Queda de muro mata três estudantes na Universidade do Minho

Qual é mesmo o teu raciocínio?
Não concordas portanto que a média de “acidentes estúpidos” entre os praticamente de praxe é superior à média da população em geral?

O muro alojava as caixas de correio dos utentes do prédio e o condomínio manda uma carta à câmara a exigir a reparação? Então, afinal, de quem eram as caixas de correio, não eram dos condóminos? Então porque raio mandou o condomínio uma carta à câmara em vez de o arranjar? Esta é nova para mim…

Ex.mo senhor Presidente da Câmara Municipal, tenho ali um muro, que é meu, e que está a cair, feito em terreno não se sabe muitop bem de quem, mas como está a cair, faça o favor de mandar alguém ir lá arranjar… ::slight_smile:

O meu raciocinio é que existem milhares de praxes por ano em Portugal e só aquelas em que acontece algum acidente é que têm direito a capas.

O meu raciocinio é que acidentes, estúpidos ou não, podem acontecer a qualquer pessoa em qualquer lado e que qualquer tentativa de ligar acidente (ou tentativa de homicidio para desejo de alguns) com o conceito de praxe é ridiculo.

Isto já vai no álcool? Claro que isto que vou dizer não é 100% certo para todos os casos, mas em praxe normal, os caloiros não bebem, e sendo LEI como é duvido muito que os caloiros estivessem bêbados.

Gostava de ver enumerados aí esses tantos casos de acidentes causados pela praxe, só por curiosidade mesmo.

Esta correlação nos últimos meses “só” rendeu 9 mortos em Portugal. 6 no Meco e 3 no Minho.

É mais que óbvio que a pratica da praxe, por si só não é sinonimo de tragédia, mas é um alavancar da estupidez de DUX’s, Doutores, Caloiros e restante comunidade académica se não for praticada com consciência.

Estupidez essa, que quando altamente alavancada pode dar tragédia. Este ano lectivo vamos em 9. Vamos lá ver se fica por aqui.

Breve tenho caloiros a espetarem-se com a cabeça contra o meu portão porque “é da praxe”… :inde:

Não me considero anti-praxe. Sou sim contra os excessos, abusos e contra a estupidez.

Em Outubro um grupo de jovens qualquer da cidade do Porto foi beber umas cervejas para um café, quando um deles a atravessar a estrada para ir embora nao viu o sinal vermelho e foi colhido por um carro. O desespero dos familiares e amigos daquele rapaz era imenso. No funeral desse rapaz a p*ta das lágrimas não me saíam da cara porque um dos amigos que estava no café era eu.
Existe relação entre esta morte estúpida e a praxe? Existe. 4 anos antes esse grupo de amigos partilhou grandes momentos de praxe, quando se conheceram. No entanto aposto contigo que se esse mesmo grupo de amigos tivesse passado a tarde na praxe e à noite esse rapaz tivesse sido atropelado depois do café, as capas dos jornais do dia seguinte seriam “Praxe matam jovem no Porto”.
A correlação entre um acidente estúpido e a sua causa é o que quiseres dar. Muita gente já morreu na estrada por beber demasiado whisky ou vinho do porto. A partir daqui podes fazer uma correlação entre essas mortes e o J&B, Velhotes ou Porto Ferreira. Um vizinho meu à uns anos atrás morreu depois de ter caído à saída de uma padaria onde foi comprar um croissant. Podes fazer uma correlação também.

Um acidente estúpido é isso mesmo, estupido, e eu melhor do que ninguém sei o que é ver um amigo morrer por uma causa estupida. O fim de uma vida por vezes não faz sentido e nem sempre existe um culpado. No entanto à pala de uns retardados que só querem vender jornais as famílias vão andar à procura de culpados onde se calhar não existem, e se calhar vão-se virar para o lado errado. Sim, porque os colegas daqueles miudos, sejam eles caloiros ou praxistas, devem andar a sentir-se na merda, enquanto o mesquita machado deve-se estar a cagar e a beber o seu whisky em casa.

Só porque o dizes muitas vezes não o tornas verdade. A PJ já afastou a hipótese de praxe no Meco , porquê que continuam a bater nisso? E caso tivesse mesmo havido praxe lá, nunca poderia ser a praxe “convencional” que é discutida, porque as vitimas nem sequer eram caloiros, no máximo era uma praxe/ritual de um grupo cultural qualquer , como há no exército ou em equipas desportivas.

Praxe ou não,

6 idiotas faleceram por causa de um ritual de uma comissão de praxe.

Se a estupidez pagasse impostos, nunca tínhamos precisado da Troika para injectar €€€€ em Portugal

A não ser que me provem que foi a câmara que mandou fazer o muro, o muro há-de ter um dono que, em princípio, há-de ser quem precisou dele (quem lá tinha as caixas de correio).

E já agora, o muro não caiu directamente por negligência do dono, caiu porque houve uma série de pessoas que fizeram dele um uso diferente do previsto: o muro foi concebido para alojar caixas de correio e fizeram-lhe uma pala, em betão, bastante pesada. O muro foi concebido para uma situação e houve algumas pessoas que, num momento de infelicidade, decidiram subi-lo e através da sua presença na pala do muro, provocaram a sua queda.

Independentemente do mau estado do muro, aquilo não foi feito para andarem lá aos saltos em cima, porque foi isso que o fez cair. O mesmo poderia ter acontecido numa qualquer paragem de autocarro tradicional, se uma dúzia de tipos se lembrar de ir lá para cima aos saltos.

Muita gente está a esquecer-se de algo essencial: o muro não era uma parede simples na vertical, tinha uma coberturazita que não foi concebida (nem tinha que ser) para suportar 300 ou 400 quilos em cima dela. E é aqui que eu acho que entra a clarividência de todo e cada um de nós enquanto indivíduos, porque parece-me minimamente exigível que quem subiu o muro se apercebesse que isso acarretava alguns perigos, tanto para eles próprios, como para quem estava cá em baixo.

Gtony estupidos há em todo o lado, em todas as áreas de trabalho.

Há que saber limitar as estupidezes desses “estúpidos”. As limitações devem vir da parte dos que os rodeiam (neste caso sejam superiores ou caloiros) e da parte de quem “emprega” (universidades).

Com isto digo que as universidades fogem muito com o rabo à seringa ao proibirem praxes dentro do recinto escolar.

Mais uma vez, viste? Estiveste lá? Ou falas daquela reconstituição que a TVI fez de um post a gozar no forum chupa-mos?

As probabilidades de ocorrerem acidentes aumenta quando se está envolvido em situações de risco e não se é previdente.
O muro podia cair em qualquer altura e atingir qualquer pessoa que por ali passasse? Sim, podia.
A probabilidade de cair quando estão pessoas a saltar em cima dele é maior que o normal? Sim, é!
Nas praxes fazem-se coisas deste género ou ainda piores? Sim, fazem-se!

Concordo no entanto com as últimas seis palavras da tua intervenção.

É a lógica do para morrer basta estar vivo.

Por essa lógica tu também deverias ser proibido de conduzir, as probabilidades de eu morrer atropelado aumentam pois há mais um carro a circular.

Antes sequer dessa reconstituição da TVI, foi mais que provado que aqueles “aspirantes” a DUX’s, Vice-DUX’s ou como raio eles os chamam, foram para o Meco envolvidos com a comissão de praxe, e com propósitos de subida na hierarquia.

Passos Coelho se for esperto, começa a tributar a praxe e a aplicar coimas ás estupidezes cometidas nas praxes.

Acaba-se o défice num instante.

Se aquele muro estivesse localizado no Marquês de Pombal, tinha caído do domingo e certamente morreria ainda mais gente, o que nos leva a 2 pontos essenciais:

i) sim, o muro estava em mau estado e devia ter sido demolido/reparado.

ii) mesmo estando em excelente estado, se levasse com uma dúzia de NN Boys em cima, é certo e sagrado que vinha parar na mesma ao meio do chão, porque aquela pala não é suposto levar com essa carga em cima. E porquê? Porque uma pala é isso mesmo, uma “pala”, não é uma varanda por onde seja suposto haver circulação ou presença humana.

Volto ao princípio: ainda muita gente não percebeu que aquilo não era um simples murito ao alto, que caiu por ele.

Como disse o meu pai, um senhor de 50 anos com o 4º ano de escolaridade e que a unica praxe que viu na vida foi a latada do porto quando eu era caloiro, aquelas pessoas “devem ter ido para a praia beber uns canecos e dar uma quecas depois de uma tarde de praxe e não devido a estarem a ser praxados”.

Entretanto gostaria que me mostrasses essas provas absolutas que tens de que aqueles moços morreram porque queriam subir na hierarquia de praxe.

Provado? Por quem?
É preciso passar por uma praxe especial para subir na hierarquia?
Aspirantes?Então o Dux não estava mesmo lá?
Também podia começar a aplicar coimas aos posts em fóruns. 8)

Óbio que aquilo caiu porque causa da irresponsabilidade dos miudos que decidiram ir lá para cima (ou mandar alguém lá para cima).
Daí dizerem que a praxe mata gente é uma distância enorme. Os miudos estavam lá para se divertir, toda a gente se quis divertir, ninguem queria que houvesse gente morta ou magoada.
Porra, morre mais gente por ano a jogar futebol com os amigos do que pessoal na praxe e nunca vi capa de jornal a dizer que o futebol mata gente ou alguém a querer acabar com a FIFA.

juziel, eu percebo o teu ponto e concordo, e eu sei que é difícil entenderes a revolta das pessoas com o muro porque nunca estiveste lá perto (presumo eu). Para quem já lá esteve a sensação que fica é que aquilo podia ter acontecido a qualquer um, porque a noite em Braga começa sempre naquela zona e quem me diz que aquilo não cairia se eu me encostasse lá a fumar o meu cigarro?Já lá estive tantas vezes e foi preciso ver as fotos para perceber o quão degradado e inclinado aquilo estava.
O revoltante é o facto de existir risco devidamente reportado às entidades competentes e ninguém ter feito nada.

Correcto. Se não houvesse circulação automóvel não haveriam atropelamentos por automóveis.
É uma questão de se pesar as vantagens e as desvantagens e se decidir se estamos dispostos a correr o risco.

Directa ou indirectamente as praxes são responsáveis por umas quantas mortes por ano em Portugal. É um “preço” que estamos dispostos a pagar? Onde começa a liberdade pessoal e onde termina a responsabilidade normativa da sociedade?

Pessoalmente gostaria de viver numa sociedade onde não existisse a necessidade de legislar sobre este tema - onde os alunos universitários tivessem coisas e causas mais importantes para ocupar o seu tempo do que a brincar aos autoritarismos fascizantes, aos rituais bacocos, à obediência cega perante a ordem estabelecida.