SPOILERS - |[ Séries de TV ]|

Fringe

Gannicus, resolvi pegar nas tuas questões e colocá-las aqui (é mais fácil). :mrgreen:

… eu na minha mensagem do outro tópico preocupei-me em falar (apenas) do estilo do último episódio e aproveitei a onda melancólica para não perder muito tempo nas “lose ends” que Fringe deixou por resolver.

Foram várias. Tu estás a relatar, ou melhor, a fazer uma questão que toca num ponto fulcral de paradoxo temporal de Fringe que possivelmente apenas obterá resposta no dia em que algum guionista se lembrar de abrir a boca (a única informação que existe actualmente é de que o destino da série foi dado à interpretação dos fãs). As questões são várias e prendem-se na frase de September “we cesse to exist” que nos deixam a passar: até que ponto deixaram de existir? a raça “observers” não existiu de todo? então porque é que a série termina com consequências da sua existência? existiram só até 2005 (data da invasão)? porquê 2005?

É que tal como foi dito, se eles não tivessem, de todo, existido, Walter [2º universo] não teria sido distraído por September, Walter [1º universo] não tinha cruzado universos, Peter tinha sido curado no 2º universo, Olivia + Peter nunca se tinham conhecido no 1º universo … logo temos de arranjar uma teoria que permita uma de duas coisas, garantir a existência dos Observers até 2005 e “aniquilá-los” a partir de 2005. Como? Pois, não há, quanto muito posso dizer aquilo que já li pela internet. E aqui preparem-se, que há umas que são até difíceis de explicar. Há uma que nos diz que houve criação de dois tipos de observers, os normais e os que têm sentimentos - vou denominar os últimos por “pró-observers” - e que à data da invasão [2005] os pró-observers assumiram o controlo dos observers, impediram a invasão e mantiveram a paz na Terra. Há outra que nos diz que foram criados os pró-observers e que estes acharam que a equipa inicial de 12 homens era o suficiente para a “manutenção” da Terra, a única diferença é que no “tempo” que vimos, eles basicamente tiveram a preparar a invasão e no “tempo” novo eles simplesmente estavam a garantir que a timeline se mantinha até à data da invasão [2015].

Eu simpatizo com esta última, digo já. Há outra, menos “complexa” que nos diz que o reset feito ao tempo apenas começa no momento em que o plano de Walter entra em execução [2015], dai ter-se mantido tudo na mesma até 2015. Há quem defenda de uma forma subtil de que a quantidade de energia gasta em 2015 [invasão] criou uma falha temporal - a fim ao cabo a invasão é feita por observers do futuro - e a partir da altura em que se dá o reset, ele terá de começar no ponto de inicio dessa mesma falha [2015]. Esta última possivelmente será a mais correcta, uma vez que o tal “loop” criado com a invasão é igual ao loop da 4ª temporada (?) que fez com que Peter tivesse de utilizar a máquina de forma a fechá-lo e repôr a “normalidade”. E depois há quem ache que os Observers ainda existem mas são seres diferentes - que não foram revelados - e quem não se dê ao trabalho de pensar no que quer que seja e simplesmente assuma que como os observer’s têm sentimentos simplesmente não invadiram a Terra por não quererem a tristeza do ser humano [ :twisted:]. Respondi à tua pergunta? ;D

[hr]

… antes de responder à pergunta, permite-me dizer que aqui [Michael] está a maior falha de Fringe. :o :menos: é uma falha tão constrangedora que quando vi, limitei-me a revirar os olhos e a pensar “por amor de deus”. :great:

Falo do quê? Do momento em que o September diz a Bishop que quando disse “the boy is important” se referia a Michael e não a Peter. Pff, a quem é que querem vender isto? September disse-lhe isto após salvar Peter, September não teria assistido à cura do Walter [2º] para Peter e não teria tido aquela conversa na 4ª temporada em que diz “It was important. You are important. It was why I could not allow you to drown at the bottom of Raiden Lake. Why it was necessary to allow the other Doctor Bishop to cure you instead.” isto a Peter. Foi a forma que tiveram de virar “alvos” - ok, não os censuro - mas tinha de falar nisso. Fora isso, e abordando a tua questão, essa é bastante fácil de se explicar.

Michael era um ser único. Windmark confirmou que nem os aparelhos de medição ao seu dispor eram suficientes para “supor” a plenitude da sua força, os cientistas que o observaram notaram desenvolvimentos excepcionais em múltiplas áreas e isto permitiu-lhe ter imunidade às viagens temporais, capacidade de transmissão de pensamentos por contacto físico, intransponibilidade cerebral (daí Windmark não ter sido capaz de o ler) e presumo que depois de teres visto os últimos 3 episódios [11,12,13] tenhas reparado que Michael possui a capacidade de prever o futuro (a uma extensão ainda melhor que a dos Observers). Ele faz o gesto à Olivia para se “calar” 2x - como que prevendo o que iria suceder de seguida - e assumindo que ele lê o futuro (é praticamente um dado adquirido) deixou-se apanhar por Windmark para que a Olivia recebesse uma elevada dosagem de Cortexyphan, sendo posteriormente capaz - devido ao Cortexyphan - de matar Windmark. Tudo aquilo que ele fez foi garantir que o plano iria triunfar.

[hr]

… a Tulipa Branca ao principio - quando surgiu - foi encarado como um sinal dos Deuses.

Walter tinha pedido um sinal específico (tulipa branca) e ela, subitamente, apareceu. Nos últimos 3 episódios chegámos a conclusão que a túlipa branca era um sinal de … September. ;D :great:

September previa o futuro, nenhuma novidade aqui. Walter enviou-a a Peter - por razões indeterminadas - mas possivelmente será para ter o mesmo impacto em Peter, para que Peter entenda a túlipa como um sinal divino de Walter (uma vez que em 2015, data em que Peter a recebe, Walter já não está na timeline de Peter e Olivia). A pergunta aqui seria de “como é que Walter a conseguiu enviar se esteve sempre numa timeline diferente?” mas é um paradoxo igual ao da construção da máquina de Peter.

Espero ter-te ajudado, daqui a pouco escrevo outra mensagem sobre curiosidades e pontas soltas. :mais: :great:

*(graças a Deus que isto não foi como Lost em que se limitaram a “não é mitologia, não é magia, estivemos só a gozar convosco este tempo todo” … aqui ainda temos pernas para andar.)