Não é não Rui, tu é que estás no reino da utopia.
O Sproting gere e decide tudo o que tem a ver com o futebol? Não meu caro. Esqueces que tens papéis assinados que permitem aos bancos fechar a boca automaticamente caso avances por exemplo para contratações sem teres vendido realizado x euros em receitas adicionais da SAD (na práctica vender jogadores)? Não vejo forma mais completa de limitar completamente esse poder de "decisão". Aliás viu-se bem neste defeso.
Por outro lado o poder de decisão dos sócios é completamente manietado, quando estes sabem ou são assustados pelas “grilhetas” que prendem o Sporting logo… que liberdade tem um sócio de votar uma opção alternativa quando lhe dão conhecimento dos compromissos assumidos sem sua autorização e que podem resultar na desintegração do clube? Nenhuma.
Portanto caro Rui… no “papel” o clube pode ser dos sócios, dono do seu nariz, etc. mas isso são tudo quimeras. Na práctica já somos de alguém. A diferença é que esse alguém está interessado em nós como um vampiro do filme “blade” se interessa pela carcaça humana que lhe dá sangue ocasional: há que manter aquilo minimamente vivo para gerar retorno, mas não há grande interesse em lhe dar pujança.
É isto preferível a um russo, estónio, chinês ou indiano que não tendo o que fazer a tanto bilião decide investir num clube apenas pelo seu gosto pelo futebol? O problema é que destes não há de facto muitos.
Mauras, isso é assim por erros de gestão que durante anos discutimos aqui. Mas volto a afirmar, neste momento a situação é essa, mas desde que resolvidos esses problemas o poder continuará a ser de quem sempre foi, dos sportinguistas.
Atenção que, em laia de aviso para criticas que já adivinho, eu não defendo a intervenção “selvagem” a que assistimos tantas vezes no passado, de adeptos a derrubar direcções devido a resultados desportivos, pontuais ou não.
Acho que as pessoas podem exteriorizar, até em comportamentos mais exaltados, o seu descontentamento, mas isso não implica que o poder ande na rua.
O que acontecerá a partir do momento em que se venda a maioria da participação na SAD é o Sporting deixar de pertencer aos sportinguistas, isto parece-me claro e para mim é inaceitável, seja a perspectiva qual for.
Nessa altura é que não existirá mesmo forma de os sportinguistas voltarem a controlar o que é deles!