Quanto ás palavras de SAM sobre Jesus e Angola, é para rir.
Para já ele não pode afirmar que Jesus vai mudar o futebol português, até agora está a cumprir a sua obrigação, com o plantel que tem, mas no fim fazem-se as contas, portanto parece-me que esse tiro foi ao lado nem deveria ter tocado nesse assunto, foi um típico jogar no totobola à segunda feira. Agora sente-se à vontade para afirmar isso, mas daqui a uns tempos vamos ver. Até parece que Jorge Jesus é invencível. Se quer ser levado a sério deveria ter falado de Jorge Jesus há 4 anos atrás quando foi candidato. Portanto, tretas.
Sobre angola avisem-me se estiver errado mas lembro que na altura em que se falava que o SCP e FSF lá queriam ir encontrar parceiros, muita gente daqui começou logo a dizer que Eduardo dos Santos era o papão, e que devíamos era manter distância daquele país de corruptos e etc e tal. Agora o benfica foi lá encontrá-los (e não pensem que Eduardo dos Santos não está lá pelo meio) e afinal já devíamos ter ido…? :o
Quanto aos fundo, o SCP também lá andou metido num tal de First Portuguses Football Players Fund, e isto dos fundos tem muito que se lhe diga e muitos perigos. esta notícia foi de 2008 na altura em que abandonámos o fundo FPFPF:
CARLOS ALBERTO FERNANDES no OJOGO
Chegou ao fim a experiência do primeiro fundo de jogadores, o First Portuguese Football Players Fund. Um produto que ficou aquém das expectativas iniciais quer dos investidores, quer das SAD e que enfrentava agora a dificuldade adicional de contradizer, em alguns pontos, a nova regulamentação da FIFA em relação à gestão da propriedade dos direitos desportivos (ver texto nesta página).
Do ponto de vista das SAD (sobretudo das do Sporting e do FC Porto, embora também o Boavista tivesse cedido participações), o modelo de negócio revelou-se pouco interessante a partir do momento em que constataram que as mais-valias geradas pelas transferências foram de imediato resgatadas, ficando apenas uma pequena parcela para reinvestimento na participação em outros jogadores. Dinheiro perdido. “Não se verificou tanta disponibilidade para partilhar prejuízos e assumir riscos”, concordam os responsáveis das SAD.
Para o Fundo, a menor volatibilidade do mercado de transferências e essa diferença de perspectiva em relação ao produto conduziriam inevitavelmente à liquidação que esta semana se concretizou com a recompra pela FC Porto SAD das participações do fundo nos direitos desportivos de Ricardo Quaresma, Paulo Machado, Vieirinha e Ivanildo. A Sporting SAD já anunciara também, há quatro meses, a revogação do contrato com este mesmo fundo. Segue-se a Boavista SAD.
Tratando-se de um produto financeiro novo, algumas das cláusulas contratuais poderiam também suscitar dúvidas do ponto de vista jurídico. O acordo firmado entre as SAD e o Fundo previa a partilha de informação sobre propostas de aquisição e a própria estratégia em relação a esses activos, estipulando um valor de referência a partir do qual as SAD seriam obrigadas a alienar os direitos desportivos dos jogadores ou a comprar a participação correspondente no Fundo.
Um modelo desajustado e que dificilmente poderá ressurgir em moldes idênticos, embora o anúncio dos responsáveis da Orey Financial de uma eventual aposta num novo produto de investimento no futebol.
Recorde-se que este fundo de investimento conseguira seduzir, nos primeiros anos de actividade (iniciada em 2001) quer os clubes - uma forma de se capitalizarem cedendo, sem grande risco ou restrições, uma parcela dos direitos desportivos de alguns dos seus jogadores de maior potencial e margem de progressão - quer os investidores.
Em Setembro
Sporting recomprou por 2,474 milhões
A revogação do contrato assinado pela Sporting SAD e pelo First Portuguese foi anunciado há quatro meses. A SAD leonina readquiriu as percentagens dos passes de João Moutinho (10 por cento), Djaló (28 por cento), Saleiro (26,5) e Labarthe (20) por 2,747 milhões que somava a uma dívida de 765 mil euros. O total (3,24 milhões) foi pago em acções da SAD, numa percentagem total de 7,36 por cento do seu capital.
Negócios de sucesso não tiveram sequência
Numa primeira fase, a venda de Cristiano Ronaldo ao Manchester United e, depois, de Hugo Viana ao Newcastle, proporcionaram um bom índice de rentabilidade a quem apostou no portfolio de jogadores do Sporting do First Portuguese Football Players Fund.
Mais tarde, em 2004, com a constituição do fundo do FC Porto, o investimento voltou a compensar. As transferências de Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Pedro Mendes e Deco (pós-título europeu) proporcionaram uma valorização de 37,8 por cento das aplicações financeiras nas percentagens dos direitos dos jogadores.
Mas existiram outros investimentos sem nenhuma rentabilidade, ou que significaram prejuízos elevados, como sucedeu, por exemplo, no caso de Niculae. Uma vez que estavam estipulados valores de referência a partir dos quais os clubes teriam de vender ou recomprar as suas participações, verificaram-se algumas situações em que o fundo sentiu não ter o controlo sobre alegadas propostas que existiam para os jogadores. Conflitos de interesse, também nesse capítulo.
FIFA proíbe influências externas
No artigo 18º do Regulamento de Transferências, a FIFA estabelece muito claramente: “Nenhum clube deve firmar um contrato que habilite essa outra entidade ou uma terceira entidade a interferir ou influenciar no emprego, em assuntos relacionados com transferências, nas suas políticas ou nos desempenhos das suas equipas.” Ora, os termos do contrato de Associação de Interesses Económicos assinados pelas Sociedades Desportivas e pelo First Portuguese Football Player Fund continha cláusulas que se poderia considerar violarem os regulamentos, ficando as SAD sob a alçada do Comité Disciplinar da FIFA. Sobretudo na medida em que estipula a obrigatoriedade de vender ou comprar os direitos, abrindo campo a uma hipotética especulação com repercussões no comportamento das SAD. Este regulamento obrigaria a dar um enquadramento totalmente diferente ao modelo de fundos desenvolvido pela Orey Financial.
in OJOGO
Não sei se isto é semelhante ao dos orcs, mas fica a lembrança.