Sócios e adeptos do Sporting

Não me expressei bem, paguei mas o que tinha a pagar e não este valor ridículo do site :rofl:
Apesar de ter esta info na minha área de sócio, se se pagar apenas uma quota, no meu caso era o que estava de facto em atraso em relação a Fevereiro , já me permitem comprar bilhete.

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Mariana Cordeiro Ferreira

#DIADESPORTING

É altura de colocar o cachecol, vestir a camisola e preparar a voz… porque o amor chama e a este nunca viraremos as costas.

09 Fev 2020, 08:00

É sempre complicado definir o amor ao Sporting Clube de Portugal, quando falamos com membros de outros clubes, por muito que se tente explicar o sentimento e os sonhos em verde e branco que nos correm nas veias, parece que fica sempre alguma coisa por dizer.

É um amor que não se explica, pura e simplesmente se sente e por muitos maus resultados que existam, por muitos títulos que nos faltem, é um amor que a única tendência que tem, é a de aumentar.

É aquele amor que não nos deixa descansar, é aquele amor que está sempre lá, é aquele amor que por muitas desilusões que nos cause, faz com que estejamos sempre lá, sempre prontos para fazer mais uma viagem, sempre prontos para ir de cachecol posto e sempre com a consciência de que não existe no mundo inteiro amor maior do que este.

Se algum dia nos tentarem estudar e tentarem perceber o porquê de isto ser assim, acho que, tal como o Gonçalo Pereira Rosa escreveu no Livro “Big Mal & Companhia”, temos de entender que Alvalade “é um ser vivo. Pode ser de pedra e cimento, mas respira como um um organismo. Como um amante ternurento, não recusa nada a quem tudo lhe dá”.

Obviamente que o livro retrata um Estádio que deixou de existir, mas a realidade é que estas palavras se poderão aplicar ainda no que existe no dia de hoje.

Os rugidos da bancada, os velhos do Restelo, os críticos sempre presentes, os velhotes com os phones nos ouvidos para ouvirem o relato em simultâneo, a malta nova que não consegue estar sentada e que sobe a bancada toda só para conseguir ver o jogo de pé e mandar os nervos embora…e eis que chega o momento.

O nosso ‘O Mundo Sabe Que’, todo o coração fica mais aconchegado quando esta música começa a tocar. As vozes em uníssuno, com os cachecóis por cima da cabeça, cantam com a certeza de que pelo menos naquele momento não existe mais nada, não existe mais ninguém, só existe o Sporting. O nosso Sporting, seja ele de que lado for. Naquele momento acabaram as guerras, as bocas a quem está ou deixa de estar na tribuna, naquele momento o que interessa é que o tal organismo de que o Gonçalo fala no livro nos ouça e sinta que não está sozinho. É também nessa altura que se reparam nas crianças, com cinco, seis, sete e oito anos que entoam ‘O Mundo Sabe Que’ com a voz de gente grande e é aqui que eu, ao observar isto tudo, acabo por me emocionar.

Tenho provavelmente uma visão romantizada de um Sporting Clube de Portugal, sou criticada por isso, mas a verdade é que é este amor que me faz continuar a ir, que me faz continuar a querer saber, que me faz continuar a ir ao Pavilhão e ao Estádio. É este amor que existe em cada um dos corações que entoam esta canção ao início de cada encontro, seja ele no Estádio ou no Pavilhão, porque é o Sporting. É o tal amor que ninguém consegue definir, é o tal amor que por muito que tentemos não vamos conseguir explicar, mas que, curiosamente, conseguimos passar de geração em geração.

E hoje, temos mais um #DiadeSporting com um derby de futsal às 14:20h, um pavilhão cheio pronto para ver os nossos Campeões da Europa brilhar, e com um jogo de Futebol às 17:30h, portanto é altura de colocar o cachecol, vestir a camisola e preparar a voz… porque o amor chama e a este nunca viraremos as costas.

Leonino

hoje escreves tu!: «Investir no Sporting»

Caros consócios, venho dizer-vos que considero que o extremar de posições e das clivagens no seio do nosso clube, deve ser visto como uma oportunidade para investir no Sporting. Seja para esta direção ou para outra qualquer, acredito que esse investimento irá beneficiar, em última análise, o Sporting Clube de Portugal.

Nesse sentido, apresento aqui algumas ideias de investimentos, que visam essencialmente, enriquecer as experiências dos Sportinguistas no nosso e noutros estádios, bem como, a perceção de sucesso para os nossos diversos públicos, sejam eles internos ou externos.

Claques
A sua alegria, cor e incentivo, são essenciais. Não sei bem qual é o protocolo que está ou esteve em vigor, mas acredito que se deve desenhar algo neste sentido.

A)Criação de uma Gamebox Ultra

  1. Exclusiva para sócios pertencentes a claques
  2. Criar figura, se necessário, estatutariamente. O Sporting tem de ser responsável pela a atualização, fiscalização, manutenção e acompanhamento destas listas.
  3. Sporting deverá coletar uma de quota sócio especifica, em conjunto com uma outra quota da claque a que pertença esse sócio. A verba pertencente à claque deverá ser entregue de imediato à mesma
  4. O Sporting é a central coletora de todas as verbas.
  5. Inclusão de todos os jogos do campeonato em casa
  6. Preço acessível, em torno dos 240€ (já vão ver porquê) e facultativo
    6.a. 240€ *2000 Gamebox’s = 480000€ de receita
    6.b. Inclusão do maior número possível de jogos fora.
    6.c. Central de Compras – O SCP deverá contactar todas as direções de todos os clubes do campeonato, propor a aquisição e pagamento antecipados do número projetado de Gamebox’s Ultra (por exemplo, 2000).
    6.d. Cerca de 2000 bilhetes por jogo, em cerca de 12 jogos fora (Não se conseguirá com todos os clubes), a um preço médio de 20€ por bilhete, implica um investimento de 480000€. A negociação antecipada, não sujeita a resultados desportivos ou humores do Sporting, a receita garantida para o clube visitado e o pagamento adiantado, num período sem receitas (Julho e Agosto) podem significar uma redução significativa no custo médio por bilhete, talvez mesmo, cerca de 50%, logo, implicará um investimento, por exemplo de 240000€.
  7. Caso o Sócio-Ultra não queira bilhetes para jogos fora, o valor de cada Gamebox Ultra é de 120€.

B) O Sporting tem um produto interessante para os ultras, tanto em casa, como fora, garante boas molduras humanas em casa dos adversários, apoio, pode potenciar o goodwill com as direções adversárias.

C) Valorizo muito o controlo e a fiscalização das medidas aplicadas, de forma a aferir, adequadamente, o verdadeiro impacto dessas mesmas medidas. O Sporting deverá adquirir e colocar à disposição dos clubes adversários nos dias de jogos, Torniquetes Portáteis, para validação das gamebox’s no acesso ao sector designado.

  1. Estes Torniquetes Portáteis, não substituem quaisquer sistemas de controlo que os clubes tenham, mas serão de utilidade extrema para efeitos de Marketing e de fidelização, bem como, benefícios claros em segurança.
  2. O transporte destes torniquetes, obriga a existência de um camião, que poderá ser potenciado, como uma loja móvel do Sporting Clube de Portugal, com Merchandising do Clube e das Claques.
    2.a. No camião deverá existir ainda, um mini-gabinete de apoio, para regularização de quotas, admissão de novos sócios e outros assuntos exequíveis com um computador, internet e impressora.

D) Estádios mais cheios, melhor futebol

Cadeiras do Estádio
Dar a opção facultativa ao sócio, no momento da compra da Gamebox, de personalizar a sua cadeira. A personalização implica a troca da cadeira por uma nova, de cor verde (única), com uma placa identificativa do sócio. A personalização deverá ser feita a preço de custo (30€ cadeira?). Balizar cronologicamente, a personalização das cadeiras no momento da aquisição da Gamebox, permitirá a obtenção de economias de escala.

Ledscreens
Único investimento real para o clube
Substituir os ecrãs gigantes existentes por 2 novos a colocar na cobertura do estádio.
Liberta lugares com bom potencial de venda (Colocar cadeiras verdes)
A tecnologia atual, permite ter Ledwalls, de grandes dimensões, mas bastante leves.
Através de Leasing, a pagar em 5 ou 10 anos, pode-se fazer este investimento sem honorar demasiado o clube.

Torneios FIFA/PES
Organizar uma competição a eliminar de videojogos durante o dia de jogo em casa, com a final a realizar e a transmitir nos ledscreens durante o intervalo.
Competição aberta apenas para sócios detentores de Gamebox
Equipas disponíveis, Sporting Clube de Portugal.

ESTE POST É DA AUTORIA DE… Tomáš Skuhravý

A Tasca do Cherba

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Mariana Cordeiro Ferreira

ESTE AMOR QUE NOS CONSOME

É o amor que me faz ter um 1906 tatuado, é o amor que me deixa com a lágrima no olho cada vez que vejo uma criança com o símbolo do leão rampante ao peito.

16 Fev 2020, 08:00

Sexta-feira foi dia dos namorados, foi dia de celebrar o amor, de ver os facebooks e instagrams de toda a gente cheios de fotografias com a cara metade e com juras de amor eterno.

Todos os anos gosto de fazer uma publicação semelhante, normalmente sou eu com uma t-shirt do Sporting vestida e com a frase do “Feliz Dia dos Namorados, amor da minha vida!“ Pode até parecer ridículo, mas é isso que acontece , porque dia 14 de Fevereiro é dia de celebrar o amor e eu faço questão de celebrar o meu .

É um amor diferente. O amor entre um adepto e o seu clube não pode ser comparado aquele que existe entre duas pessoas, e muito menos poderá ser comparado quando o clube de que falamos é o Sporting Clube de Portugal.

Porque este amor consome-nos. É aquele amor que nos magoa muito mais do que aquilo que nos deixa felizes, é aquele amor que nos faz ficar deprimidos quando chegamos à conclusão que este ano também não vai ser, é aquele amor que nos faz ficar zangados, que nos faz gritar de raiva por não o compreenderem, que nos faz dizer de cabeça quente e da boca para fora que “se for para ser assim mais vale não ser de todo, já chega! “

Mas também é aquele amor que nos preenche como até hoje ninguém fez, é aquele amor que nos enche o coração, que nos deixa tranquilos quando sabemos que ele está por perto, é aquele amor que nos canta a nossa música favorita ao ouvido e que cada vez que nos tem em Alvalade, nos abraça da forma mais ternurenta que podemos conhecer.

“O Amor não se explica“ é a frase mais clichê que podemos ler a 14 de Fevereiro, mas para quem ama este clube como cada um de nós é a melhor definição que poderemos encontrar. É o amor que me faz estar a escrever este artigo a caminho de Vila do Conde, é o amor que me faz acreditar que, por muito que tenhamos passado o cabo das tormentas desde o ataque a Alcochete, as coisas vão melhorar.

É o amor que me faz ter um 1906 tatuado, é o amor que me deixa com a lágrima no olho cada vez que vejo uma criança com o símbolo do leão rampante ao peito. É aquele amor que me deixa ansiosa cada vez que chega a altura do jogo. É aquele amor que sei que me irá sempre magoar e que mais cedo ou mais tarde me deixará cair. É aquele amor que aparenta ser o pior do mundo, mas que eu não empresto, não dou, não troco. É o melhor do mundo. E pinta-se de verde e branco.

Leonino

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Mariana Cordeiro Ferreira

OBRIGADA MÃE POR ME TERES FEITO DO SPORTING

Hoje, vou levá-la à bola outra vez e já vou conseguir vê-la a cantar O Mundo Sabe Que com o cachecol ao alto e é aí que a emoção vai falar mais alto outra vez, porque se é amor, a ela o devo.

23 Fev 2020, 08:00

Se sou do Sporting, à minha mãe o devo. A família do lado do meu pai é toda do outro lado da segunda circular, mas, verdade seja dita, foram eles que me fizeram gostar de futebol. Recordo-me de ser miúda pequena, de não conseguir chegar sequer com as pernas ao fundo do sofá e de estar em casa dos meus tios a ver futebol na televisão. O jogo? Não faço ideia e também não percebia nada, mas gostava daquilo e no dia em que comecei a perceber um bocadinho, não conseguia entender o porquê de a minha mãe não festejar os golos com eles e fiz-lhe a pergunta que até hoje me deixa orgulhosa:

“De qual tu és?”

“A mãe é do Sporting filha”.

“Então eu também sou!”

E é esse amor que dura até ao dia de hoje. A culpa de eu ter o Sporting como o amor da minha vida é dela e ainda bem que assim é.

Ao longo dos anos fui ouvindo a minha mãe falar do Vítor Damas como quem fala de um génio, falar do Figo com o orgulho de quem já sabia nessa altura que ele ia ser um dos melhores de sempre e de Ricardo Sá Pinto como aquele jogador que marcou uma fase de raça de leão.

No caso do Figo e do Sá Pinto, as minhas recordações são vagas, mas o que eu queria mesmo era ter as memórias que ela tem do velhinho Estádio José Alvalade. Infelizmente nunca tive a oportunidade de lá entrar, era muito pequena para isso, e na altura as condições eram outras, mas sempre a ouvi falar do Estádio com um amor incrível.

O que eu não sabia era que ela nunca tinha entrado no novo Estádio de Alvalade. Esta quinta-feira tive a oportunidade de a levar a ver o jogo contra o Basaksehir, levei-a para as centrais e quando consegui chegar ao pé dela, já depois do golo do Coates, olhei para o cachecol que ela trazia ao pescoço e pensei na sorte que tenho em ser do clube que sou e na sorte que tenho em poder tê-la ali, comigo, na nossa casa, no nosso Estádio a ver o nosso Sporting.

Ganhámos e comemorámos a vitória na primeira mão da eliminatória e apesar de ela não o ter verbalizado, sei que ela sentiu novamente a tal magia de que falava do velhinho Estádio, na nossa nova casa.

Hoje, vou levá-la à bola outra vez e já vou conseguir vê-la a cantar O Mundo Sabe Que com o cachecol ao alto e é aí que a emoção vai falar mais alto outra vez, porque se é amor, a ela o devo. Obrigada Mãe por me teres feito do Sporting!

Leonino

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Mariana Cordeiro Ferreira

EXISTEM DIAS

Seria tão fácil dizer que para mim já chega, que estou cansada, que vou deixar de pagar quotas, mas a palavra fácil nunca esteve presente no nosso dicionário.

02 Mar 2020, 12:00

Há dias em que fica complicado justificar o amor, há dias em que fica difícil justificar o porquê de gostar, o porquê de fazer tanta coisa por ti. Há dias em que o se não fosse mesmo o amor, já te tinha virado costas.

Num Mundo Perfeito, pintado de verde e branco, tu serias sempre vencedor no final de cada jogo, fosse ele contra quem fosse. Nesse Mundo Perfeito meu amor, não teria existido o ataque a Alcochete, não estaria a palhaçada toda do julgamento na televisão, não existiriam sportinguistas de primeira e de segunda, muito menos estaríamos todos com esta dúvida sobre o que nos reserva o futuro.

Num Mundo Perfeito, não teríamos um plantel com jogadores sem qualidade, teríamos uma equipa técnica perfeita, sem erros. Nesse Mundo Perfeito todos cantaríamos a uma só voz, todos estaríamos com o mesmo pensamento, todos quereríamos o mesmo.

É irreal pensar que esse Mundo Perfeito existe, ou que alguma vez existiu, no Sporting. É cada vez mais difícil tentar justificar este amor a quem não o sente, a quem não o entende ou a quem nunca o percebeu, porque a pergunta mais comum de se ouvir neste caso é “Como é que tu continuas a ser do Sporting?”

Como se fosse fácil deixar de querer saber, deixar de me preocupar contigo ou deixar de querer saber de ti. Como se fosse simples virar-te as costas, dizer-te que já chega, que não quero mais. Como se fosse uma relação que terminaria de forma abrupta e comigo a bater com a porta.

Não consigo, não consigo e não o quero fazer, porque quando prometi amar-te para o resto dos meus dias Sporting, já sabia que não iria ser simples, fácil, ou até banal. Já sabia que íamos ter muitas fases complicadas, já sabia que íamos ter muitas dores de cabeça e muitos problemas para resolver, e quando te disse que sim, que seria para o resto dos meus dias Sporting, já sabia ao que vinha.

Ainda assim, não vou mentir, torna-se cada vez mais complicado tentar perceber o porquê de este amor aumentar cada vez mais, como um vírus que se espalha pelo corpo todo, porque só um amor muito grande aguenta isto tudo e continua de pé. Porque só um amor muito grande aguenta isto tudo, e continua a querer mais de ti.

Seria tão mais fácil desistir, seria tudo tão mais simples, não ficaria tão triste ou tão desiludida nas derrotas, não me chateava com os empates, não me chateava com as escolhas para o 11 inicial e nem sequer sentiria a falta que Bruno Fernandes faz à equipa.

Seria tão fácil dizer que para mim já chega, que estou cansada, que vou deixar de pagar quotas, que vou deixar de ir aos jogos, que vou deixar de ver. Mas a palavra Fácil nunca esteve presente no nosso dicionário Sporting, prefiro o difícil, continuar a amar-te todos os dias, venha o que, e quem, vier.

Leonino

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Mariana Cordeiro Ferreira

O AMOR DO POVO

Vamos ter de nos aguentar como estamos, vamos ter de tentar adivinhar quanto tempo é que isto vai durar e vamos ter de esperar. Sentados no sofá em casa a ver o tempo a passar lá fora.

15 Mar 2020, 09:00

Tudo parado. Por quanto tempo?

Ninguém sabe. Acabaram os treinos, acabaram os jogos e nem mesmo à porta fechada vamos poder ver um cruzamento, um golo, uma defesa incrível ou aquele canto em que a bola a cair na área quase que deu golo.

Quando o amor do povo para é porque a situação é grave. Temos o Melhor Jogador do Mundo de quarentena, temos os jornais desportivos sem notícias para dar, temos os jogadores de qualquer modalidade parados em casa, temos apelos das mais altas instâncias e temos um longo período de espera pela frente.

Vamos ter de nos aguentar como estamos, vamos ter de tentar adivinhar quanto tempo é que isto vai durar e vamos ter de esperar. Sentados no sofá em casa a ver o tempo a passar lá fora.

Tudo isto depois do primeiro jogo de Rúben Amorim como treinador do Sporting. Tudo isto depois de termos ouvido que a equipa precisa de muito trabalho, tudo isto depois de sabermos que o Braga tem neste momento uma vantagem confortável. Tudo isto depois de sabermos que todos os jogadores do plantel têm de ter um acompanhamento permanente, portanto se isto esta temporada já tinha tudo para correr bem, agora ainda há-de correr melhor ainda.

E não havendo futebol, que me desculpem todos vocês, não existe inspiração. Portanto até para a semana, porque no meu caso, retiram-me o meu desporto favorito.

Leonino

O título está em quarentena

Por

Romão Rodrigues

17/03/2020

“Em tempos de pandemia” ou “quando o verme COVID-19 atracou em Portugal…” nunca constituíram, numa possibilidade futurista e no interior do meu cérebro, frases que eu pensasse ou ousasse pensar, muito menos coisas que eu pudesse transmitir aos que sucedem na árvore genealógica. Normalmente, os nossos avós relembram guerras, pobreza extrema e tempos ditatoriais, enquanto que a minha geração afirmará, à boca cheia, que esteve “de quarentena”, fechado em casa, no sofá a cumprir o slogan “Netflix & Chill”, realizando a permuta constante entre as redes sociais. Observar o brilho nos olhos das crianças é mais do que aquilo que merecemos e muito mais do que os nossos avós merecem. E, se isso acontecer, perde-se a geração vindoura…

Bem, explorando o cerne da questão: lavar bem as mãos, isolamento, não visitar pessoas de idade, efetuar a desinfeção sempre que alternamos a atividade, distanciamento social, corte nos beijos, carícias e abraços, encerramento de escolas, universidades e fronteiras. Andar à paulada por papel higiénico e produtos de primeira necessidade, antevendo a divisão do momento epidémico com a possibilidade de uma Terceira Guerra Mundial. Bem, nem tudo é mau: a fuga aos carinhos de Marcelo Rebelo de Sousa tornou-se desnecessária e o Big Brother adiou a sua estreia. (Não, não é esse, é o que irá ser apresentado pelo Cláudio Ramos).

O assunto em voga é o bicho que nos obriga a quarentena, o resto é paisagem e superficialidade. Inclusive o futebol, esse desporto que acorrenta milhões e milhões, que mede paixões que pecam por desmedidas e que aglomera processos judiciais absurdos. E agora? Como é que vamos suportar a ausência indefinida da nossa amada equipa? De que modo é suposto extravasar as frustrações e insultar a mãe do árbitro se ele não está disposto no nosso campo de visão? A pergunta seguinte incluía o tema de discussão no café da esquina, mas, de repente, avivou-me a memória o isolamento.

Como sportinguista, e de modo a combater dois vírus em simultâneo (não se esqueçam da crise interna e do Hugo Viana!), ofereço ao leitor uma solução que olvida as eventuais saudades que possa sentir pelo facto de não demonstrar, durante este período, apoio ao Sporting Clube de Portugal: com um final feliz, incorporado com dois pacemakers para o caso de desmaio, com os golos ao cair do pano, com o prolongamento sofrido e exaurido e com as grandes penalidades defendidas pelo Rui Patrício manco, repito, manco, a final do Jamor (2015) está disponível no Youtube pela módica quantia de nem um cêntimo. Se ler isto com a voz de Fernando Mendes e se colocar mentalmente no Preço Certo, isto é capaz de ter alguma piada.

No tempo em que reinava a esperança, fomos felizes. Agora, resta-nos aproveitar as dádivas que o SC Braga nos tem dado: desavenças constantes e um treinador que orientou duas partidas (um jogo a contar para Liga NOS e uma partida de jogo do galo seguida, pelos adeptos, no Twitter) e ainda não perdeu. Os sportinguistas que se deixam levar por esta onda de esperança, que aproveitem a quarentena e que reciclem a energia que nos move, reaproveitando os índices de confiança para o que resta da época e das competições nas quais estamos inseridos.

Ah, pois é, deixem lá. Sintonizem na Netflix só!

Bola na Rede

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Mariana Cordeiro Ferreira

DEMORA MUITO?

O meu recado hoje vai para todos aqueles que estão em casa: entendo a vossa dor.

22 Mar 2020, 14:00

O Estado de Emergência foi declarado e muito mais do que estarmos todos fechados em casa, custa muito mais estarmos sem qualquer tipo de desporto.

Toda a gente entende que, por culpa do vírus, não poderão existir jogos, nem à porta aberta, nem à porta fechada. Toda a gente compreende, mas a verdade é que, sem futebol e sem modalidades, todos aprendemos a viver o desporto de uma outra forma.

Os canais de televisão repetem jogos que toda a gente já viu, trazem memórias de grandes vitórias e até recordam alturas em que o resultado nos doeu. A grande vantagem no meio disto tudo é podermos aprender com os erros que foram cometidos nessa altura ( míster Amorim: espero que esteja a estudar bastante!) e percebermos como não os podemos voltar a cometer.

O único desporto que tem tido o destaque merecido são mesmo os E-Sports. A Sportv recordou-se que nem todos os desportos exigem presença física e tem passado alguns jogos na televisão em direto (alguma coisa esta situação teria de ter de bom).

Ainda assim, e não descredibilizando o empate do Rafael Camacho, deixem-me dizer-vos que, depois de uma semana e meia sem futebol, qualquer jogo de futebol (mesmo que seja dos anos 30) me parece o melhor do Mundo.

Temos saudades das emoções que o desporto Rei nos traz. Temos saudades do frio na barriga, dos lances de bola parada, das marcações à zona ou de homem a homem, da garra do Acuña em campo e até das defesas do Max, que sabem tão bem como um golo marcado.

Portanto, o meu recado hoje vai para todos aqueles que estão em casa: entendo a vossa dor. Mas vamos perceber que, quanto mais cuidado tivermos agora, mais depressa vem o desporto a sério outra vez.

Leonino

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Diogo Leitão

E AGORA, COMO FICAMOS?

Centrando-me no desporto em geral, pergunto-me várias vezes como se irão resolver todos os campeonatos a decorrer pelo mundo fora. Não me refiro apenas ao futebol, mas sim a todas as modalidades.

22 Mar 2020, 14:00

Estamos a viver momentos dramáticos e sem certezas sobre o que o futuro nos reserva. Centrando-me no desporto em geral, pergunto-me várias vezes como se irão resolver e ultrapassar todos os campeonatos a decorrer pelo mundo fora. Não me refiro apenas ao futebol, mas sim a todas as modalidades.

Julgo que as entidades que dirigem o desporto mundial, seja a FIFA, UEFA, ou outra fora do futebol, já sabem que não será possível terminarem os campeonatos sem que para isso afete, e muito, o início da época seguinte.

Estou plenamente convencido que essa decisão está tomada, pois a preocupação máxima parece-me não estar neste ponto. É claramente o ponto menos importante.

O problema é maior, muito maior e muito preocupante para uma das maiores indústrias da economia mundial.

O que está em causa é o vírus prolongar-se em demasia e poder ter uma segunda vaga (tese defendida por muitos especialistas) e que, só no final deste ano, o mundo estará em condições de receber e realizar jogos nacionais e, sobretudo, internacionais.

Com esta realidade tudo fica em causa. A Liga dos Campeões, que alimenta o principal bolo de financiamento às grandes equipas, terá dificuldades em encontrar patrocinadores e apoios para que continue a gerar as receitas loucas que se praticam atualmente. Os campeonatos nacionais de cada país terão dificuldade em realizar receitas. Sem um campeonato totalmente livre de uma paragem a meio, os clubes irão ver as suas receitas cair drasticamente seja na venda de bilhetes, seja no merchandising , seja inclusive na adesão de novos sócios.

Para além de tudo isto, temos os jogadores e os atletas. Como manter meses sem fim jogadores a treinar em casa e à distância? Como garantir que, daqui a 3 ou 4 meses, as equipas estarão prontas a competir e os mesmos estarão bem preparados? E a parte psicológica? Estarão todos focados e no pleno das suas faculdades para atuar ao mais alto nível?

Pois, é por aqui que julgo estarmos perante um desafio enorme. Como garantir que o mundo do desporto volte à normalidade e com a capacidade que tem atualmente de gerar tanto dinheiro à sua volta? Acredito, naturalmente, que tudo se irá resolver, mas com que preço e em que condições?

Por isso, espero que o nosso Sporting CP esteja a trabalhar arduamente sobre o que deverá fazer para estar preparado para os novos tempos que se aproximam. Temos de avaliar tudo! De A a Z! Como manter as receitas? Como ir buscar novos canais de receitas para o clube? Como garantir que os adeptos e Sócios fiquem ligados ao clube? Como podemos potenciar um número enorme de atletas parados em casa e aproveitar este momento para que possam estar em contato com os Sócios e adeptos?

Sinceramente, sou dos que considera que este momento até foi benéfico para a atual direção e para o clube em particular. Permite, efetivamente, parar para pensar. Neste momento, a pressão com que se vivia cada dia no clube desceu drasticamente. Tudo acalmou e é tempo de reunir as tropas e voltar mais forte do que nunca. Unidos, de forma a podermos voltar a vibrar com as nossas vitórias. Sinceramente, desejo, acima de tudo, que este sofrimento em que todos vivemos atualmente seja rapidamente ultrapassado e que brevemente tudo volte à normalidade com o menor dano possível (refiro-me à vida humana). Depois, bem, depois vamos todos querer o mesmo. Ver o nosso Sporting CP jogar! Seja em que modalidade for! As saudades já são muitas e que venham esses jogos rapidamente! Quero sofrer, vibrar e como está no nosso ADN, ganhar e comemorar!

Leonino

Os deuses voltam em breve

«Só por três vezes, e por motivos das Grandes Guerras, os Jogos Olímpicos não se realizaram e nunca o evento aconteceu um ano depois da data aprazada. Só restava a Thomas Bach ser atingido por um dos dons mais importantes da nossa vida, o bom senso, para adiar o que todos os atletas pediam e só ele recusava. O investimento de Tóquio era gigantesco, as perdas serão enormes, mas é a saúde a base da prática desportiva. Logo, era atentatório do momento que vivemos a inflexibilidade e teimosia do presidente do Comité Olímpico Internacional. Será um Verão de preocupação generalizada e sem o escape das maiores competições seguidas por milhares de milhões de espectadores.

Mas importa perguntar como vai mudar o futebol? Voltaremos a ver a Bundesliga com aquele “muro amarelo” de Dortmund todo unido? Voltaremos a ter homens, mulheres e crianças abraçados a cantar o "Youll never walk alone"? Se alguém acha que tudo vai voltar ao mesmo é porque está a viver numa “twilight zone” qualquer. Tudo terá de ser redimensionado porque a partir de agora poderemos ter uma qualquer pandemia ao virar da esquina, insidiosa e com apetite pelos nossos entes queridos e temos de os defender.*

A indústria terá de ser repensada, o quadro competitivo menos extenso, os valores astronómicos de salários serão revistos e as somas milionárias e fáceis que circulam à sua volta serão reduzidas. É uma nova realidade onde, como escrevia Balzac, «quando todos são corcundas, o belo porte torna-se a monstruosidade». Só há algo que não vai mudar: a paixão dos adeptos pelos seus emblemas e o prazer em ter os astros em acção. E o que todos desejamos é que os deuses voltem em breve.

PS1: Miguel Cal era uma das peças essenciais da equipa de Varandas. Assim o “venderam” aos sportinguistas, como um mago que não é nem nunca foi. No momento em que o seu chefe se apresenta por ordens militares ao serviço público – algo que merece louvor social – sai por motivos pessoais e profissionais. É uma triste saída de um elemento que consubstanciava a evidente imaturidade e impreparação de uma SAD para gerir os assuntos do futebol. Não deixa saudades nem legado, foi um verbo-de-encher. E o momento da sua saída, diga-se, é uma vergonha e irresponsabilidade.

PS2: Os portugueses estão a bater “records” de audiência de televisão, os sites de jornais aumentam o número de utilizadores e o que acontece? Empresas cancelam campanhas de publicidade com a justificação de que como se está em casa não vale a pena investir pois não se compram produtos. Isto é de uma tacanhez e falta de visão inaudita. Recordo a estes decisores que a responsabilidade social é uma forma de se reforçarem as marcas e permanecerem no “top-of-mind” dos consumidores. É tempo de não se desinvestir nos media, pelo contrário, precisamos deles saudáveis para serem nossas muletas para ultrapassar estes dias complicados.»

( Rui Calafate , Factor Racional, in Record, hoje às 15:01)

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Mariana Cordeiro Ferreira

SAUDADES DE SENTIR

Tenho saudades também das idas ao Estádio e ao Pavilhão, sair no metro do Campo Grande, descer as escadas e dar de frente com aquelas senhoras das bancas dos cachecõis ao fundo das escadas.

29 Mar 2020, 10:00

Eu sei que me estou a tornar repetitiva, mas a verdade é já estamos sem futebol há perto de 30 dias e as saudades são tantas. Não é que o nosso futebol fosse o melhor do mundo, longe disso, mas a verdade é que sinto falta.

Sinto falta não só de ver futebol, sinto falta também do nosso futsal, do nosso voleibol, do nosso andebol, do basket, do hóquei e de tantas outras modalidades, mas mais do que saudades de ver isto tudo, tenho saudades de sentir.

Sentir aquele frio na barriga por saber que vem aí um jogo grande de futsal, sentir aquele nervoso miudinho por saber que o jogo de hóquei é importante para as contas do Campeonato, ficar contente por saber que o Basket vai voltar a mostrar porque é que merece estar no topo da tabela e saudades de ver no vólei aqueles serviços incriveis.

Tenho saudades também das idas ao Estádio e ao Pavilhão, sair no metro do Campo Grande, descer as escadas e dar de frente com aquelas senhoras das bancas dos cachecõis ao fundo das escadas. Tenho saudades de ir às roulotes, de sentir o cheirinho a bifanas acabadas de fazer, de ver a malta com Super Bock na mão, de ouvir os comentários sobre o presidente, ou até sobre o último programa do Sporting160.

Tenho saudades mesmo e o tempo não passa. O Campeonato terá de terminar, ou então a Liga vai fazer a vontade aos amigos, atenção que eu não digo nomes aqui, e vai dizer que vamos todos fingir que não aconteceu.

Eu por mim, até podemos fingir que nada se passou, desde que o Campeão, se existir, seja aquele que liderava a tabela classificativa à terceira jornada, caso não queiram assim, não faz mal, já se sabe o que a casa gasta.

Leonino