[font=trebuchet ms]A propósito dalguns posts recentes:
Jaguar é uma marca indiana. Por muito que esteja baseada no Reino Unido, algum impacto há de haver por ser indiana.
Idem para a Volvo, que é chinesa. A base tecnológica advém de acordos de cooperação com o grupo Ford (a maioria dos modelos Volvo são derivados de modelos Ford), mas esses acordos acabam mais cedo ou mais tarde, ou seja, os modelos Volvo em comercialização tendem a estar em fim de carreira (com os defeitos inerentes a isso).
Parte disso aplica-se à Mazda, que também tem acordos de cooperação técnica com o grupo Ford. Igualmente, alguns modelos Mazda são semelhantes a alguns modelos Ford. No entanto, e segundo algum inside info que me chegou, a qualidade duns (Mazda) e doutros (Ford) não tem nada a ver. Os Mazda são quase irrepreensíveis.
É verdade que os modelos japoneses, por muito parecidos que sejam, variam imenso de mercado para mercado. Já vi desde tampões de gasolina diferentes, até farolins incompatíveis… Isso já foi um cancro cá, a propósito de importações paralelas. No entanto, os japoneses são mesmo imbatíveis a nível de fiabilidade. As avarias tocam a todos, é claro (até sei de Lexus com problemas), mas menos nos japoneses, que nos veículos doutras origens.
Há marcas com pouca reputação em Portugal (sobretudo por serem associadas a veículos pequenos), mas que lá fora são apreciadíssimos pela qualidade, como Daihatsu, Isuzu, Subaru e Suzuki.
Toyota e Honda costumam ser as marcas melhor classificadas nas sondagens sobre qualidade, mas as sondagens valem o que valem.
Sobre as dicas do Green Lantern acrescento que a recolha de dados de anomalias por parte das marcas apenas abrange as anomalias ocorridas em tempo de garantia. Ou seja, podem aparecer bué problemas para os quais nunca se esboçou sequer uma solução… Por isso, quanto mais antigo o modelo, mais hipóteses de ter anomalias corrigidas, mas não há qualquer garantia de imunidade a anomalias.
Outro detalhe, os restylings não têm a ponta dum corno a ver com fiabilidade. Há quem acredite que aquando dum restyling se corrigem anomalias da versão anterior, mas isso é um mito. O restyling é apenas uma operação de cosmética, por baixo da qual o veículo permanece semelhante à versão anterior. O único interesse dum restyling é uma eventual valorização do usado.
Sobre as cores, atenção que a opção «defensiva» do cinzento/prateado é um pau de dois bicos, O mercado acabará por se cansar da «farda». Uma cor original, por exemplo champanhe ou dourado, pode custar mais a vender (duvido), mas agradar mais no dia a dia. E ninguém quer um carro que o faça sentir-se triste.
Sobre Diesel vs gasolina, já falei antes. Quem sonha que a diferença de preço dos combustíveis diminuirá, tenha juízo, porque o impacto na economia nacional impede os políticos de mexerem muito nisso. Além disso (custo do combustível), os Diesel modernos consomem mesmo muito pouco, incrivelmente pouco (e andando bem), mas à custa do risco de avarias.
Por último, não confundam «ter» com «manter». São coisa completamente diferentes, com custos completamente diferentes. E isso não se aplica apenas a carros…[/font]