Avesso a casta? Pode ser interessante, algumas das mais interessantes portuguesas são mesmo por aí, ou pelo envelhecimento em cascos de vinho - a 2 Corvos tem óptimas séries limitadas feitas assim. Pelo lado do lúpulo é difícil, há alguns esforços para organizar melhor em termos de produção nacional mas estamos nos primeiros passos.
Consegui achar o site da Deuses do Malte, segundo eles é chamada Deuses do Malte do Avesso, uma grape ale, sim usaram sumo de uva dessa casta… https://deuses-do-malte.shopk.it
Sim, reparei que a 2 Corvos tem muita variedades e essas series limitadas. Eu como estou no interior, para já, só consegui arranjar dois deles para provar em breve.
Mesmo em Lisboa são difíceis de arranjar, são séries pequeninas como a V Império que ia a barricas de vinho do Porto. Fui lá ao lançamento da Braço de Prata, e na altura tinham umas 150 barricas em stock (hoje devem ser bem mais). É uma forma de diferenciar o nosso produto em relações aos países produtores tradicionais que têm acesso privilegiado às matérias-primas.
Em relação ao lupúlo, o que sempre me disseram é que só Trás-os-Montes e o Minho têm condições próximas do ideal para a produção, lá para Bragança existem alguns produtores. Tenho interesse pelo tema porque acho que o Alto Minho podia ser um bom local para isso, em particular no vale do Coura que não é zona com tradição de produção de vinhos de qualidade, tem água de excelência, muita tradição na sidra (as chamadas maçãs do vinho), e já tem historial na cerveja (o festival de Caminha que agora aconteceu em Julho é pioneiro).
Leffe, qualquer variedade.
Talvez numa zona ou vale com um micro clima propicia a isso. A agua é essencial na cerveja, não é por acaso que a agua da região de Pils e o tal lupulo local permitem a tal produção da famosa pilsener tipica da Chequia.
Sim, até na Galicia há produção de sidras. Por acaso tenho provado algumas feitas em Espanha, sobretudo no norte.
Galiza e Astúrias têm muita sidra, mas as da Bretanha e Normandia, das que provei, são outro patamar.
A escola agrária de Ponte de Lima tem feito um trabalho incrível, identificaram 62 variedades diferentes de maçã, como a Porta da Loja e a Camoesa de Coura. Muito potencial ali, na zona das Lagoas de Bertiandos já se produzem algumas marcas.
Eu vivi em França quase 15 anos, alias cresci lá desde os 8 meses até quase aos 15 anos. Estive a 32 Km a norte de Paris, juntinho a zona do Vexin que é basicamente a pré-Normandia. Já provei algumas vezes sidras por lá, por isso que prefriro uma boa sidra da Normandia. Até a sidra marca branca do Intermarché que é produzida lá e melhor que uma espanhola.
Muito bom saber que há produtores que se interessam nisso. Muito bom para variar e fazer algo nosso que deverá ter boa qualidade
Para mim gosto da Budweiser
Tas a falar da cerveja da Chequia? se for a americana e vendida aqui como Bud esquece.
Hoje é o dia internacional da cerveja!
Outro dia experimentei uma IPA fantastica, de uns produtores dinamarqueses, chamados To Øl.
A cerveja é esta, mas eu bebi de barril:
Até lhes mandei um mail a ver se não queriam partilhar a receita
Hoje acabei de provar uma das melhores weissbier do mundo (cerveja de trigo).
Foi uma Weihenstephaner Hefeweissbier. Como eu adoro a Paulaner Weissbier que é muita boa e já provei varias desse estilo, tenho uma boa base para comparar.
O aroma (cheiro) é tipico desse estilo. Não é muito forte na componente do malte de trigo e banana e nota-se bem cada componente, tem um toque de levedura e um pouco de especiarias (cravo da india).
O sabor está muito equilibadro no tipico gosto de banana, um pouco de limão, malte de trigo e levedura, com o tal sabor a especiarias quase a lembrar o picante da gengibre. A Paulaner tem um sabor mais a banana e não demasiado forte do trigo. A Franziskaner é muito mais forte no malte de trigo e pouco de banana. A Benediktaner tambem tem um sabor mais equilibrado, mas sem o toque das especiarias e não muito forte no trigo. A Erdinger é a mais fraca de todas, mas ainda se bebe bem quando está fresquinha. Isso para as weissbier que se encontram facilmente em Portugal.
Uma weissbier tem de estar bem fresca para beber como uma lager normal, ali entre os 3º e 6ºC.
Em geral adorei! Está a par da Paulaner que eu adoro.
Adoro uma boa cerveja.
Em especial as cervejas encorpadas (que não são para beber em quantidade).
As belgas são as que me tiram do sério. Especialmente as das abadias e com alta graduação alcoólica.
Aqui no Brasil são caríssimas.
No entanto, com esta onda de cervejas artesanais (aqui é a loucura), gosto de experimentar e de vez em quando sai algo muito bom.
É o caso desta IPA que descobri há uns tempos e que é extraordinária. E se tivermos em conta o preço, é melhor ainda.
Tem 9,5% e leva rapadura no seu fabrico. Tem um gosto forte de malte e lúpulo (como eu gosto) e um leve adocicado da rapadura. Sabores de frutos, especialmente maracujá, mas sempre com o amargor do malte por cima. É muito boa, pelo menos para o meu gosto.
Neste momento consigo comprar, em promoção, 2 garrafas de 600ml por 20 reais. Mais ou menos 3,70 euros.
Isto num país onde a cerveja é cara para cacete. Está óptimo.
Colorado Vixnu
O Brasil já produz cerveja artesanal muito antes da moda pegar em Portugal. Normalmente as cervejas belgas não são IPA, isso não quer dizer que não fazem.
O termo IPA vem da tipica pale ale britanica que é produzida para aguentar as longas viagens até a india, daí o nome Indian Pale Ale, eles tem um sabor muito forte no lupulo que lhe dá a tal amargura forte e tambem o sabor de frutas tropicias tipicas que há no Brasil. As IPA’s são muito refrescantes.
Há muito por descobrir, eu só há coisa de ano e meio comecei a provar IPA’s de varios países, prefiro mais que as cervejas belgas. Claro que uma Chimay e até uma Wetsmalle são boas para beber. Na Belgica eles produzem muitas belgian blonde, a tipica cerveja com alto teor de alcool, algumas até são boas e dão uma boa malha.
Já provei e bebe-se muito bem.
Bem que seja japonesa, o que se bebe aqui é produzida na Europa com a licença da produtora.
Não quis misturar as IPAS com as Belgas de Abadia. Foi só para dar uma ideia do meu gosto e como esta IPA se encaixou nele. Tenho experimentado muitas IPA’s e até agora só esta me ficou no goto. Deve ser da rapadura.
No geral prefiro, sem dúvida, as belgas.
Sempre falando de cervejas com alta graduação.
Das cervejas para beber no Verão, em quantidade, as típicas daqui (Brahma, Antártica, Skol, Itaipava, etc.) são de ir ao vómito. Muito más. Parecem água com gás gelada.
Normalmente bebo Bohemia ou Heineken. Uma recente que é a Império também é boa.
Aqui existe um sem número de cervejas. De estado para estado é uma festa.