Religião e afins..... És religioso? Qual é a tua religião?

Não querendo ofender-te, esse é um dos comentários mais absurdos, senão o mais, que já li neste fórum em assuntos não relacionados com o Sporting. Inicialmente pensei que fosse uma brincadeira.

Quanto à questão inicial, sou ateu, não acredito, de forma alguma, em questões supra-naturais e beyond science, e tenho uma fé vincada que é aquela que todos neste fórum partilhamos. Digo-o de forma convicta.

Fui baptizado apenas aos 7 ou 8 anos, consta que na altura já por opção própria (excelente atitude dos meus pais ao não me terem forçado a baptizar quando era miúdo e não tinha possibilidade nem faculdades de escolha e decisão), visto andar na catequese e em colégios fortemente católicos. Fiz, até, a primeira comunhão. Em termos legais/oficiais, não sei se isso fará necessariamente de mim um rapaz católico (a minha avó diz que sim), mas eu sei bem aquilo que sou e sou vincadamente ateu desde que ganhei uma consciência activa e mentalidade e ideologia próprias e às quais sou bastante apegado.

Rodrigo, pareces-me ser alguém bastante conservador. É uma posição legítima, mas parece-me ser um conservadorismo algo excessivo e bacoco (no sentido menos pejorativo da palavra)/ingénuo, e até algo desadequado da idade que tens e dos tempos que vivemos.

Acho que não.

Se se tornar católico provavelmente agradecerá. Se não partilhar da crença porque é que se havia de preocupar que lhe tivessem molhado a testa quando era puto com água que foi “encantada” com umas palavras “mágicas”?

:wall: :wall: :wall:

OFFTOPIC

Do “código Português” não faz certamente parte essa actividade grotesca de tortura gratuita de animais em nome de um entretenimento pérfido de um punhado de sádicos.
Todos os inquéritos realizados atestam que os Portugueses não querem touradas no nosso país.
O poder instalado é que se recusa a fazer um referendo. Mas já faltou mais.

Não deixa de ser curioso que sempre que se fala de religião de uma forma ou de outra se acaba também a falar de tourada e vice-versa.
E não tão curioso assim é o facto de normalmente os Ateus serem contra a tourada e os crentes a favor.
Acho que isso também diz muito do tipo de valores que uns e outros defendem…

Quanto à pergunta, já aqui tinha partilhado antes no Fórum mas aqui fica de novo:

Católico por educação. Agnóstico por vocação.

LOOOOL
A serio? Então porquê q o pessoal é baptizada se vai apenas molhar a testa e ouvir palavras magicas? Eu aconselho mesmo ao pessoal ver o significado de baptismo para não dizer tal disparates. O mal da sociedade é pensarem que o baptismo é um mero costume por isso é que a maior parte dos tugas são baptizados mas levam uma vida mundana.

Detesto seitas.

Mas qual disparate? Se não és crente que te importa que te molhem a testa? É um acto completamente desprovido de significado para não crentes.

E já agora, sobre o teu post anterior. Informa-te sobre o que é o crisma.

Define lá "centro de vida comunitária". A Igreja foi importante? Já não é importante? Ou o poder emanado do centro da Igreja - Vaticano - perdeu importância? Concordo com a última.

Não podemos cometer o erro de misturar o Vaticano com todas as milhares de organizações associadas à Igreja. Em Portugal, o Banco Alimentar opera de uma maneira mais eficiente que os seus parceiros europeus - e a Isabel Jonet comparou o nosso caso ao grego - porque as instituições sociais da ICP funcionam muito bem e porque se encontram em todo o país.

Temos que analisar o papel da Igreja Católica em cada época. Antigamente (e por antigamente, quero dizer ainda no tempo da “outra senhora”), o país vivia num profundo atraso intelectual (é discutível se, ainda hoje, tal não se verifica), em que o acesso a referências civilizacionais externas era escasso. Os pequenos rituais, como a missa de Domingo, eram uma forma de aproximar as pessoas, nos meios mais pequenos. A figura do Padre era respeitada, se bem que, em muitas situações, o respeito era substituído pelo medo. E tudo isto fazia com que a Igreja funcionasse como um “centro de vida comunitária”, pela promoção do contacto entre os fiéis. Muitas vezes, o Padre da aldeia era a figura a quem se recorria para resolver pequenos “arrufos”.

A instituição não era muito diferente do que é hoje (naquilo que eu acho mais criticável), mas nos pequenos meios, a sua função social era importante e agregadora.

Nos dias de hoje, o afastamento das pessoas da igreja é um facto comum (basta ver o número de pessoas que o declarou, neste mesmo tópico), pelo que, a eficácia de uma acção agregadora se torna menos eficiente. Não por falta de vontade dos párocos, mas porque as pessoas passaram a ter outro tipo de referências, que lhes permite fazer escolhas, que as afastam da igreja.

Percebo que a igreja continue a prestar um papel social, especialmente, em tempos de dificuldades, como são estes. Mas não era aí que eu pretendia chegar.

Acrescento, no entanto, que esse papel social não é mais significativo que o de outras instituições religiosas (cristãs ou não), que vão fazendo meritório pelo Mundo fora, sem ostentarem o estandarte da Santa Sé.

Quanto ao Banco Alimentar e as relações com a Igreja Católica Portuguesa, não quero sequer começar nenhum debate, porque fui voluntário do Banco Alimentar e trabalhei numa IPSS, com forte cunho religioso, durante os meus tempos de estudante. E sei, por via de conhecimento directo, do que se ia fazendo. Já passaram uns anos…pode ser que as coisas sejam diferentes.

Posso então depreender que funcionam mal ou que são abusivamente utilizadas por alguém? Algumas, isto é.

Não sou contra o baptismo em criança pelo simples facto de o achar inofensivo e com menor validade do que fazer de um filho sócio de um clube quando nasce.

Agora dizer que tem de se expor uma criança a uma religião desde pequeno porque senão fica um zero de moralidade é um insulto a qualquer filho de ateus e a roçar o fanatismo.

Nasci católico (fui baptizado) embora nunca praticante.
Cresci ateu, fruto da irreverência, pragmatismo e espirito cientifico que a adolescência me trouxe.
Com a vida tornei-me agnóstico. Ser pai, amar e sofrer mudaram-me.
Não sei o que o futuro me trará, mas dificilmente me vejo a dar um nome a um Deus.

Sportinguista agnóstico.

Mas confesso que digo “meu deus, como é possível?” quando vejo algo fora do normal, ou então “deus nos ajude!”, quando vejo alguma desgraça, até rezo antes dos exames, mas continuo agnóstico. :whistle:

Ateu.

Nada contra quem é baptizado, e nada contra as crenças de cada um (desde que não interfiram na minha liberdade individual), e sei até que comparar o baptismo a outras practicas religiosas mais “agressivas” que também são realizadas durante os primeiros anos de vida de uma criança pode ser um bocado puxado, mas não deixa de ser uma questão interessante a da moralidade por detrás de tudo isso, sendo ou não comum.

[hr]

“Lazy man’s atheism.” :mrgreen:

Acho que acabas por entrar aí numa certa contradição. Ou melhor, o mal da sociedade a que te referes acaba por ser justificado pelo que referes no teu 1º post. E voltando ao tema da “tradição”, é por uma questão de “tradição” que se continuam a baptizar as crianças quando ainda novas, porque se os pais são católicos ou filhos supostamente também o deverão ser? Com certeza que não o estarão a fazer pelas crianças.

Então porquê q o pessoal é baptizada se vai apenas molhar a testa e ouvir palavras magicas? Eu aconselho mesmo ao pessoal ver o significado de baptismo para não dizer tal disparates.
Mesmo um ateu/agnóstico tem de atribuir significado aquele rito? Porque uma criança nunca o será capaz de fazer.

A mim faz-me imensa confusão pessoal da minha idade que se dizem católicos - que inclusivé acham estranho eu dizer que sou ateu - mas depois percebo que não existe substância por detrás do seu catolicismo. É uma questão familiar, cultural o que lhe quiserem chamar, mas se os seus pais e avós são católicos eles também o são. Para mim isto é no mínimo estranho.

Eu também fui baptizado mais tarde, teria uns 6 ou 7 anos (se por preguiça dos meus pais ou por acharem que se calhar era melhor darem-me algum poder de escolha não sei), não a pedido, e isso não fez de mim católico. A minha avó ainda me tentou subornar para ir para a catequese, mas nem morto me apanharam lá. A partir daí fiz a minha escolha segundo os meus princípios e maneira de ver o mundo. Ser baptizado não me condicionou em nada, mas se tivesse seguido a fé católica sempre podia dizer que era baptizado… :inde:

Se isso quisesse dizer alguma coisa então a era do Postiga no Sporting fez de mim alguém extremamente católico. :mrgreen:

Sou Agnóstico, pelo que acredito que possa existir algo de sobrenatural à vida do ser humano (que não um Deus criador). Religião a mim não me diz nada, apesar de ter sido baptizado com 7 anos, no dia em que também fiz a primeira comunhão. Oponho-me veemente a baptizar crianças ainda em bebés e oponho-me a obrigá-las a tal, mesmo quando mais velhas um pouco.

@Rodrigo, os teus comentários deixa-me triste. Já és de uma geração quase posterior à minha e tens uma forma de pensar que faria inveja a muitos mentecaptos do século XVII. Só te digo que quando um país estiver mal, em termos de mentalidades, por falta de religião, os porco já têm asas.

Não seria uma boa ideia colocar votação neste tópico?

Eu tenho o crisma, mas só mesmo porque sim. Nunca me revoltei com a religião, sempre tive curiosidade, mas no final ponho me a pensar, e não sei em que acreditar. Assumo que há uma entidade superior, a quem eu chamo Deus, mas não passa disso, como tal considero me agnóstico.

Eu acho que há muita gente que não sabe bem o que é o agnosticismo.

Sou ateu de momento e pouco provável que aconteça algo que me faça mudar de ideias. Sinto um bocado de desgosto por ter sido batizado, é algo pelo qual não me identifico completamente e lembro-me que em criança me perguntaram se queria ir para a catequese e com os meus 5-6 anos afirmava convictamente que não queria ir e que não confiava na ideia de idolatrar uma personagem fictícia mas lá me convenceram com o argumento de que todos os meus amigos lá estariam… O que me leva a pensar que as pessoas vão para a religião não porque querem, mas porque são pressionadas para tal, para ser parte da maioria e não serem considerados ‘bixos’.

Pessoalmente sou contra o batizado das crianças. Já tive uma vez uma conversa com a minha namorada sobre o assunto e afirmei que não queria um filho meu batizado e ela segue a mesma ideia, porém acha melhor batizar porque caso contrário não estaria sujeito à tradição… mais propriamente, os padrinhos e madrinhas quer de batizado quer de crisma e no impacto que teria na criança em relação às outras…

De momento já quase ninguém é católico por decisão, e os que são católicos muitos deles é por ‘lavagem cerebral’ e provavelmente incapacidade de pensar naquilo que verdadeiramente faz sentido para si mesmo. Eu pensei e muito ao longo dos anos… e ainda não encontrei razão para acreditar.