Por acaso, não tenho estado muito atento aos testes de travagem, que seriam um bom barómetro para aferir se o peso superior está a piorar a capacidade de desaceleração dos veículos eléctricos ou híbridos.
Porém, a função de travagem regenerativa é capaz de mitigar a questão da massa em movimento, isto porque acaba por reduzir a velocidade do veículo, logo que levantas o pé.
Por outro lado, o peso é inimigo dos consumos. Há várias questões associadas à eco mobilidade automóvel, que não está a ser tratadas convenientemente pelos decisores políticos.
Aí também depende da faixa de rotação em que tens os cavalos. Fui procurar aqui num site o gráfico do teu antigo Puma (creio que de 105cv) e tem mais de 100cv numa faixa de rotação entre as 5.250rpm e as 6.250rpm. No gráfico do 1.0 que coloquei, a faixa de rotação, com potência superior a 100cv, é muito maior. Por esta razão, o escalonamento das caixas é mais longo e isso pode retirar alguma explosividade aos carros. Mas o peso também é relevante, bastando ver que os carros estão cada vez maiores (o C3 Aircross da minha mulher tem a mesma largura que a Octavia e é mais largo 2 cm que o meu 320d). Ou seja, a perseguição de consumos mais baixos, menores emissões e as necessidades das famílias por espaço, acabam por mitigar as vantagens de performance que a tecnologia traz.
Isso não é problema, acho. Os sistemas de travagem dos eléctricos devem ser tão ou mais eficientes. O problema é num acidente entre um Tesla de 2000 kg a alta velocidade contra um Smart ou outro carro pequeno. Os sistemas de autopilot seriam úteis para reduzir a sinistralidade, mas parece que já houve mais optimismo neste aspecto também.
Eu percebo o argumento e acho que tem lógica, mas depois olhas para os números de sinistralidade e países como Suécia e Noruega que têm Teslas às pazadas continuam com muuuuito menos acidentes de viacão (incluindo acidentes graves e mortes) comparando com Portugal, por exemplo. O que se calhar sugere que o comportamento na estrada é um factor mais decisivo que as diferencas de massa dos veículos em andamento.
A verdade é que os carros a gasolina vão sempre consumir mais, apesar dessa diferença ter sido mitigada com o passar dos anos. E quando digo mais não é meio litro, são logo uns dois litros (e dois litros de diferença em Portugal é muito dinheiro).
A minha Peugeot 308 SW 1.6 BlueHdi de 120CV consome 5.3L/100KM, os percursos são 80% cidade. Tenho andado nos últimos três dias com um Renault Clio 0.9 Tce de 90CV, do seguro, porque bateram no outro carro cá de casa. Para além de mais lento, está a consumir mais dois litros em relação à Peugeot (os percursos são os mesmos).
Eu agora pergunto: qual é a vantagem de andar com um carro mais lento (e a diferença é notória) e que gasta 2L a mais? Para mim nenhuma.
Eu tenho Ibiza 1.2 TSI 105cv, também um pequeno motor a gasolina turbinado. Última média calculada foi hoje e foi de 5.6. Um clio com um 0.9 tce não deveria consumir tanto. Estes pequenos motores turbinados fazem boas médias. É sempre uma questão de peso do pé ehehe
A trocar de mudança abaixo das 2000 RPM ele chegou a marcar 6.4, o problema é que o carro abaixo das 3000 RPM é fraco.
Eu também não sou de andar a acelerar e até faço uma condução a pensar nos consumos, mas de vez em quando gosto de pisar no acelerador ou fazer uma condução um bocadinho mais entusiasmante.
Conduzi, também, a versão a gasóleo (o 1.5 dCi de 90CV) e a diferença foi evidente. Muito mais força em baixas, apesar de “acabar” cedo.
O que eu faço é, em cidade, se tiver um pouco de espaço, acelerar em 3, deixar o turbo atuar e embalar depois sem acelerar. Geralmente compenso o para arranca com estes trechos em que consigo deixar o carro “deslizar”. E faço médias de 6.5 em cidade. Em estrada, faço 5. Também depende da estrada, por exemplo na A25 com estes carros é impossível não gastares muito ahah.
Mas Opa da minha experiência médias “ a la “ carro a diesel são possíveis
Sim, não dá para fazer médias iguais ou próximas (por exemplo, meio litro de diferença) aos carros a gasóleo.
Eu estou habituado a conduzir um carro a gasolina. Para além da Peugeot 308, que é o carro principal e o que faz os percursos mais longos, tenho também um Citroen Saxo 1.1 de 60CV. E por incrível que pareça consome menos que o Clio. Claro que também não posso abusar (e com 60CV não há muito para abusar), mas dificilmente faço médias acima dos 6.5L.
Stands so’ com conhecimento previo da seriedade destes, a partir de opinioes de terceiros.
Ja’ particulares, ou se tem conhecimento mecanico, ou levar alguem com esse conhecimento contigo.
So’ para informacao o meu mecanico em Lisboa sempre me disse para olhar para os vidros quando se compra um carro usado.
Caso a marca nao esteja nos vidros mas outra como Bosch, quer dizer que muito possivelmente o carro teve um acidente.
Eu diria que a partir de um particular levando um mecânico… Hoje em dia os stands são tão ou mais aldrabões que os particulares. Principalmente dentro desses valores…
ok obrigado a ambos. Também estava a pender para essa opção. Posso ter sorte (alguém que venda por já não precisar, pq comprou outro, etc) enquanto no outro posso assumir à partida que me estão a aldrabar
claro. O meu carro anterior custou-me 850€ (Astra de 2000) e deu para 4 anos sem grandes problemas. Saiu grátis praticamente. Agora queria um ligeiro upgrade.