Sugestão para Fecho do Fosso

Pessoalmente não gosto do fosso , concordo com as ideias presentadas… Mas infelizmente penso que perde um pouco de viabilidade pelo simples facto que se Alvalade já está sempre as moscas então com mais não sei quantos lugares vai ser mais notável a ausência de público

SL

Sem qualquer arrogância, e se fosses ler o estudo e a discussão seguinte? :wink:

É que o que propus eram exactamente alternativas à proposta apresentada pela candidatura Ser Sporting de prolongamento de bancadas.

já alguém falou disto a sério com a direcção?? já há algum feedback??

Segundo me foi informado, o forista CARLOS10ALMEIDA entregou ou presidente, na re-inauguração da Loja Verde, um dossier com ideias onde incluía este documento.

Coincidência ou não, após isso foram colocadas telas publicitárias (ainda que de maneira diferente do proposto) que amenizam visualmente a presença do fosso.

Excelente trabalho e iniciativa.
:clap:
Se há coisas que me orgulham em ser do Sporting é saber que no meu clube existe gente que sofre mais do que eu e que trabalha para suprir as muitas debilidades que existem, tal como tu fizeste neste caso, aplicando os teus conhecimentos técnicos e profissionais e oferecendo-os, aqui.
Mais uma vez, :clap: :clap:

Frequento o novo estádio desde o dia da inauguração, e, por dentro, não me parece nada inferior, antes pelo contrário, ao Dragão e Luz, em que, esporadicamente, já entrei.
Em todas as conversas que já mantive com rivais, o fosso (para lá dos azulejos, claro) vem sempre à baila.
Talvez seja por isso, ie, clubite aguda, que o fosso nunca me incomodou por aí além.
Mas não é isso que, obviamente, está em causa.
A verdade é que, quando estou no estádio (na bancada A, atrás da baliza sul), nem dou pelo fosso.
Não me estraga nada (ao contrário de outros factores) a visibilidade ou o gosto pelo jogo. Nem me parece que a pressão sobre os jogadores seja menor que nos outros dois estádios referidos.
A integridade dos jogadores em sprint “preocupou-me” quando lá entrei pela primeira vez, mas tantos jogos depois parece não constituir mesmo um risco.
Sem pescar nada do assunto, foi talvez a primeira proposta do SS que mais dúvidas me suscitou: tecnicamente muito difícil, de execução cara e provavelmente morosa e de vantagens não tão elevadas quanto isso.

Passando à frente.
Apesar das minhas reticências, parece-me, depois de ler o pdf (não consigo é abrir a versão light) que há vantagens visuais, para quem está na bancada ou a seguir pela tv, na cobertura do fosso.
E a solução B parece-me a mais interessante, ainda que mais onerosa.
Se bem percebi, trata-se de cobrir o fosso, mas só à superfície, podendo utilizar a nova área e mantendo (sem encher) o piso -1 do fosso.
Já respondeste a praticamente todas as dúvidas que tive quanto li o pdf (segurança, coexistência do fosso, circular por cima, estimativa de custos).

Ficam as seguintes, que são básicas, eu sei, mas…
1- Podes dizer o que são “perfis metálicos e lages colaborantes” a quem, como eu, não pesca nada do assunto.
Isto é: onde são habitualmente aplicadas? É só para ter uma noção.
2- Os camiões (peso) também poderiam circular lá em cima em condições de segurança?
Na base do fosso, já percebi que sim, mas e fazer chegar uma grua (alta) ao relvado?
3- Se bem percebi, bastará manter as duas (ou até só uma) rampas de forma a ligar a base do fosso ao relvado.
É possível projectares a partir de cima o efeito visual na estrutura no local da rampa?
Isto é: uma vez que eu apenas consigo pensar numa entrada ao nível do relvado (de fora para dentro), fico a imaginar um “buraco” na nova estrutura (acho que dizes que está no pdf, mas eu não encontro, a menos que esteja no light, que não consigo abrir porque “não tenho autorização para aceder a essa secção”).
4- A cobertura ficará inclinada ou será colocada abaixo da bancada (isto porque, e acho que é mencionado por alguém, tu ou um outro forista, há um desnível entre a primeira fila de cadeiras e o relvado?

Obrigado! :great:

A pressão é menor porque o público está mais amorfo. Porque a distancia será semelhante a qualquer um dos outros estádios dos grandes (nos topos) e está-se muito mais próximo que no antigo Alvalade.

O problema do fosso é, na minha leitura, um problema de distanciamento mais psicológico que fisico. Acarreta um simbolismo negativo de afastamento e inacessibilidade entre o público e os seus jogadores (e adversários >:D ).

Pois, logo de inicio isso também me pareceu. Mais até nas laterais. E nunca saberemos se isso tem condicionado (mesmo que sub-conscientemente) o tipo de abordagem às jogadas ou não.

Também a ridícula confusão no aquecimento com 3 jogadores de cada lado, 2 preparadores físicos mais um árbitro auxiliar num pequeno corredor é coisa que sempre me fez confusão.

Perfis metálicos são os perfis de aço utilizados em construção, regra geral para fazer estruturas (apesar de em Portugal o Betão ainda tem a primazia) e podem ser encontrados um pouco por todo o lado. Tem a vantagem de serem elementos prontos, com boa capacidade e em regra permitirem dimensões menores.

Lage colaborante são lages feitas sobre uma base de chapa trapezoidal que ao mesmo tempo que serve de cofragem (perdida no caso) aumentam a sua capacidade estrutural.

http://www.constructalia.com/br/resources/Contenido/01472352Foto_Big.jpg

Basicamente encontras este tipos de estruturas em construção industrial e grandes armazéns (o Ikea de Lisboa utiliza-os)

Na actual configuração, os camiões não chegam ao relvado (as ambulâncias e outros veículos de carga mais pequenos sim, mas o camiões não). No máximo sobem a rampa do lado nascente.

Na proposta, isso seria possível (dependendo da altura útil de circulação sob este novo pavimento, que não consegui aferir)

Não sei se percebi correctamente a questão, mas a rampa poderia permanecer tal como está com o vão horizontal necessário para o acesso (está em planta na página 9 do pdf).

Dependeria da correcta aferição das cotas reais dos vários elementos e da maneira como se poderia fazer as amarrações estruturais. Tal como podes ver nas páginas 10 e 11 do pdf, os cortes com a situação alternativa demonstram a existência desse desnível.

Por mim todas as alternativas são válidas para estudo. Desde a plataforma com alguma inclinação para dentro, ao nivelamento do relvado quase com a cota da bancada (o que sendo mais caro traria benefícios de visibilidade, insolação, ventilação e permitiria a implementação facilitada do esquema de ventilação forçada também presente no estudo).

Acabei ontem de ler o teu trabalho acerca do fosso, e apesar de não passar de mais um sportinguista anónimo e assim não ter outra forma mais concreta de o valorizar, o meus parabéns pelo magnifico estudo que realizas-te. Um trabalho magnífico, sério e que demonstra uma saudável preocupação de procurar corrigir o que está mal e pode ser alterado.

Que ao menos o meu contributo sirva para massagar o teu ego que bem mereces.
:clap: :clap: :clap: (falta um smile com uma vénia)

Espero sinceramente que a direcção o estude com a devida atenção, e que o pusesse em prática, embora quando ponho os pés no chão deixo logo de acreditar que assim seja.

P.S. - Tenho um sonho que é antes de morrer, ainda ver aqueles azulejos exteriores ridiculos todos corridos dali para fora, e o estádio estar decorado com as nossas cores, em vez daquele orgasmo berrante de tons digno do canal panda.

Obrigado! :great:

Pois… ::slight_smile:

Quanto aos azulejos, não sou tão radical. Ainda que não sejam da minha preferência (prefiro coisas mais na linha do dragão) percebo a razão dos mesmos (quer construtiva, quer visual, quer icónica). Irrita-me bem mais a falta de coerência visual das borbulhas e apêndices colados ao estádio (Alvalãxia, clinica cuf, holmes, multidesportivo…)

Também não creio que um edifício daquele tamanho ganhasse com um monocromatismo verde nem com uma mimetização dos equipamentos.

Já no interior gostaria muito de substituir (apenas e só) as cadeiras azuis, laranjas, etc por cadeiras na escala de cor do verde, mantendo os vários tons de verde existentes, as pretas, brancas e amarelas.

Assim tivesse eu tempo para documentar essa e outras ideias que tenho (como por exemplo o pavilhão).

Apoiado! :arrow: Acrescento que correria com as amarelas dali para fora também, ficando apenas as cores do clube: preto, branco e escala de cor do verde.

A mim dá-me o mesmo erro, fui investigar e o ficheiro deve ter sido apagado por engano durante um processo de manutenção (visto referir-se a um ficheiro em attachment que deixou de o ser). Se o psilva não se importar de o anexar aqui num post eu volto a colocá-lo “linkável”. Mas da próxima é mais fácil para nós se usares o botão “denunciar ao Moderador” ou enviares PM a um Admin, senão não há forma de adivinharmos que existe um problema.

É capaz de não valer a pena. A versão light é exactamente igual à outra, apenas com diminuição da resolução e foi posta apenas para obviar ao limite de peso dos anexos.

Posteriormente enviei para a moderação o pdf que agora está disponível e esta fez o favor de anexar ao post.

psilva
Obrigado pelos esclarecimentos :great:

Ainda tenho outra questão, caso tenhas pachorra para o seu primarismo.
Aliás, foi já abordada no tópico, mas creio que não directamente quanto à tua proposta.
Como funcionam os direitos de autor neste caso?
O Taveira tem de ser informado e tem de anuir ou pode reclamar, com probabilidade elevada de ser ressarcido, caso não dê o seu aval?
A primeira vez que pensei no assunto foi quando puseram publicidade no exterior.
Não sei o que aconteceu (se anuiu ou não), mas ainda não vi nada sobre qualquer conflito SCP/Taveira a esse propósito e o impacto (o painel da CGD ou da Super Bock são enormes e muito visíveis da 2ª circular) é muito maior.
De qualquer dos modos…

PS e OT: já agora, tens ideia dos motivos para que uma rede (não sei se a cobrir andaimes) na enorme coluna exterior de azulejos que tem o símbolo do clube se tenha mantido lá há por mais de um ano (nem sei se ainda está, porque, entretanto, para mim passou a fazer parte da paisagem visual do estádio e já nem noto na diferença)?

Sinceramente nunca consegui chegar a uma conclusão (também não me debrucei a fundo na questão, até porque a proposta foi feita no contexto de uma alternativa a outra já existente do Ser Sporting) . Parece-me mais ou menos certo que seria necessária autorização. Por outro lado tratar-se ia de uma nova obra que funcionalmente não alteraria o edifício. Seria uma batalha provavelmente.

Não costumo passar pelo estádio e no meu percurso até ele em dias de jogo também não passo por essa torre. Lembro-me de a ver há alguns meses e desconheço se ainda lá está.

Provavelmente e sem certezas dir-te-ei que poderá ter sido para reparações na colocação defeituosa de azulejos (que já agora, parece-me que foi a única parte onde isso aconteceu).

Encontrei isto:

"(...) no conflito entre o direito ao projecto, cuja modificação teria de se realizar, e o direito de propriedade sobre o suporte, o edifício, este prevalece. Face à lei portuguesa, obra de arquitectura não é apenas o projecto mas também o edifício, havendo, assim, que conciliar o direito do autor do projecto com a propriedade, que não pode ficar dependente do arbítrio daquele durante toda a sua existência.

Uma vez cumprida a consulta prévia do autor do projecto, o dono da obra pode, ainda que o autor do projecto não esteja de acordo com as alterações pretendidas, introduzi-las na obra arquitectónica, sendo conferido ao autor do projecto o direito de dele se desvincular, renegando a paternidade da obra alterada e impedindo o dono da obra de usar o nome do autor do projecto inicial (entenda-se não como renúncia ao direito de autor que está adquirido, e não se perde pelo facto das modificações, pois a obra modificada ainda é a mesma obra, por aplicação do n.º 2 do artigo 2.º, mas apenas como proibição de invocação do nome do autor pela outra parte. O autor do projecto de arquitectura pode, a todo o tempo, voltar a considerar a obra como sua). É, portanto, lícito ao proprietário a modificação, doutra maneira o direito do autor do projecto seria o de se opor à modificação, o que foi justamente o que o legislador quis afastar. A lei não confere ao autor do projecto inicial de arquitectura um exclusivo no projecto de modificações. Assim, pode o dono da obra, consultado o autor do projecto inicial, decidir prosseguir a obra com outro técnico que possa elaborar e subscrever projectos de arquitectura."

in http://www.ordemengenheiros.pt/Default.aspx?tabid=1530
(referente a direitos de autor)

E

[ver Cap. VI, Art.ºs 56 a 60] (...)Artigo 60.º Modificações do projecto arquitectónico:

1 - O autor de projecto de arquitectura ou de obra plástica executada por outrem e incorporada em obra de arquitectura tem o direito de fiscalizar a sua construção ou execução em todas as fases e pormenores, de maneira a assegurar a exacta conformidade da obra com o projecto de que é autor.
2 - Quando edificada segundo projecto, não pode o dono da obra, durante a construção nem após a conclusão, introduzir nela alterações sem consulta prévia ao autor do projecto, sob pena de indemnização por perdas e danos.
3 - Não havendo acordo, pode o autor repudiar a paternidade da obra modificada, ficando vedado ao proprietário invocar para o futuro, em proveito próprio, o nome do autor do projecto inicial.(…)

O que me parece querer dizer que o proprietário tem que forçosamente consultar previamente o autor de projecto sobre as alterações. Posto isto, sem acordo o autor poderá repudiar a paternidade da obra mas o proprietário poderá fazer as alterações (sob projecto de técnico habilitado para tal) ficando impedido de a partir desse momento invocar em proveito próprio o nome do autor inicial.

O Dono de Obra pode perfeitamente fazer as alteracoes que bem entender…a consulta ao autor é mais uma regra do ponto de vista etico do que outra coisa.

Em relacao á torre é problemas com os azulejos …para evitar que uma possivel queda possa ferir os transeuntes.

Não, não pode! Tem que previamente consultar o autor para alterar (que apesar de tudo é mais que um pro-forma processual) e só faz as alterações que a legislação e as autoridades competentes autorizarem.

Da torre também presumi que fosse isso (pode me ter falhado a explicação da rede para protecção).

Obrigado, a ambos.
Ainda bem o que o Taveira só é consultável e não tem veto.
O óbice de mais uma batalha judicial não será desculpa para não fazerem, assim o entendam.
Continuo a achar que haverá vantagens.

Quanto aos azulejos da torre (repito que não sei se neste momento persiste), é lamentável a demora (não sei quando começou, mas quase de certeza que se arrastou ou arrasta há cerca de 1 ano) na resolução do problema.

O “espirito” dos artigos é aquele que referi…agora quando disse que pode perfeitamente alterar é obviamente perante condicoes que precisam de ser verificadas (isto para o caso de uma grande obra , nas outras ás vezes é um fartote de rir :lol: )

Eu sobre esta situacao particular nem tenho dados concretos , mas nao sei bem se aquela nao será por agora a solucao :frowning:

Espero bem que estejas enganado.

Já me deixaria mais satisfeito também a questão das cadeiras. Não que seja contra o efeito, que até acho engraçado, mas porque tal como tu, discordo inteiramente de algumas das cores usadas.

Não sou da área da arquitectura, mas sempre me fez uma confusão enorme porque é que a direcção do Sporting entregou o nosso projecto ao gabinete do Taveira!?!? um reconhecido lampião. Não que tivessemos obrigatóriamente de escolher um arquitecto sportinguista, embora assim fosse desejável e tenho a certeza que haveria algum suficientemente competente para o efeito. Agora alguém polémico como o Taveira e ex-candidato a dirigente dos bêbados de carnide é que não cabe na cabeça de ninguém.

Eu confesso-te que enquanto Sportinguista até de signo, se me tivessem entregue o projecto da pocilga da luz, teria certamente replicado alguns dos aspectos que mais me desagradam no nosso, só para lhe lixar o juizo ;D

Quanto aos apêndices à volta do estádio, até é onde menos culpo o arquitecto da bilha, porque o projecto foi remodelado forçosamente após decisão de aumento da lotação para o Euro. Foi nessa altura que nasceu o Alvaláxia (às 3 pancadas), e que o edificio das modalidades deixou de ser o pavilhão para assumir o aspecto actual (o crescimento das bancadas roubou àrea útil). O Ed. Visconde de Alvalade ainda não consigo perceber até hoje para que foi construido. Numa cidade a abarrotar de m2 para aluguer, para quê mais um edifico de escritórios, ainda por cima quando foi feito na premissa de alienação futura?
Certamente que se teriam poupado uns milhões, ou então, bem vistas as coisas, como tem maior àrea útil à sua volta fizessem aí o pavilhão e ficasse o dito edificio onde agora está o edificio das modalidades. Afinal de contas, lá no norte fizeram um micro pavilhão, mas fizeram.

Ainda não entrei nos estádios dos nossos rivais, mas por fora acho a pocilga da luz horroroso, porque parece um projecto inacabado. Quanto ao estádio dos andrades confesso que me agrada a sua sobriedade e paleta de cores que respeita inteiramente as cores do clube.