Tema extremamente complexo e sério demais para se ser banalizado e utilizado como escudo para justificar criminalidade e delinquência, senão vamos por partes.
George Floyd, independentemente do que esteja por trás e que desse àquela vergonha para qualquer elemento de força de segurança a ideia que tal actuação alguma vez pudesse estar legitimada, foi um acto bárbaro e cujos autores (o autor físico e os restantes que nada fizeram para impedir o fim trágico que a situação teve) têm que ser severamente punidos. E a sorte deles é o Minnesota ser um estado sem pena de morte, senão era coisa para ser aplicável pelo menos ao autor físico de um homicídio cobarde e sem nexo.
Outra coisa bem distinta é toda a propaganda falaciosa que patrocinou outro género de criminalidade gratuita e injustificada no seu todo, num país que sim, tem um longo historial de racismo de parte a parte em que se vêem compatriotas apelidarem-se de inimigos simplesmente por terem cores de pele diferentes… Mas agora entrámos no pólo da banalização e estupidificação de um fenómeno que diria quase impossível de erradicar, até porque dá jeito a muita gente que o racismo continue por cá.
Espalhar isso a todo o mundo e no que nos diz respeito, ao nosso país que tendo indivíduos racistas, que obviamente e infelizmente os tem, felizmente estão longe de ser uma maioria e e ainda mais felizmente o racismo está a milhas de ser algo que está enraizado na cultura portuguesa, portanto estamos a querer pôr Portugal no mesmo barco de países como os EUA, África do Sul, Polónia e tantos outros é apenas incoerente.
E não, não é o caso do Bruno Candé que muda essa realidade, mesmo que as motivações daquele assassino tenham sido raciais (pessoalmente estou-me borrifando para quais as motivações ou o que esteja por trás, nada justifica um homicídio a sangue frio, nada), o lugar dele é ou na prisão ou numa casa de saúde, aquele acto retirou-lhe em absoluto o direito à liberdade. Agora uma “maçã podre” não define o “pomar”…
Como já por aqui foi dito, o nosso próprio sistema governativo é prova de uma cada vez maior igualdade de oportunidades no nosso país. O haverem pessoas estúpidas e criminosas não faz do país na generalidade um país racista…
Fala-se tanto em minorias e em como alegadamente as mesmas são alvo de descriminações, racismo e exclusão. Ora tocando no ponto que digamos, é consideravelmente sensível, que é o da inclusão, determinadas minorias, da qual se destaca uma larga e preocupante fatia da etnia cigana, não se querem incluir, não querem respeitar as leis do seu país, querem continuar presos a “regras” totalmente medievais e ilícitas sob o pretexto da cultura.
Não, não é uma questão cultural duas pessoas serem obrigadas a casar uma com a outra porque é essa a tradição, não é uma questão cultural esse casamento acontecer entre menores porque é essa tradição, não é uma questão cultural haver abandono escolar num país em que a educação é um dever, principalmente dos progenitores à custa desses casamentos porque é essa a tradição. E podia continuar a dar um sem número de exemplos, também vindos de outras etnias (onde a branca se inclui) onde se querem pôr os “costumes” e “convicções” à margem da lei, como se algo lhes concedesse o direito de viver na marginalidade. Já que falei em ciganos, conheço e privo com pelo menos duas famílias que cumprem as leis do nosso país e vivem vidas de plena integração na nossa sociedade, não se revendo na grande maioria das ilicitudes que referi atrás.
E é esta a forma de se viver integrado e em sociedade, não é marginalizado e levantando as bandeiras do racismo de cada vez que alguém os pune por desrespeitarem as leis do seu país. E isto não é uma questão racial, religiosa ou política, é uma questão de carácter.
Muito mais que o racismo, o que honestamente vejo em Portugal a crescer exponencialmente não é o racismo propriamente dito, embora sim, ele exista e não tenha “cor” definida (racismo por parte das ditas minorias para com os “brancos” também é o que não falta) e deva sempre ser condenado nos casos em que se verifique. O que vejo a crescer é o escudar da marginalidade e da anarquia atrás do racismo. O que vejo é personagens tipo Joacine, Mamadu, as manas Mortágua e tantos outros fomentarem o ódio e a anarquia atrás de bandeiras do racismo.
Caminhamos para tempos perigosos em que os valores da sociedade se perdem cada vez mais, o respeito por quem faz cumprir a lei se perde cada vez mais, tudo em prol da anarquia mascarada de vitimização às mãos de um alegado racismo sistémico… Isso sim é verdadeiramente preocupante e um problema real e actual, porque a anarquia só traz caos e sofrimento, nada mais, mas a malta não se enxerga, continue-se portanto com as tiradas do “polícia bom é polícia morto” e outras que tais…