio) e afinal já devíamos ter ido…? :o

Quanto aos fundo, o SCP também lá andou metido num tal de First Portuguses Football Players Fund, e isto dos fundos tem muito que se lhe diga e muitos perigos. esta notícia foi de 2008 na altura em que abandonámos o fundo FPFPF:

CARLOS ALBERTO FERNANDES no OJOGO

Chegou ao fim a experiência do primeiro fundo de jogadores, o First Portuguese Football Players Fund. Um produto que ficou aquém das expectativas iniciais quer dos investidores, quer das SAD e que enfrentava agora a dificuldade adicional de contradizer, em alguns pontos, a nova regulamentação da FIFA em relação à gestão da propriedade dos direitos desportivos (ver texto nesta página).

Do ponto de vista das SAD (sobretudo das do Sporting e do FC Porto, embora também o Boavista tivesse cedido participações), o modelo de negócio revelou-se pouco interessante a partir do momento em que constataram que as mais-valias geradas pelas transferências foram de imediato resgatadas, ficando apenas uma pequena parcela para reinvestimento na participação em outros jogadores. Dinheiro perdido. “Não se verificou tanta disponibilidade para partilhar prejuízos e assumir riscos”, concordam os responsáveis das SAD.

Para o Fundo, a menor volatibilidade do mercado de transferências e essa diferença de perspectiva em relação ao produto conduziriam inevitavelmente à liquidação que esta semana se concretizou com a recompra pela FC Porto SAD das participações do fundo nos direitos desportivos de Ricardo Quaresma, Paulo Machado, Vieirinha e Ivanildo. A Sporting SAD já anunciara também, há quatro meses, a revogação do contrato com este mesmo fundo. Segue-se a Boavista SAD.

Tratando-se de um produto financeiro novo, algumas das cláusulas contratuais poderiam também suscitar dúvidas do ponto de vista jurídico. O acordo firmado entre as SAD e o Fundo previa a partilha de informação sobre propostas de aquisição e a própria estratégia em relação a esses activos, estipulando um valor de referência a partir do qual as SAD seriam obrigadas a alienar os direitos desportivos dos jogadores ou a comprar a participação correspondente no Fundo.

Um modelo desajustado e que dificilmente poderá ressurgir em moldes idênticos, embora o anúncio dos responsáveis da Orey Financial de uma eventual aposta num novo produto de investimento no futebol.
Recorde-se que este fundo de investimento conseguira seduzir, nos primeiros anos de actividade (iniciada em 2001) quer os clubes - uma forma de se capitalizarem cedendo, sem grande risco ou restrições, uma parcela dos direitos desportivos de alguns dos seus jogadores de maior potencial e margem de progressão - quer os investidores.

Em Setembro

Sporting recomprou por 2,474 milhões

A revogação do contrato assinado pela Sporting SAD e pelo First Portuguese foi anunciado há quatro meses. A SAD leonina readquiriu as percentagens dos passes de João Moutinho (10 por cento), Djaló (28 por cento), Saleiro (26,5) e Labarthe (20) por 2,747 milhões que somava a uma dívida de 765 mil euros. O total (3,24 milhões) foi pago em acções da SAD, numa percentagem total de 7,36 por cento do seu capital.

Negócios de sucesso não tiveram sequência

Numa primeira fase, a venda de Cristiano Ronaldo ao Manchester United e, depois, de Hugo Viana ao Newcastle, proporcionaram um bom índice de rentabilidade a quem apostou no portfolio de jogadores do Sporting do First Portuguese Football Players Fund.

Mais tarde, em 2004, com a constituição do fundo do FC Porto, o investimento voltou a compensar. As transferências de Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Pedro Mendes e Deco (pós-título europeu) proporcionaram uma valorização de 37,8 por cento das aplicações financeiras nas percentagens dos direitos dos jogadores.
Mas existiram outros investimentos sem nenhuma rentabilidade, ou que significaram prejuízos elevados, como sucedeu, por exemplo, no caso de Niculae. Uma vez que estavam estipulados valores de referência a partir dos quais os clubes teriam de vender ou recomprar as suas participações, verificaram-se algumas situações em que o fundo sentiu não ter o controlo sobre alegadas propostas que existiam para os jogadores. Conflitos de interesse, também nesse capítulo.

FIFA proíbe influências externas

No artigo 18º do Regulamento de Transferências, a FIFA estabelece muito claramente: “Nenhum clube deve firmar um contrato que habilite essa outra entidade ou uma terceira entidade a interferir ou influenciar no emprego, em assuntos relacionados com transferências, nas suas políticas ou nos desempenhos das suas equipas.” Ora, os termos do contrato de Associação de Interesses Económicos assinados pelas Sociedades Desportivas e pelo First Portuguese Football Player Fund continha cláusulas que se poderia considerar violarem os regulamentos, ficando as SAD sob a alçada do Comité Disciplinar da FIFA. Sobretudo na medida em que estipula a obrigatoriedade de vender ou comprar os direitos, abrindo campo a uma hipotética especulação com repercussões no comportamento das SAD. Este regulamento obrigaria a dar um enquadramento totalmente diferente ao modelo de fundos desenvolvido pela Orey Financial.

in OJOGO

Não sei se isto é semelhante ao dos orcs, mas fica a lembrança.

Vamos a ter memória em relação a uma coisa. Uma das razões por que muitos recusaram as VMOC’s era porque isso iria abrir caminho à entrada de “investidores” de Angola, por exemplo. Agora vem SAM dizer que já defendia mais ou menos isso. Bem, confesso que não me recordo exactamente o que ele defendia. O que sei é que o Sporting está completamente descapitalizado e vamos ter de “engolir” algumas coisas, sob pena do nosso futebol caminhar para a irrelevância. E já vamos atrasados em relação à concorrência. É por isso que não ponho de parte o investimento estrangeiro. Angolano ou não, depende. O associativismo só não chega, tendo em conta a conjuntura e a concorrência, bem como a situação a que a SAD chegou. Perante isto, não vale a pena retomar “guerras” antigas, digo eu…

Já defendo a entrada do Sporting em Angola há meses, meses, anos até. O Sporting tem muitos, muitos adeptos nas PALOP, mas o pessoal cinze-se à ideia saloia de que o Benfica domina as terras onde o homem negro é predominante. Nada mais ignorante! A minha namorada é Angolana e conta-me as loucuras que acontecem em Luanda sempre que o SCP defronta o SLB. Embora o ditador Eduardo dos Santos seja lampião, muitos elementos do Governo são Sportinguistas. Toca a capitalizar nesse aspecto. Ups, esqueci-me do modelo de gestão do Sporting, um modelo oco.

Infelizmente tenho de concordar ctg, toda essa postada feita por parte do SAM parece ter sido pco mais do que um desabafo de quem foi vergado nas eleições e que tem andado chateado desde então. Fala mto, mas n diz nada. Na altura não o achei como alternativa minimamente credivel ao FSF, até por isso que não votei nessas eleições.

Apesar de estar um pouco OFF TOPIC, gostaria de deixar claro que sou ABSOLUTAMENTE contra esta ideia de SAM de ir buscar investidores a Angola para entrarem no capital social da SAD (eles de qualquer forma já são hoje, e cada vez mais, os donos actuais do Sporting).

Que existam investimentos no know how leonino na área desportiva é uma coisa, mas que eles sejam em contrapartida à entrada na tomada de decisões, estou COMPLETAMENTE CONTRA.

Vamos lá a ver se nos entendemos.

Uma coisa é perder o controlo da SAD, seja em favor de quem for, e ter interesses estranhos a interferirem directamente na gestão do futebol do clube. Isto é um risco já hoje e será uma realidade se a burrice das VMOC avançar. Como a SAD não distribui dividendos - uma vez que é desejável que invista os eventuais lucros no reforço da equipa de futebol - a única forma de um investidor ser ressarcido é através da venda das acções. Ora, não havendo perspectivas de ganhos pela operação da SAD, o valor subjacente das acções nunca poderá ser elevado.

Daí a minha velha tese que quem investe nas SAD, só o faz ou por carolice ou para usá-la como plataforma/instrumento para outros negócios. Daí também, que o interesse dos maiores investidores colida muitas vezes com os do SCP, já que este é o único para quem a performance desportiva é o principal objectivo (ou, pelo menos, devia ser). É o que sucede, por exemplo, com a participação dos Oliveira no capital da SAD. Por isso, acho que a SAD deveria ser detida a 100% pelo clube e retirada de bolsa, mas isso é outra história

Outra coisa é procurar investidores/parceiros, criando uma estrutura onde ambos podem ganhar, mas mantendo-os à distância do centro decisor do futebol. É o que me parece que o Benfica está a fazer com este fundo que, como já referi acima, me parece muito bem arquitectado. Podemos entrar em considerandos morais sobre a origem do capital, mas isso está noutro plano.

Eu tenho outra visão. Quem entra numa SAD como a do Sporting (pequenos ou grandes investidores) decerto não quer perder o dinheiro que lá enterrou, mas quanto a mim os dividendos retirados dessa aposta pessoal de cada um, são obtidos através do sucesso do clube, pois quanto mais vitórias e protagonismo mais investidores atrai e mais sobem as acções, e logo cria a oportunidade de quem investiu de ganhar dinheiro. Portanto o interesse da SAD, em teoria, deve coincidir com os interesses do Clube, para bem e ganhos de ambos. Falas que é perigoso porque uma qualquer entidade externa (suponho não-Sportinguista) pode adquirir uma % capaz de influenciar negativamente os destinos do clube. Ora para mim não faz sentido porque quem é que ia enterrar milhões no SCP sabendo que o seu pérfido plano iria fazer o SCP desvalorizar ainda mais, e com isso perder os milhões investidos…? É uma pergunta totalmente inocente e espero algum feedback, talvez esteja a ver isto mal.

Uma outra história é haver pessoal lá dentro que fomenta a política de que o SCP não pode gastar € porque interessa é garantir o pagamento do que deve ao banco, mas isso é diferente. E do ponto de vista do Banco parece-me legítimo, pois estão a cobrar aquilo que emprestaram e conseguem assegurar os pagamentos que lhes são devidos. Por isso é que acho meio útópico quando falam de renegociar a dívida, porque no meu leigo entender é tudo uma questão de juros e de quantos anos vamos andar a pagá-la! Se é ao BCP ou ao BES, se é em 10 ou 20 anos é igual. Eles emprestaram X e vão receber X+Y, faça chuva ou faça sol.

Quanto ao fundo dos orcs Petrovich, eu sempre digo que quando há um bolo numa mesa com as fatias perfeitamente distribuídas mas não há hora marcada para as comerem e cada um ataca conforme a fome que tiver, o mais certo é haver discussão.

O Ricciardi tem muito mais que um papel de diplomata; é um dos garantes em como a dívida vai sendo paga e é a ponte entre o BES e o Sporting, para o bem e para o mal. É normal o BES colocar uma pessoa como contrapartida de um empréstimo, mas já não é normal que aquela entidade bancária (ou qualquer outra), tome medidas para evitar o desafogo financeiro do clube, sempre que este tente encontrar alternativas para tal. O BES não está interessado em que o Sporting renegoceie a dívida, nem que esta seja comprada, porque isso significaria perder um grande maná. Porque é que o FSF (o grande amigalhaço do BES), disse peremptoriamente para quem o quis ouvir que não ia renegociar a dívida? Porque é que a Banca via o PPC como a pior coisa que poderia acontecer e tiveram de arranjar à pressão um beto & curto para continuarem a defender os seus interesses no Sporting?

O BES é credor do FSF, por assim dizer, pelo menos em favores. É bom não esquecer as relações comerciais e financeiras entre o ex-presidente leonino e a OPCA. Acho que está explicado porque motivo o FSF disse que não iria renegociar a dívida, não está? Não é preciso dizer mais nada, pois não?

Em relação ao PPC, a Banca sabia que ele era muitíssimo perigoso, porque o mais certo, seria ele dar um murro na mesa e dizer: «Meus amigos, a mama acabou. O clube vai ter de encontrar o melhor caminho para resolver os seus problemas e esse caminho só vai passar por vocês, se estiverem na predisposição de nos ajudar. Se assim não for, vamos vender a dívida a outra entidade que melhor sirva os nossos interesses». Também aqui não preciso de fazer mais nenhum comentário, pois não.

Esse comentário que fazes do facto do PPC ir assumir a pasta do futebol, é do mais risível que eu tenho lido aqui no fórum. Faz-me lembrar o FSF quando dizia «Eu quero é ver-vos aqui», mas não largava o clube, nem com molho de tomate, ou ainda aqueles que dizem: «Ninguém faz melhor que o PB», mas têm medo que ele seja substituído e mostre que é um incompetente com letras grandes. Tens um flop a gerir não só o futebol, mas todo o clube e está-se a ver no que está a dar. Então não dizes agora: «O beto & curto à frente do futebol?.. nem quero pensar nisso». Agora é que podes falar, porque o merdete agora já está à vista de todos, não antes.

Anda tudo a dormir (90%) e depois ficam amuados quando se fala nas eleições. Querem que se fale do quê, se foi nas eleições que se perdeu uma grande oportunidade de dar uma sapatada no marasmo? Mas continuem assim com vendas nos olhos que a comissão continua a agradecer… :arrow: