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A questão do direccionar votos é uma grande verdade! No norte, os padres tem muita influência sobre os crentes, talvez seja por isso que lá para cima haja muita laranjinha!
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Não li o que está para trás, por isso vou me cingir ao tópico, o Saramago manda uma posta de pescada sobre a Bíblia na altura em que publica um livro. Ele deve ter pensado, bem, já quando foi o Evangelho foi o que foi, sempre que lanço um livro com um teor polémico mando uma “posta” e ele vende-se bem, vou tentar novamente a ver se isto pega. Reparem, quase sempre as suas “polémicas” é quando publica um livro ou escreve num jornal ou algo do género. Chama-se a isto Marketing. O resto é cantigas.
@Green Lion
Nao tenho o direito de questionar aquilo em que tu acreditas ?
Nao tenho direito de ofender-te devido ao que acreditas, mas de questionar, escrutinar e desacreditar tenho de certeza absoluta desde que o faça sem insultos pessoais. Aquilo que constitui um insulto gracas ao vosso senhor que não te cabe a ti definir mas sim a Constituição Portuguesa e a Declaração dos Direitos do Homem ( a mesma que outro dia nos mandaste meter no cu)
Até compreendo que te queiras sentir perseguido visto que mais uma vez perdes as discussões a olhos vistos. Não porque te insultam mas sim porque tu estás mais preocupado em chamar comunista a todos que nao concordam contigo em vez de contra argumentares. Basta ver o teu ultimo posto dirigido ao Wiston Smith, alguem que nunca vi a insultar ou a fazer suposições sobre se tens a cabeça formatada ou não. Já antes tinhas insinuado que só critica a IC quem tenha complexos devido a maneira como foram educados, embora nem perceba como isso possa ajudar o teu argumento, visto que se algum de nós tivesse ficado marcado de uma maneira negativa no nosso juízo sobre a IC devido a educação dada por uma organização religiosa, a culpa seria dessa mesma organização e não nossa. A não ser que queiras culpar o PCP, Lenine e Marx. Até deixei passar essa, já que daria pano para mangas.
Se esse post te irritou, aconselho-te a ser um bom Cristão e a dares a outra face. Também podes ir ler a definição de hipócrita que vem na tua adorada biblia, visto que a ti te parece muitíssimo bem que se ridicularize o Corão, mas o mesmo já não se pode dizer da biblia. Revê a tua posição neste assunto, porque senão ninguém te leva a serio.
Essa de dizer que não posso questionar aquilo em que tu acreditas é forte. Bem me parecia que a coisa estava a ir muito bem com posts bem interessantes da parte do FJP, Winston Smith, Judas a32 e Romero e outros, embora não concorde com todos , estava interessado em conhecer os pontos de vista de cada um.
@Stunner
Os livros do Saramago não estão pendentes de marketing, o homem deve vender imenso por esse mundo fora, embora o cínico que há em mim concorde em parte contigo, visto que certos comentários da parte do autor irão ajudar a venda do livro. Mas não me parece que tenha sido propositado. Talvez.
Deixo aqui várias opiniões sobre o assunto e com as quais concordo:
[b]Saramago é crente[/b]
2009-10-22
Saramago dizendo “Deus não é de fiar: é vingativo, é má pessoa” lembra-me as animadas conversas das empregadas domésticas nos autocarros a caminho do trabalho, revoltadas com a Ivone do “Caminho das Índias” e prontas para, dando com a actriz Letícia Sabatella na rua, tirarem desforço dela.
Saramago, afinal, é crente, e fundamentalista, levando a novela bíblica a peito e as “más práticas” de Deus (espécie de Ivone da Bíblia) à conta de literalidade. Não me admirava que, podendo, também o invectivasse (“Aquilo faz-se, meu malandro, mandar Abrãao matar Isaac?”) e o espancasse se ele lhe aparecesse, como à Alexandra Solnado, no metro. Alguém que diga a Saramago que a Bíblia é um livro, uma narrativa (na verdade muitas e belíssimas narrativas, misturando verdade histórica e fábula), “escrita” há milénios por autor colectivo e anónimo a quem os cristãos, na parte que lhes toca, chamam Espírito Santo (como chamamos Homero a todos os gregos autores da “Odisseia”). Não é uma obra de História ou de Geografia, de Biologia ou de Astronomia. Era de supor que um romancista percebesse isso melhor que ninguém.
Manuel António Pina
[b]Uma farsa[/b]
23/10/2009
O problema com o furor que provocaram os comentários de Saramago sobre a Bíblia (mais precisamente sobre o Antigo Testamento) é que não devia ter existido furor algum. Saramago não disse mais do que se dizia nas folhas anticlericais do século XIX ou nas tabernas republicanas no tempo de Afonso Costa. São ideias de trolha ou de tipógrafo semianalfabeto, zangado com os padres por razões de política e de inveja. Já não vêm a propósito. Claro que Saramago tem 80 e tal anos, coisa que não costuma acompanhar uma cabeça clara, e que, ainda por cima, não estudou o que devia estudar, muito provavelmente contra a vontade dele. Mas, se há desculpa para Saramago, não há desculpa para o país, que se resolveu escandalizar inutilmente com meia dúzia de patetices.
Claro que Saramago ganhou o Prémio Nobel, como vários “camaradas” que não valiam nada, e vendeu milhões de livros, como muita gente acéfala e feliz que não sabia, ou sabe, distinguir a mão esquerda da mão direita. E claro que o saloiice portuguesa delirou com a façanha. Só que daí não se segue que seja obrigatório levar a criatura a sério. Não assiste a Saramago a mais remota autoridade para dar a sua opinião sobre a Bíblia ou sobre qualquer outro assunto, excepto sobre os produtos que ele fabrica, à maneira latino-americana, de acordo com o tradição epigonal indígena. Depois do que fez no PREC, Saramago está mesmo entre as pessoas que nenhum indivíduo inteligente em princípio ouve.
Oregime de liberdade, aliás relativa, em que vivemos permite ao primeiro transeunte evacuar o espírito de toda a espécie de tralha. É um privilégio que devemos intransigentemente defender. O Estado autoriza Saramago a contribuir para o dislate nacional, mas não encomendou a ninguém? principalmente a dignatários da Igreja como o bispo do Porto - a tarefa de honrar o dislate com a sua preocupação e a sua crítica. Nem por caridade cristã. D. Manuel Clemente conhece com certeza a dificuldade de explicar a mediocridade a um medíocre e a impossibilidade prática de suprir, sobre o tarde, certos dotes de nascença e de educação. O que, finalmente, espanta neste ridículo episódio não é Saramago, de quem - suponho - não se esperava melhor. É a extraordinária importância que lhe deram criaturas com bom senso e a escolaridade obrigatória.
Vasco Pulido Valente
[b]Saramago não incomoda nada[/b]
25/10/2009
E o Prémio Sousa Lara de 2009 vai para o eurodeputado do PSD Mário David, que tem vergonha de José Saramago e por isso lhe pediu que renuncie à cidadania portuguesa. É preciso um apurado patriotismo para decidir que em Portugal só se encaixam cidadãos impolutos e exemplares. Desgraçadamente, não sou patriota. Por umas e por outras, convenci-me de que, mais ou menos à semelhança dos restantes países, aqui coexistem pessoas dignas e bandalhos, sumidades e palermas, além de imensas criaturas assim-assim. É verdade que o sr. Saramago não ocupa o topo das minhas preferências, mas se ler os seus livrinhos e aturar os seus desabafos não forem actividades compulsivas, não me aflige partilhar a nacionalidade e a geografia com o homem.
Já me espanta um bocadinho que se atribua ao homem o relevo que não merece. Na rua da minha infância, surgia às vezes um indivíduo que, auxiliado por uma corneta e um bombo, gritava blasfémias tão profundas e esclarecidas quanto as do sr. Saramago. Em lugar de lhe conceder o Nobel, a Casa dos Bicos e manchetes na imprensa, a vizinhança ria-se do infeliz. Ao infeliz faltou o que não falta ao sr. Saramago: disciplina de escrita e gente que lhe desse troco.
Além do tal Mário David, também figuras respeitáveis da Igreja e da comunidade judaica ajudaram o sr. Saramago na prática do seu desporto favorito: imaginar-se “incómodo”. O sr. Saramago é o equivalente literário daqueles treinadores de futebol que passam a vida a proclamar que o seu Paços de Ferreira ou o seu Vitória de Setúbal “estão a incomodar muita gente”. A boutade visa atribuir a quem a profere uma capacidade singular, um carácter indomável que eleva o autor acima da ralé “incomodada”.
Escusado dizer que há aqui bastante presunção e algum delírio. Desde que não volte a dispor do poder de que dispôs durante o assomo estalinista de 1975, o sr. Saramago não me incomoda nada. Pelo contrário: na medida em que os seus anseios publicitários produzem regularmente o exacto tipo de burlesco que alimenta a crónica jornalística, o sr. Saramago até me é útil. Os seus alívios anticlericais, típicos de quem não leu ou não percebeu o Antigo Testamento, e as suas derivações ficcionais, típicas de quem leu e percebeu García Márquez e coisas piores, apenas incomodam os que o levam a sério, toleima em que, insisto, não caio. No fundo, tenho mais o que fazer. Notoriamente, Mário David, e não só Mário David, não tem.
Alberto Gonçalves
E já agora, uma provocação mais antiga :twisted: :
[b]Ensaio sobre a toleima[/b]
26 de Março de 2004
Eu tenho um Saramago no quintal. Chama-se Ernesto, é um cágado de trinta centímetros e é tão parecido com o escritor que todas as manhãs me assusto ao vê-lo. Para Nobel, ao Ernesto só faltam os óculos, uma carreira literária derivativa e a capacidade de proferir maluquices sempre que lhe apontam um microfone (eu sei, porque já lhe apontei vários e a resposta é sempre um sábio silêncio).
Gosto muito do Ernesto, o que não significa que não goste do próprio Saramago. Gosto sim. Acho giro que uma relíquia estalinista mantenha, em 2004, as capacidades da locomoção e da fala: o Homem de Lindow, por exemplo, é mais velho, mas não sai do Museu Britânico e é sujeito com quem se torna puxado manter uma conversa decente.
Claro que Saramago também não diz coisa com coisa, mas, ocasionalmente, faz-nos pensar, pensar de facto. Quando ele diz “a democracia ocidental está ferida de morte.”, nós pensamos “o homem é parvo”. Quando ele pede “uma revolução das consciências”, nós pensamos “o homem é doido.” Quando ele garante que vivemos numa “plutocracia”, que como todos sabem é um regime dominado pelo cão do Mickey, eu penso que é altura de oferecer um computador ao Ernesto e esperar pela respectiva obra. Não que o Ernesto não tenha já obrado - a Caminho é que ainda não publicou.
Acho que foi má fé, cobardia, um ataque básico e um desrespeito e eu até concordo com algumas coisas que ele disse e supostamente escreveu e com a sua visão.
Como disse antes acho que esta discussão poderia ser interessante do ponto de vista histórico, possivelmente não bem aceite de qualquer forma pela IC mas com base cientifica e não como forma de denegrir, por si só, uma das instituições mais importantes do passado e presente. Ou seja, não compreendo a extrapolação de alguns factos passados para o presente que Saramago faz de uma forma astuta denegrindo a Igreja.
Acho que existe má-fé pela extrapolação, pelo não reconhecimento de que a Igreja no mínimo reconhece que aqueles textos quando lidos literalmente não são dos mais aceitáveis, e pelo facto de não ter em grande conta que o mundo na altura da escolha dos textos e da sua elaboração era completamente diferente do actual. Ou por outra, como julgo que Saramago é uma pessoa inteligente ele tem consciência destes factos mas de uma forma que defini como astuta não lhe dá jeito reconhecer.
Acho que foi cobarde porque Saramago visa um ataque aberto à IC, através de uma interpretação literal de um texto que ele sabe que não vigora e ao qual os cristãos estão presos por esse ser o seu livro sagrado. Julgo que toda a gente reconhece a simbologia dos textos da Bíblia, mesmo que no inicio não fosse essa a intenção dos autores de alguns dos textos (não se se era ou não) e Saramago sabe que para não cristãos a “sua” interpretação da Bíblia iria provocar uma situação na qual a Igreja não se conseguiria defender.
Eu acho que a situação dos cartoon’s de Maomé é de mau gosto e imprudência, não sei se será mais que isso porque não estou familiarizado com a cultura. É sobretudo de imprudência porque há Islâmicos fundamentalistas e mesmo quando se faz humor, julgo que se deve ter em atenção os costumes e a visão das outras pessoas porque senão pode vir a dar-se um caso como esse.
A questão central aqui é que ele não fez um ataque À IC. Ele apenas proferiu uma opinião pessoal sobre aquilo que ele considera ser a Bíblia. Não nos esqueçamos que a Bíblia antes de ser o Livro Sagrado para os cristãos, é um livro que está disponível para toda a gente, independentemente de ser cristão ou não, e por isso está sujeito às mais diversas interpretações. Não é por acaso que os judeus se recusam a aceitar Jesus como sendo o Messias, eles próprios fizeram a sua própria interpretação dos livros do AT e como tal Jesus e o NT para eles nada lhes diz. Saramago também tem esse direito e como tal a Igreja só deveria era aceitar isso democraticamente e seguir em frente sem dar azo à criação de um caso que não tem razão nenhuma de existir.
A verdade é que não encontras em nenhum post meu alguma coisa que ofenda quem pratica o catolicismo. Criticar a Bíblia não é sinónimo de desrespeito para quem segue o livro, antes pelo contrário. A crítica a uma ideologia é sempre feita ao conjunto de ideias que a compõem e nunca às pessoas que as seguem, tal como quando criticas uma obra de arte estás a criticar a obra em si e não as pessoas que a admiram. Se, por exemplo, eu disser que detesto o Titanic, porque acho que é um filme pobre e mal construído, estou a ofender as pessoas que gostam do filme? Não me parece, senão estávamos sempre a ofender-nos mutuamente na nossa vida quotidiana.
A verdade é que a única pessoa que pessoalizou a discussão foste tu. Este tópico estava a ser bastante bom em termos de qualidade discursiva, ausência de insultos pessoais entre outras coisas (como referiu o Angel Lion) até ao teu post. Peço-te que não o estragues. Já percebi que tens claramente uma questão pessoal comigo, no entanto sê um bom cristão (como referiu o Yazalde) e respeita as pessoas de quem não gostas, porque o teu post entrou claramente na falta de respeito.
@ F_J_P
Mas o hinduísmo e o budismo, mesmo tendo uma génese semelhante, são diferentes na forma como vêm Deus. Eu percebo quando falas na diferença entre um Deus oriental e um ocidental (e concordo contigo), a questão é que os budistas não têm essa concepção oriental que falas e que está presente sobretudo no hinduísmo. É que os hindus têm um Deus que sintetiza todos os outros (Vishnu ou Krishna) e os budistas não. Para os budistas não interessa se existe Deus porque o Nirvana é atingido através das práticas. Eu vejo o budismo quase como uma ciência de aperfeiçoamento pessoal, com milhares de anos de prática empírica e resultados tangíveis.
Não li, nem tenciono ler o livro do Saramago, e ele aí até é capaz de criticar a Biblia, mas nas suas declarações ele ataca frontalmente os judeus, cristãos e islamicos (que nunca referimos mas que acreditam no AT como sendo escrito por influencia divina e que acreditam que Cristo era um Messias).
Winston tu estás a confundir o Bhakti Yoga com o hinduismo, no Vedanta Yoga não existem referencias a Deuses mas somente a Atman, com que te unes quando atiges a suprema consciencia. O nirvana é o samadi… e as praticas e objectivos são similares.
Por acaso estive a conferenciar com um amigo meu Indiano e hindu, que me “iniciou” nas andanças do hinduismo e ele parti-lha da mesma opnião que eu em relação a Deus no Budismo e a semelhança entre hinduismo e Vedanta Yoga.
Mas como até está bem patente nos textos da wikipedia existe muito debate nesta area do Budismo, a mim parece-me que sim até porque Budha era hindu e os hindus acreditam em Deus… mas nada disto implica a validade das praticas advogadas pelo budismo que considero excelentes e por fazer praticas semelhantes por me ter “tornado” hindu até aconcelho todos a pensarem seriamente em olhar e pensar nos ensinamentos de Budha.
Uma das coisas boas de viver em Inglaterra é esquecer-me que gente como o Vasco Pulido Valente existe. Este comentário ao artigo sintetiza a minha opinião.
F. Serra, Almada
[i]Não se pode criticar a religião?
Vou pegar numa frase do segundo parágrafo do comentário de VPV e mudar apenas 4 substantivos: “Não assiste a Vasco Pulido Valente a mais remota autoridade para dar a sua opinião sobre Saramago ou sobre qualquer outro assunto, excepto sobre os comentários que ele fabrica, à maneira saloia-portuguesa (…)”. Ou seja, esta espécie de comentadores e “opinadores” na qual VPV se enquadra, pensa que tem o direito de silenciar todos aqueles com os quais não concordam. E os argumentos que VPV usa são ridículos, como mostrei, basta mudar 4 substantivos e a frase vira-se facilmente contra que a escreveu, demonstrando assim a falta de sustentação lógica de tal afirmação. Porque razão não se pode criticar ou opinar sobre o antigo testamento, ou sobre a religião dominante em Portugal, e o respectivo clero? Que direito tem este senhor para insultar Saramago (“… explicar a mediocridade a um medíocre e a impossibilidade prática de suprir, sobre o tarde, certos dotes de nascença e de educação.”)? Assiste a VPV o direito de insultar quem não partilha da sua opinião?
[/i]
Que comentário mais ridículo o do Vasco Pulido Valente.
Parece que só tem importância quem tem uma licenciatura/mestrado/doutoramento nas mãos [será, então, Fernando Pessoa um mísero escritor debitador de ‘tralha’?]. Enfim… O impressionante é que ainda lhe pagam para mandar postas e alarvidades desse género.
Ao Vasco Pulido Valente eu não consigo passar grande crédito. Para ele tudo é mau, a única coisa que ele encontra de positivo deve ser a imagem que lhe aparece quando ele está a olhar no espelho. Ele não profere opiniões, ele manda arrotos disfarçados. Não há dúvida que ele encaixava que nem uma luva no Jornal de sexta-feira da TVI.
Antes demais não tenho nada de pessoal contra ti , no entanto permite-me discordar que acho a tua posição sobre a Igreja Católica um excesso desproporcionado para a importância que a Igreja Católica tem hoje na sociedade portuguesa.
Uma coisa é criticar , eu muitas vezes o fiz e rogo-me no direito de criticar a Igreja Católica quando não concordar com alguma coisa , agora tu dizes que sentes repulsa , ora a meu ver isto não tem o mínimo sentido , porquê , porque a Bíblia não é um livro nem racional , nem tem bases científicas , acharia mais natural que fosses sim indiferente a ele , que é o que eu sou em relação a coisas que eu não gosto.
Alem do mais dás a entender que os membros da Igreja Católica só por respirarem fazem a maior das mal-feitorias , como por exemplo quando os membros da Igreja Católica fazem trabalho social , um trabalho bastante meritório que até faz falta haver mais quem faça , isso para mim não é criticar , entre outras coisas , é participar num linchamento sem sentido.
Por isso acho a tua posição incompreensível , se queres criticar , critica o que é criticável , já que não consegues pelos vistos ser indiferente à Igreja Católica.
Já agora , porque tens repulsa pela Igreja Católica ?
Se quiseres , não respondas porque eu não tenho nada a ver com isso , fui para a hipótese política porque sei que na tua área muita gente tem aversão à Igreja Católica só por que sim , por motivações políticas sem qualquer razão de ordem particular , se foi algum caso pessoal , más pessoas há em todo lado , a Igreja é uma organização de homens por isso falível.
No passado a Igreja Católica têve muito poder na sociedade portuguesa , controlava sim até certo ponto a vida das pessoas , se se passasse isso actualmente , de certeza que eu tambem seria contra esse abuso , ora isso não se passa actualmente , não há razão nenhuma a meu ver para tanto asco pela igreja.
[b]Papa diz que Bíblia deve ser entendida como um todo[/b]
O Papa Bento XVI sublinhou, hoje, a importância de se entender a Bíblia como um todo, referindo que o pressuposto fundamental para a compreensão teológica dos livros sagrados é a unidade das Escrituras.
O Sumo Pontífice, que se dirigia a professores, alunos e funcionários do Pontifício Instituto Bíblico, por ocasião do centésimo aniversário da sua fundação, referiu que nestes últimos cem anos aumentou o interesse pela Bíblia.
Graças ao Concílio Vaticano II e à Constituição Dogmática Dei Verbum, em cuja elaboração participou, a importância da Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja tem sido mais compreendida, disse.
A Dei Verbum, acrescentou, veio sublinhar a legitimidade e a necessidade do método histórico-crítico na análise da Bíblia, reconhecendo três eixos essenciais: “a atenção aos géneros literários, o estudo do contexto histórico e o exame do que habitualmente se designa por Sitz im Leben (contexto vital)”.
As declarações de Bento XVI surgem uma semana depois da controvérsia em Portugal em torno de declarações do escritor José Saramago, a propósito do lançamento do seu mais recente livro “Caim”, nas quais o Nobel da Literatura português classificou a Bíblia como um “manual de maus costumes”.
Nas várias reacções a estas declarações foi sublinhado que Saramago fez uma leitura literal de parte do Antigo Testamento, esquecendo que a Bíblia é formada por dezenas de livros.
Antes de mais gostava de saber quantos de vocês sao capazes de nomear uma Instituição Particular de Solidariedade Social/charity/Non Governmental Organizations que esteja ligada a IC ? Desculpem usar o nomes em Inglês mas é para ser o mais justo possível já que refiro-me ao mundo inteiro. Consigo nomear algumas mas não estão relacionadas com a IC, por exemplo: Acorn, Oxfam, Amnisty International, Red Nose Day, Aldeias SOS e Santa Casa da Misericórdia (IC ?) mas esta ultima nem sei se é realmente considerada ou não. Estou a ser sincero, se quiserem continuar este exercicio (sem ir ver ao google ) era engraçado ver os resultados daqui a umas paginas. Depois de responderem, se quiserem deixo aqui links de charities sites dedicados a ajudar o doador, fornecendo informação sobre quais as “empresas” que funcionam melhor, pena não ter encontrado lá nenhuma da IC, nem dirigidas, nem patrocinadas, talvez estejam é abençoadas, o que já não é mau, visto que o preço das hóstias anda pela hora da morte, agora com a crise e tudo. Se encontrarem alguma, digam, que eu peço desculpa.
Relativamente a questão da repulsa, e assumindo que a pergunta me foi feita a mim, têm haver com as acções da IC, os mais variadíssimos crimes cometidos contra as mais distintas populações, em diversos países e em diferentes eras, é só escolher.
Se querias fazer uma pergunta dificil, devia ter sido, que razoes tenho para não sentir repulsa da instituição que é a IC, nao me refiro a indivíduos, embora haja alguns casos mas escondem-se tão bem que nem me lembro dos nomes. Mas há mais razoes, por exemplo também me desagrada bastante a maneira como alinham sempre com o poder instituído, boicotando qualquer esforço de legislação progressiva.
O ultimo factor contribuinte para a minha repulsa nao é nem por sombras o menos importante visto que está sempre na minha memoria, (e até admito que fiquei um bocadinho traumatizado) refiro-me a uma freira que ia a minha escola primaria dar umas palestras, pessoalmente até gostava de a ouvir, já que sempre quebrava a monotonia das tabuadas e o decorar de rios e afluentes. Agora a mulher mandava um bigode e uma borbulha mais peluda que parecia ter pernas e tudo, eu era miudo, nada mais natural que ficar extremamente afectado. Sinceramente, deviam pensar nestas coisas e mandar freiras para as escolas que fossem atraentes, agora mulheres com bigode ?!? Depois admiram-se que o povo não vá a igreja. Não faz falta mandarem freiras de salto alto e vestidinho de latex ( :twisted: como se vê aqui muito ao fim de semana :twisted: ) mas pelo menos sem bigode…Ah e a cor dos collants também não gostava, sempre castanhos, parecia muito sujo, encardido, se calhar é daí que me vem a repulsa, será que o Winston tem tempo para me dar umas consultas por PM ? Ele e psicólogo, não é ?
Parece que o Sumo Pontífice é da opinião que o interesse pela bíblia aumentou nestes últimos cem anos. Pois, é pena o pessoal não ir ler a biblia para as igrejas, essas sim cada vez mais as moscas quando comparadas com 50 anos atrás, imaginem com 100.
Já referi antes a Caritas é uma organização da IC presente em variados países e que tem um trabalho a todos os níveis meritório.
E nem deve ser preciso procurar muito para se encontrar referências à Caritas como sendo uma das principais organizações humanitárias em todo o mundo, ainda que o conceito de medir ajuda seja um pouco estranho (não do ponto de vista de quem quer que o dinheiro que doa seja bem empregue mas porque acho um bom principio admitirmos que as instituições sérias fazem o melhor que podem com os recursos que conseguem).
Por exemplo a Caritas Portugal tem isto no seu site:
A Cáritas Portuguesa é uma instituição oficial da Conferência Episcopal, para a promoção e dinamização da acção social da Igreja.
Visa a assistência, a promoção, o desenvolvimento e a transformação social.
Luta por uma sociedade mais justa, com a participação dos que são atingidos por qualquer forma de pobreza, exclusão social ou emergência, sem olhar a crenças, culturas, etnias ou origem.
A Cáritas, rege-se por estatutos próprios, tem personalidade jurídica, civil e canónica.
Integra a Plataforma Portuguesa das ONGDs.
Compete à Cáritas Portuguesa a representação nacional e internacional da Cáritas em Portugal.
Vincula-se aos princípios da universalidade e da radicalidade em favor dos mais pobres, o que implica: a animação social, a comunhão cristã de bens e a formação. Promove a animação da pastoral social, estimulando a existência de grupos de acção social nas paróquias.
A Cáritas pretende: informar, denunciar e sensibilizar a sociedade, propondo medidas de solução para problemas sociais graves, através de:
Assistência e apoio nas emergências
Promoção da autonomia de cada homem e mulher
Processos de desenvolvimento local
Intervenção junto dos centros de decisão política
Formação de agentes de voluntariado
Empenho na conservação do meio ambiente sustentável.
A Cáritas fundamenta a sua actuação no respeito pela dignidade de cada pessoa, no Evangelho e na Doutrina Social da Igreja.
Faz parte de um movimento global, a Caritas Internationalis.
Imagino que seja igual em todos os outros países em que está presente.
E possivelmente existirão mais instituições sem ser a Caritas (confesso que desconheço).
O que Sua Santidade diz nada mais é do que aquilo que qualquer pessoa que procura ler a Bíblia com olhos de ver e que complemente a sua leitura com pesquisa, sabe.
O Sr. Saramago, ao que parece, não sabe.
Um pormenor algo interessante que demonstra como algumas pessoas discutem a Bíblia sem simplesmente a ler, ou então lendo-a muito na diagonal, é a menção da Sra. Odete Santos ao fruto que a Eva comeu: uma maça. Não sei como é que ela chegou a essa conclusão, mas que não foi por leitura da Bíblia, ai isso tenho certeza.
O que eu acho curiosa é a arbitrariedade com que se define aquilo que na Bíblia, é para ser interpretado de forma literal e é para ser interpretado de forma figurada.
Durante a maior parte da existência, tudo o que estava escrito n’O Livro era para ser levado à letra e não havia cá discussões sobre narrativas, sentidos figurados ou “interpretações”. Era o Livro de Deus, escrito ou mandado escrever pelo próprio, e o seu conteúdo não era susceptível de ser colocado em causa. Entra a Ciência em cena, e de repente tudo passa a ser figurado e lá vão aparecendo os Papas e teólogos a dizer que afinal os anjos não vivem no Céu, que afinal o Inferno não é um lugar físico, que afinal Deus não criou o Universo em sete dias e que afinal o Matusalém não viveu 900 anos. E que afinal há coisas que são para serem interpretadas em sentido figurado no âmbito de uma narrativa romancizada.
Ora o que me intriga são que critérios são usados por estas pessoas - as que ao mesmo tempo se dizem crentes mas reconhecem que há elementos de fantasia no livro - para estabelecer a diferença entre o que é literal e o que é figurado, ou para ser mais grosseiro, para estabelecer a diferença entre o que é verdade e o que é mentira. Matusalém não viveu 900 anos, mas Deus falou a Moisés. Deus mandou Abrãao sacrificar o filho, mas Jonas não andou a passear na barriga da baleia. Noé não construiu nenhuma Arca, mas Satanás tentou seduzir Jesus Cristo no deserto. A chuva de maná no deserto afinal eram pipocas, mas Jesus Cristo multiplicou os pães…se se considera que certos aspectos do livro são para ser interpretados de forma figurativa, porque é que não se faz essa interpretação do próprio Deus e da sua existência? Mesmo que se acabe por reconhecer toda a fantasia da Bíblia e que subsista apenas como verdadeiro aquilo que é historicamente factual e o próprio Deus, porque é que haveria este de ter dado instruções para se construir em torno de si um embuste de dimensões universais e intemporais?
Os crentes continuam sem se convencer que tudo isto foi uma invenção dos homens e para os homens, como aqueles que ao longo da vida do Cristianismo se reuniam nos Concílios para discutir e decidir o sexo dos anjos, para decidir como é que Jesus Cristo viveu ou para decidir se afinal Judas foi um traidor ou um mártir e dessa forma impor a todos os outros a sua própria interpretação das coisas e ter na mão a capacidade de controlar a maneira como cada ser humano se deve relacionar com a sua espiritualidade e o Mundo que o rodeia. E cheira-me que só se vão convencer disto quando a própria Igreja se vergar à sua vergonha e lhes proclamar o propósito de tudo isto. E então poderá remeter-se à única faceta cujo mérito e importância ainda lhes vai sendo reconhecido universalmente, que é o da solidariedade, que pode muito bem ser conseguida sem precisar de controlar as pessoas e o Mundo.
Não, se há pessoa de que ele não gosta mesmo é de si próprio, basta ler o que escreveu quando saiu da televisão falando da “minha má imagem (um understatement), a minha má voz, geral incoerência e péssima dicção”. :twisted:
Esta questão é simples, o Saramago sofre de vários problemas um deles é ser um radical, um estalinista. O outro é que sofre do mesmo doença que muitos ateus, que é quase criarem uma religião de radicalismo em volta de uma coisa que para eles não existe: Deus. Eu sou ateu e não me passa pela cabeça debruçar-me sobre coisas para mim são imaginárias. Nesse ponto de vista, não me passa pela cabeça ver a Bíblia para além daquilo que é: uma narrativa literária antiga, aliás excelente (e da qual ainda não passei das 200 páginas). Parece que Saramago chamou “filho da ■■■■” a Deus, isto é cúmulo da doença, da senilidade, será que cabe na cabeça de alguém (excepto alguém que viva num hospital psiquiátrico) insultar uma coisa que não existe?