Nota previa: Foi-me aconselhado pela moderação a criação deste tópico no quadro Redacção Porta 10-A. No entanto tal não me é permitido (presumo ter a ver com permissões).
Por isso peço à moderação que o remeta para o quadro que melhor ache que se adapte ou até para um tópico já aberto.
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Tal como é público para alguns de vós, apresentei à candidatura Ser Sporting, na pessoa do seu candidato a vice-presidente para o património, José Pedro Rodrigues, uma solução alternativa para o fechamento do fosso.
Durante o período de campanha referi isso mas escusei-me sempre a aprofundar a questão. Como aparentemente houve alguma curiosidade apresento-o.
Peço também desculpa aos que apresentaram ideias na mesma linha sem que eu tenha na altura feito qualquer comentário.
Posso referir que estas opções têm por base a minha prática e experiência profissional de 13 anos em Arquitectura com acção predominantemente focalizada em espaços cénicos como teatros, auditórios, cinemas e afins.
No estudo apresentado tento identificar o problema existente causado pelo fosso e os problemas que nascem da proposta Ser Sporting.
Apresento os pressupostos que levam à minha opção e que podem ser listados como:
[ul][li]A tradição do Estádio José Alvalade em que nunca o publico esteve “em cima” do campo.[/li]
[li]O reconhecimento duma componente de separação e afastamento mais psicológica que efectivamente física.[/li]
[li]O reconhecimento que a aproximação entre público dos intervenientes pode se dar em dois sentidos.[/li]
[li]A identificação das distancias reais de cerca 11/19m (ao limite do fosso/ao limite do campo) na central e 7/15 nos topos.[/li]
[li]A relação causa/efeito entre bancadas curvas e plataforma de jogo rectangular.[/li]
[li]A identificação de exemplos de estádios mundiais onde este afastamento acontece (por variadas razões) sem que o ambiente se perca.[/li][/ul]
Posto isto propus duas soluções complementares, que até poderiam coexistir temporalmente.
A 1ª apresentada meses atrás pelo FLL que consistia em cobrir o fosso com telas tensionadas com imagens alusivas ao Sporting (ou alternativamente publicidade), possibilitando no imediato a atenuação visual e psicológica do fosso.
Esta solução seria imediata e pouco onerosa podendo até permitir a execução dos trabalhos da 2ª solução sem grandes periodos forçados de não utilização.
A 2ª passaria pela cobertura do fosso ao nível da plataforma do campo com uma estrutura leve (perfis metálicos e lages colaborantes por exemplo) coberta com pavimento idêntico ao que circunda o relvado actualmente, relva artificial de baixa manutenção ou relva natural.
Esta solução permitiria:
[ul][li]Menores custos quer económicos quer em tempo de construção.[/li]
[li]Menor agravamento de peso na estrutura existente.[/li]
[li]Menores exigências estruturais regulamentares.[/li]
[li]Menores constrangimentos e adaptações funcionais e regulamentares.[/li]
[li]Aproximação dos intervenientes às bancadas.[/li][/ul]
- Melhor uso da plataforma onde se encontra o campo com maiores áreas técnicas para os bancos, maiores áreas de aquecimento de suplentes, eventualmente maior superfície relvada, maior área complementar ao campo de jogo, maior espaço para os repórteres fotográficos e outros agentes, etc.
Como podem ver não é uma solução tecnicamente mirabolante (lamento se desiludi os mais criativos) mas é uma solução simples, relativamente económica (trata-se de 2900m2 a cobrir) e que poderia resolver uma série de problemas de fruição do estádio, quer do ponto de vista do espectador, quer do ponto de vista dos intervenientes, sem grande perda de valências existentes.
Complementarmente, no mesmo estudo apresento o que já foi até discutido aqui como uma solução para a constante degradação dos relvados do estádio que para o caso é menos relevante.
Seguidamente o documento entregue em duas versões, uma light e outra por extenso:
[ul][li]Fosso LR.pdf (versão light) 1.0 Mb [/li]
[li]Fosso.pdf (versão extensa) 1.4 Mb[/li][/ul]
Obrigado.
© psilva 2009.
Edit 18Mar2011 correção de uma gralha só agora detetada!