Quando era muito miúdo, o SCP ganhava campeonatos de 4 em 4 anos. Isso mudou e é agora altamente improvável que se repita. Algumas reflexões:
1 - A ascensão do FCP. Naqueles tempos, o SLB era o único verdadeiro opositor a um SCP campeão. Portanto, quando as coisas lhes corriam mal apesar de terem o melhor plantel e muito mais meios financeiros, e se o SCP estivesse bem, era possível vencer e ter um SCP campeão e até a dobradinha com a taça de Portugal.
2 - Apesar de dominar as estruturas do futebol e a arbitragem, e do seu poder financeiro, o SLB tinha uma importante autolimitação que era fazer questão de só ter jogadores portugueses. Isso permitia que o SCP equilibrasse um pouco mais comprando alguns craques estrangeiros, isto apesar do SLB chegar ao ponto de comprar alguns jogadores portugueses só para que não jogassem contra eles.
3 - A ida à Liga dos Campeões vale muitos milhões, o que agrava o desequilíbrio financeiro entre o SCP e SLB-FCP. E também agrava o fator corrupção, pois torna-se muito mais importante impedir que o SCP seja campeão. Portanto, agora, quem tem poder nas estruturas do futebol e na arbitragem recorre ainda mais à corrupção.
4 - Ao não ganhar, o SCP também vai perdendo popularidade e poder em geral, o que torna cada vez mais complicado voltar a ganhar.
5 - Antes, era apenas necessário aproveitar uma quebra do SLB. Agora é preciso quebras simultâneas de SLB e FCP, mais contrariar o fator corrupção associado aos milhões da Champions, mais o SCP estar muito bem quando os dois rivais quebrarem conjuntamente.
6 - Associado aos milhões da Champions, SLB e FCP obtém muitos mais milhões em transferências do que o SCP, o que não acontecia quando o SCP ganhava de 4 em 4 anos.
Ficamos a criticar presidentes, treinadores, jogadores…, mas a verdade é que uma campanha vitoriosa para ser campeão é hoje muitíssimo mais difícil… As nossas probabilidades são bem mais reduzidas. Só potenciando ao máximo o que temos e conseguirmos obter.
A Academia é o grande fator a nosso favor, mas não chega para equilibrar.
:think: